Direito de exploração: faculdade de utilizar comercialmente a coisa protegida.

Documentos relacionados
REGULAMENTA A POLÍTICA INSTITUCIONAL DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP)

PORTARIA N.o 003/2011. a) a importância da pesquisa financiada com recursos oriundos de programas mantidos por instituições públicas e privadas;

RESOLUÇÃO 01/15-COUN RESOLVE:

REGULAMENTO SOBRE PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO INTELECTUAL DA UNIFEI SEÇÃO PRIMEIRA DA CRIAÇÃO INTELECTUAL SEÇÃO SEGUNDA DAS DEFINIÇÕES

RESOLUÇÃO UNIV N o 71 DE 1 o DE DEZEMBRO DE 2006.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA RESOLUÇÃO N. 018/09

ERRATA RESOLUÇÃO ConsUni Nº 131, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2013.

a Resolução UNIV n o 26, de 20 de junho de 2008, que criou a Agência de Inovação e Propriedade Intelectual da UEPG;

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E EMPREENDEDORISMO EM SAÚDE NITE SAÚDE CAPÍTULO I DAS FINALIDADES

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA DA UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP CAPÍTULO I DO NÚCLEO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E SEUS FINS

Proposta de Projeto de Lei nº _, de de. (Projeto de Lei de Inovação) Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

REGULAMENTO DA POLÍTICA DE INOVAÇÃO DO IFES CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997

PROPOSTA DE EMENDA DA POLÍTICA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DO UNIFESO

Resolução nº 014/CUn/2002

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CONSELHO UNIVERSITÁRIO RESOLUÇÃO Nº 18/2017

Resolução nº 38, de 27 de agosto de 2007, do Conselho Superior da UNIFAL-MG.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA CONSELHO UNIVERSITÁRIO

RESOLUÇÃO UNIV N o 27 DE 20 DE JUNHO DE 2008.

Política de Inovação da Unifesp

RESOLUÇÃO Nº 223-CONSELHO SUPERIOR, de 12 de junho de 2015.

FORMICT 2017 (ANO BASE 2016)

PORTARIA Nº 349 DE 08/02/2002

Resolução nº 30/CONSUP/IFRO, de 17 de dezembro de 2013.

LEI N.º 3.095, de 17 de Novembro de 2006

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

RESOLUÇÃO N o 010, de 25 de fevereiro de 2013.

ANEXO DA RESOLUÇÃO Nº 25/ CUn INSTITUTO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA (INIT) CAPÍTULO I. Da Titularidade e da Proteção da Propriedade Intelectual

REGIMENTO INTERNO DA AGÊNCIA DE INOVAÇÃO DO IFES - AGIFES CAPÍTULO I DA ESTRUTURA E DA ORGANIZAÇÃO

Prof. Dr. Dirceu Medeiros de Morais Pró-Reitor de Planejamento no exercício da Presidência do CUni Matrícula Siape nº

RESOLUÇÃO Nº 09/03-COUN

RESOLUÇÃO CONSUN Nº 005/2018

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CONSELHO UNIVERSITÁRIO

RESOLUÇÃO Nº 065/2011, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2011 CONSELHO UNIVERSITÁRIO UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS UNIFAL-MG

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE

RESOLUÇÃO Nº. 36 DO CONSELHO SUPERIOR, DE 27 DE OUTUBRO DE 2017.

DECISÃO Nº 193/2011 (Decisão nº 193/2011 consolidada)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CONSELHO UNIVERSITÁRIO RESOLUÇÃO Nº 25/2008

RESOLUÇÃO Nº 010/CUn, de 11 de julho de 2006

Art. 2º Revogar a Resolução CEPG Nº 2, de 15 de dezembro de Art. 3º Determinar a entrada em vigor desta Resolução na data de sua publicação.

Direitos Autorais algumas orientações. Diretoria de Educação a Distância 2017

RESOLUÇÃO Nº 7035, DE (D.O.E )

Resolução nº 26/CONSUP/IFRO, de 03 de outubro de 2011.

