ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PATOS/PB USANDO FUNÇÃO DE DISTIBUIÇÃO DE PROBABILIDADE (FDP)

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Transcrição:

ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PATOS/PB USANDO FUNÇÃO DE DISTIBUIÇÃO DE PROBABILIDADE (FDP) Valneli da Silva Melo ; Kelly Dayane Silva do Ó ; Eliane Andrade de Araújo Pereira UEPB-Universidade Estadual da Paraíba/Campina Grande Doutorandas em Engenharia Sanitária e Ambiental, e-mail: valnelismello@hotmail.com ; kely.dayane@hotmail.com ; eliane.ea@hotmail.com Resumo: A precipitação pluviométrica é de suma importância para os estudos climáticos, pois quando ocasionada em redundância, causa efeitos para os setores produtivos da agropecuária, irrigação, assim como nos setores econômico e social, causando enchentes, alagamentos, inundações assoreamento dos rios, e quedas de barreiras. O objetivo deste trabalho foi o de ajustar funções densidades de probabilidades aos dados de precipitação do município de Patos PB. Para tanto, foram utilizados dados de médias anuais da precipitação no período de 9 a 206, gentilmente cedidos pela Agência Nacional de Águas (ANA). As funções distribuição de probabilidades foram ajustadas mês a mês. A distribuição Logística apresentou o melhor ajuste para todos os meses, a aderência das distribuições foi testada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov ao nível de 5%. Os ajustes foram avaliados em gráficos. Palavras-Chave: Logística; probabilidade; precipitação. Introdução O semiárido paraibano é caracterizado por apresentar um baio e irregular regime pluviométrico, sendo a ocorrência de chuvas um dos fatores determinísticos para o desenvolvimento econômico da região. Estudos envolvendo o comportamento da precipitação, bem como sua variabilidade temporal e espacial, vêm sendo objeto de estudo de diversos pesquisadores. As chuvas intensas comprometem sistemas hidráulicos e de drenagem, enquanto os longos períodos de estiagem propiciam prejuízos agrícolas e baio armazenamento hídrico (BECKER, MELO e COSTA, 203). O monitoramento da precipitação pluviométrica é uma ferramenta indispensável na mitigação de secas, cheias, enchentes, inundações, alagamentos conforme ressaltam Paula et al. (200). Dentre os elementos do clima de áreas tropicais, a precipitação pluviométrica é o que mais influencia a produtividade agrícola em conformidade com os autores Ortolani e Camargo (987), principalmente nas regiões semiárida, onde o regime de chuvas é caracterizado por eventos de curta duração e alta intensidade (Santana et al. 2007). Em função disso a sazonalidade da precipitação concentra quase todo o seu volume durante os cinco a seis meses no período chuvoso em conformidade com Silva (2004). A determinação prévia da variação dos elementos meteorológicos ao longo do ano, possibilita um planejamento melhor das mais diversas atividades, assim a análise de séries

temporais de precipitação funciona como um instrumento de planejamento e pesquisa para as mais diversas áreas. A utilização desta técnica permite avaliar as irregularidades, as tendências e os impactos das chuvas em uma região (COSTA, BECKER e BRITO, 203). Diante do eposto, o presente trabalho objetivou-se analisar a variação da precipitação média de Patos/PB usando distribuição de probabilidade para melhor eplicar a variação do período chuvoso nos anos de 9 até 206, verificando os sistemas atmosféricos que são responsáveis pelas as precipitações. Metodologia Os dados de precipitação pluvial utilizados para o ajuste das funções de distribuição de probabilidade (fdp) foram sedidos pela Agência Nacional das Águas (ANA), no período de 9 a 206. Analisaram-se as funções de distribuição de probabilidade, Qui-quadrado, Erlang, Eponencial, Gama com um e dois parâmentros, GEV, Gumbel, Logística, Normal e Weibull com um, dois e três parâmetros. Para cada função de distribuição de probabilidade foram determinados seus parâmetros. Os parâmetros das diversas distribuições foram estimados pelo método da máima verossimilhança, e tem como funções de densidade acumulada: n (Qui-quadrado) 2 2 f e se 0 n n 2 2 2 k f k e, se 0! 0, se 0 (Erlang) f ( ) ( ) ep F f 0 0 u F 0 u e du 0 ep f ( ) e e ( ) (Eponencial) (Gama) (GEV) (Gumbel)

