Código de Ética. Diante dos Consumidores Diante dos Vendedores Diretos e entre Empresas



Documentos relacionados
Código de Ética. Diante dos Consumidores Diante dos Vendedores Diretos e entre Empresas

1.2 Glossário de termos Para os objetivos deste Código, os termos usados têm os seguintes significados:

LISTA DE VERIFICAÇAO DO SISTEMA DE GESTAO DA QUALIDADE

Introdução: Boas Práticas

CONTRATO DE ADESÃO DOS TERMOS DO PRESENTE CONTRATO.

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos

POLÍTICA GLOBAL ANTICORRUPÇÃO DA DUN & BRADSTREET

DIRETRIZ GLOBAL ANTICORRUPÇÃO

MELHORES PRÁTICAS DA OCDE

MANUAL DE OPERAÇÕES DA RODA DE DÓLAR PRONTO

Política de Divulgação de Informações Relevantes e Preservação de Sigilo

O termo compliance é originário do verbo, em inglês, to comply, e significa estar em conformidade com regras, normas e procedimentos.

Os Promotores e ou Afiliados podem incentivar outras pessoas a Divulgarem e comercializarem os serviços, tornando-se seus patrocinadores.

CNH INDUSTRIAL CÓDIGO DE CONDUTA PARA FORNECEDORES

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS ORIENTAÇÃO OCPC 01 (R1) Entidades de Incorporação Imobiliária

ACORDO PARA A PROMOÇÃO E A PROTEÇÃO RECÍPROCA DE INVESTIMENTOS ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA CORÉIA

CÓDIGO EUROPEU DE CONDUTA DE VENDA DIRECTA FACE A REVENDEDORES, ENTRE REVENDEDORES E ENTRE COMPANHIAS

NORMA NBR ISO 9001:2008

SUPERINTENDÊNCIA DE SUPRIMENTO DE MATERIAL E SERVIÇOS GSS CÓDIGO DE RELACIONAMENTO COM OS FORNECEDORES DE BENS E SERVIÇOS

MANUAL DE PROCEDIMENTOS E REGRAS PARA AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTOS

CÓDIGO DE CONDUTA DO FORNECEDOR

Termos e Condições Gerais de Vendas

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

MANUAL DE NEGOCIAÇÃO E INTERMEDIAÇÃO DE OPERAÇÕES

CAPÍTULO XI FINANÇAS

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE NBC TSC 4410, DE 30 DE AGOSTO DE 2013

Código de Ética. Diante dos Vendedores Diretos e entre Empresas

TERMOS E CONDIÇÕES GERAIS DE VENDA SPIROL SOLUÇÕES EM FIXAÇÃO LTDA

POLÍTICA A. OBJETIVO... 2 B. ABRANGÊNCIA... 2 C. VIGÊNCIA... 2 D. DISPOSIÇÕES GERAIS DEFINIÇÕES INTRODUÇÃO GOVERNANÇA...

PLANO DE INCENTIVOS DE LONGO PRAZO - OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES

Associados Comerciais estabelecidos fora dos Estados Unidos Número da Política: LEGL.POL.102

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

PLANO DE INCENTIVO DE LONGO PRAZO - OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES S.A.

CÓDIGO DE CONDUTA E INTEGRIDADE DE FORNECEDORES

DIREITOS DO CONSUMIDOR. Cuidados na hora de comprar seu Imóvel

REGULAMENTO DA CÂMARA DE REGISTRO, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO DE OPERAÇÕES DE CÂMBIO BM&FBOVESPA

CONTRATO DE SUB-LICENCIAMENTO E CERTIFICAÇÃO

ODONTOPREV S.A. CNPJ/MF N.º / PLANO DE OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES

PROGRAMA DE OUTORGA DE OPÇÃO DE COMPRA OU SUBSCRIÇÃO DE AÇÕES

Contrato de Repasse de Bônus

(MENSAGEM N o 812/2005)

Serviço Público Federal Conselho Regional de Corretores de Imóveis Estado de São Paulo

Código de Ética dos Profissionais Vinculados à Gestão de Ativos de Terceiros

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO OPERACIONAL

SUMÁRIO EXECUTIVO Resumo do Regulamento de Utilização do seu Cartão de Crédito Bradesco

ISO 9001: SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE

PLANO DE OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES DE EMISSÃO DA VIA VAREJO S.A.