Serviço Público Federal Ministério da Educação Universidade Federal Fluminense

INTERNO DO NÚCLEO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA DO IFMS

DECISÃO Nº 193/2011 D E C I D E

RESOLUÇÃO Nº 10/09 CONSUNI

RESOLUÇÃO N 002/2012 CEFID

Novo Marco Legal de CT&I e seus Possíveis Impactos na área de Atuação na Coordenação de Transferência e Inovação Tecnológica.

PORTARIA NORMATIVA N 005, DE 11 DE AGOSTO DE 2017

O CONSELHO UNIVERSITÁRIO

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

RESOLUÇÃO Nº. 24 DE 01 DE MARÇO DE 2013

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CONSELHO UNIVERSITÁRIO RESOLUÇÃO N. 734, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2014

Resolução 009/ Conselho Superior/28/07/2011. Órgão Emissor: Conselho Superior do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense

Anexo único a que se refere o art. 1º da Resolução CONUN/UEMG nº 223 de 30 de junho de 2017.

DIREITO DE PESSOAL NA LEI 10973/2004 (INOVAÇÃO) MARIANA LOJA TÁPIAS

RESOLUÇÃO N o 011, de 25 de fevereiro de 2013.

LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998

ÍNDICE INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL INPI PROGRAMA DE COMPUTADOR IRPC DOCUMENTOS QUE CONSTITUEM O PEDIDO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CONSELHO UNIVERSITÁRIO RESOLUÇÃO Nº 03/2007/CONSU

REGISTRO PROGRAMA DE COMPUTADOR

MINUTA. PROJETO DE LEI Nº, DE DE DE 2013 (Autor do Projeto: Governador do Distrito Federal)

O CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO aprovou e eu, Reitor, sanciono a seguinte resolução: TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

RESOLUÇÃO CONSEPE 12/2008 APROVA AS DIRETRIZES DO NÚCLEO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO DO PARANÁ UNIFAE.

Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo e dá outras providências.

I - o estabelecimento de diretrizes específicas visando à implementação dos preceitos dispostos na Lei Estadual de Inovação nº 17.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO RESOLUÇÃO CONSUN N O 194/2014

Política de Inovação do CNPEM Apoio ao Planejamento do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais - CNPEM

Da Finalidade e Objetivos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

MINUTA DA POLITICA DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA DA UFOPA

Programa de Iniciação Científica da Faculdade Processus.

Regulamento de Trabalho de Conclusão de Curso da Licenciatura em Matemática do IFMT / Campus Campo Novo do Parecis

Manual Registro de Programa de Computador

CONFERÊNCIA. O NOVO MARCO LEGAL DA INOVAÇÃO: Desafios e Oportunidades. O impacto do Novo Marco Legal sobre as empresas que se dedicam à Inovação

Ministério da Educação Reitoria

Art. 1 o Definir o perfil de Professor Titular desejado pela Instituição, bem como os critérios e a rotina operacional para provimento de vagas.

POLÍTICA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA (EBMSP)

I Workshop de Inovação Núcleo de Inovação Tecnológica NIT. Milton de Freitas Chagas Jr. 25/08/2016

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS CONSELHO SUPERIOR RESOLUÇÃO Nº 32/CS, DE 30 DE AGOSTO DE 2013.

Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei:

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS CONSELHO SUPERIOR RESOLUÇÃO Nº 39/CS, DE 4 DE OUTUBRO DE 2013.

Universidade Estadual de Maringá Centro de Ciências Agrárias Departamento de Agronomia Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento

REGIMENTO INTERNO DA EDITORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO EDUFERSA

RESOLUÇÃO N o 022, de 10 de abril de 2006.

RESOLUÇÃO Nº 07, DE 29 DE JULHO DE 2010

Ferramentas de Prospecção Tecnológica Busca de Anterioridade. Foco em Patentes. pode ser melhorada. ( Deming)

Transcrição:

