BOMBA RELÓGIO: VÍDEO-DOCUMENTÁRIO QUE RETRATA A CRISE DO SISTEMA PRISIONAL ATRAVÉS DE RELATOS DE ENCARCERADOS DE CURITIBA E REGIÃO METROPOLITANA

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Transcrição:

BOMBA RELÓGIO: VÍDEO-DOCUMENTÁRIO QUE RETRATA A CRISE DO SISTEMA PRISIONAL ATRAVÉS DE RELATOS DE ENCARCERADOS DE CURITIBA E REGIÃO METROPOLITANA SANTOS, Mayara Cardoso dos Resumo O presente artigo possui o objetivo de analisar dois telejornais do horário nobre de duas das maiores emissoras da televisão brasileira, segundo dados do Ibope 2016, sendo eles o Jornal Nacional e o Jornal da Record. A escolha se deu pela busca de compreender como são representados os familiares dos presidiários na mídia brasileira, através do método de análise de conteúdo serão observados os discursos das fontes entrevistadas e suas identificações nominais ao longo das matérias jornalísticas. Para a análise serão utilizadas reportagens feitas durante o período da primeira semana de janeiro de 2017, logo após os fatos da crise no sistema penitenciário ocorridos em prisões do norte e nordeste brasileiro. Palavras-chave Jornalismo; Sistema Prisional; Crise no Sistema Penitenciário; Prisões; Cárcere. Anais do EVINCI UniBrasil, Curitiba, v.3, n.2, p. 754-760, out. 2017

INTRODUÇÃO O presidiário está detido por conta da prática de algum crime ou delito cometido, ou seja, a realização de um ato ilegal e punível de acordo com a Lei. Entretanto, os encarcerados possuem familiares do lado externo ao sistema prisional, cujo, em sua maioria são seus porta-vozes do lado de fora. Porém, esses familiares costumam ser rotulados pela sociedade e muitas vezes, pagam do lado de fora dos presídios pelo delito do seu ente. De acordo com Duarte (2009), os familiares são analisados como pessoas desviantes pela sociedade e não por suas atividades do cotidiano ou mesmo como seres individuais, estando sendo interligados ao seu familiar encarcerado. Por esse motivo a escolha pela compreensão da representação desses familiares na mídia brasileira quando vozes em entrevistas e reportagens para a televisão. O artigo busca compreender, através de uma análise de conteúdo, como ocorre a representação dos familiares de presidiários na mídia brasileira, tendo como observação principal os discursos das fontes entrevistas durante as matérias jornalísticas e suas identificações nominais ao longo da reportagem. Para realizar a análise foram escolhidos dois telejornais do horário nobre e de duas das maiores emissoras da televisão brasileira, de acordo com a Pesquisa Brasileira de Mídia do ano de 2016, realizada pelo Ibope Inteligência para a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, sendo os telejornais: Jornal Nacional da Rede Globo e o Jornal da Record da emissora Record. MATERIAL E MÉTODO De acordo com a Pesquisa Brasileira de Mídia do ano de 2016, realizada pelo Ibope Inteligência para a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a Rede Globo é a emissora mais assistida por brasileiros de 27 unidades da Federação (interior e capital), entre canais abertos e fechados, totalizando 56% na primeira menção e 73% na 1ª e 2ª menções. Em segundo lugar do ranking encontra-se o SBT com 11% na 755 Anais do EVINCI UniBrasil, Curitiba, v.3, n.2, p. 754-760, out. 2017

primeira menção e 36% na 1ª e 2ª menções, já em terceiro lugar a Record com 12% da pesquisa na 1ª menção e 32% na 1ª e 2ª menções. Apesar da pesquisa mostrar a emissora SBT à frente da Record e a escolha ter sido entre os jornais da primeira e terceira colocada no ranking, ela foi utilizada para demonstrar como as três emissoras são muito assistidas pelos brasileiros. Entretanto, apesar do ranking de emissoras, foi optado por analisar as matérias sobre a o sistema prisional da primeira semana do ano de 2017, ou seja, de 02 de janeiro de 2017 a 07 de janeiro de 2017, dos telejornais: Jornal Nacional e Jornal da Record. A base da escolha foi a última pesquisa feita também pelo Ibope, porém esta realizada no ano de 2014, na qual os dois telejornais mais assistidos são: Jornal Nacional e Jornal da Record, respectivamente. Sendo a pesquisa realizada com base em pessoas que citaram assistir televisão de segunda a sexta-feira. No ano de 2015, o Ibope realizou a pesquisa para a SECOM com mais de 18 mil entrevistados e constatou que, em média, os brasileiros assistem televisão 4h31 por dia, durante a semana, ou seja, de segunda a sexta-feira e revela que o horário de maior exposição é entre 18h e 23h, que é quando o espaço comercial fica mais caro e, consequentemente, os programas considerados mais importantes são apresentados. Assim como, traz também a informação da pesquisa realizada que 79% das pessoas assistem à televisão para se informar. Por esse motivo foram escolhidos os telejornais do famoso horário nobre da televisão brasileira, que nada mais é que o horário em que as famílias sentam em frente à televisão em busca de informações e atualizações de acontecimentos ocorridos naquele dia ou então recentemente. Após analisar uma semana de reportagens dos dois jornais, respectivamente, o resultado foi o que podia se imaginar antes mesmo da análise concretizada. Foram 26 matérias em seis dias que os jornais foram ao ar. Sendo elas, 16 matérias vinculadas ao Jornal Nacional e 10 matérias passadas pelo Jornal da Record. Anais do EVINCI UniBrasil, Curitiba, v.3, n.2, p. 754-760, out. 2017 756

