MUNICÍPIO DE PINHEL NOTA JUSTIFICATIVA

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A publicação do Decreto-Lei nº 48/2011, de 1 de abril, veio simplificar o regime de exercício de diversas atividades económicas, no âmbito da

Regulamento Horários Estabelecimentos Comerciais Serviços ANEXO I

CAPÍTULO I Disposições Gerais

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Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

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REGULAMENTO DOS HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS CAPÍTULO II DISPOSIÇÕES GERAIS

EDITAL. se mandou lavrar o presente Edital e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares públicos de costume deste Concelho.

CÓDIGOS REGIME JURÍDICO DA INSTALAÇÃO E O FUNCIONAMENTO DOS RECINTOS COM DIVERSÕES AQUÁTICAS TERMOS DE DISPONIBILIZAÇÃO E DE UTILIZAÇÃO

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Transcrição:

MUNICÍPIO DE PINHEL PROJETO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS DE VENDA AO PÚBLICO E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, FESTAS E DIVERTIMENTOS DO CONCELHO DE PINHEL NOTA JUSTIFICATIVA O Decreto-Lei 48/2011 de 1 de abril, que introduziu o Licenciamento Zero, alterou significativamente o regime dos horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais previsto no Decreto-Lei nº 48/96, de 15 de maio. Foram, nomeadamente eliminadas as licenças, autorizações, vistorias e condicionamentos prévios, substituindo-os por ações de fiscalização à posterior e por mecanismos de responsabilização dos promotores. Com a recente publicação do Decreto-Lei nº 10/2015, de 16 de janeiro, o qual veio introduzir grandes e significativas alterações ao Decreto-Lei nº48/96, de 15 de maio, estabelecendo um novo regime de horários, e introduziu também grandes e significativas alterações ao Decreto-Lei nº 48/2011, de 1 de abril, simplificando o regime de acesso e de exercício de diversas atividades económicas no âmbito da iniciativa de Licenciamento Zero, torna-se imperioso e em cumprimento do disposto no nº1 do artigo 4º do citado Decreto-Lei nº48/96, proceder à atualização da regulamentação existente sobre a matéria referida, no Concelho de Pinhel. O princípio adotado pela atual legislação é o da completa liberdade de horário de funcionamento da generalidade dos estabelecimentos. Trata-se assim de uma radical alteração das regras até agora em vigor que, para cada classe de estabelecimentos, previa um limite de horário noturno em ordem a assegurar o direito ao descanso dos cidadãos, procurando compatibilizar os vários e legítimos interesses em presença. Dado que a atual legislação permite, ainda assim, que as Câmara Municipais possam limitar aqueles horários, tendo em conta, designadamente, razões de segurança ou da proteção da qualidade de vida dos cidadãos, mostra-se oportuno restringir os horário de funcionamento da generalidade dos estabelecimentos situados no Concelho de Pinhel. Na verdade, a natureza da atividade desenvolvida em certos estabelecimentos, bem como por se situarem junto de habitações, justifica que se estabeleça determinados limites ao seu funcionamento, pois são suscetíveis de geral problemas de perturbação do direito ao descanso dos moradores. Para além disso são conhecidos, igualmente, episódios de perturbação da segurança pública, nas

imediações destes estabelecimentos, sobretudo nos casos de fecho a horas mais tardias, facto publico e notório no Concelho de Pinhel e um pouco por todo o país. Os custos inerente às medidas delineadas no presente regulamento são superados pelos benefícios que da aplicação do mesmo advêm para a atividade económica do Concelho, para os consumidores e população em geral. Assim, tendo em conta as alterações originadas pela publicação do Decreto-Lei nº10/2015, de 16 de janeiro, e ao abrigo da alínea k) do nº1 do artigo 33º da Lei nº 75/2013, de 12 de setembro, propõese o presente projeto de regulamento de horários de funcionamento dos estabelecimentos de venda ao público e de prestação de serviços, festas e divertimentos no Concelho de Pinhel, o qual irá ser objeto de audiência de interessados e apreciação pública, ao abrigo do disposto nos artigos 100º e 101º do Código do Procedimento Administrativo, por um período de 30 dias contados da sua publicação no Diário da República, sendo também para esse efeito ouvidas a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), a Associação Comercial e Industrial de Pinhel, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), A Guarda Nacional Republicana e as Juntas de Freguesia do Concelho de Pinhel. Capítulo I Disposições Gerais Artigo 1º Lei habilitante O presente Regulamento tem por lei habilitante o Decreto-Lei 48/96, de 15 de maio, com as alterações dos Decretos-Leis nºs 126/96, de 10 de agosto, nº 216/96, de 20 de novembro, 111/2010, de 15 outubro, de 1 de abril, e Decreto-Lei nº48/2011, de 1 de abril, alterado pelo Decreto-Lei 141/2012, de 11 de julho, alterados pelo Decreto-Lei nº10/2015, de 16 de janeiro. Artigo 2º Objeto Este Regulamento estabelece o período de funcionamento dos estabelecimentos de venda ao público prestação de serviços, festas e divertimentos do concelho de Pinhel. Capítulo II Regime de Funcionamento dos Estabelecimentos, Festas ou Divertimentos

