Mediunidade nos Animais

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Muitas vezes, os animais percebem a presença dos espíritos até mesmo antes dos sensitivos. Mas eles podem ser médiuns como o homem?

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Transcrição:

Mediunidade nos Animais

Definições

O que são animais?

Biologia Animalia, Animal ou Metazoa é um reino biológico composto por seres vivos pluricelulares, eucariontes, heterotróficos [não são capazes de produzir seu próprio alimento].

Linha do tempo 1857 1859 1861 1866 A Origem das Espécies (C. Darwin) Teoria genética (G. Mendel)

Livro dos Espíritos, perg. 600 Sobrevivendo ao corpo em que habitou, a alma do animal vem a achar-se, depois da morte, num estado de erraticidade, como a do homem? Fica numa espécie de erraticidade, pois que não mais se acha unida ao corpo, mas não é um Espírito errante. O Espírito errante é um ser que pensa e obra por sua livre vontade; o dos animais não tem a mesma faculdade. A consciência de si mesmo é o que constitui o principal atributo do Espírito. Após a morte, o Espírito do animal é classificado pelos Espíritos que se encarregam dessa tarefa e utilizado quase imediatamente. Não lhe é dado tempo de entrar em relação com outras criaturas.

Livro dos Espíritos, perg. 601 Os animais estão sujeitos, como o homem, a uma lei progressiva? Sim; e daí vem que nos mundos superiores, onde os homens são mais adiantados, os animais também o são, dispondo de meios mais amplos de comunicação. São sempre, porém, inferiores ao homem e se lhe acham submetidos, tendo neles o homem servidores inteligentes.

O que é médium?

LM 159 Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem (...) Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos (...) Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva.

LM 236 Médium é o ser, o indivíduo que serve de traço de união aos Espíritos, para que estes possam comunicar-se facilmente com os homens: Espíritos encarnados. Por conseguinte, sem médium, não há comunicações tangíveis, mentais, escritas, físicas, de qualquer natureza que seja.

Mediunidade Classificação Mediunidade Efeitos físicos Efeitos inteligentes

Animais podem ser médiuns?

Antes de responder... Que cenários/situações estamos considerando? Possibilidades: Animal atuar como intermediário entre espírito desencarnado e encarnado Animal perceber a presença de um espírito desencarnado Animal desencarnado se manifestar mediunicamente

Espírito Médium Encarnado Miau! Animal como intermediário

LM 236 Há um princípio que todos os espíritas admitem: os semelhantes atuam com seus semelhantes e como seus semelhantes. Ora, quais são os semelhantes dos Espíritos senão os Espíritos, encarnados ou não? Será preciso que repitamos isso incessantemente? Pois bem! Vou repetir mais uma vez: o vosso perispírito e o nosso procedem do mesmo meio, são de natureza idêntica, são semelhantes, em suma.

LM 236 Possuem uma propriedade de assimilação mais ou menos desenvolvida, de magnetização mais ou menos vigorosa, que permite que nos ponhamos, Espíritos desencarnados e encarnados, muito pronta e facilmente em comunicação uns com os outros. Enfim, o que é peculiar aos médiuns, o que é da própria essência da individualidade deles, é uma afinidade especial e, ao mesmo tempo, uma força de expansão particular, que lhes suprimem toda refratariedade e estabelecem, entre eles e nós, uma espécie de corrente, uma espécie de fusão, que facilita as nossas comunicações.

LM 236 Aliás, é essa refratariedade da matéria que se opõe ao desenvolvimento da mediunidade, na maior parte dos que não são médiuns. [...] Convencei-vos: o fogo que anima os irracionais, o sopro que os faz agir, mover e falar na linguagem que lhes é própria não tem, quanto ao presente, nenhuma aptidão para se mesclar, unir, fundir com o sopro divino, a alma etérea, o Espírito enfim, que anima o ser essencialmente perfectível: o homem, o rei da Criação.

Espírito Au, au Encarnado (Médium) Animal perceber a presença de um desencarnado

LM 236 É certo que os Espíritos podem tornar-se visíveis e tangíveis aos animais e, muitas vezes, o terror súbito que eles denotam, sem que lhe percebais a causa, é determinado pela visão de um ou de muitos Espíritos, mal-intencionados com relação aos indivíduos presentes ou com relação aos donos dos animais. Ainda com mais frequência vedes cavalos que se negam a avançar ou a recuar, ou que empinam diante de um obstáculo imaginário. Pois bem! tende como certo que o obstáculo imaginário é quase sempre um Espírito ou um grupo de Espíritos que se comprazem em impedilos de mover-se.

LM 236 Lembrai-vos da mula de Balaão [Nm 22:23] que, vendo um anjo diante de si e temendo-lhe a espada flamejante, se obstinava em não dar um passo. É que, antes de se manifestar visivelmente a Balaão, o anjo quisera tornar-se visível somente para o animal.

