Registos e Notariado 2018 2ª Edição Atualização nº 5
Atualização nº 5 editor EDIÇÕES ALMEDINA, S.A. Rua Fernandes Tomás, nºs 76, 78 e 80 3000-167 Coimbra Tel.: 239 851 904 Fax: 239 851 901 www.almedina.net editora@almedina.net isbn original 978-972-40-7562-4 Setembro, 2018 página internet do livro https://www.almedina.net/product_info.php?products_id=45966
ATUALIZAÇÃO Nº 5 Lei nº 49/2018, de 14 de agosto, criou o regime jurídico do maior acompanhado, eliminando os institutos da interdição e da inabilitação Código do Registo Civil a) Na página 15, o artigo 1º passa a ter a seguinte redação: ARTIGO 1º Objecto e obrigatoriedade do registo 1 O registo civil é obrigatório e tem por objecto os seguintes factos: a) O nascimento; b) A filiação; c) A adopção; d) O casamento; e) As convenções antenupciais e as alterações do regime de bens convencionado ou legalmente fixado; f ) A regulação do exercício do poder paternal, sua alteração e cessação; g) A inibição ou suspensão do exercício do poder paternal e as providências limitativas desse poder; h) O acompanhamento de maiores e a tutela e administração de bens; i) O apadrinhamento civil e a sua revogação; j) A curadoria provisória ou definitiva de ausentes e a morte presumida; l) A declaração de insolvência, o indeferimento do respectivo pedido, nos casos de designação prévia de administrador judicial provisório, e o encerramento do processo de insolvência; m) A nomeação e cessação de funções do administrador judicial e do administrador judicial provisório da insolvência, a atribuição ao devedor da administração
da massa insolvente, assim como a proibição da prática de certos actos sem o consentimento do administrador da insolvência e a cessação dessa administração; n) A inabilitação e a inibição do insolvente para o exercício do comércio e de determinados cargos; o) A exoneração do passivo restante, assim como o início e cessação antecipada do respectivo procedimento e a revogação da exoneração; p) O óbito; q) Os que determinem a modificação ou extinção de qualquer dos factos indicados e os que decorram de imposição legal. 2 Os factos respeitantes a estrangeiros só estão sujeitos a registo obrigatório quando ocorram em território português. 3 Quando os sujeitos da relação jurídica de filiação, adoção ou apadrinhamento civil estejam casados ou unidos de facto com pessoa do mesmo sexo, os assentos, averbamentos ou novos assentos de nascimento no registo civil são efetuados de forma idêntica à prevista nas leis em vigor para casais de sexo diferente. b) Na página 30, o artigo 69º passa a ter a seguinte redação: ARTIGO 69º Averbamentos ao assento de nascimento 1 Ao assento de nascimento são especialmente averbados: a) O casamento, sua dissolução, declaração de inexistência ou nulidade, anulação e sanação in radice, bem como a separação em qualquer das suas modalidades e a reconciliação dos cônjuges legalmente separados; b) O estabelecimento da filiação; c) O casamento dos pais, entre si, posterior ao registo de nascimento do filho; d) A adoção e a revisão da respetiva sentença; e) A regulação do exercício do poder paternal, sua cessação e a alteração que respeite à confiança do filho; f ) A inibição e a suspensão do exercício do poder paternal, bem como as providências limitativas desse poder; g) O acompanhamento de maiores, incluindo as concretas medidas decretadas com relevância registal, a tutela e administração de bens, a curadoria provisória ou definitiva de ausente e a incapacidade de menor casado para administrar os bens, sua modificação e extinção; h) A constituição do apadrinhamento civil e a sua revogação; i) A declaração de insolvência, o indeferimento do respectivo pedido e o encerramento do processo de insolvência; j) A nomeação e cessação de funções do administrador judicial e do administrador judicial provisório da insolvência, a atribuição ao devedor da administração da massa insolvente, bem como a proibição da prática de certos actos sem o consentimento do administrador da insolvência e a cessação dessa administração; 4
