ESTATUTO ORGÂNICO DO INSTITUTO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE QUADROS DA EDUCAÇÃO CAPITULO I Disposições Gerais Artigo 1º (Definição e Natureza Jurídica) 1.O Instituto Nacional de Formação de quadros da Educação abreviadamente designado por «INFQE» é um instituto público do sector social dotado de personalidade jurídica e de autonomia administrativa, financeira e patrimonial que visa promover a implementação da política de formação inicial e em serviço de professores bem como criar estratégias para apoiar os docentes do ensino primário e secundário com vista a melhorar o seu desempenho em sala de aula. 2. O Instituto é dirigido por um Director Geral equiparado a Director Nacional 3. O Instituto rege-se por estatuto próprio e pelos diplomas que estabelecem as regras de organização e funcionamento dos institutos públicas. 1. O Instituto Nacional de Formação de Quadros, abreviadamente designado INFQ, é uma instituição pública dotada de personalidade jurídica e de autonomia administrativa, financeira, patrimonial e científico pedagógica; 2. O Instituto Nacional de Formação de Quadros tem natureza jurídica de Instituto Público do sector social com categoria de estabelecimento público nos termos da legislação vigente sobre os Institutos Públicos. Artigo 2º (Missão) O Instituto Nacional de Formação de Quadros tem como missão a organização, coordenação, execução e monitorização das políticas de formação de formadores, professores, técnicos e especialistas da administração da educação de nível médio no subsistema de formação de professores; Artigo 3º (Regime Jurídico) O Instituto Nacional dinfq rege-se pelo disposto no presente Estatuto e demais legislação aplicável. Artigo 4º (Sede e âmbito) 1. O Instituto Nacional de Formação de Quadros tem a sua sede em Luanda e é de âmbito nacional. 1
2. O INFQ pode ter representação nas diferentes províncias, nos termos da legislação em vigor. Artigo 5º (Tutela ) O Instituto Nacional de Formação de Quadros funciona sob tutela do Ministério da Educação. Artigo 6º (Atribuições) São atribuições do Instituto Nacional de Formação de Quadros: a) Planear, propor, gerir e executar as políticas de formação para a profissionalização docente na educação pré-escolar, no ensino primário e no I ciclo do ensino secundário, quer no modelo integrado, quer no sequencial; b) Definir normas organizativas e de funcionamento das instituições de formação inicial, contínua e a distância de professores para a educação pré - escolar, o ensino primário e o I ciclo do ensino secundário e velar pela sua aplicação e cumprimento; c) Assegurar a orientação metodológica e monitorar a execução dos projectos educativos das instituições de formação inicial e contínua de professores; d) Executar as acções de formação contínua e à distância de professores na educação pré escolar, no ensino primário e no I ciclo do ensino secundário e outros quadros da educação; e) Garantir e monitorar a execução das acções de formação inicial, contínua e à distância de professores para a educação pré escolar, o ensino primário e o I ciclo do ensino secundário; f) Definir parâmetros de qualidade da formação inicial, contínua e à distância de professores para a educação pré escolar, o ensino primário e do I ciclo o ensino secundário; g) Definir os mecanismos e estabelecer critérios de agregação pedagógica dos docentes que não possuam formação especializada para a docência e assegurar a gestão da formação, a nível médio; h) Definir e estabelecer critérios e mecanismos de supervisão pedagógica, acreditação, validação e certificação das acções de formação, cursos de superação e formação contínua e à distância de professores de nível médio; i) Propor a abertura e encerramento de escolas, centros e cursos de formação de professores de nível médio e definir um sistema de avaliação interna e externa dessas instituições de formação; j) Fomentar a organização de congressos, oficinas, eventos científicos que contribuem para enriquecer e melhorar a qualidade da formação de quadros para a educação; 2
