Este processo também é chamado de goivagem a carvão, os eletrodos são considerados não consumíveis, mas desgastam-se com o uso.

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Transcrição:

Prof. Luiz Gimenes Jr. Introdução Corte por Eletrodo de Grafite Este processo também é chamado de goivagem a carvão, os eletrodos são considerados não consumíveis, mas desgastam-se com o uso. O processo utiliza uma tocha especial que assemelha-se ao alicate do processo eletrodo revestido, adaptado com um orifício que direciona um jato de ar comprimido para a expulsão do metal líquido proveniente da poça de fusão formada pelo arco elétrico entre o eletrodo e a peça, conforme mostrado na Figura 1. Atualmente é empregado para remoção de raízes de solda imperfeitas, remoção de dispositivos auxiliares de montagem, remoção de soldas com defeitos, etc. Tipos de eletrodos Figura 1 - Corte com Eletrodo de Grafite Diversos tipos de eletrodos são usualmente empregados no processo de goivagem a arco, os mais comumente usados são os revestidos de cobre com núcleo de grafite, estes prestam-se para serviço em corrente continua, são disponíveis nas bitolas de 4,0 ate 25,4 mm. www.infosolda.com.br/download/62dde.pdf página 1

Eletrodos de grafite de menor custo também são fabricados sem revestimento somente para corrente continua, mas são poucos utilizados restringindo-se a bitolas de até 9,5 mm, os eletrodos revestidos de cobre são geralmente preferidos, devido ao desgaste menor durante a operação do que os eletrodos nus, os eletrodos revestidos de cobre também podem ser fabricados para operarem em corrente alternada, nesses há a necessidade de se adicionar elementos estabilizadores de arco, estando disponíveis nos diâmetros de 4,0 ate 13,0 mm. Na TABELA 1 são apresentados os tipos de corrente recomendadas para diversos tipos de materiais. TABELA 1 - TIPO DE ELETRODO E CORRENTE RECOMENDADA Material Tipo de Eletrodo Fontes de Energia aço aço inox Ferro Fundido Ligas de cobre Ligas de níquel EP EP EP (corrente alta) ou EN EP ou EN ou EN não recomendável Técnica de trabalho Para a excussão do corte é necessário fazer-se uma certa inclinação do eletrodo mostrado na Figura 2. Figura 2 Técnica de remoção de metal www.infosolda.com.br/download/62dde.pdf página 2

No quadro abaixo fornece-se dados práticos de execução de goivagem: Diâmetro (pol.) Corrente (A) Profundidade Máxima (mm) Velocidade de corte (m/min) 1/4" 300 8 0,5 1,50 3/8" 400 10 1,0 1,50 1/2" 500 12 1,4 1,50 Metros de metal removido por eletrodo consumido Fontes de energia Fontes padronizadas para uso industrial, podem ser usadas para goivagem, máquinas de solda para serviços leves não são adequadas para este fim. As faixas de tensão de arco normalmente empregadas estão em torno de 35 a 56 V, as tensões em vazio devem ter no mínimo 60 V, na TABELA 2 estão as faixas de corrente recomendadas, e na TABELA 3 estão relacionadas as máquinas mais comuns para uso em goivagem a arco. TABELA 2 - FAIXA DE CORRENTE RECOMENDADA Tipos de Fonte Corrente Diâmetro Eletrodo (mm) (A) EP EN 5,0 6,0 8,0 9,5 12,7 16,0 19,0 150 200 250 350 600 800 1200 200 400 450 600 1000 1200 1600 150 200 300 400 200 300 500 600 150 200 300 400 180 250 400 500 OBS.: Para eletrodos de 4,0 mm usar EP de 90 a 150 A www.infosolda.com.br/download/62dde.pdf página 3

TABELA 3 - FONTES DE GOIVAGEM A ARCO Tipo de Corrente Tipo de Fonte Observações Motor de corrente constante Recomendado para todas as bitolas de eletrodo / Moto-gerador, Retificador de Tensão Transformador Retificador Recomendado para bitolas acima de 6,4 mm Usado para eletrodos especiais para Transformador - Retificador Ar comprimido A pressão de trabalho normalmente empregada para goivagem são da ordem de 5,6 a 7,0 Kgf/m2, tochas para serviço leve podem trabalhar com garrafas de ar comprimido com pressões em torno de 2,8 kgf/mm2, pressões acima de 7,0 kgf/mm2 algumas vezes são usadas, mas não oferecem nenhuma vantagem na eficiência de remoção de metal. Na TABELA 4 é apresentado o consumo de ar comprimido de acordo com o diâmetro de eletrodo a ser utilizado. Diâmetro (mm) Aplicação TABELA 4 - CONSUMO DE AR COMPRIMIDO Pressão (Kg/cm2) Consumo (l/min) 6,4 manual, serviço leve 2,8 85 8,0 manual, serviço leve 5,6 250 9,5 uso geral 5,6 450 16,0 semi-automático 5,6 700 www.infosolda.com.br/download/62dde.pdf página 4

Bibliografia Luiz Gimenes Jr.., Processos Usuais de Soldagem II, FATEC-SP, 1995 Boletim Técnico Conarco ano 6 no 66 jun/80 www.infosolda.com.br/download/62dde.pdf página 5