( )/ e f( ) para R, 0 ( )/ 2 e 2 ( ) 2 ep ; para 0 f( ) 2 2 0; para 0 ( ) ep f, para (Logística) (Normal) (Weibull) Os ajustes e a seleção das melhores distribuições teóricas foram feitos por testes do Qui Quadrado, que compara o efetivo observado e o teórico esperado em intervalos discretos e Kolmogov-Smirnov, que compara as distribuições empíricas acumuladas com as teóricas. Complementarmente, já que os testes do χ 2 e Kolmogorov-Smirnov são somente adequados para a parte central das distribuições. Resultados e discussão Com base nos totais mensais precipitados na região de estudo foram obtidas as estatísticas descritivas da precipitação, no período de 9 a 206. Observa-se na Tabela que há uma predominância do período nos meses de fevereiro, março e abril (FMA) que representam o trimestre mais chuvoso de Patos/PB, essa variabilidade interanual da pluviometria no município está associada à variações de padrões de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) sobre os oceanos tropicais, os quais afetam a posição e a intensidade da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) sobre o Oceano Atlântico (HASTENRATH, 984; citados por NOBRE EMELO, 200). Os resultados da análise descritiva das médias mensais da precipitação visto na Tabela tem-se que todos os meses apresentaram coeficiente de assimetria positivo, com assimetria à direita (CA> 0), outra observação importante é quanto aos coeficientes de assimetria é que esse fato sugere que os dados de precipitação podem se ajustar à uma função distribuição de probabilidades de Weibull, Logística, Gama, dentre outras com assimetria positiva. Os coeficientes de variação (CV > 20%) indicam que há alta dispersão entre os valores médios de precipitação, ou seja, há grande variabilidade da chuva munícipio. Todos os valores médios são maiores do que as medianas, isso confirma a assimetria positiva dos dados.

Tabela. Estatísticas descritivas da precipitação do município de Patos/PB. Meses Mínimo Máimo Quartil Mediana 3 Quartil Média CA CC Janeiro 0,0 320,3 20,4 60,2 00,5 75,7,5,7 Fevereiro 0,0 452,9 49,7 09,5 89,5 3,4 0,8 0, Março 0,0 624,9 23,3 96,8 259,0 99, 0,8,4 Abril 0,0 64,0 79,0 40,6 234,2 65,8,,5 Maio 0,0 306,0 6,5 52,2 0,2 68,8,4 2,2 Junho 0,0 24,9 4, 6,8 42, 28,3 2,4 8,9 Julho 0,0 98,5 0,5 6,0 6,9,8 2,6 9,4 Agosto 0,0 86,6 0,0 0,0 4,0 4,8 4,5 26,9 Setembro 0,0 8,2 0,0 0,0 0,8, 3,8 8,2 Outubro 0,0 79, 0,0 0,0 8,3 7,4 2,8 8,3 Novembro 0,0 255,0 0,0 3,0 6, 6, 4,2 22,8 Dezembro 0,0 205,9 2,8 20,0 50,4 32,3 2,0 4,8 Legenda: CA= Coeficiente de assimetria; CC= Coeficiente de curtose. Fonte: Autor.. A Tabela 2, apresenta o resultado do teste de aderência de todas as funções de distribuição de probabilidade avaliadas nesse estudo, em destaque, pode-se observar que a função de distribuição de probabilidade Logística, esta foi a distribuição apresentou melhor resultado aos dados da média de precipitação do município de Patos/Pb, a aderência das distribuições foi comprovada segundo o teste de Kolmogorov-Smirnov, onde todos os p-valores, mostram valores superiores a 0,05 indicando que as distribuições descrevem satisfatoriamente os dados observados. A distribuição Logística apresentou um ajuste de quase 00% dos dados, porém, outras distribuições como a GEV, Normal e Weibull com 2 parâmetros também apresentaram bons resultados, indicando com isso que essa série de dados pode ser representada por outras distribuições e com isso sugere-se a proposta de novos trabalhos utilizando essas distribuições de probabilidade. Tabela 2 - P-valores dos ajustes da precipitação para o município de Pombal-PB às funções distribuição de probabilidades Distribuição p-valor Qui-quadrado 0,00 Erlang < 0,000 Eponencial < 0,000 Gama () < 0,000 Gama (2) 0,59 GEV 0,862 Gumbel < 0,000 Logística 0,994