k) Assegurar a formação de Supervisores Pedagógicos e a coordenação dos respectivos programas, projectos e acções; l) Emitir parecer sobre a introdução de novos cursos nas escolas de formação de professores e de formação equiparada para a docência na educação pré-escolar, no ensino primário e no I ciclo do ensino secundário; m) Assegurar a coordenação dos programas, projectos e acções de capacitação do pessoal docente, técnico e administrativo do Sector da Educação; n) Promover e desenvolver estudos, visando a elevação contínua do perfil dos professores e técnicos do sector da Educação tendo em atenção as crescentes exigências do Sistema de Educação; o) Promover a monitorização, a avaliação contínua e a divulgação das análises globais do processo de formação de professores, formadores e técnicos da educação de nível médio; p) Estabelecer e desenvolver, no exercício das suas funções, uma estreita colaboração com as todas as estruturas do MED, com as instituições homólogas do Ministério do Ensino Superior, demais organismos nacionais e estrangeiros similares, no âmbito da sua actividade e competência; q) Participar em congressos e outros eventos nacionais e internacionais, cujas matérias se relacione com o seu escopo; r) Exercer as demais atribuições que lhes sejam estabelecidas por lei ou superiormente determinadas. 3
CAPITULO II ORGANIZAÇÃO INTERNA Secção I ÓRGÃOS E SERVIÇOS Artigo 7º (Órgãos) O Instituto Nacional de Formação de Quadros compreende os seguintes órgãos: a) Conselho Directivo; b) Director Geral; c) Conselho Fiscal; d) Conselho Técnico. Artigo 8º (Serviços de Apoio Agrupados) 1. O INFQ compreende os seguintes Serviços de Apoio Agrupados: a) Departamento de Apoio ao Director Geral; b) Departamento de Administração e Serviços Gerais; c) Departamento de Recursos Humanos e das Tecnologias de Informação; 2. Cada um dos serviços de apoio agrupados é dirigido por um chefe de departamento. Artigo 9º (Serviços Executivos Directos) 1. O INFQ compreende os seguintes serviços executivos Directos: a) Departamento de Formação Inicial; b) Escola de Formação de Quadros da Educação; 2. Cada um dos serviços executivos é dirigido por um chefe de departamento. Secção II Conselho Directivo Artigo 10º (Composição e Competências) 1. O Conselho Directivo é o órgão colegial que delibera sobre aspectos permanentes da gestão do INFQ e tem a seguinte composição: a) Director Geral 4
b) Director Geral Adjunto c) Chefes de Departamentos d) Dois vogais designados pelo titular do órgão de tutela 2. Ao Conselho Directivo compete: a) Aprovar os instrumentos de gestão previsional e os documentos de prestação de contas do Instituto; b) Aprovar a organização técnica e administrativa, bem como os regulamentos internos; c) Proceder ao acompanhamento sistemático da actividade do Instituto, tomando as providências que as circunstâncias exigirem; d) Propor ao Departamento Ministerial de tutela as grandes linhas de actividade do Instituto; e) Aprovar os relatórios resultantes das acções de formação; f) Emitir parecer sobre os actos de administração relativos ao património do Instituto. g) Pronunciar-se sobre outros assuntos que lhe forem submetidos superiormente. 3. O Conselho Directivo reúne-se ordinariamente uma vez por mês e, a título extraordinário, sempre que convocado pelo Director Geral que o preside. 4. As deliberações do Conselho Directivo são aprovadas por maioria e o Presidente tem voto de qualidade, em caso de empate. Secção III Conselho Técnico Artigo 11º (Competências e Composição) 1. O Conselho Técnico é o órgão de consulta e apoio, ao qual compete: a) Estudar, analisar, avaliar e elaborar recomendações e propostas sobre o desenvolvimento dos processos e projectos de formação; b) Apreciar anualmente o relatório de actividade e o programa de trabalhos para o ano económico seguinte; c) Avaliar e aprovar os currículos e outros materiais pedagógicos para a formação inicial, contínua e a distância de professores e pessoal administrativo e técnico do sector da Educação em coordenação com outras estruturas do Departamento Ministerial da Educação; d) Prestar à Direcção a necessária colaboração técnica no âmbito do que lhe compete; 5
