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VERITAE TRABALHO PREVIDÊNCIA SOCIAL SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO ORIENTAÇÕES Orientador Empresarial SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO INCÊNDIOS-NORMAS DE PROTEÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO- OBRIGAÇÕES DOS EMPREGADORES 1. Legislação Aplicável 2. Providências Básicas SUMÁRIO 3. Saídas, Aberturas e Vias de Passagem 4. Proteção contra Incêndio na Construção Civil 5. Eletricidade 6. Armazenamento de Materiais 7. Atividades com Explosivos 8. Indústria de Fogos de Artifício e Artefatos Pirotécnicos 9. Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis 10. Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho 11. Trabalho Portuário 12. Pesca Comercial e Industrial 13. Plataformas e Instalações de Apoio 14. Trabalho nas Atividades Rurais 15. Trabalho em Estabelecimentos de Saúde 16. Espaços Confinados 17. Indústria da Construção e Reparação Naval

18. Fiscalização 19. Embargo e Interdição 1. Legislação Aplicável Todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis. Em âmbito do Ministério do Trabalho, as Normas Regulamentadoras dispõem sobre Segurança e saúde no Ambiente de Trabalho e, entre outras medidas, sobre a proteção contra incêndios. Nesta Orientação, selecionamos e destacamos os principais dispositivos relacionados às normas de proteção contra incêndios, previstas nas normas regulamentadoras do MTE, aplicáveis ao meio ambiente de trabalho, que, contudo, não esgotam e não excluem demais dispositivos legais e normativos aplicáveis à matéria e que devem ser observados por todos os responsáveis nas Empresas em geral. De acordo com o Art. 7 da Constituição Federal, são direitos dos trabalhadores, entre outros:... XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;... XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.... Em âmbito previdenciário, o Art. 120 da Lei 8.213/91 dispõe: Nos casos de negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do trabalho indicados para a proteção individual e coletiva, a Previdência Social proporá ação regressiva contra os responsáveis. 2. Providências Básicas O empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre: a) utilização dos equipamentos de combate ao incêndio; b) procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança; c) dispositivos de alarme existentes. 3. Saídas, Aberturas e Vias de Passagem Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência. As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída. Nenhuma saída de emergência deverá ser fechada à chave ou presa durante a jornada de trabalho. VERITAE 2

As saídas de emergência podem ser equipadas com dispositivos de travamento que permitam fácil abertura do interior do estabelecimento. 4. Proteção contra Incêndio na Construção Civil É obrigatória a adoção de medidas que atendam, de forma eficaz, às necessidades de prevenção e combate a incêndio para os diversos setores, atividades, máquinas e equipamentos do canteiro de obras. Deve haver um sistema de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais da construção. É proibida a execução de serviços de soldagem e corte a quente nos locais onde estejam depositadas, ainda que temporariamente, substâncias combustíveis, inflamáveis e explosivas. Nos locais confinados e onde são executados pinturas, aplicação de laminados, pisos, papéis de parede e similares, com emprego de cola, bem como nos locais de manipulação e emprego de tintas, solventes e outras substâncias combustíveis, inflamáveis ou explosivas, devem ser tomadas as seguintes medidas de segurança: a) proibir fumar ou portar cigarros ou assemelhados acesos, ou qualquer outro material que possa produzir faísca ou chama; b) evitar, nas proximidades, a execução de operação com risco de centelhamento, inclusive por impacto entre peças; c) utilizar obrigatoriamente lâmpadas e luminárias à prova de explosão; d) instalar sistema de ventilação adequado para a retirada de mistura de gases, vapores inflamáveis ou explosivos do ambiente; e) colocar nos locais de acesso placas com a inscrição "Risco de Incêndio" ou "Risco de Explosão"; f) manter cola e solventes em recipientes fechados e seguros; g) quaisquer chamas, faíscas ou dispositivos de aquecimento devem ser mantidos afastados de fôrmas, restos de madeiras, tintas, vernizes ou outras substâncias combustíveis, inflamáveis ou explosivas. Os canteiros de obra devem ter equipes de operários organizadas e especialmente treinadas no correto manejo do material disponível para o primeiro combate ao fogo. 5. Eletricidade As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser dotadas de proteção contra incêndio e explosão, conforme dispõe a NR 23-Proteção Contra Incêndios. Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação. Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade estática devem dispor de proteção específica e dispositivos de descarga elétrica. Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incêndio ou explosões, devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação. VERITAE 3

Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente poderão ser realizados mediante permissão para o trabalho com liberação formalizada, conforme estabelece o item 10.5 da NR 10 que dispõe sobre SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS ou supressão do agente de risco que determina a classificação da área. 6. Armazenamento de Materiais O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas, equipamentos contra incêndio, saídas de emergências, etc. 7. Atividades com Explosivos Considera-se explosivo material ou substância que, quando iniciada, sofre decomposição muito rápida em produtos mais estáveis, com grande liberação de calor e desenvolvimento súbito de pressão. As atividades de fabricação, utilização, importação, exportação, tráfego e comércio de explosivos devem obedecer ao disposto na legislação específica, em especial ao Regulamento para Fiscalização de Produtos Controlados (R-105) do Exército Brasileiro, aprovado pelo Decreto n.º 3.665, de 20 de novembro de 2000. O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais-PPRA da empresas que fabricam ou utilizam explosivos deve contemplar, além do disposto na NR-9, a avaliação dos riscos de incêndio e explosão e a implementação das respectivas medidas de controle. Os locais de fabricação de explosivos devem ser providos de sistemas de combate a incêndios de manejo simples, rápido e eficiente, dispondo de água em quantidade e com pressão suficiente aos fins a que se destina. 8. Indústria de Fogos de Artifício e Artefatos Pirotécnicos As empresas devem manter à disposição dos órgãos de fiscalização um inventário de todos os produtos por elas utilizados ou fabricados, inclusive misturas pirotécnicas intermediárias e resíduos gerados, elaborado pelo Responsável Técnico, contendo, entre outros, a classificação da substância ou mistura quanto aos perigos ou ameaças físicas - incêndio, explosão ou reação violenta - e perigos ou ameaças à saúde humana e ao meio ambiente, sendo recomendada a adoção das diretrizes estabelecidas pela Comissão Européia para classificação de substâncias e misturas perigosas, até que sejam adotadas diretrizes nacionais Também devem observar outros procedimentos ou planos específicos devem ser elaborados em função da complexidade do processo produtivo e porte da empresa, devendo ser incluído o Plano de Emergência e Combate a Incêndio e Explosão. O Plano de Emergência e Combate a Incêndio e Explosão deve conter: a) Informações sobre a empresa: a1. nome da empresa; a2. detalhamento das edificações de forma isolada; a3. população fixa e flutuante; a4. quartel de bombeiros mais próximo; a5. croqui dos equipamentos de segurança contra incêndio instalados; a6. mapa de risco de incêndio e explosão; VERITAE 4

b) Ações de prevenção: b1. constituição e atribuições da brigada de incêndio; b2. registros de treinamentos e exercícios simulados anuais envolvendo os trabalhadores e a brigada de incêndio; b3. previsão de sistema de comunicação com o corpo de bombeiros e autoridades competentes; b4. descrição dos equipamentos de segurança contra incêndio; b5. cronograma de inspeção e manutenção periódica dos equipamentos de segurança contra incêndio; c) Ações de combate a incêndio e procedimentos em caso de explosão: c1. acionamento do sistema de alerta e alarme; c2. procedimento de abandono e previsão de rotas de fuga; c3. comunicação com o corpo de bombeiros e autoridades competentes; c4. acionamento da brigada de incêndio; c5. isolamento da área afetada (perímetro de segurança);c6. local de concentração de vitimas; c7. descrição dos procedimentos de atendimentos as vitimas; c8. previsão das rotas de acesso dos veículos de socorro; c9. procedimentos de combate a incêndio e ações emergenciais em decorrência de explosão; c10. procedimento de avaliação e registro do sinistro; c11. autorização para o retorno as atividades normais. O Plano de Emergência e Combate a Incêndio e Explosão deve ser implantado segundo cronograma detalhado contendo prazos para execução de todas as etapas, inclusive treinamento teórico e prático, devendo ser simulado e revisado anualmente, com a participação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - e de todos os trabalhadores. Uma cópia do Plano de Emergência e Combate a Incêndio e Explosão deve ser encaminhada à Coordenadoria Municipal de Defesa Civil e ao Corpo de Bombeiros local. O trabalhador que exerce atividades de ronda deve ter conhecimento do Plano de Emergência e Combate a Incêndio e Explosão e dispor de todo o material e mecanismos necessários para acionálo. Todos os documentos relacionados ao PPRA devem ser atualizados e mantidos no estabelecimento à disposição dos trabalhadores e seus representantes, bem como das autoridades de fiscalização. Os estabelecimentos devem manter serviço permanente de portaria, com trabalhador fixo, com conhecimento sobre os riscos existentes nos locais de trabalho e treinado na prevenção de acidentes com explosivos, especialmente no que concerne ao Plano de Emergência e Combate a Incêndio e Explosão, cabendo-lhe impedir a entrada de pessoas, veículos e materiais que não atendam às exigências de segurança estabelecidas pelas normas internas da empresa. As empresas devem promover a capacitação e treinamento permanente dos seus trabalhadores, conforme programa e cronograma específico, ministrando-lhes todas as informações sobre: a) os riscos decorrentes das suas atividades produtivas e as medidas de prevenção; b) o PPRA, especialmente no que diz respeito à prevenção de acidentes com explosivos; c) o Plano de Emergência e Combate a Incêndio e Explosão; VERITAE 5