Normal 0,98 Weibull () < 0,000 Weibull (2) 0,875 A Figura representa o comportamento das distribuições de probabilidades ajustadas aos dados de precipitação média em Patos/Pb, nesta é possível ver que a distribuição que apresentou melhor ajuste foi a distribuição de probabilidade Logística, com o p-valor calculado igual a 0,994 que é maior que o nível de significância α=0,05, o teste de Kolmogorov-Smirnov é bastante utilizado para análise de aderências de distribuições em estudos climáticos; contudo, o seu nível de aprovação de uma distribuição sob teste é esta bem elevado, podendo ser visto na Figura : Figura : Função de distribuição de probabilidade acumulada logística para os dados da média da precipitação de Patos/PB no período de 9 à 206. Conclusões Os meses de fevereiro, março e abril, representam o trimestre mais chuvoso da região e essa precipitação esta associada à variações de padrões de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) sobre os oceanos tropicais, os quais afetam a posição e a intensidade da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) sobre o Oceano Atlântico. Eiste para a série de dados avaliada uma variedade de funções de distribuição de probabilidade que apresenta bons ajustes as medias de precipitação do munícipio de Patos/PB. A função de

distribuição de probabilidade Logística apresentou o melhor ajuste, sendo, portanto, a distribuição que melhor representa a média de precipitação no município de estudo. O fato dessa série de dados apresentar bons resultados de ajustes com outras distribuições de probabilidade, possibilita um estudo mais aprofundado sobre as funções de probabilidade. Fomento Os autores deste trabalho agradecem CAPES pela concessão de bolsa de estudo aos autores. Referências ARAÚJO, E. M. et al. Aplicação de seis distribuições de probabilidade a séries de temperatura máima em Iguatu - CE. Revista Ciência Agronômica, v. 4, n., 36-45, 200. ARAÚJO, W. F.; Andrade Junior, A. S.; Medeiros, R. D.; Sampaio R. A. Precipitação pluviométrica mensal provável em Boa Vista, Estado de Roraima, Brasil. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v.5, n.3, p.563-567, 200. CASTRO, R. Distribuição probabilística da frequência de precipitação na região de Botucatu, SP. Botucatu, 994. 0p. Dissertação (Mestre em Agronomia) Faculdade de Ciências Agronômicas. Universidade Estadual Paulista. CATALUNHA, M. J.; SEDIYAMA, G. C.; Leal, B. G.; Soares, C. P. B.; Ribeiro, A. Aplicação de cinco funções densidade de probabilidade a séries de precipitação pluvial do estado de Minas Gerais. Revista Brasileira de Agrometeorologia, Santa Maria, v.0, n., p.53-62, 2002. FISCHER, R.A.; TIPPETT, L.H.C. Limiting forms of the frequency distribution of the largest or smallest member of a sample. Proceedings of the Cambridge Philosophical Society, v.4, p.80-90, 928. FRIZZONE, J. A. Análise de cinco modelos para cálculo da distribuição e frequência de precipitação na região de Viçosa MG. Viçosa, Imprensa Universitária, 979. 00p. (Tese M.S.). HASTINGS, N. A. J.; PEACOCK, J. B. 975. Statistical distributions - A handbook for students and practitioners. London, Butterwoths ; Co Ltd. 30p. JENKINSON, A.F. The frequency distribution of the annual maimum (or minimum) values of meteorological elements. Quarterly Journal of the Royal Meteorological Society, v.8, p.59-7, 955. KITE, G. W. Frequency and risk analysis in hydrology. Fort Collins: Water Resources. 3.ed. 978. 224p MARTINS, J. A. et al. Probabilidade de precipitação para a microrregião de Tangará da Serra, Estado do Mato Grosso. Pesquisa Agropecuária Tropical, v. 40, n. 3, p. 29-296, 200. MEYER, P. L. Probabilidade: aplicações à estatística. Rio de Janeiro: LTC, 200. MIRSHAWKA, V. Estatística. v.2, São Paulo: Nobel, 97. 367 p. MOREIRA, P. S. P. et al. Distribuição e probabilidade de ocorrência das chuvas no município de Nova Maringá-MT. Revista de Ciências Agroambientais, Alta Floresta, v. 8, n., p. 9-20, 200. MURTA, R. M. et al. Precipitação pluvial mensal em níveis de probabilidade pela distribuição gama para duas localidades do sudoeste da Bahia. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 29, n. 5, p. 988-994, 2005. RIBEIRO, A. M. A.; LUNARDI, D. M. C. A precipitação mensal provável para Londrina-PR, através da função Gama. Energia na agricultura, Botucatu, v.2, n.4, p37-44, 997.