LM 236 Mas, repito, não mediunizamos diretamente nem os animais, nem a matéria inerte. É-nos sempre necessário o concurso consciente ou inconsciente de um médium humano, porque precisamos da união de fluidos similares, o que não achamos nem nos animais nem na matéria bruta.

Marcos 5:1-20

Marcos 5:1-20 Eles atravessaram o mar e foram para a região dos gerasenos. Quando Jesus desembarcou, um homem com um espírito imundo veio dos sepulcros ao seu encontro. Esse homem vivia nos sepulcros, e ninguém conseguia prendê-lo, nem mesmo com correntes; pois muitas vezes lhe haviam sido acorrentados pés e mãos, mas ele arrebentara as correntes e quebrara os ferros de seus pés. Ninguém era suficientemente forte para dominá-lo. Noite e dia ele andava gritando e cortando-se com pedras entre os sepulcros e nas colinas.

Marcos 5:1-20 Quando ele viu Jesus de longe, correu e prostrou-se diante dele, e gritou em alta voz: "Que queres comigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te por Deus que não me atormentes! " Pois Jesus lhe tinha dito: "Saia deste homem, espírito imundo! " Então Jesus lhe perguntou: "Qual é o seu nome? " "Meu nome é Legião", respondeu ele, "porque somos muitos". E implorava a Jesus, com insistência, que não os mandasse sair daquela região.

Marcos 5:1-20 Uma grande manada de porcos estava pastando numa colina próxima. Os demônios imploraram a Jesus: "Manda-nos para os porcos, para que entremos neles". Ele lhes deu permissão, e os espíritos imundos saíram e entraram nos porcos. A manada de cerca de dois mil porcos atirou-se precipício abaixo, em direção ao mar, e nele se afogou. Os que cuidavam dos porcos fugiram e contaram esses fatos na cidade e nos campos, e o povo foi ver o que havia acontecido. Quando se aproximaram de Jesus, viram ali o homem que fora possesso da legião de demônios, assentado, vestido e em perfeito juízo; e ficaram com medo.

Marcos 5:1-20 Os que o tinham visto contaram ao povo o que acontecera ao endemoninhado, e falaram também sobre os porcos. Então o povo começou a suplicar a Jesus que saísse do território deles. Quando Jesus estava entrando no barco, o homem que estivera endemoninhado suplicava-lhe que o deixasse ir com ele. Jesus não o permitiu, mas disse: "Vá para casa, para a sua família e anuncie-lhes quanto o Senhor fez por você e como teve misericórdia de você". Então, aquele homem se foi e começou a anunciar em Decápolis quanto Jesus tinha feito por ele. Todos ficavam admirados.

Animal desencarnado Encarnado (Médium) Manifestação mediúnica de animais desencarnados

Espírito Formação fluídica Encarnado (Médium) Laboratório do Mundo Invisível (cap. 8 do LM)

LM 236 É certo que os Espíritos podem tornar-se visíveis e tangíveis aos animais e, muitas vezes, o terror súbito que eles denotam, sem que lhe percebais a causa, é determinado pela visão de um ou de muitos Espíritos, mal-intencionados com relação aos indivíduos presentes ou com relação aos donos dos animais. Ainda com mais frequência vedes cavalos que se negam a avançar ou a recuar, ou que empinam diante de um obstáculo imaginário. Pois bem! tende como certo que o obstáculo imaginário é quase sempre um Espírito ou um grupo de Espíritos que se comprazem em impedilos de mover-se.

Conclusão

LM 236 Sabeis que tomamos ao cérebro do médium os elementos necessários a dar ao nosso pensamento uma forma que vos seja sensível e apreensível; é com o auxílio dos materiais que possui, que o médium traduz o nosso pensamento em linguagem vulgar. Ora bem! que elementos encontraríamos no cérebro de um animal? Tem ele ali palavras, números, letras, sinais quaisquer, semelhantes aos que existem no homem, mesmo o menos inteligente?

LM 236 Entretanto, direis, os animais compreendem o pensamento do homem, adivinham-no até. Sim, os animais educados compreendem certos pensamentos, mas já os vistes alguma vez reproduzi-los? Não. Deveis então concluir que os animais não nos podem servir de intérpretes. Resumindo: os fatos mediúnicos não podem dar-se sem o concurso consciente ou inconsciente dos médiuns; e somente entre os encarnados, Espíritos como nós, podemos encontrar os que nos sirvam de médiuns. Quanto a educar cães, pássaros, ou outros animais, para fazerem tais ou tais exercícios, é trabalho vosso, e não nosso.

Referências Allan Kardec. O Livro dos Médiuns (1861) Parte 2, capítulo 22 Allan Kardec. O Livro dos Espíritos (1857) Perguntas 592 a 613 Allan Kardec. A Gênese (1868) Capítulo XI, itens 1 a 9 Ernesto Bozzano. Os Animais têm Alma? (1941) J. Herculano Pires. Mediunidade: Vida e Comunicação Capítulo XI: Mediunidade Zoológica

Mediunidade nos Animais