BRASIL BROKERS PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ/MF nº / NIRE PLANO DE OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES

OS3 SOLUÇÕES EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO LTDA 2010

CONDIÇÕES EXCLUSIVAS POUPA MAIS UNIVERSITÁRIO

TENDO DECIDIDO concluir a Convenção para este propósito e ter pela circunstância o combinado como segue: Capítulo 1 O direito de limitação

ORIENTAÇÃO TÉCNICA AGE Nº 01/2015 NORMAS GERAIS DE PROCEDIMENTOS DAS CCIs

Normas do Sistema de Suspensão Rápida Uniforme (URS) em vigor a partir de 28 de junho de 2013

REGRAS PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS Sugerimos ler atentamente as regras para submissão de trabalhos científicos.

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO DE CURSOS BÁSICOS DE ESPORTES DE MONTANHA CAPÍTULO I DO OBJETIVO

CÓDIGO DE ÉTICA. Capítulo I - Princípios gerais. Seção I - Conceitos

Código de Conduta Ética

REGULAMENTOS PARA INTERNET, PEDIDOS POR CORREIO E GERAÇÃO DE CONTATOS (LEADS) NO BRASIL. Em vigor a partir 1 de novembro de 2003

CONTRATO PARTICULAR DE ADESÃO AO PROGRAMA DE AFILIADOS

REGULAMENTO PARA PLANOS DE COMERCIALIZAÇÃO E VENDA. Capítulo I. Objecto e condições de elegibilidade das candidaturas. Artigo 1º.

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ

Política de Associação

EXTRATO DE CONTRATO DE REPRESENTANTE DE SEGUROS

Transcrição:

Código de Ética Diante dos Consumidores Diante dos Vendedores Diretos e entre Empresas

Código de Ética Diante dos Consumidores (Texto em conformidade com as deliberações da Assembléia Geral Extraordinária da ABEVD - Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas realizada em 03.07.2009) Este Código de Ética fornece orientação para o relacionamento entre, por um lado, as empresas associadas à ABEVD - Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas e os vendedores diretos a elas relacionados e, por outro lado, os consumidores dos produtos comercializados pelas empresas e pelos vendedores diretos. CÓDIGO DE ÉTICA DIANTE DOS CONSUMIDORES 2

1. GERAL 1.1 ABRANGÊNCIA DESTE CÓDIGO Este Código contém disposições relacionadas à conduta das empresas para proteção dos direitos dos consumidores e visa contribuir para a satisfação desses consumidores, para a promoção da concorrência leal, respeitando-se a livre iniciativa, para a disseminação da imagem pública da venda direta e para a percepção pela sociedade da atividade de venda direta como oportunidade de trabalho e geração de renda. 1.2 GLOSSÁRIO DE TERMOS para os objetivos deste Código, os termos nele utilizados têm os seguintes signifi cados: Administrador do Código: a pessoa ou entidade independente nomeada pela ABEVD para acompanhar e orientar o cumprimento deste Código pelas empresas e para solucionar as reclamações relacionadas às disposições deste Código. Empresa: é uma entidade de negócios (a) que utiliza o sistema de distribuição por venda direta para comercialização de seus produtos e (b) que é associada à ABEVD. Consumidor: é qualquer pessoa que adquira ou consuma produtos de uma empresa comercializados por um vendedor direto ou pela própria empresa. Vendedor direto: é uma pessoa que, na condição de vendedor autônomo, participa do sistema de distribuição de uma empresa de venda direta, sem manter com essa empresa relação de emprego. O vendedor direto comercializa bens ou serviços diretamente para os consumidores em ambiente diverso de um local de varejo permanente e fi xo, geralmente explicando ou demonstrando os bens ou serviços. Comprovante de pedido: é um documento manuscrito, impresso ou digitalizado em formato para impressão ou download, que confi rme os detalhes do pedido efetuado por um consumidor e sirva como comprovante de venda. Produto: é um bem ou serviço, tangível ou intangível. Recrutamento: qualquer atividade conduzida com o objetivo de estabelecer uma pessoa como vendedor direto. Venda direta: é a comercialização de bens ou serviços diretamente ao consumidor, em sua residência ou na de outras pessoas, em seu local de trabalho ou em qualquer outro ambiente diverso de um local de varejo permanente e fi xo, através da ação de um vendedor direto. 1.3 ADOÇÃO DESTE CÓDIGO PELAS EMPRESAS As empresas se comprometem a adotar e executar normas de conduta que incorporem a essência das disposições deste Código como condição para admissão e permanência no quadro de associados à ABEVD. As empresas também se comprometem a divulgar este Código e as disposições especifi camente aplicáveis aos consumidores e aos vendedores diretos, bem como a informar sobre como e em que locais os consumidores e os vendedores diretos podem obter cópia deste Código. 1.4 VENDEDORES DIRETOS Os vendedores diretos devem ser incentivados pelas empresas a observar normas de conduta que atendam aos padrões estabelecidos neste Código. CÓDIGO DE ÉTICA DIANTE DOS CONSUMIDORES 3