Anexo único a que se refere o art. 1º da resolução CONUN 369/2017 POLÍTICA DE INOVAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS CAPÍTULO I Dos princípios e conceitos da política de inovação Art. 1º A UEMG adotará medidas de incentivo à pesquisa científica, tecnológica, artística e humanística nas atividades produtivas, com vistas à obtenção de autonomia tecnológica e social, à capacitação e competitividade no processo de desenvolvimento humano e industrial do Estado, nos termos desta Política e em conformidade com os artigos 211 a 213 da Constituição do Estado. Art. 2º As ações de propriedade intelectual desenvolvidas pela Política de Inovação da UEMG serão promovidas de modo que sua utilização propicie alternativas de solução para os problemas da população à margem da produção de riqueza material e cultural, buscando sempre o benefício da sociedade por meio do bom relacionamento entre a Universidade e os setores público e privado, de acordo com o art.4º, incisos VI e VII do Estatuto da UEMG. Art. 3º Para fins desta Resolução, considera-se: I. Política de Inovação: interface entre a investigação, a política de desenvolvimento tecnológico e a política industrial, tendo por objetivo a criação de um quadro propício à introdução de ideias no mercado. II. III. IV. Tecnologia: conjunto de conhecimentos e princípios que se aplicam a uma determinada atividade. Criação intelectual: produção artística, científica e literária fruto da criatividade humana, nos campos previstos pela Lei Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais. Criação tecnológica: toda produção cujo caráter técnico se sobressaia ao artístico, científico ou literário, conforme previsto pela Lei Nº 9.279 de 14 de maio de 1996, que regula direitos relativos à propriedade industrial. V. Direito de uso: faculdade de se servir de certa coisa pertencente a outro e haver os respectivos frutos, na medida das necessidades, quer do titular, quer da sua família. VI. VII. VIII. Direito de exploração: faculdade de utilizar comercialmente a coisa protegida. Exclusividade: direito de impedir terceiros não autorizados de utilizar bem protegido legalmente pela Propriedade Intelectual. Inovação: capacidade de mudar e impactar um cenário a partir do desenvolvimento e exploração de novos e melhorados artefatos (materiais ou imateriais) que pouco se parecem com padrões anteriores. 1

IX. Inovação tecnológica: introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo ou social que resulte em novos produtos, processos ou serviços. X. Licenciamento de tecnologia: processo legal em que o titular da tecnologia contratada cede para outra pessoa o direito de uso, distribuição e administração do negócio. XI. XII. XIII. Projeto de Inovação: proveniente da iniciativa de cada Unidade de Ensino a partir de suas demandas e particularidades. Transferência de direitos: processo legal em que o titular do objeto do contrato passa para outrem os seus direitos e deveres de propriedade intelectual. Transferência de tecnologia: processo de tornar disponível para indivíduos, empresas ou governos, habilidades, conhecimentos, métodos e tipos de manufatura, dentre outros, com o objetivo de assegurar que o desenvolvimento científico e tecnológico seja acessível para uma gama maior de usuários que podem desenvolver e explorar a tecnologia em novos produtos, processos, aplicações, materiais e serviços. CAPITULO II Dos objetivos Art. 4º São objetivos da Política de Inovação da UEMG: I - ampliar a contribuição da UEMG para a sociedade, através da geração de novos conhecimentos artísticos, científicos, culturais, humanísticos, esportivos e tecnológicos, e a sua transferência para a sociedade. II - buscar soluções de conflitos de interesses em relação à Propriedade Intelectual, levando em consideração as particularidades de cada Unidade de Ensino, a legislação vigente e os valores, princípios e objetivos institucionais da Universidade, de acordo com o art. 6º do Estatuto da UEMG. III - assegurar o acesso à proteção da propriedade intelectual dos resultados de pesquisa e ações extensionistas da Instituição, através de instrumentos jurídicos adequados e pertinentes a cada matéria. IV assegurar a adequada recompensa à UEMG e aos seus pesquisadores pela exploração das criações intelectuais e inovações tecnológicas desenvolvidas no âmbito das Unidades de Ensino, de acordo com a legislação vigente. 2