Artigo 3º Regime Geral 1 Os estabelecimentos de venda ao público, de prestação de serviços, de restauração ou de bebidas apenas podem adotar o horário de funcionamento entre as 6 horas e as 2 horas. 2 - Os estabelecimentos de restauração ou bebidas, com espaço para dança ou salas destinadas a dança ou onde habitualmente se dance, ou onde se realizem, de forma acessória, espetáculos de natureza artística, apenas podem adotar o horário de funcionamento entre as 6 horas e as 2 horas. 3 Os recintos fixos de espetáculos e de divertimentos públicos não artísticos apenas podem adotar o horário de funcionamento entre as 6 horas e as 2 horas. 4 As lojas de conveniência, tal como definidas na Portaria nº 154/96, de 15 de maio, apenas podem adotar o horário de funcionamento entre as 6 horas e as 2.00 horas. 5 As festas e divertimentos na via pública ou recintos privados terão horário de funcionamento até às 3.00 horas de todos os dias da semana. Artigo 4º Regime especial Os estabelecimentos que funcionem dentro dos espaços municipais, tais como jardim público, piscinas e outros, ficam subordinados ao período de abertura e encerramento inerentes ao seu funcionamento. Artigo 5º Regime excecional Os limites fixados no artigo 3º do presente regulamento poderão ser alargados ou restringidos para vigorar em todas as épocas do ano ou apenas em épocas determinadas, mediante edital a publicar nos lugares públicos de costume e no site oficial do município na internet. Artigo 6º Permanência no estabelecimentos 1 Fora do seu horário normal é proibida a permanência nos estabelecimentos de todas as pessoas estranhas e ou externas ao seu funcionamento.

2 É permitida, fora do seu horário normal de funcionamento, a abertura e permanência nos estabelecimentos dos respetivos proprietários, exploradores e funcionários para fins exclusivos e comprovados de limpeza e ou higienização, abastecimento ou outra razão que se justifique. Artigo 7º Requisitos de alargamento dos horários de funcionamento 1 O alargamento dos limites fixados no artigo 3º do presente regulamento, a vigorar em todas as épocas do ano ou em apenas em épocas determinadas, obedece aos seguintes requisitos cumulativos: a) Os estabelecimentos, festas ou divertimentos se situem em localidades em que os interesses de atividades profissionais, nomeadamente ligadas ao turismo, o justifiquem; b) Não seja afetada a segurança, a tranquilidade e o repouso dos cidadãos residentes; c) Não sejam desrespeitadas as características sócio-económicas, culturais e ambientais da zona, nem as condições de circulação e de estacionamento. 2 Para efeitos do disposto no número anterior, serão tidos em conta os interesses dos consumidores, as novas necessidades de ofertas turísticas e as novas formas de animação e revitalização dos espaços sob a sua jurisdição. 3 - O referido nos números anteriores aplica-se igualmente às festas e divertimentos na via pública ou recintos privados, sendo obrigatória a apresentação de requerimento à Câmara Municipal, para obtenção da autorização, com a antecedência de 8 dias e com a indicação do horário pretendido. Artigo 8º Requisitos de restrição dos horários de funcionamento A restrição aos limites fixados no artigo 3º do presente regulamento, a vigorar em todas as épocas do ano ou em apenas em épocas determinadas, poderá ser efetuada oficiosamente ou através do exercício do direito de petição dos munícipes, quando em casos devidamente justificados, estejam em causa razões de segurança ou de proteção da qualidade de vida dos cidadãos. CAPÍTULO III Do procedimento SECÇÃO I Alargamento ou restrição de horário de funcionamento

Artigo 9º Requerimento 1 O pedido de alargamento de horário de funcionamento inicia-se através de requerimento apresentado nos serviços da Câmara Municipal de Pinhel ou enviado para o email cm-pinhel@cmpinhel.pt, dirigido ao Presidente da Câmara Municipal de Pinhel, e dele deve constar a identificação do requerente, incluindo o domicílio ou sede, bem como a indicação da qualidade de titular de qualquer direito que lhe confira a faculdade de apresentar tal pedido, bem como os factos que motivam a apresentação do pedido. 2 O pedido de restrição de horário de funcionamento, efetuado no exercício do direito de petição dos munícipes, inicia-se através de requerimento apresentado nos serviços da Câmara Municipal de Pinhel ou enviado para o email cm-pinhel@cm-pinhel.pt, dirigido ao Presidente da Câmara Municipal de Pinhel, e estar devidamente assinado pelos titulares e nele deve constar a identificação e domicilio destes, bem como os factos que o motivam. Artigo 10º Prazo para apresentação do requerimento O requerimento a que se refere o nº1 do artigo anterior deve ser formulado com antecedência mínima de 10 dias em relação ao início da prática do horário de funcionamento requerido. Artigo 11º Apreciação liminar 1 Compete ao Presidente da Câmara Municipal de Pinhel decidir as questões de ordem formal e processual que possam obstar ao conhecimento do pedido apresentado. 2 Sempre que o requerimento de pedido de alargamento ou restrição de horário de funcionamento não seja acompanhado de qualquer dos elementos instrutórios previstos no artigo 9º do presente regulamento, o Presidente da Câmara Municipal profere despacho de aperfeiçoamento do pedido, no prazo de 10 dias a contar da respetiva apresentação. 3 Na situação prevista no número anterior, o requerente é notificado para, em prazo não inferior a 10 dias, corrigir ou completar a instrução do pedido, suspendendo-se os ulteriores termos do procedimento, sob pena de rejeição a proferir pelo Presidente da Câmara Municipal. 4 O Presidente da Câmara Municipal, pode delegar nos Vereadores e nos dirigentes dos serviços