1.5 AUTO-REGULAMENTAÇÃO Este Código se constitui em medida de auto-regulamentação da atividade de venda direta e o cumprimento das obrigações nele estabelecidas implica comportamento ético que atenda ou mesmo exceda às exigências legais. A inobservância deste Código não acarreta responsabilidade civil perante terceiros. Com o encerramento de sua associação à ABEVD, uma empresa não permanecerá vinculada a este Código. Todavia, as disposições deste Código continuarão a se aplicar aos eventos ou transações correspondentes ao período de associação da empresa à ABEVD. 1.6 LEGISLAÇÃO As empresas devem cumprir as exigências legais estabelecidas nos países em que conduzem seus negócios. Portanto, este Código não reproduz todas as obrigações legais aplicáveis à atividade de venda direta. A conformidade por parte das empresas com a legislação que se aplica à atividade de venda direta é condição para associação e permanência na ABEVD. 1.7 EXTRATERRITORIALIDADE As disposições deste Código aplicam-se às atividades de venda direta desenvolvidas por empresa fora do território brasileiro, salvo na hipótese dessas atividades ocorrerem no território de jurisdição de uma associação nacional de empresas de venda direta de um outro país, à qual a empresa também esteja associada e a cujo Código de Ética se encontre vinculada 2. CONDUTA PARA PROTEÇÃO DOS CONSUMIDORES 2.1 PRÁTICAS PROIBIDAS O vendedor direto não deve adotar práticas comerciais enganosas, desleais ou que induzam a erro. 2.2 IDENTIFICAÇÃO Ao iniciar a atividade de venda, o vendedor direto deve, mesmo que não seja solicitado, identifi carse com clareza e fi dedignidade, identifi cando a empresa cujos produtos está comercializando, a natureza desses produtos e o objetivo de sua abordagem ao potencial consumidor. 2.3 EXPLICAÇÃO E DEMONSTRAÇÃO O vendedor direto deve oferecer ao consumidor explicação e demonstração precisas e completas sobre o preço do produto e eventuais condições de crédito, os prazos de pagamento, o direito de arrependimento, inclusive políticas de devolução, as condições de garantia, o serviço pósvenda e o prazo de entrega. O vendedor direto deve fornecer respostas precisas e inteligíveis para as perguntas do consumidor. Na medida em que sejam solicitados esclarecimentos com relação à efi cácia do produto, o vendedor direto deve fornecer, oralmente ou por escrito, somente as informações autorizadas pela empresa. 2.4 COMPROVAÇÃO DO PEDIDO Um comprovante de pedido deve ser entregue ou disponibilizado para o consumidor no momento da venda. No caso de uma venda por correio, telefone ou por meios semelhantes, inclusive eletrônicos, que não incluam a presença do consumidor, o comprovante de pedido deve ser entregue ou disponibilizado para o consumidor no menor tempo possível. O comprovante do pedido deve identifi car a empresa e o vendedor direto e conter o nome completo, o endereço permanente e o número de telefone da empresa ou do vendedor direto, assim como todos os termos relevantes da venda. Os termos da garantia, os detalhes e a limitação do serviço pós-venda, o nome e endereço do garantidor, a duração da garantia e a ação de reparação disponível para o consumidor devem CÓDIGO DE ÉTICA DIANTE DOS CONSUMIDORES 4