l) A inabilitação e a inibição do insolvente para o exercício do comércio e de determinados cargos; m) O início, cessação antecipada e decisão final do procedimento de exoneração do passivo restante e a revogação desta; n) A alteração de nome; o) A mudança de sexo e a consequente mudança de nome próprio; p) A conservação dos apelidos dos cônjuges que tenha lugar em caso de dissolução do casamento ou de novas núpcias; q) O óbito e a morte presumida judicialmente declarada; r) Em geral, todos os factos jurídicos que modifiquem os elementos de identificação ou o estado civil do registado. 2 A perfilhação dependente de assentimento só é averbada quando este for prestado. 3 Os factos referidos na alínea f ) do nº 1 são averbados aos assentos de nascimento dos filhos. 4 Os factos referidos na alínea o) do nº 1 apenas são averbados: a) Aos assentos de nascimento dos filhos maiores da pessoa que mudou de sexo, a requerimento daqueles; b) Ao assento de nascimento do outro cônjuge com consentimento deste prestado através de declaração perante oficial do registo civil ou de documento autêntico ou autenticado. 5 Após o averbamento do facto referido na alínea d) deverá ser feita a comunicação a que se reporta o nº 3 do artigo 56º do Regime Jurídico do Processo de Adoção, a efetuar com preservação dos elementos de identificação dos adotantes, designadamente identidade, filiação, residência, número de documentos de identificação e do tribunal por onde correu o processo de adoção. c) Na página 31, o artigo 70º passa a ter a seguinte redação: ARTIGO 70º Averbamentos ao assento de casamento 1 Ao assento de casamento são especialmente averbados: a) O casamento católico celebrado entre pessoas já casadas civilmente; b) A dissolução, inexistência, declaração de nulidade ou anulação do casamento; c) A morte presumida de qualquer dos cônjuges; d) A sanação in radice do casamento católico nulo; e) A sanação da anulabilidade do casamento celebrado por menor não núbil, por maior acompanhado, nos casos em que o acompanhamento constitua um impedimento, ou sem a intervenção das testemunhas exigidas; 5
f ) A separação de pessoas e bens, a reconciliação dos cônjuges separados e a simples separação judicial de bens; g) A existência de convenção antenupcial, quando desta for feita prova após a celebração do casamento; h) As alterações ao regime de bens convencionado ou legalmente fixado; i) A mudança de sexo de qualquer dos cônjuges e a correspondente mudança de nome próprio, desde que haja consentimento do outro cônjuge, prestado por declaração perante o oficial do registo civil ou através de documento autêntico ou autenticado. 2 (Revogado.) d) Na página 67, o artigo 174º passa a ter a seguinte redação: ARTIGO 174º Recusa de transcrição 1 A transcrição do casamento católico deve ser recusada nos seguintes casos: a) (Revogada.) b) Se o duplicado ou certidão do assento paroquial não contiver as indicações exigidas no artigo 167º ou as assinaturas devidas; c) Se o conservador tiver fundadas dúvidas acerca da identidade dos contraentes; d) Se no momento da celebração for oponível ao casamento algum impedimento dirimente; e) Se, tratando-se de casamento legalmente celebrado sem precedência do processo respetivo, existir no momento da celebração o impedimento de falta de idade nupcial, de acompanhamento, quando a sentença respetiva assim o determine, ou o impedimento de casamento civil anterior não dissolvido, desde que, em qualquer dos casos, o impedimento ainda subsista. 2 Nos casos a que se referem as alíneas b) e c) do número anterior, o conservador deve remeter ao pároco o duplicado ou a certidão, sempre que possível por via electrónica, para que se complete ou esclareça o documento em termos de a transcrição se efectuar, sempre que possível, dentro dos sete dias ulteriores à celebração do casamento. 3 (Revogado.) 4 A morte de um ou de ambos os cônjuges não obsta à transcrição. 5 A recusa da transcrição deve ser notificada aos nubentes, pessoalmente ou por carta registada. 6
Transferência de Competência Decisória para o Ministério Público e Conservatórias do Registo Civil Decreto-Lei nº 272/2001, de 13 de Outubro f ) Na página 120, o artigo 2º passa a ter a seguinte redação: ARTIGO 2º Competência 1 São da competência exclusiva do Ministério Público as decisões relativas a pedidos de: a) Suprimento do consentimento, sendo a causa de pedir a menoridade, o acompanhamento ou a ausência da pessoa; b) Autorização para a prática de atos pelo representante legal do menor ou do acompanhado, quando legalmente exigida; c) Autorização para a alienação ou oneração de bens do ausente, quando tenha sido deferida a curadoria provisória ou definitiva; d) Confirmação de atos praticados pelo representante do menor ou do acompanhado sem a necessária autorização. 