Todo local de comercialização deve possuir sistema de proteção contra incêndio, de acordo com a Norma Regulamentadora n.º 23 - NR 23 e normas pertinentes do estado ou município. 9. Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis O empregador deve elaborar plano que contemple a prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões e, nos locais sujeitos à atividade de trabalhadores, a identificação das fontes de emissões fugitivas. O plano deve contemplar todos os meios e ações necessárias para minimizar os riscos de ocorrência de vazamento, derramamento, incêndio e explosão, bem como para reduzir suas consequências em caso de falha nos sistemas de prevenção e controle. Para emissões fugitivas, após a identificação das fontes nos locais sujeitos à atividade de trabalhadores, o plano deve incluir ações para minimização dos riscos, de acordo com viabilidade técnica O empregador deve elaborar e implementar plano de resposta a emergências que contemple ações específicas a serem adotadas na ocorrência de vazamentos ou derramamentos de inflamáveis e líquidos combustíveis, incêndios ou explosões e comunicar ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego e ao sindicato da categoria profissional predominante no estabelecimento a ocorrência de vazamento, incêndio ou explosão envolvendo inflamáveis e líquidos combustíveis que tenha como consequência qualquer das possibilidades a seguir: a) morte de trabalhador(es); b) ferimentos em decorrência de explosão e/ou queimaduras de 2º ou 3º grau, que implicaram em necessidade de internação hospitalar; c) acionamento do plano de resposta a emergências que tenha requerido medidas de intervenção e controle. Tanques para Armazenamento de Líquidos Inflamáveis Os tanques para armazenamento de líquidos inflamáveis somente poderão ser instalados no interior dos edifícios sob a forma de tanque enterrado e destinados somente a óleo diesel. Excetuam-se dessa aplicação os tanques de superfície que armazenem óleo diesel destinados à alimentação de motores utilizados para a geração de energia elétrica em situações de emergência ou para o funcionamento das bombas de pressurização da rede de água para combate a incêndios, nos casos em que seja comprovada a impossibilidade de instalá-lo enterrado ou fora da projeção horizontal do edifício. A instalação do tanque no interior do edifício deve ser precedida de Projeto e de Análise Preliminar de Perigos/Riscos (APP/APR), ambos elaborados por profissional habilitado, contemplando os aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas Normas Regulamentadoras, normas técnicas nacionais e, na ausência ou omissão destas, nas normas internacionais, bem como nas demais regulamentações pertinentes, e deve, entre outros, possuir sistemas automáticos de detecção e combate a incêndios, bem como saídas de emergência dimensionadas conforme normas técnicas. Os tanques devem estar localizados de forma a não bloquear, em caso de emergência, o acesso às saídas de emergência e aos sistemas de segurança contra incêndio. A estrutura da edificação deve ser protegida para suportar um eventual incêndio originado nos locais que abrigam os tanques. VERITAE 6