estar estipulados de forma clara no comprovante de pedido ou em outro material impresso que acompanhe o produto. Todos os termos devem estar redigidos de forma clara e legível. 2.5 MATERIAL INFORMATIVO O material informativo, incluindo-se os anúncios e as peças de mala-direta, não deve conter descrições, informações, fotos ou ilustrações do produto que sejam enganosas ou que induzam a erro. O material informativo deve conter o nome e o endereço ou o número de telefone da empresa, podendo incluir o número de telefone do vendedor direto. 2.6 DEPOIMENTOS A empresa e o vendedor direto não devem se valer de depoimento, testemunho ou declaração de apoio que não seja autorizado ou que seja falso, obsoleto ou inaplicável ou, ainda, que não esteja relacionado com a oferta, ou seja utilizado de modo a induzir o consumidor a erro. 2.7 COMPARAÇÃO E DENEGRIMENTO A empresa e o vendedor direto não devem fazer uso de comparações que sejam enganosas. Os pontos de comparação devem ser baseados em fatos que possam ser comprovados. A empresa e o vendedor direto não devem denegrir qualquer empresa, negócio ou produto, diretamente ou por insinuação. A empresa e o vendedor direto não devem obter vantagem, de forma desleal, da reputação associada ao nome e à marca de qualquer empresa, negócio ou produto. 2.8. DESISTÊNCIA E DEVOLUÇÃO DO PRODUTO Independentemente de exigência legal, a empresa e o vendedor direto devem oferecer condições que permitam ao consumidor, em um prazo especifi cado e razoável, desistir do pedido. Esse prazo deve ser declarado de forma clara. A empresa e o vendedor direto, ao oferecerem o direito de devolução, condicionado ou não a determinados eventos, devem fazê-lo por escrito. 2.9 RESPEITO À PRIVACIDADE O vendedor direto deve fazer contato pessoal ou por telefone com o consumidor de modo adequado e em horários razoáveis, de forma a evitar incômodo ao consumidor. O vendedor direto deve interromper uma demonstração ou apresentação de venda imediatamente após solicitação do consumidor. A empresa e o vendedor direto devem tomar as medidas apropriadas para assegurar a proteção de todas as informações pessoais fornecidas por um consumidor, por um consumidor em potencial ou por um vendedor direto. 2.10 RESPEITO O vendedor direto deve respeitar a falta de experiência comercial do consumidor. O vendedor direto não deve abusar da confi ança do consumidor e nem se aproveitar de sua idade ou de doença, bem como da falta de entendimento ou de familiaridade com o idioma. 2.11 VENDA POR INDICAÇÃO A empresa e o vendedor direto não devem induzir uma pessoa a adquirir bens ou serviços com base na perspectiva de obtenção de redução ou recuperação do valor da compra em troca da indicação de potenciais consumidores para compras semelhantes, caso tais benefícios estejam condicionados a eventos futuros e incertos. 2.12 ENTREGA A empresa e o vendedor direto devem atender no prazo previsto aos pedidos formulados pelo consumidor. CÓDIGO DE ÉTICA DIANTE DOS CONSUMIDORES 5

3. APLICAÇÃO DO CÓDIGO 3.1 RESPONSABILIDADE DA EMPRESA A responsabilidade primária no cumprimento deste Código é de cada empresa. Em caso de infração ao Código, a empresa deve fazer todo o possível para satisfazer o reclamante. 3.2 NOMEAÇÃO DO ADMINISTRADOR DO CÓDIGO A ABEVD deve nomear uma pessoa ou entidade independente como Administrador deste Código. O Administrador do Código deve acompanhar e orientar o cumprimento deste Código por parte das empresas através de medidas adequadas e deve ser responsável pelo estabelecimento e aplicação de regras de processo para resolução das reclamações. O Administrador do Código deve dirimir qualquer reclamação de consumidor que esteja baseada em infração a este Código e que não tenha sido solucionada. 3.3 MEDIDAS DE REPARAÇÃO O Administrador do Código pode recomendar à empresa o cancelamento de pedidos, a devolução de produtos adquiridos, o reembolso de pagamentos ou outras medidas adequadas, incluindo cancelamento ou rescisão de contrato de vendedor direto com empresa, bem como efetuar advertência à empresa. 3.4 RECEBIMENTO E PROCESSAMENTO DE RECLAMAÇÕES A ABEVD e o Administrador deste Código devem estabelecer, divulgar e implementar procedimentos para recebimento e processamento de reclamações a fim de assegurar sua solução imediata. As empresas também devem estabelecer, divulgar e implementar procedimentos próprios para recebimento e processamento de reclamações igualmente com a finalidade de sua pronta solução. 3.5 DIVULGAÇÃO Todas as empresas devem divulgar este Código de Ética para os consumidores e vendedores diretos. CÓDIGO DE ÉTICA DIANTE DOS CONSUMIDORES 6