CAPÍTULO III Das criações intelectuais e tecnológicas desenvolvidas na UEMG. Art. 5º Qualquer criação intelectual ou tecnológica resultante de atividades realizadas com a utilização das instalações da UEMG ou com o emprego de seus recursos técnicos, humanos, materiais, financeiros e/ou informacionais, poderá ser objeto de proteção dos direitos de propriedade intelectual, respeitada a legislação vigente e os acordos formais existentes, nos casos de parceria com terceiros ou com a UEMG, para financiamento ou execução de trabalhos ou de pesquisas, e o disposto nesta Política. 1º Serão protegidas as criações artísticas, científicas e literárias; os programas de computador; as invenções e os modelos de utilidade; os desenhos industriais e as marcas; os cultivares e as topografias de circuito integrado; o know how e qualquer outra tecnologia existente ou que se desenvolva no futuro. 2º Na forma da Lei de Propriedade Intelectual Lei Nº 9.279, de 14 de maio de 1996, os autores de livros e artigos acadêmicos, teses, dissertações, obras artísticas e trabalhos similares terão seus direitos assegurados. Art. 6º Será(ão) considerado(s) autor(es) responsável(eis) ou corresponsável(eis) pela geração da criação intelectual ou inovação tecnológica pela UEMG todos os membros da comunidade universitária, assim como professores, pesquisadores formalmente identificados e aceitos como visitantes, diretamente envolvidos na atividade que levou ao desenvolvimento da criação ou da inovação à época em que forem protegidos, transferidos ou licenciados os seus respectivos direitos. Parágrafo único: A comunidade universitária é constituída pelo corpo docente, pelo corpo discente e pelo corpo técnico-administrativo (conforme Art.83 do Estatuto da UEMG). Art. 7º A UEMG terá sempre a titularidade ou co-titularidade do direito de propriedade intelectual dos resultados tangíveis obtidos ou alcançados por membros de sua comunidade acadêmica em atividades de ensino, de pesquisa e de extensão, vinculados à Universidade. Art. 8º Os contratos e convênios que envolvam criações intelectuais passíveis de proteção legal deverão conter cláusula de nomeação de autoria que assegure o reconhecimento desta pelo criador. Art. 9º Os contratos e convênios que envolvam inovação tecnológica passíveis de proteção legal deverão conter cláusula de sigilo que assegurem os critérios de originalidade necessários à obtenção de direitos de propriedade industrial. Art. 10 Os contratos e convênios que envolvam patrimônio, material e imaterial de populações tradicionais deverão conter cláusulas de acordo com a legislação pertinente em vigor. 3

Art. 11 As criações intelectuais e tecnológicas realizadas no decorrer de uma pesquisa financiada por terceiros terão sua propriedade atribuída segundo o estabelecido no instrumento jurídico firmado, obedecida a legislação vigente. 1º Todos os participantes em projetos de pesquisa da UEMG que envolvam inovação, realizados mediante acordos, contratos e convênios com terceiros, deverão estar informados e anuir às cláusulas de propriedade intelectual e sigilo dos respectivos instrumentos jurídicos, quando pertinente. 2º A titularidade dos direitos de propriedade intelectual deverá ser compartilhada na proporção equivalente à contribuição que se pretende dar ao montante do valor agregado do conhecimento já existente no início da parceria e dos recursos humanos, financeiros e materiais alocados pelas partes. Art. 12 O núcleo de inovação tecnológica e transferência de tecnologia NIT UEMG, aprovado em RESOLUÇÃO CONUN/UEMG Nº 240, de 5 de dezembro de 2011, art. 3º, tem como competência, observados os preceitos estabelecidos no Estatuto da UEMG e no Regimento Geral da UEMG: I. Implementar, sedimentar, conduzir e zelar pela política institucional relativa à propriedade intelectual, disseminando a cultura da propriedade intelectual; II. Orientar e conduzir todos os trâmites legais relativos à proteção dos direitos de propriedade intelectual da UEMG; III. Orientar a comunidade acadêmica e pesquisadores da UEMG no que diz respeito aos procedimentos, deveres e direitos relativos à propriedade intelectual, desempenhando papel consultivo e educativo. 1º Todas as criações intelectuais e tecnológicas desenvolvidas no âmbito da Instituição, que se revelarem aptas a ensejar proteção pelo exercício dos direitos da propriedade intelectual, deverão ser comunicadas ao NIT-UEMG, antes de divulgação ou publicação, para dar início ao processo de análise da possibilidade de proteção legal. 2º O NIT/UEMG disponibilizará aos coordenadores da graduação e pós-graduação, aos orientadores de pesquisa, aos professores responsáveis por ministrar na UEMG disciplinas de elaboração de trabalho de final de curso ou ao próprio autor, formulário de consulta para a proteção dos projetos, monografias, dissertações e teses que possuam matérias passíveis de proteção pelos direitos de propriedade intelectual. Art. 13 Quando uma criação intelectual ou inovação tecnológica desenvolvida na UEMG estiver em processo de proteção legal, nenhum docente, servidor técnico-administrativo, prestador de serviços, aluno, estagiário, bolsista e consultor poderá divulgar, noticiar ou publicar quaisquer de seus aspectos cujo desenvolvimento tenha participado diretamente ou tenha tomado conhecimento, sem antes obter expressa autorização do NIT/UEMG. 4