Prontuário da Instalação O Prontuário da instalação deve ser organizado, mantido e atualizado pelo empregador e constituído, entre outros pelo Plano de prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões e identificação das fontes de emissões fugitivas. 10. Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho No ambiente de trabalho, deverá haver canalização com tomada d água, exclusivamente para uso contra incêndio. A rede hidráulica será abastecida por caixa d água elevada, a qual deverá ter altura suficiente para permitir bom funcionamento nas tomadas de água e contar com reserva para combate a incêndio de acordo com posturas locais. As pinturas das paredes, portas e janelas, móveis e utensílios, deverão obedecer ao seguinte: a) alvenaria - tinta de base plástica; b) ferro - tinta a óleo; c) madeira - tinta especial retardante à ação do fogo. 11. Trabalho Portuário Plano de Controle de Emergência - PCE e Plano de Ajuda Mútua PAM Cabe à administração do porto, ao OGMO e aos empregadores a elaboração do PCE, contendo ações coordenadas a serem seguidas e compor com outras organizações o PAM. Devem ser previstos os recursos necessários, bem como linhas de atuação conjunta e organizada, sendo objeto dos planos, entre outras, as situações incêndio ou explosão. Nos PCE e PAM devem ser adotados procedimentos de emergência, primeiros socorros e atendimento médico, constando para cada classe de risco a respectiva ficha, nos locais de operação dos produtos perigosos. No armazenamento de gases e de líquidos inflamáveis será observada a NR-20 combustíveis líquidos e inflamáveis, a NBR 7505 - armazenamento de petróleo e seus derivados líquidos e os armazéns e os tanques de inflamáveis a granel devem ser providos de instalações e equipamentos de combate a incêndio. Devem ser previstos os recursos necessários, bem como linhas de atuação conjunta e organizada, sendo objeto dos planos além de outras, as situações de incêndio ou explosão. Os trabalhadores devem ter treinamento específico em relação às operações com produtos perigosos. O plano de atendimento às situações de emergência deve ser abrangente, permitindo o controle dos sinistros potenciais, como explosão, contaminação ambiental por produto tóxico, corrosivo, radioativo e outros agentes agressivos, incêndio, abalroamento e colisão de embarcação com o cais. VERITAE 7

Operações com Explosivos, Gases, Líquidos e Sólidos Inflamáveis, Substâncias Oxidantes, Operações Perigosas Diversas Nas operações com explosivos - Classe 1, é obrigatório: a) limitar a permanência de explosivos nos portos ao tempo mínimo necessário; b) evitar a exposição dos explosivos aos raios solares; c) manipular em separado as distintas divisões de explosivos, salvo nos casos de comprovada compatibilidade; d) adotar medidas de proteção contra incêndio e explosões no local de operação, incluindo proibição de fumar e o controle de qualquer fonte de ignição ou de calor. Operações com gases e líquidos inflamáveis - Classes 2 e 3, entre outros, é obrigatório: a) adotar medidas de proteção contra incêndio e explosões, incluindo especialmente a proibição de fumar, o controle de qualquer fonte de ignição e de calor, os aterramentos elétricos necessários, bem como a utilização dos equipamentos elétricos adequados à área classificada; b) alojar, nos abrigos de material de combate a incêndio, os equipamentos necessários ao controle de emergências. Operações com sólidos e outras substâncias inflamáveis - Classe 4, é obrigatório, entre outros, utilizar medidas de proteção contra incêndio e explosões, incluindo especialmente a proibição de fumar e o controle de qualquer fonte de ignição e de calor. Operações com substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos - Classe 5, entre outros, é obrigatório, adotar medidas de proteção contra incêndio e explosões, incluindo especialmente a proibição de fumar e o controle de qualquer fonte de ignição e de calor. Nas operações com substâncias corrosivas - Classe 8: a) adotar medidas de segurança que impeçam o contato de substâncias dessa classe com a água ou com temperatura elevada; b) utilizar medidas de proteção contra incêndio e explosões, incluindo especialmente a proibição de fumar e o controle de qualquer fonte de ignição e de calor; Nas operações com substâncias perigosas diversas - Classe 9: a) adotar medidas preventivas dos riscos dessas substâncias, que podem ser inflamáveis, irritantes e, afora outros riscos, passíveis de uma decomposição ou alteração durante o transporte; b) rotular as embalagens e contêineres com o nome técnico dessas substâncias, marcados de forma indelével; c) utilizar medidas de proteção contra incêndio e explosões, incluindo especialmente a proibição de fumar e o controle de qualquer fonte de ignição e de calor. VERITAE 8