e) Definir as grandes linhas de desenvolvimento do INFQ, constantes dos planos de desenvolvimento plurianuais; f) Exercer as demais atribuições que lhes sejam estabelecidas por lei ou superiormente determinadas. Artigo 12º (Composição) O Conselho Técnico integra as seguintes entidades: a) Director Geral, que o preside; b) Director Geral Adjunto; c) Chefes de Departamento; d) Representantes de outras estruturas dependentes ou não do INFQ ou do Ministério da Educação, a convite do Director Geral. Artigo 13º (Reuniões) O Conselho Técnico do INFQ reúne-se anualmente sem prejuízo de poder o Director Geral convocar reuniões extraordinárias, em caso de necessidade. Secção IV Director Geral Artigo 14º (Competências do Director Geral) O Director Geral é o órgão singular responsável pela gestão permanente do INFQ, a quem, no cumprimento das suas funções compete o seguinte: a) Representar e responder pela actividade do Instituto perante o Ministro ou a quem este subdelegar; b) Dirigir e supervisionar todos os serviços do INFQ, visando a prossecução das suas atribuições; c) Garantir a articulação funcional com os diferentes serviços do órgão de Tutela e outros, cujo conteúdo de trabalho tenha relação directa com a actividade do INFQ; d) Exercer os poderes gerais de gestão técnica, administrativa e patrimonial; e) Propor e executar os instrumentos de gestão provisional e submeter a aprovação do Conselho Directivo; f) Formular e submeter à apreciação do Órgão de Tutela os programas anuais e plurianuais do Instituto; g) Garantir internamente o cumprimento das orientações emanadas superiormente; 6
h) Proceder à contratação, colaboração e promoção do pessoal nos termos da lei; i) Propor a nomeação e exoneração dos quadros e técnicos do Instituto; j) Convocar, orientar e presidir as reuniões do Conselho Directivo; k) Exercer o poder disciplinar nos termos da legislação vigente; l) Elaborar nos termos da lei os relatórios de actividades e as contas respeitantes ao ano anterior submetendo-os a apreciação do Conselho Directivo; m) Submeter à Tutela do Ministro da Educação e ao Tribunal de Contas o relatório das actividades e as contas anuais, devidamente instruídos com o parecer do Conselho Fiscal; n) Exarar ordens de serviço e instruções necessárias para o bom funcionamento do Instituto; o) Exercer as demais atribuições que lhes sejam estabelecidas por lei ou superiormente determinadas. Artigo 15º (Coadjutor do Director Geral) 1. O Director do INFQ no exercício das suas funções é coadjuvado por um Director Geral Adjunto. 2. O Director Geral e o Director Geral Adjunto são nomeados por despacho do Ministro da Educação. 3. O Director Geral Adjunto exerce as competências consignadas no regulamento interno, bem como as que lhe forem delegadas pelo Director Geral. 4. O Director Geral é substituído nas suas ausências e impedimentos pelo Director Geral Adjunto. Secção V (Conselho Fiscal) Artigo 16º (Natureza, composição e Competências) 1. O Conselho Fiscal é o órgão de controlo e fiscalização interna, ao qual cabe analisar e emitir parecer de índole económico, financeira e patrimonial sobre a actividade do INFQ. 2. Os membros do Conselho Fiscal do INFQ são nomeados por despacho do Titular do órgão de Tutela e, obedece a seguinte composição: a) Um presidente indicado pelo Ministro das Finanças; b) Dois vogais indicados pelo Ministro da Educação, dos quais, um deve ser perito em contabilidade pública. 7
3. O Conselho Fiscal tem a seguinte competência: a) Emitir, na data legalmente estabelecida, parecer sobre as contas anuais, relatório de actividades e proposta de orçamento do privativo do Instituto; b) Emitir parecer sobre o cumprimento das normas reguladoras da actividade do Instituto; c) Proceder à verificação regular dos fundos existentes e fiscalizar a escrituração da contabilidade. Secção VI Serviços de Apoio Agrupados Artigo 17º (Departamento de Apoio ao Director Geral) 1 O Departamento de Apoio ao Director Geral é o serviço instrumental e de apoio ao Director Geral, encarregue das funções de secretariado de direcção, assessoria jurídica, intercâmbio, documentação e informação. 2. Ao Departamento de Apoio ao Director compete: a) Supervisionar toda actividade do secretariado de direcção; b) Analisar, processar e controlar a documentação de carácter técnico - jurídico, necessária ao correcto funcionamento do Instituto; c) Contribuir para que a actuação dos vários órgãos do Instituto se processe em conformidade com a legalidade estabelecida, propondo medidas adequadas; d) Participar nas actividades ligadas à celebração de protocolos ou convénios; e) Colaborar com os órgãos competentes do Ministério da Educação no tratamento de questões de natureza jurídica; f) Actualizar o arquivo dos regulamentos, despachos e ordens de serviço e demais documentos dimanados dos órgãos superiores; g) Emitir pareceres, elaborar informações e apresentar propostas, sobre todos os documentos que lhe sejam submetidos pelo Director Geral; h) Exercer as demais atribuições que lhes sejam estabelecidas por lei ou superiormente determinadas. 8