Código de Ética Diante dos Vendedores Diretos e entre Empresas (Texto em conformidade com as deliberações da Assembléia Geral Extraordinária da ABEVD - Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas realizada em 03.07.2009) Este Código de Ética fornece orientação para o relacionamento entre as empresas associadas à ABEVD - Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas e os vendedores diretos a elas relacionados, assim como para o relacionamento entre as próprias empresas. CÓDIGO DE ÉTICA DIANTE DOS VENDEDORES DIRETOS E ENTRE EMPRESAS 7

1. GERAL 1.1 ABRANGÊNCIA DO CÓDIGO Este Código contém disposições relacionadas à conduta das empresas no relacionamento com os vendedores diretos, assim como para o relacionamento entre as próprias empresas e visa contribuir para a satisfação dos vendedores diretos e para a promoção da concorrência leal, respeitando a livre iniciativa, para a disseminação da imagem pública da venda direta e para a percepção pela sociedade da atividade de venda direta como oportunidade de trabalho e geração de renda. 1.2 GLOSSÁRIO DE TERMOS para os objetivos deste Código, os termos nele utilizados têm os seguintes signifi cados: Administrador do Código: a pessoa ou entidade independente nomeada pela ABEVD para acompanhar e orientar o cumprimento deste Código pelas empresas e para solucionar as reclamações relacionadas às disposições deste Código. Empresa: é uma entidade de negócios (a) que utiliza o sistema de distribuição por venda direta para comercialização de seus produtos e (b) que é associada à ABEVD. Consumidor: é qualquer pessoa que adquira ou consuma produtos de uma empresa comercializados por um vendedor direto ou pela própria empresa. Vendedor direto: é uma pessoa que, na condição de vendedor autônomo, participa do sistema de distribuição de uma empresa de venda direta, sem manter com essa empresa relação de emprego. O vendedor direto comercializa bens ou serviços diretamente para os consumidores em ambiente diverso de um local de varejo permanente e fi xo, geralmente explicando ou demonstrando os bens ou serviços. Comprovante de pedido: é um documento manuscrito, impresso ou digitalizado em formato para impressão ou download, que confi rme os detalhes do pedido efetuado por um consumidor e sirva como comprovante de venda. Produto: é um bem ou serviço, tangível ou intangível. Recrutamento: qualquer atividade conduzida com o objetivo de auxiliar uma pessoa a se tornar vendedor direto. Venda direta: é a comercialização de bens ou serviços diretamente ao consumidor, em sua residência ou na de outras pessoas, em seu local de trabalho ou em qualquer outro ambiente diverso de um local de varejo permanente e fi xo, através da ação de um vendedor direto. 1.3 ADOÇÃO DESTE CÓDIGO PELAS EMPRESAS As empresas se comprometem a adotar e executar normas de conduta que incorporem a essência das disposições deste Código como condição para admissão e permanência no quadro de associados à ABEVD. As empresas também se comprometem a dar divulgação a este Código e às disposições especifi camente aplicáveis aos consumidores e aos vendedores diretos, bem como a informar sobre como e em que locais os consumidores e os vendedores diretos podem obter cópia deste Código. 1.4 VENDEDORES DIRETOS Os vendedores diretos devem ser incentivados pelas empresas a observar normas de conduta que atendam aos padrões estabelecidos neste Código. CÓDIGO DE ÉTICA DIANTE DOS VENDEDORES DIRETOS E ENTRE EMPRESAS 8

