Minuta de alteração da Lei n /2012

Documentos relacionados
Comentários sobre a LEI Nº , DE 28 DE DEZEMBRO DE Na pratica a lei trouxe pouco benefício, exceto os aumentos.

Lei nº , de 28 de dezembro de Carreira do Magistério Superior Plano de Carreiras e Cargos de Magistério Federal

Tabela I - Carreira de Magistério Superior. Tabela II - Cargo Isolado de Professor Titular-Livre do Magistério Superior

A carreira docente EBTT

Tabela Salarial do Docente (Ensino Básico, Técnico e Tecnológico)

JUSTIFICATIVA DE CRIAÇÃO DA FUNÇÃO DE TÉCNICO- ADMINISTRATIVO - SUBSTITUTO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO EM EDUCAÇÃO SUBSTITUTO.

SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA, PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

ATOS DO PODER EXECUTIVO MEDIDA PROVISÓRIA Nº 614, DE 14 DE MAIO DE

PROGRESSÃO/PROMOÇÃO DOCENTE. Lei nº , de 28 de dezembro de2012.

PROJETO DE LEI N.º 6.368, DE (Do Poder Executivo)

NOVAS TABELAS REMUMERATÓRIAS DA CARREGIRA DO MAGISTÉRIO SUPERIOR, EBTT E TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS (Lei nº /2016).

CARREIRA DO MAGISTÉRIO SUPERIOR

CARREIRA DOS DOCENTES DOS INSTITUTOS FEDERAIS

LEI Nº , DE 2 DE FEVEREIRO DE Seção XXIV. Do Plano de Carreiras e Cargos do Inmetro

PRÓ-REITORIA DE GESTÃO DE PESSOAS. Divisão de Desenvolvimento de Pessoas. Universidade Federal de São Carlos

REGULAMENTO DE PROGRESSÃO FUNCIONAL DE DOCENTES CAPÍTULO I DO CORPO DOCENTE

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Lei Complementar Nº 124 de 01/07/2009. Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

LEI Nº , DE 28 DE DEZEMBRO DE 2012

PROJETO DE LEI CAPÍTULO I DO PLANO DE CARREIRAS E CARGOS DE MAGISTÉRIO FEDERAL E DO PLANO DE CARREIRAS DE MAGISTÉRIO DO ENSINO BÁSICO FEDERAL

RESOLUÇÃO N. 034/2015

DOCENTES DO ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO (ANTIGO 1º E 2º GRAUS)

FALHAS NA PL 4368_2012

NORMAS PARA REGULAMENTAR A CONCESSÃO DE BOLSAS NO INSTITUTO FEDERAL GOIANO CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

CARTILHA DO SINASEFE GANHOS OBTIDOS COM A GREVE 2012 ENTENDA SUA CARREIRA E CONHEÇA SEUS DIREITOS: FAZ PARTE DA SUA VIDA!

(Lei nº , de 28 de dezembro de 2012)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO CONSELHO UNIVERSITÁRIO RESOLUÇÃO N 18/2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE PONTAL DO PARANÁ GABINETE DO PREFEITO

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Art. 2o O desenvolvimento na Carreira de Magistério Superior ocorrerá mediante progressão funcional e promoção.

DIRETORIA DE GESTÃO DE PESSOAS (DGP)

ANEXO A TABELA DE PONTUAÇÃO PARA ACESSO À CLASSE TITULAR

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA CAMPUS GOVERNADOR VALADARES INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS RESOLUÇÃO

RESOLUÇÃO nº 06 DE 17 DE MARÇO DE 2016

LEI N , DE 25 DE AGOSTO DE 2008 O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

NOTA DE AUDITORIA. c/c: Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS) NOTA DE AUDITORIA Nº 32/2014

Ao Magnífico Reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo Prof. Me. Eduardo Antonio Modena

ANEXO IV FORMULÁRIO DE PONTUAÇÃO POR CRITÉRIO. Fator de pontuação

Reconhecimento de saberes e competências

SUBCHEFIA DE ASSUNTOS PARLAMENTARES PROJETO DE LEI

Ministério da Educação Universidade Federal de São Paulo Reitoria

Assistente em Administração

4 Perfil do Quadro de Servidores

PROJETO DE LEI Nº. 547, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2012

FACULDADE DE MEDICINA - CCS

2.3.4 Membro de banca de conclusão de curso de pós-graduação, 0,03/banca

Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

CARREIRA DOCENTE EM PAUTA

R E S O L V E: Resolução 116/CONSAD, de 24 de dezembro de 2013.