municipais as competências referidas nos números anteriores. Artigo 12º Deferimento da licença O deferimento da licença, pode ser delegada no Presidente da Câmara Municipal. Artigo 13º Audição de entidades 1 A restrição ou o alargamento dos horários de funcionamento previstos no artigo 3º do presente regulamento, estão sujeitos a audição das seguintes entidades, se existentes no Concelho de Pinhel: a) Associações comerciais do setor; b) Associações de consumidores que representem os consumidores em geral; c) Junta de freguesia da área onde o estabelecimento se situe; d) Outras entidades cuja consulta seja tida por conveniente, em face das circunstâncias. 2 As entidades referidas no número anterior devem pronunciar-se no prazo de 15 dias a contar da data de disponibilização do pedido. 3 Considera-se haver concordância daquelas entidades, se os respetivos pareceres não forem recebidos dentro do prazo fixado no número anterior. 4 Os pareceres das entidades ouvidas não têm carácter vinculativo. SECÇÃO II Horário de funcionamento Artigo 14º Mapa de horários O mapa de horário de funcionamento deve estar afixado no estabelecimento, em local bem visível do exterior e é da responsabilidade da entidade exploradora. CAPITULO IV Fiscalização e sanções Artigo 15º Fiscalização

A fiscalização do cumprimento do disposto no presente regulamento compete à Guarda Nacional Republicana, à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e à Câmara Municipal de Pinhel. Artigo 16º Contraordenações e coimas 1 Constitui contraordenação punível com coima: a) - A falta de afixação, em local bem visível do exterior, do respetivo horário de funcionamento; b) O funcionamento do estabelecimento fora do horário estabelecido. 2 A contraordenação prevista na alínea a) do número anterior, é punível com a coima de 150,00 a 450,00 para pessoas singulares, e de 450,00 a 1 500,00, para pessoas coletivas. 3 A contraordenação prevista na alínea b) no nº1, do presente artigo é punível com a coima de 250,00 a 3 740,00 para pessoas singulares, e de 2 500,00 a 25 000,00, para pessoas coletivas. 2 Compete ao Presidente da Câmara a instrução dos processos de contraordenação bem como a aplicação das coimas e de sanções acessórias. 3 O produto das coimas reverte para a Câmara Municipal de Pinhel. 4 As autoridades de fiscalização mencionadas no artigo 14º do presente regulamento podem determinar o encerramento imediato do estabelecimento que se encontre a laborar fora do horário de funcionamento estabelecido. CAPITULO V Disposições finais e transitórias Artigo 17º Contagem de prazos Os prazos referidos no presente regulamento contam-se nos termos do disposto no Código do Procedimento Administrativo. Artigo 18º Compatibilidades As disposições deste regulamento não prejudica a observância do regime de duração diária ou

semanal do trabalho estabelecido por lei, instrumentos de regulamentação coletiva ou contrato individual de trabalho, do descanso semanal obrigatório e complementar, do regime de turnos e das remunerações e subsídios legalmente devidos. Artigo 19º Interpretação e integração de lacunas As dúvidas ou omissões suscitadas na interpretação e aplicação do presente regulamento serão decididas e integradas por deliberação da Câmara Municipal de Pinhel. Artigo 20º Legislação subsidiaria A tudo o que não esteja expressamente previsto no presente regulamento aplica-se o Decreto-Lei 48/96, de 15 de maio, com as alterações dos Decretos-Leis nºs 126/96, de 10 de agosto, nº 216/96, de 20 de novembro, 111/2010, de 15 outubro, de 1 de abril, e Decreto-Lei nº48/2011, de 1 de abril, alterado pelo Decreto-Lei 141/2012, de 11 de julho, alterados pelo Decreto-Lei nº10/2015, de 16 de janeiro. Artigo 21º Norma Revogatória Com a entrada em vigor do presente regulamento fica revogado o regulamento municipal de Pinhel sobre regime de horário de funcionamento dos estabelecimentos de venda ao público e de prestação de serviços, atualmente em vigor. Artigo 22º Entrada em vigor O presente regulamento entra em vigor 5 dias após a sua publicação no Diário da República. Pinhel, de setembro de 2015 O Presidente da Câmara

Rui Manuel Saraiva Ventura