1.5 AUTO-REGULAMENTAÇÃO Este Código se constitui em medida de auto-regulamentação da atividade de venda direta e o cumprimento das obrigações nele estabelecidas implica comportamento ético que atenda ou mesmo exceda às exigências legais. A inobservância deste Código não acarreta responsabilidade civil perante terceiros. Com o encerramento de sua associação à ABEVD, uma empresa não permanecerá vinculada a este Código. Todavia, as disposições deste Código continuarão a se aplicar aos eventos ou transações correspondentes ao período de associação da empresa à ABEVD. 1.6 LEGISLAÇÃO As empresas devem cumprir as exigências legais estabelecidas nos países em que conduzem seus negócios. Portanto, este Código não reproduz todas as obrigações legais aplicáveis à atividade de venda direta. A conformidade por parte das empresas com a legislação que se aplica à atividade de venda direta é condição para associação e permanência na ABEVD. 1.7 EXTRATERRITORIALIDADE As disposições deste Código aplicam-se às atividades de venda direta desenvolvidas por empresa fora do território brasileiro, salvo na hipótese dessas atividades ocorrerem no território de jurisdição de uma associação nacional de empresas de venda direta de um outro país, à qual a empresa também esteja associada e a cujo Código de Ética se encontre vinculada 2. CONDUTA DIANTE DOS VENDEDORES DIRETOS 2.1 CONCORDÂNCIA POR PARTE DOS VENDEDORES DIRETOS A empresa deve recomendar e estimular o vendedor direto a cumprir este Código e observar regras de conduta que obedeçam a seus padrões. 2.2 RECRUTAMENTO A empresa não deve usar práticas de recrutamento enganosas, desleais ou que induzam a erro no seu relacionamento com o potencial vendedor direto. 2.3 INFORMAÇÕES COMERCIAIS As informações fornecidas pela empresa ao vendedor direto potencial ou em atividade, referentes a oportunidades comerciais e aos respectivos direitos e obrigações devem ser precisas e completas. A empresa não deve fazer qualquer declaração a um potencial vendedor direto que não possa ser confi rmada nem efetuar qualquer promessa que não possa ser cumprida. A empresa não deve apresentar vantagens acerca das oportunidades comerciais para qualquer vendedor direto em potencial de forma enganosa ou que induza a erro. A empresa não pode determinar o preço de revenda de seus produtos ao vendedor direto, que é livre para estabelecer suas próprias práticas comerciais. 2.4 GANHOS E DEMONSTRATIVOS A empresa deve fornecer ao vendedor direto demonstrativos periódicos referentes a compras, vendas, lucros, bônus, descontos, entregas, cancelamentos e outros dados relevantes, em conformidade com o acordo estabelecido entre a empresa e o vendedor direto. Todo valor devido deve ser pago e eventual retenção deve ser efetuada de maneira comercialmente razoável. CÓDIGO DE ÉTICA DIANTE DOS VENDEDORES DIRETOS E ENTRE EMPRESAS 9