RESOLUÇÃO N o 01/PósARQ/2011 de 28 de novembro de 2011.

RESOLUÇÃO nº 10 DE 21 DE OUTUBRO DE 2015

DELIBERAÇÃO Nº 01/2000. à Resolução CES Nº 03 de outubro de 1999,

Serviço Público Federal UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE EDUCAÇÃO

RESOLUÇÃO Nº 009, DE 02 DE JUNHO DE 2014

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

Ministério da Educação Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIAS

PROPOSTA DE DIRETRIZES PARA PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES DOCENTES (DIPAD) DO IF SUDESTE MG Câmpus Juiz de Fora. CAPÍTULO I Das Disposições Gerais

Aos Servidores Técnico-Administrativos lotados no DAA, câmpus Formosa

Considerando o disposto na Lei Estadual n /70, que aprovou o Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado do Paraná;

EDITAL Nº 12, DE 22 DE FEVEREIRO 2019

LEI Nº , DE 24 DE SETEMBRO DE 2013.

RESOLUÇÃO N. 03 / 2016

Resolução Nº 01/2016

COLEGIADO DE COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE (MESTRADO E DOUTORADO)

Ocorre quando o servidor ocupa mais de um cargo, emprego ou função na administração pública.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Transportes e Gestão Territorial - PPGTG

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Prefeitura Municipal de Serra Azul

PROFESSOR (CCS) DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE TÍTULOS E TRABALHOS EM CONCURSOS PÚBLICOS DE PROVAS E TÍTULOS DO DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

DA FUNDAMENTAÇÃO LEGAL E NORMAS EM VIGOR

RESOLUÇÃO Nº 003/2016

Figura 12 - Perfil dos servidores do IFMS SERVIDORES TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS. 175 com GRADUAÇÃO. 74 com ESPECIALIZAÇÃO

PORTARIA N 612/2013 IF SUDESTE MG/JF, de 09 de dezembro de 2013.

Norma de Avaliação para Progressão na Carreira de Magistério Superior na UNIFEI. Aprovada pelo CONSUNI em 23/06/2008

RESOLUÇÃO UNESP-13, DE Dispõe sobre o Plano de Carreira Docente da UNESP

Considerando os anexos (1) e (2) integrantes do processo 03/2013 COUNI

RESOLUÇÃO CONSUP nº xx, de de xxxx de 2016

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS UEMG

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica

TABELA REMUNERATÓRIA - DOCENTES. Medida Provisória 431/2008 convertida na Lei / Da Carreira de Magistério Superior - CMS

ESTADO DA PARAÍBA MUNICIPIO DE FREI MARTINHO CNPJ Nº / GABINETE DO PREFEITO LEI Nº 310, DE 11 DE JUNHO DE 2018

Legislação Mineira NORMA: LEI 19837

RESOLUÇÃO Nº. 59(B)/CONSUN/2017

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO CONSELHO UNIVERSITÁRIO

EDITAL Nº. 24 de 23 de maio de 2012.

LEI Nº 1.275/2013. CNPJ. nº / Praça Padre Francisco Pedro da Silva, nº 145- Centro CEP: OURICURI-PERNAMBUCO

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESOLUÇÃO Nº 012/07

Art.2º Esta Resolução entra em vigor na data da sua assinatura.

EDITAL Nº 46, DE 14 DE SETEMBRO DE 2016.

COLEGIADO DE COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE (MESTRADO E DOUTORADO) RESOLUÇÃO n. 01/2008/COLEGIADO DE COORDENAÇÃO PPGCS

CAPÍTULO I DAS BOLSAS DE PESQUISA

FACULDADES ADAMANTINENSES INTEGRADAS

Prof. Luciano Silva IFSP. Instruções para uso da tabela com proposta de critérios e de pontuação sobre RSC

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Parâmetros e indicadores para a avaliação dos pedidos de progressão funcional dos professores da Escola de Ciência da Informação da UFMG

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO UNIVERSITÁRIO PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

Transcrição:

Minuta de alteração da Lei n 0 12772/2012 Art. 18 do capítulo IV da Lei 12.772, de 28 de dezembro de 2012, passa a vigorar com as seguintes alterações: Art. 18. No caso dos ocupantes de cargos da Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, para fins de percepção da RT, será considerado a equivalência da titulação exigida com o Reconhecimento de Saberes e Competências - RSC. 1 0 O RSC de que trata o caput poderá ser concedido pela respectiva IFE de lotação do servidor em 4 (quatro) níveis: I - RSC - I; II - RSC - II; III - RSC - III; e IV- RSC - IV. 2 0 A equivalência do RSC com a titulação acadêmica, exclusivamente para fins de percepção da RT, ocorrerá da seguinte forma: I- diploma de graduação somado ao RSC-I equivalerá à titulação de especialização; II- certificado de pós-graduação lato sensu somado ao RSC-II equivalerá a mestrado; III- titulação de mestre somada ao RSC-III equivalerá a doutorado; IV- titulação de doutor somada ao RSC-IV equivalerá a uma nova gratificação denominada Retribuição por RSC-IV. 3 0 O Conselho Permanente para Reconhecimento de Saberes e Competências, já criado no âmbito do Ministério da Educação, com a finalidade de estabelecer os procedimentos para a concessão de RSC-I, RSC-II e RSC-III, será responsável também pelo estabelecimento de procedimentos para a concessão do RSC-IV. (...)...

Anexo IV (Anexo IV da Lei 12.772, de 28 de dezembro de 2012) Tabela VIII - Carreira de Magistério do EBTT - Valores de RT Para Dedicação exclusiva Tabela VIII Carreira de Magistério do EBTT Valores de RT para o Regime de 20 horas semanais APERFEIÇOA- RETRIBUIÇ ÃO POR TITULAÇÃ O EM R$ MESTRADO ou DOUTORADO CLASSE NÍVE L MENTO ÇÃO ou RSC-I + RSC-II + ou RSC-III + RSC-IV Graduação Especialização Mestrado Titular 1 2.022,81* 2.6289,65 4 210,57 562,81 905,74 1.556,01 2.022,81* D IV 3 205,83 556,89 879,36 1.510,69 1.963,90 2 201,24 543,45 853,74 1.466,69 1.906,70 1 196,77 535,58 828,88 1.423,97 1.851,16 4 187,44 230,05 637,60 1.095,36 1.423,97 D III 3 175,17 220,50 595,89 1.023,70 1.330,81 2 168,13 208,10 556,90 1.007,89 1.310,26 1 97,05 197,75 540,68 997,13 1.296,27 D II 2 92,42 193,50 514,94 989,55 1.286,42 1 92,06 173,70 512,88 971,36 1.262,77 D I 2 91,33 164,39 508,81 968,99 1.259,69 1 86,16 155,08 480,01 964,82 1.254,27 Tabela IX - Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico - Valores de RT para o Regime de 40 h com Dedicação Exclusiva APERFEIÇOA- RETRIBUIÇ ÃO POR TITULAÇÃ O EM R$ ESPECIALIZA- ESPECIALIZA- MESTRADO ou DOUTORADO CLASSE NÍVE L MENTO ÇÃO ou RSC-I + RSC-II + ou RSC-III + RSC-IV Graduação Especialização Mestrado Titular 1 10.373,74* 11.944,32

4 739,64 1.236,45 3.288,57 9.009,93 10.373,74 D IV 3 706,88 1.197,47 3.154,25 8.512,98 9.801,85 2 683,30 1.160,08 3.153,36 8.085,35 9.309,47 1 565,95 1.032,22 3.151,25 7.692,01 8.856,58 4 466,36 812,88 2.501,25 5.847,50 6.732,81 D III 3 439,97 781,02 2.403,19 5.516,51 6.351,71 2 415,06 772,66 2.332,03 5.204,25 5.992,17 1 402,97 717,60 2.261,88 5.052,67 5.817,64 D II 2 380,16 715,66 2.035,40 4.816,67 5.545,91 1 377,15 666,66 2.020,25 4.784,25 5.508,59 D I 2 374,15 660,44 2.016,09 4.764,16 5.484,45 1 352,98 616,83 1.931,98 4.625,50 5;325,80 Justificativa da criação do Reconhecimento de Saberes e Competências dos docentes doutores da carreira EBTT (RSC-IV) O RSC O Reconhecimento de Saberes e competências foi concebido de forma a avaliar, ampla e irrestrita, todas as atividades desenvolvidas pelos docentes federais nos âmbitos de Ensino, Pesquisa e Extensão, tendo em vista a Lei n o 12.772/12. O RSC, em sua essência, tinha como objetivo oferecer a oportunidade aos docentes que não possuiam titulação de especialista, mestre ou doutor, para que pudessem ascender financeiramente, colocando-os no mesmo patamar que os detentores de tais títulos. Em sua concepção inicial, o RSC previa ser uma compensação devida aos docentes antigos do Magistério Federal em decorrência das dificuldades enfrentadas para obterem suas qualificações. Entretanto, a proposta inicial do RSC foi abrandada e não foi feita menção ao tempo de trabalho do docente nestas Instituições Federais. O RSC, tal como foi idealizado, não levou em consideração que os docentes com o título de doutor também reúnem um conjunto de saberes e competências diversas e singulares. Muitos docentes doutores, após a obtenção da titulação, continuam ativos na produção e divulgação de conhecimentos, visto que participam de grupos de pesquisa, congressos, publicando trabalhos científicos em anais, revistas e/ou livros. Uma grande parte desses docentes, além do título de doutor, agrega enorme experiência de atuação não só na sala de aula, como também em outras atividades inerentes á carreira se dedicando, inclusive, a cursos de pós-doutoramento agregando experiência na área de ensino, pesquisa e inovação. O RSC atendeu a todos os docentes da Carreira do Magistério Federal EBTT, com exceção daqueles que já possuíam titulação máxima, os doutores. Assim, uma leitura atenta da Lei 12.772/12 permite a percepção de que esta não partilha do princípio da equidade, pois não contempla os professores doutores, ou seja, não lhes concede a possibilidade de demonstrar seus saberes e competências, assim como sua contribuição com o Magistério Federal.