2 O disposto no número anterior não se aplica: a) Às situações previstas na alínea a), quando o conservador de registo civil detenha a competência prevista na alínea a) do artigo 1604º do Código Civil; b) Às situações previstas na alínea b), quando esteja em causa autorização para outorgarem partilha extrajudicial e o representante legal concorra à sucessão com o seu representado, sendo necessário nomear curador especial, bem como nos casos em que o pedido de autorização seja dependente de processo de inventário ou de acompanhamento. f ) Na página 121, o artigo 3º passa a ter a seguinte redação: ARTIGO 3º Procedimento perante o Ministério Público 1 O interessado apresenta o pedido ao agente do Ministério Público que exercer funções junto do: a) Tribunal em que correu o processo de nomeação do representante, quando este tiver sido nomeado judicialmente; 7
b) Tribunal em que correu o processo de curadoria nas situações previstas na alínea c) do nº 1 do artigo anterior; c) Tribunal de 1ª instância competente em razão da matéria no âmbito da circunscrição da residência do representante nos restantes casos. 2 Juntamente com o pedido são apresentados os fundamentos de facto e de direito, indicadas as provas e junta a prova documental. 3 São citados para, no prazo de 15 dias, apresentar oposição, indicar as provas e juntar a prova documental: a) Nos casos previstos na alínea a) do nº 1 do artigo anterior, o representante do menor ou do maior acompanhado, quando o tenha, ou o procurador ou curador do ausente, o seu cônjuge ou parente mais próximo e o próprio maior acompanhado que possa agir; havendo mais de um parente no mesmo grau, é citado o que for considerado mais idóneo; b) Nas situações previstas na alínea b) do nº 1 do artigo anterior, o parente sucessível mais próximo do visado ou, havendo vários parentes no mesmo grau, o que for considerado mais idóneo. 4 Nos casos de suprimento do consentimento em que a causa de pedir seja o acompanhamento ou a ausência da pessoa e ainda não esteja decretado o acompanhamento ou verificada judicialmente a ausência, aplica-se o disposto na alínea a) do número anterior, com as necessárias adaptações. 5 O Ministério Público decide depois de produzidas as provas que admitir, de concluídas outras diligências necessárias e de ouvido o conselho de família, quando o seu parecer for obrigatório. 6 No prazo de 10 dias contados da notificação da decisão, pode o requerente ou qualquer interessado que tenha apresentado oposição, requerer a reapreciação da pretensão através da propositura da correspondente acção no tribunal. g) Na página 122, o artigo 4º passa a ter a seguinte redação: ARTIGO 4º Aceitação ou rejeição de liberalidades em favor de incapazes 1 São da competência do Ministério Público as decisões relativas a pedidos de notificação do representante legal para providenciar acerca da aceitação ou rejeição de liberalidades a favor de incapaz menor ou de maior acompanhado que, nos termos da sentença de acompanhamento, não o possa fazer pessoal e livremente. 2 É aplicável o disposto nos nºs 1 e 2 do artigo anterior, devendo o requerente justificar a conveniência da aceitação ou rejeição e indicar o prazo para o cumprimento. 3 O despacho que ordenar a notificação marca prazo para o cumprimento. 4 Se quiser pedir autorização para aceitar a liberalidade, o notificado formula o pedido no próprio processo de notificação, observando-se o disposto no artigo anterior e, obtida a autorização, no mesmo processo declara aceitar a liberalidade. 8
5 Se, dentro do prazo fixado, o notificado não pedir a autorização ou não aceitar a liberalidade, o Ministério Público, depois de produzidas as provas necessárias, declara-a aceite ou rejeitada, de harmonia com as conveniências do menor ou do maior acompanhado. 6 À aceitação ou rejeição de liberalidades em favor de menores ou de maiores acompanhados é aplicável o disposto no nº 6 do artigo anterior. h) Na página 125, o artigo 13º passa a ter a seguinte redação: ARTIGO 13º Reconciliação dos cônjuges separados 1 A reconciliação de cônjuges separados efectua-se com base em acordo declarado por aqueles e homologado pelo conservador. 2 É enviada certidão da decisão de reconciliação de cônjuges separados judicialmente ao processo de separação. 9