Artigo 18º (Departamento de Administração e Serviços Gerais) 1- O Departamento de Administração e Serviços Gerais é o serviço encarregue de assegurar as funções de gestão orçamental, finanças, património, transporte, relações públicas e protocolo. 2 Compete ao Departamento de Administração e Serviços Gerais: a) Organizar e controlar a execução das tarefas administrativas atinentes a todas as áreas e serviços do Instituto; b) Assegurar a aquisição de bens e serviços necessários ao funcionamento do Instituto, em conformidade com as normas e procedimentos legais em vigor; c) Promover o controlo e a manutenção dos bens patrimoniais do Instituto; d) Providenciar e assegurar as condições financeiras, técnicas, materiais e logísticas para a realização de encontros de trabalho, seminários, cursos e demais actividades similares promovidas pelo INFQ; e) Assegurar os serviços de recepção, deslocação e estadia de delegações, responsáveis ou outros quadros, nacionais e estrangeiros em missão oficial do INFQ no interior e para o exterior do País; f) Exercer as demais atribuições que lhes sejam estabelecidas por lei ou superiormente determinadas. Artigo 19º (Departamento de Recursos Humanos e das Tecnologias de Informação) 1- O Departamento de Gestão de Recursos Humanos e das Tecnologias de Informação é o serviço de apoio que assegura as funções de gestão de pessoal, modernização e inovação dos serviços. 2 Compete ao Departamento de Recursos Humanos e das Tecnologias de Informação: a) Assegurar os processos de recrutamento e selecção do pessoal; b) Participar no estabelecimento dos sistemas de informação relativos à gestão de recursos humanos docentes; c) Estabelecer e gerir os sistemas de informação relativos à gestão de recursos humanos do Instituto; d) Participar na planificação e desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação nas Escolas de formação de professores; e) Instruir os processos relativos a escalões, faltas e licenças e elaborar os respectivos mapas de pessoal; 9
f) Promover a formação dos Recursos Humanos na área das Tecnologias de Informação e Comunicação; g) Participar na gestão do banco de dados das aplicações partilhadas; h) Prestar assistência na área de tecnologias de informação e comunicação; i) Divulgar os relatórios globais e produzir o anuário estatístico dos professores e agentes de ensino; j) Definir as competências e responsabilidades dos demais intervenientes na recolha e actualização de dados do Subsistema de Formação de Professores; k) Promover e acompanhar o processo de avaliação de desempenho; l) Organizar e actualizar os processos individuais dos trabalhadores, bem como outros relativos à carreira dos mesmos, designadamente, dispensas de serviços, deslocações e equiparações; m) Assegurar a boa gestão do arquivo e documentação, mantendo os processos devidamente organizados, sistematizados, integrados e acessíveis, garantindo a confidencialidade dos dados registados e o controlo da sua consulta e utilização; n) Executar as acções referentes ao provimento, formação e aperfeiçoamento profissional, transferência e promoção do pessoal; o) Receber, registar, protocolar, classificar, fazer a triagem e distribuição de toda a correspondência e documentação enviada ao INFQ, bem como a expedir por este; p) Exercer as demais atribuições que lhes sejam estabelecidas por lei ou superiormente determinadas. Secção VI (Serviços Executivos Centrais) Artigo 20º (Departamento de Formação Inicial) 1- O Departamento de Formação Inicial é o órgão que se ocupa do acompanhamento e avaliação da operacionalização dos programas de formação inicial nas instituições de formação de professores e respectivas escolas de aplicação da prática docente e estágio pedagógico. 2 Compete ao Departamento de Formação Inicial: a) Realizar estudos para medir o desempenho profissional dos formadores das Instituições de formação de professores; b) Realizar a avaliação das instituições de formação de professores e escolas de aplicação da prática e estágio pedagógica; 10