12. Pesca Comercial e Industrial A formação dos pescadores profissionais deve incluir instruções precisas compreendendo, em especial o treinamento para o combate a incêndios. A formação profissional especializada deve incluir, no mínimo, entre outros, tópicos relativos a: a) prevenção de enfermidades profissionais e acidentes de trabalho a bordo e as providências a serem adotadas em caso de acidentes; b) combate a incêndio e utilização dos meios de salvamento e sobrevivência; A fonte de energia elétrica de emergência deve estar situada fora da praça de máquinas e ser projetada, em todos os casos, de forma a garantir, em caso de incêndio ou de avaria da instalação elétrica principal, o funcionamento simultâneo, por no mínimo três horas: a) do sistema de comunicação interna, dos detectores de incêndio e da sinalização de emergência; b) das luzes de navegação e da iluminação de emergência; c) do sistema de radiocomunicação; e d) da bomba elétrica de emergência contra incêndio ou alagamento, caso exista. Detecção e Combate a Incêndios Os alojamentos e os lugares de trabalho fechados, incluindo praça de máquinas e porões de pesca, devem ter dispositivos adequados de combate a incêndio e, se necessário, detectores de incêndio e sistema de alarme, de acordo com as dimensões e a utilização do barco, os equipamentos de que é dotado, as características físicas e químicas das substâncias a bordo e o número máximo de pessoas que podem estar a bordo. Os dispositivos de combate a incêndio devem ser: a) instalados em locais de fácil acesso, desobstruídos e sinalizados; e b) mantidos em perfeitas condições de funcionamento. Os trabalhadores devem ser informados quanto à localização, aos mecanismos de funcionamento e à forma de utilização dos dispositivos de combate a incêndio. É obrigatória a verificação da existência de extintores e demais equipamentos de combate a incêndio a bordo, antes de qualquer saída do barco do porto. Os dispositivos portáteis de combate a incêndio devem ser de fácil acesso e operação e estar devidamente sinalizados. A sinalização deve ser colocada em locais adequados e permanentemente mantida. Os sistemas de detecção de incêndio e de alarme devem ser testados regularmente e mantidos em bom estado de funcionamento. Devem ser realizados exercícios de combate a incêndio envolvendo toda a tripulação pelo menos uma vez por ano e sempre que necessário. VERITAE 9

13. Plataformas e Instalações de Apoio Sinalização de Segurança Para fins de atendimento à sinalização de segurança, aplica-se às plataformas o constante da Norma Regulamentadora n.º 26 (NR-26) com as alterações conforme descritas nos subitens abaixo. A cor vermelha deve ser usada para distinguir e indicar a bordo os equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio, tais como: I. caixas de alarme de incêndio; II. hidrantes; III. bombas de água para combate a incêndio; IV. sirenes de alarme de incêndio; V. extintores de incêndio e sua localização; VI. indicações de extintores; VII. localização de mangueiras de incêndio (a cor deve ser usada no carretel, suporte, moldura da caixa ou nicho); VIII. tubulações e válvulas de acionamento de sistemas de chuveiros automáticos; IX. tubulações da rede de água para combate a incêndio; X. portas de saída de emergência; XI. tanques de Líquido Gerador de Espuma; XII. tubulações, cilindros e difusores de gás carbônico para combate a incêndio;xiii. escotilhas para fuga; XIV.botoeiras para iniciar alarme ou parada de emergência ou de acionamento manual de sistemas de combate a incêndio; XV. a mangueira de acetileno, nos equipamentos de soldagem oxi-acetilênica. Aplicação das Normas de Proteção contra Incêndios nas Plataformas O Item 15 do Anexo II da NR 30 dispõe sobre normas específicas para a proteção contra incêndios nas Plataformas. Aplicam-se às plataformas as disposições da Norma Regulamentadora n.º 23 (NR-23), naquilo que couber, e, especificamente, em função de particularidades de projeto, instalação e operação o que dispõem os itens abaixo: A proteção contra incêndios nas plataformas deve ser desenvolvida por meio de uma abordagem estruturada, considerando os riscos existentes para os trabalhadores e com objetivo de: I. reduzir a possibilidade de ocorrência de incêndio; II. limitar a possibilidade de propagação de incêndio; III. proteger a atuação dos trabalhadores envolvidos nas atividades de resposta a emergências ; IV. proteger as operações de abandono da plataforma; e V. controlar e, quando for seguro, extinguir focos de incêndio. Todas as plataformas devem possuir: I. equipamentos suficientes, conforme estabelecido neste capítulo, para combater incêndios em seu início; e II. trabalhadores treinados no uso correto desses equipamentos. VERITAE 10