Art. 14 É de responsabilidade das Unidades de Ensino e seus respectivos departamentos, a inclusão, no plano de trabalho de seu docente, a possibilidade de geração de produtos que necessitem de proteção à propriedade intelectual, quando for o caso. CAPITULO IV Da transferência de direitos e licenciamento de propriedade intelectual Art. 15 As transferências de direitos e licenciamento de propriedade intelectual para outorga de direito de uso ou de exploração de criação em que A UEMG seja titular ou co-titular serão orientadas de modo a facilitar a transformação da criação intelectual e da inovação tecnológica em benefícios à sociedade, por meio de documento formal de licenciamento ou cessão de direitos, a título exclusivo ou não exclusivo, de forma gratuita ou onerosa. 1º Caberá ao CONUN a decisão sobre a cessão ou licenciamento de que trata o caput e sobre as condições em que as mesmas se darão. 2º Ao NIT/UEMG caberá emissão de parecer para subsidiar a decisão do CONUN em relação à matéria. 3º A pactuação mediante cláusula de exclusividade, para os fins de que trata o caput deste artigo, deve ser precedida da publicação de edital que obedecerá ao disposto no art. 6º, 3º, da Lei Nº10.973 de 02 de dezembro de 2004 e no art. 4º do Decreto Nº 5.563 de 11 de outubro de 2005. Art. 16 O licenciamento ou cessão de direitos de titularidade de propriedade intelectual da UEMG, a título oneroso, poderá ser feito para pessoas físicas, empresas privadas, órgão governamentais e demais organizações da sociedade, em conformidade com a legislação vigente. Art. 17 Quando a transferência de direitos de propriedade intelectual se der de forma não onerosa, ao novo titular caberá exercer estes direitos em seu próprio nome e sob sua inteira responsabilidade. Art. 18 A empresa, pessoa física, órgão ou organização beneficiária da cessão ou licenciamento deverá demonstrar, segundo critérios e procedimentos estabelecidos pela Universidade, capacidade técnica, financeira e de gestão, tanto administrativa quanto comercial, para desenvolverem e/ou explorarem o objeto de cessão ou licenciamento. Art. 19 Dos rendimentos recebidos pela UEMG a título de transferência de direitos de propriedade intelectual, serão deduzidos os custos de auditoria e fiscalização das receitas geradas pela comercialização desse direito. Art. 20 A parte que tenha firmado com a UEMG contrato de transferência de direitos ou licenciamento de criação intelectual deverá informar, obrigatoriamente, na divulgação, o autor da obra e a Unidade de Ensino a qual pertence. 5

CAPITULO V Das recompensas Art. 21 Fica assegurada ao criador de obra intelectual ou tecnológica, a título de premiação, a participação sobre o total líquido dos ganhos econômicos auferidos pela UEMG com a exploração de criação protegida da qual tenha sido reconhecido como autor, de acordo com a legislação vigente. 1º A partilha dos ganhos econômicos referentes à transferência de direitos de propriedade intelectual deverá ser feita após o ressarcimento à UEMG de todas as despesas incorridas com a proteção legal da criação intelectual ou inovação tecnológica no Brasil ou no exterior, assim como despesas de manutenção desta propriedade. 2º O CONUN estabelecerá a forma de partilha dos ganhos econômicos de acordo com a legislação vigente. CAPÍTULO VI Das Disposições Finais Art. 23 Os casos omissos nesta resolução serão apreciados e deliberados pelo CONUN. Art. 23 Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. 6