c) Proceder ao tratamento e divulgação da informação recolhida no processo de avaliação da qualidade formativa das instituições de formação de professores para a educação Pré Escolar, o Ensino Primário e o I Ciclo do Ensino Secundário; d) Participar na elaboração do calendário escolar e orientações metodológicas para as Instituições de formação de professores; e) Efectuar o diagnóstico das necessidades de formação dos profissionais das instituições de formação de Professores e das respectivas escolas de aplicação e estágio pedagógico; f) Desenvolver estudos que permitam adequar a rede da oferta de formação integrada de professores às necessidades de quadros médios; g) Realizar estudos sobre a oferta formativa das instituições de formação de educadores e professores para ajustá-la às necessidades reais de formação; h) Desenvolver dispositivos de promoção e garantia de qualidade da oferta de formação de quadros docentes e técnicos da educação; i) Propor programas de formação e capacitação dos quadros do sector da educação à luz das necessidades de formação diagnosticadas; j) Promover estudos de impacto dos resultados da formação para a melhoria das práticas em sala de aula, nas instituições de formação de professores; k) Fazer o acompanhamento metodológico e a supervisão pedagógica às instituições de formação inicial de professores para a Educação Pré-escolar, o Ensino Primário e o I ciclo do Ensino Secundário; l) Analisar a eficiência e eficácia da gestão das instituições de formação inicial de professores para a Educação Pré-escolar, o Ensino Primário e o I Ciclo do Ensino Secundário; m) Propor a aquisição de equipamento tecnológico e material bibliográfico para as instituições de formação de professores; n) Preparar os encontros metodológicos nacionais para as instituições de formação de professores; o) Emitir pareceres sobre a acreditação das propostas de formação inicial de professores da Educação Pré escolar, do Ensino Primário e I Ciclo do Ensino Secundário, apresentadas por Instituições legalmente estabelecidas; p) Supervisionar a implementação das políticas públicas para a formação inicial de professores para a Educação Pré escolar, do Ensino Primário e I Ciclo do Ensino Secundário; 11
q) Desenvolver programas, projectos e acções que contribuam para o desenvolvimento dos profissionais das instituições de formação de professores, para a melhoria da qualidade de ensino; r) Exercer as demais atribuições que lhes sejam estabelecidas por lei ou superiormente determinadas. Artigo 21º (Escola de Formação de Quadros da Educação) 1- A Escola de Formação de Quadros da Educação (EFQE) é o órgão do INFQ a qual compete operacionalizar os programas de formação contínua e a distância de professores, formadores de formadores e demais técnicos e especialistas para a educação. 2- A Escola de Formação de Quadros da Educação (EFQE) é dirigida por um Director com a categoria de Chefe de Departamento Nacional. 2 Compete à Escola de Formação de Quadros da Educação: a) Diagnosticar em parceria com os demais serviços do MED as necessidades de formação contínua dos professores, formadores das escolas de formação de professores, educadores do pré-escolar, do ensino primário e 1º ciclo do ensino secundário, técnicos e especialistas da administração da educação; b) Elaborar e propor o plano anual de formação, profissionalização dos professores, técnicos e gestores do sistema assim como as acções de capacitação, superação e actualização tendo como base as necessidades de formação diagnosticadas, o PNFQ e as prioridades nele definidas para o sector; c) Elaborar, propor, gerir, executar e coordenar os programas de formação e capacitação de quadros do sector da educação à luz das necessidades formativas diagnosticadas; d) Definir um sistema de créditos para os diferentes cursos e seminários; e) Validar, acreditar e certificar os formadores e a formação a ser ministrada aos professores, formadores das escolas de formação de professores, técnicos e especialistas da educação; f) Supervisionar a implementação do regulamento e da política para a formação contínua e a distância; g) Fazer o acompanhamento das instituições acreditadas para formação contínua e a distância de professores; h) Definir e operacionalizar um sistema de supervisão pedagógica; i) Promover debates e reflexões acerca da formação contínua e a distância de professores, educadores, técnicos e especialistas da educação; 12