A forma como foi proposta a legislação relativa ao RSC não dá margem para que se institua o RSC-IV, uma vez que não existe uma Retribuição por Titulação equivalente à classe de Professor Titular. A instituição do RSC-IV, portanto, não se mostra viável diante da legislação atual, exceto por meio de uma alteração na Lei da Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico. Posto isso, é necessária a criação de uma retribuição (RSC-IV) para atender aos professores doutores. Nomenclatura Reconhecimento de Saberes e Competências dos Docentes Doutores da Carreira EBTT (RSC-IV) Legislação correlata a) Lei n o 8.112, de 11 de dezembro d 1990, que institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, as autarquias, inclusive as em regime especial, e as fundações públicas federais, e suas alterações posteriores. b) Lei n o 12.772, de 28 de dezembro de 2012, que dispõe sobre a estruturação do Plano de Carreiras e Cargos de Magistério Federal (EBTT), e suas alterações posteriores. c) Lei n o 12.863, de 24 de setembro de 2013, que altera a Lei n o 12.772, que dispõe sobre a estruturação do Plano de Carreiras e Cargos de Magistério Federal (EBTT), e suas alterações posteriores. d) Resolução n o 1, de 20 de fevereiro de 2014 - Secretaria de Educação Profissional e Tecnologia, que estabelece os pressupostos, as diretrizes e procedimentos para a concessão de Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) dos docentes do EBTT. Objetivo Criar o Reconhecimento de Saberes e Competências nível IV (RSC-IV) para os docentes da Carreira EBTT detentores do título de doutor. Justificativa Considerando o papel das instituições federais de ensino na formação humana de uma sociedade em constante transformação; Considerando que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza e que a Constituição da República instituiu o princípio da igualdade como um de seus pilares estruturais, o princípio da isonomia deve constituir preocupação tanto do legislador como do aplicador da lei;