No primeiro jornal existiram duas matérias sem fontes e no segundo, respectivamente, apenas uma. O Jornal Nacional abordou todos os dias da primeira semana do ano de 2017, matérias sobre o cárcere, já o Jornal da Record, no dia três de janeiro deixou de falar sobre o sistema prisional durante sua programação. As principais fontes identificadas na análise são as fontes primárias, que para Schmitz (2011, p. 8) são aquelas que fornecem diretamente o essencial de uma matéria, ou seja, segundo o autor as fontes primárias são aquelas que fornecem fatos, verso es e números para a reportagem, principalmente por estar pro xima ou na origem da informação. E são essas fontes que aparecem em todas as matérias, com exceção das que não possuíam nem uma fonte se quer. Aparecem dando entrevistas exclusivas e coletivas para as duas emissoras, mas em sua maioria, entrevistas coletivas, totalizando 15 de 40 entrevistas com fontes que fazem parte do grupo das fontes oficiais. As chamadas fontes oficiais, que segundo Aldo Schmitz (2011, p. 9), são as preferidas de jornalistas e da mídia, pois emitem informações ao cidadão, são elas pessoas em função ou cargo público que se pronuncia por o rgãos mantidos pelo Estado e preservam os poderes constituídos (executivo, legislativo e judiciário), bem como organizaço es agregadas (juntas comerciais, carto rios de ofício, companhias públicas etc.), segundo o próprio Schmitz. O Jornal Nacional faz uso de três fontes sigilosas, ou seja, que se mantém no anonimato, todas em reportagens diferentes, porém duas no mesmo dia e a outra em dia distinto. Já o Jornal da Record não utiliza de nenhuma fonte sigilosa. Em sua maioria, as fontes oficiais são nitidamente proativas. Algo nítido ao analisar esses dois telejornais é a forma em que eles representam os familiares dos detentos durante as entrevistas. As fontes individuais aparecem 16 vezes dos seis dias e das 26 matérias analisadas, porém, em todas elas, não é possível nem ao mesmo saber o nome da pessoa que dá a entrevista. Das 16 entrevistas sem identificação, é possível constatar 757 Anais do EVINCI UniBrasil, Curitiba, v.3, n.2, p. 754-760, out. 2017

pelas falas dos entrevistados que 14 são familiares de presos e os outros dois são moradores próximos aos presídios citados na reportagem. Para melhor compreensão, abaixo a análise na íntegra feita dos telejornais: Jornal Nacional e Jornal da Record, respectivamente. Incluindo todos os entrevistados com funções e cargos, durante as matérias que passaram entre os dias da primeira semana de janeiro de 2017, que são do dia 2 de janeiro de 2017 a 7 de janeiro de 2017. 02 de janeiro Jornal nacional 2 matérias 1ª matéria - Fontes: Em entrevista coletiva Sec. De Segurança pública/am 2ª matéria - Fontes: familiar (sem GC) Jornal da Record 1 matéria Fontes: Em entrevista coletiva Sec. De Segurança pública/ AM 2 Familiares (sem GC) em entrevista coletiva Sec administrativo de Penitenciárias 03 de janeiro Jornal Nacional 2 matérias 1ª matéria Fontes: Não possui 2ª matéria Fontes: em entrevista coletiva Ministro da Justiça Governador do Amazonas Sec Segurança pública/am Familiar (sem GC) Jornal da Record não há matérias 04 de janeiro Jornal Nacional 4 matérias 1ª matéria fontes: não há fontes 2ª matéria fontes: em entrevista coletiva Ministro da Justiça Diretor geral DEPEN Especialista em Segurança Pública 3ª matéria fontes: governador do Amazonas 4ª matéria- fontes: Sec segurança pública/am Em entrevista coletiva Ministro da justiça Pres. Da comissão de Direitos Penais OAB/AM Jornal da Record 2 matérias 1ª matéria- fontes: 3 familiares (sem GC) Em entrevista coletiva Ministro da justiça Sec segurança pública. / AM 2ª matéria fontes: Pres. Da comissão de Direitos Penais OAB/AM Pres. Sind. Sinv. Penitenciário Anais do EVINCI UniBrasil, Curitiba, v.3, n.2, p. 754-760, out. 2017 758