j) Criar a oferta de cursos de profissionalização pedagógica para habilitação na carreira docente; k) Desenvolver estudos para a oferta de cursos de qualificação de formadores, professores, técnicos e especialistas da educação; l) Propor acordos de cooperação e parcerias com outras estruturas afins nacionais e internacionais; m) Emitir pareceres sobre acreditação e creditação das propostas de projectos de formação contínua e a distância de professores técnicos e especialistas da educação; n) Promover o desenvolvimento de programas, projectos e eventos de formação contínua e à distância de professores; o) Acompanhar os projectos de formação dos professores, técnicos e especialistas da educação em curso; p) Fomentar políticas públicas de formação contínua e a distância e em serviço que contribuam para o desenvolvimento profissional-institucional e para a melhoria da qualidade do ensino; q) Manter o cadastro dos ingressos actualizado e emitir os respectivos certificados e diplomas em articulação com as entidades competentes do MED e ou do MÊS, sempre que se justifique; r) Exercer as demais atribuições que lhes sejam estabelecidas por lei ou superiormente determinadas. 13
CAPITULO III Gestão Financeira e Patrimonial Artigo 22º (Receitas) 1. Constituem receitas do Instituto Nacional de Formação de Quadros: a) As dotações orçamentais do Orçamento Geral do Estado; b) As doações ou contribuições voluntárias de instituições nacionais ou internacionais; c) Quaisquer outras receitas ou fundos que lhe sejam atribuídos por lei ou de origem contratual. d) Outras receitas provenientes da prestação de serviços, no âmbito do desempenho das suas funções. Artigo 23º (Despesas) 1. Constituem despesas do Instituto Nacional de Formação de Quadros as que se refiram: a) Ao exercício das suas actividades; b) À conservação e manutenção dos equipamentos; c) Aos encargos de carácter essencialmente administrativos; d) Aos custos de aquisição de bens e serviços; e) Aos encargos de carácter administrativo e outras especificamente relacionadas com o pessoal. Artigo 24º (Património) 1. Constituem património do INFQ os bens, direitos e obrigações que adquira no exercício das suas funções. Artigo 25º (Gestão Financeira) 1. A gestão financeira do INFQ é exercida d acordo com as normas vigentes no país, orientada na base dos seguintes instrumentos: a) Plano de actividades anual e plurianual; b) Orçamento próprio anual; c) Relatório anual de actividades; d) Balanço de demonstração da origem e aplicação de fundos. 14
CAPITULO IV Disposições Finais Artigo 26º (Quadro de Pessoal e Organigrama) 1. O quadro de pessoal e o organigrama do INFQ são os constantes dos mapas I e II, anexos ao presente Estatuto, do qual fazem parte integrante. 2. Para além do pessoal técnico e administrativo, o INFQ poderá contratar técnicos e especialistas nacionais ou estrangeiros, em tempo integral ou parcial, para a realização de tarefas específicas, observando as normas e procedimentos legais em vigor. 3. A admissão de pessoal e o correspondente provimento de lugares do quadro de pessoal serão feitos de forma progressiva, à medida das necessidades do INFQ. Artigo 27º (Suplemento Remuneratório) O INFQ pode estabelecer remuneração suplementar para o seu pessoal, através de receitas próprias e cujos termos e condições sejam aprovados mediante decreto Executivo conjunto do MED e do órgão responsável pelas finanças públicas e pela administração pública. Artigo 28º (Legislação Aplicável) Os funcionários afectos ao INFQ estão sujeitos ao cumprimento da legislação em vigor na função pública. Artigo 29º (Regulamentos Internos) Os órgãos e serviços do INFQ regem-se por Regulamentos Internos a serem aprovados nos termos do presente Estatuto Orgânico e demais legislação aplicável. 15