Considerando as diretrizes do Plano Nacional de Educação para o decênio 2010-2020, publicado no DOU em 26/06/2014, especificamente as de número IV e IX, que visam à melhoria da qualidade da educação, bem como a valorização dos profissionais que atuam nessa área; Considerando a Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoal - PNDP, que visa à melhoria da eficiência, eficácia e qualidade dos serviços públicos prestados aos cidadãos, e que tem como uma de suas diretrizes incentivar a inclusão das atividades de capacitação como requisito para a promoção funcional do servidor; Considerando o disposto no Art. 18 da Lei 12.772, de 28 de dezembro de 2012, que rege o Plano de Carreiras e Cargos do Magistério Federal. Constata-se a necessidade de criação no nível IV do Reconhecimento de Saberes e Competências, mediante a apresentação de projeto que possa incluir essa previsão na Lei 12.772, bem como a proposta de regulamentação desse dispositivo legal (Resolução n. o 1, de 20 de fevereiro de 2014). Destaque-se que a gestão dos cargos do Plano de Carreiras e Cargos de Magistério Federal, estruturado pela Lei 12.772/12, deverá observar como princípio e diretriz as competências decorrentes dos processos de ensino, pesquisa, extensão e administração, assim como o reconhecimento do saber na atuação profissional. Para fins de concessão do RSC-IV ao docente, deve-se considerar a experiência profissional, a participação em programas institucionais, em programas de qualificação, em atividades administrativas e de gestão, em comissões e em projetos de pesquisa e extensão. A Lei 12.772/12, que instituiu o RSC, discrimina os docentes detentores do título de doutor, que além de ministrar aulas atuam em cargos de gestão, grupos de trabalho e comissões, assim como lideram e participam de grupos de pesquisas, elaboram pareceres para outras instituições federais, participam de congressos. Tais profissionais têm ainda publicados os resultados de suas produções científicas em anais, periódicos e livros, auxiliando, dessa forma, na promoção técnico-científica no âmbito nacional e internacional. É importante destacar que, para os Institutos Federais, os professores doutores são fundamentais na captação de recursos oriundos de fomentos externos como, por exemplo, CNPq, CAPES e outros. Tudo isso, fruto de elevado investimento intelectual e financeiro que cada docente com título de doutor dispôs para tal ao longo de sua carreira. Esta proposta não almeja equiparar o professor detentor de título de doutor ao Professor Titular, pois isso seria uma incoerência com os princípios que regem o Plano de Carreira dos Professores do EBTT. A proposta visa a estabelecer um valor adicional aos seus vencimentos. Tendo por base a diferença percentual entre os valores da RT de Professor Doutor DIV-4 e a RT do Professor Titular, que corresponde a 30% (trinta por cento) no caso do Regime de 20 horas e 15,14% (quinze vírgula quatorze por cento), no

caso do Regime de 40 horas com dedicação exclusiva. Com base nesses percentuais, foi calculado o valor da RT para RSC-IV de todos os outros níveis, inclusive do próprio Professor Titular que pleitear o RSC-IV, levando-se em conta o padrão de vencimento percebido pelo docente no momento da homologação final de seu processo de RSC-IV, conforme Tabelas VIII e IX no anexo IV da lei. Os saberes e competências dos professores doutores, no âmbito de suas especificidades acadêmicas e docentes, levarão em conta as características de cada Instituição a qual estão vinculados os docentes e poderão, em síntese, abarcar cursos de pós-doutoramento; participação em bancas de mestrado e doutorado; seminários de estudo e pesquisa; orientação de trabalho científico; coordenação de grupos de pesquisa; organização de eventos acadêmicos; atuação como palestrante ou conferencista em feiras e seminários; participação na implantação de cursos superiores, na avaliação in loco de instituições e cursos superiores; na elaboração de projetos de captação de recursos aceitos por agências de fomento à pesquisa, e em comissões de estudos e assuntos ligados à gestão do conhecimento. Bem como a experiência docente em cursos de nível técnico e/ou superior, além da produção acadêmica de qualidade comprovada, como publicação de artigos científicos em revistas especializadas e indexadas, publicação de livros ou capítulos de livros técnicos, experiência como membro de conselho editor e/ou consultor científico de periódicos, criação e registro de patentes, entre outros. Considerações Finais O docente que fizer jus ao RSC-IV não será promovido ao cargo de Professor Titular e, para fins de concessão do RSC-IV, deverão ser levados em consideração critérios como: I - possuir o título de doutor; II- ser aprovado em processo de avaliação de desempenho; e III- lograr aprovação no processo de avaliação para a concessão do RSC-IV, que deverá considerar as atividades de ensino, pesquisa, extensão, gestão acadêmica e produção profissional relevante. O professor para fazer jus ao RSC-IV deverá seguir os mesmos pressupostos, diretrizes e procedimentos adotados na concessão dos RSC s I, II e III. Certos de que todos têm o direito de receber da Administração o mesmo tratamento, se iguais, e que nada pode discriminá-los, evocamos neste documento o princípio da isonomia e da igualdade, tal como previsto na Carta Magna em seu Art. 150, II. Impõe-se, por esse princípio, um tratamento impessoal, igualitário ou isonômico aos docentes detentores do título de doutor, no sentido de terem, assim como todos os outros docentes do EBTT, reconhecidos seus múltiplos saberes e competências.

Evocamos também o princípio da razoabilidade, um dos alicerces do direito administrativo, que impõe que as decisões administrativas devam ser reflexo do bom senso e sejam dotadas de razão. Afinal, não é razoável a negação do reconhecimento de saberes e competências a profissionais que investiram, no mínimo, quatro anos a mais em sua formação acadêmica e, como já mencionado anteriormente, continuam ativos na produção e divulgação de conhecimentos.