Vice pres. Siind. Sinv. Penitenciário 2 familiares (sem GC) 05 de janeiro Jornal Nacional 1 matéria fontes: Sec. Adm. Penitenciária AM Governador do Amazonas Agente penitenciário (fonte sigilosa sem GC e sem mostrar o rosto) Jornal da Record 2 matérias 1ª matéria fontes: em declaração divulgada Pres Da República Michel Temer (sem GC) 2ª matéria fontes: Vice Pres. Sind Peritos AM Pres. Dos Sind. Policiais AM Pres. Tribunal de Justiça AM 1 familiar (com GC). 06 de janeiro Jornal Nacional 4 matérias 1ª matéria fontes: Sec Adm. Penitenciário Agente penitenciário (fonte sigilosa) sem rosto e sem GC 2ª matéria fonte: delegado 3ª matéria - fontes: entrevista coletiva Ministro da Justiça Entrevista coletiva Sec. De Justiça de Roraima 4ª matéria fontes: morador (fonte sigilosa) sem GC e sem rosto. 2 familiares (sem GC) Diretor interino IML de Roraima Entrevista coletiva Sec. de Justiça de Roraima Jornal da Record 4 matérias 1ª matéria fontes: entrevista coletiva Sec. De justiça de Roraima 1 familiar (sem GC) Membro da Comissão dos Direitos Humanos OAB/RR 2ª matéria fontes: Entrevista coletiva Ministro da Justiça 3ª matéria fontes: Sec adjunta de justiça de Rondônia 1 fonte sem identificação 4ª matéria fontes: Sec de segurança pública- RS Membro da associação pró- Segurança Pública 07 de janeiro Jornal Nacional 3 matérias 1ª matéria fontes: 2 morados ( sem GC) Membro da comissão dos direitos humanos OAB/RR Entrevista coletiva Sec. De Justiça de Roraima 2ª matéria- fontes: Pres. Comissão dos Direitos Humanos OAB/AM 1 morador (sem GC) Sec segurança pública AM 3ª matéria fontes: Pres. Dos Sind. agentes penitenciários 759 Anais do EVINCI UniBrasil, Curitiba, v.3, n.2, p. 754-760, out. 2017

Jornal da Record 3 matérias 1ª matéria não possui fontes 2ª matéria fontes: Pres. Da comissão dos Direitos Humanos OAB/AM CONCLUSÃO Com esta análise foi possível observar que de fato os familiares de presidiários não possuem vozes e até mesmo identificação pessoal em reportagens e matérias jornalísticas televisivas. A constatação se deu pelas reportagens sobre o cárcere do Jornal Nacional e Jornal da Record. De todas as 26 reportagens que se passaram durante a primeira semana de janeiro do ano de 2017 nos dois telejornais, pouquíssimas foram as vezes em que o familiar foi entrevistado e quando foi, teve sua identificação pessoal, ou seja, seu nome aparente no GC da reportagem. Para pesquisas posteriores pode assegurar a continuação desse material, analisando agora quanto tempo de discurso possui os familiares durante entrevistas para veículos de imprensa e também, analisar as outras fontes presentes nas matérias com seus tempos de entrevistas também em cada reportagem. Referências Bibliográficas DUARTE, Thais Lemos. Além das grades: análise dos relatos sobre a sujeição criminal segundo os familiares de presos. In: 33 Encontro Anual da ANPOCS, 2009, Caxambu. 33 Encontro Anual da ANPOCS, 2009. SCHMITZ, Aldo Antonio. Classificação das fontes de notícias. Universidade Federal de Santa Catarina UFSC. 2011. Disponível em: < http://www.bocc.ubi.pt/pag/schmitz-aldo-classificacao-das-fontes-denoticias.pdf> Anais do EVINCI UniBrasil, Curitiba, v.3, n.2, p. 754-760, out. 2017 760