2.5 ALEGAÇÕES SOBRE GANHOS A empresa e o vendedor direto não devem distorcer as informações relativas ao volume de vendas ou ao valor dos ganhos, reais ou potenciais, do vendedor direto. 2.6. RELACIONAMENTO A empresa deve fornecer ao vendedor direto um contrato escrito, a ser assinado tanto pela empresa como pelo vendedor direto, ou uma declaração por escrito, contendo todas as informações essenciais ao relacionamento entre a empresa e o vendedor direto. A empresa deve informar ao vendedor direto sobre suas obrigações legais, inclusive licenças, registros e tributos aplicáveis. 2.7 OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS A empresa e o vendedor direto não devem solicitar que vendedor direto, em potencial ou em atividade, se comprometa ao pagamento de taxas de adesão, treinamento ou de materiais promocionais que sejam desproporcionalmente elevadas, nem qualquer outra taxa relacionada exclusivamente ao direito de participar do sistema de distribuição da empresa. Quaisquer taxas cobradas de uma pessoa que queira se tornar um vendedor direto devem estar diretamente relacionadas ao valor dos materiais, dos produtos e dos serviços fornecidos em troca. 2.8 TÉRMINO DO RELACIONAMENTO COMERCIAL Por ocasião do término do relacionamento com o vendedor direto, as empresas aceitarão devolução de mercadorias não vendidas, porém comercializáveis, acompanhadas da devida documentação fi scal. Poderão ser deduzidas pelas empresas exclusivamente as despesas fi nanceiras, de transporte e de incentivos correspondentes. 2.9 ESTOQUE A empresa não deve solicitar ou encorajar o vendedor direto a adquirir uma quantidade excessiva de produtos. A empresa deve adotar medidas adequadas para se assegurar que o vendedor direto que estiver recebendo ganho adicional pelo volume de vendas de outros vendedores diretos que integrem seu grupo de relacionamento esteja, juntamente com os integrantes de seu grupo de relacionamento, consumindo ou revendendo os produtos adquiridos, a fi m de que possa se qualifi car ao recebimento desse ganho adicional. 2.10 OUTROS MATERIAIS A empresa deve desaconselhar o vendedor direto a comercializar ou exigir a compra por parte de terceiros de qualquer material que não seja consistente com as políticas e procedimentos da empresa. O vendedor direto que comercializa material promocional ou de treinamento aprovado pela empresa, seja impresso ou em formato eletrônico, (a) deve utilizar somente material que esteja em conformidade com os padrões adotados pela empresa, (b) não deve fazer da aquisição de material de suporte à atividade de venda uma exigência para os vendedores diretos que integrem seu grupo de relacionamento, (c) deve fornecer material de suporte à atividade de venda a um preço razoável e justo, que seja equivalente ao de material semelhante geralmente disponível no mercado, e (d) deve assegurar por escrito o compromisso com uma política de devolução que seja igual à política de devolução da empresa à qual o vendedor direto se encontre relacionado. A empresa deve adotar medidas efi cazes e razoáveis para se assegurar de que o material de suporte à atividade de venda produzido pelo vendedor direto esteja em conformidade com as disposições deste Código e não seja enganoso ou induza a erro. 2.11 TREINAMENTO A empresa deve fornecer treinamento adequado para que o vendedor direto atue de forma ética. CÓDIGO DE ÉTICA DIANTE DOS VENDEDORES DIRETOS E ENTRE EMPRESAS 10

3. CONDUTA ENTRE AS EMPRESAS 3.1 RELACIONAMENTO A empresa deve conduzir suas atividades com espírito de concorrência leal em relação às demais empresas. 3.2 ALICIAMENTO A empresa e o vendedor direto não devem desenvolver ações abusivas e inadequadas de atração de vendedores diretos relacionados a outras empresas. 3.3 DENEGRIMENTO A empresa não deve denegrir e nem aprovar de forma alguma que o vendedor direto a ela relacionado denigra os produtos, os planos de venda e de marketing ou qualquer outro atributo de outra empresa. 4. APLICAÇÃO DO CÓDIGO 4.1 RESPONSABILIDADE DA EMPRESA A responsabilidade primária no cumprimento deste Código é de cada empresa. Em caso de infração ao Código, a empresa deve fazer todo o possível para satisfazer o reclamante. 4.2 NOMEAÇÃO DO ADMINISTRADOR DO CÓDIGO A ABEVD deve nomear uma pessoa ou entidade independente como Administrador deste Código. O Administrador do Código deve acompanhar e orientar o cumprimento deste Código por parte das empresas através de medidas adequadas e deve ser responsável pelo estabelecimento e aplicação de regras de processo para resolução das reclamações. O Administrador do Código deve dirimir qualquer reclamação de consumidor que esteja baseada em infração a este Código e que não tenha sido solucionada. 4.3 MEDIDAS DE REPARAÇÃO O Administrador do Código pode recomendar à empresa o cancelamento de pedidos, a devolução de produtos adquiridos, o reembolso de pagamentos ou outras medidas adequadas, incluindo cancelamento ou rescisão de contrato de vendedor direto com empresa, bem como efetuar advertência à empresa. 4.4 RECEBIMENTO E PROCESSAMENTO DE RECLAMAÇÕES A ABEVD e o Administrador deste Código devem estabelecer, divulgar e implementar procedimentos para recebimento e processamento de reclamações a fim de assegurar sua solução imediata. As empresas também devem estabelecer, divulgar e implementar procedimentos próprios para recebimento e processamento de reclamações igualmente com a finalidade de sua pronta solução. 4.5 DIVULGAÇÃO Todas as empresas devem divulgar este Código de Ética para os consumidores e vendedores diretos. CÓDIGO DE ÉTICA DIANTE DOS VENDEDORES DIRETOS E ENTRE EMPRESAS 11

www.abevd.org.br