Requisitos de Projeto para Plataformas e Instalações de Apoio Os requisitos dispostos neste capítulo devem ser considerados desde o início da fase do projeto de plataformas. O arranjo físico das plataformas deve ser elaborado de acordo com os seguintes objetivos: I. minimizar a possibilidade de acumulações perigosas de hidrocarbonetos líquidos e gasosos e possibilitar a rápida remoção de qualquer acumulação que venha a ocorrer; II. facilitar o escape dos trabalhadores de áreas perigosas e a sua evacuação; III. separar as áreas de menor risco de incêndio, tais como alojamentos, escritórios, oficinas, daquelas de maior risco, tais como instalações operacionais e de armazenamento de hidrocarbonetos líquidos; IV. minimizar a probabilidade de ignição de hidrocarbonetos líquidos e gasosos; e V. limitar a propagação de incêndios. Em plataformas semi-submersiveis, do tipo coluna estabilizada, não devem ser instalados no interior de colunas ou submarinos (pontoons) tanques ou vasos interligados à unidade de processamento de petróleo ou gás. Nas plataformas devem existir sistemas automáticos que paralisem o processo, isolem os sistemas e equipamentos e, quando requerido, despressurizem os equipamentos, de modo a limitar a escalada de situações anormais, tais como vazamento de hidrocarbonetos ou incêndio. Onde aplicável, o sistema de parada de emergência deve prever ações para minimizar a possibilidade de ignição de hidrocarbonetos líquidos e gasosos no caso de ocorrer uma perda de contenção do processo, tais como: I. a retirada de operação de fornos e caldeiras; II. o desligamento de motores de combustão interna não essenciais; e III. o desligamento, em caso de grandes vazamentos de gás, dos equipamentos elétricos que não sejam adequados para instalação em áreas com atmosfera explosiva. Além do sistema automático de parada de emergência, devem ser previstas botoeiras que permitam comandar, remotamente, a parada de equipamentos e sistemas que possam contribuir para a propagação de um incêndio ou continuidade no fornecimento do combustível que alimenta o incêndio. Com o objetivo de evitar incêndios ou reduzir suas consequências, devem ser previstas medidas apropriadas para a contenção ou disposição, ainda que parcial, de vazamentos de hidrocarbonetos líquidos. Nas plataformas com presença permanente de trabalhadores, devem ser instalados sistemas automáticos que possibilitem um monitoramento contínuo e automático de vazamentos de gás ou de ocorrência de incêndio, de forma a alertar os trabalhadores acerca da presença destas situações anormais e, quando for o caso, iniciar ações de controle com objetivo de minimizar a possibilidade de uma escalada dessas ocorrências. As plataformas devem ser dotadas de recursos de proteção passiva contra incêndio por meio de anteparas e pisos resistentes ao fogo, conforme os critérios estabelecidos na Convenção SOLAS, com objetivo de: VERITAE 11

I. evitar a propagação de incêndios de áreas de maior risco de incêndio para áreas de menor risco, tais como alojamentos, escritórios, oficinas; II. proteger as áreas de reunião para abandono, bem como as rotas de fuga que levam até elas, dos efeitos de incêndios que possam impedir a sua utilização segura; e III. proteger sistemas essenciais à segurança e saúde dos trabalhadores. 15.2.7 A plataforma deve ser dotada de sistemas automáticos de segurança para o fechamento dos poços aos quais esteja interligada para atuarem: I. em decorrência de uma parada de emergência da plataforma, quando for o caso; e II. nos casos de vazamento ou descontrole de um poço. Rotas de Fuga e Saídas de Emergência Os locais de trabalho ou de vivência de plataformas devem dispor de rotas de fuga e saídas para áreas externas, em número suficiente e dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná- los com rapidez e segurança, em caso de incêndio. As rotas de fuga devem: I. possuir sinalização vertical por meio de placas fosforescentes ou sinais luminosos; II. possuir sinalização no piso, indicando a direção da saída; e III. ser dotadas de recursos de iluminação de emergência. IV. ser mantidas permanentemente desobstruídas; V. possuir largura mínima de um metro e vinte centímetros, quando principais; e VI. nas áreas internas, ser contínuas e seguras, para acesso às áreas externas. As saídas para áreas externas devem ser claramente sinalizadas por meio de placas fosforescentes ou sinais luminosos. Todas as portas, tanto as de saída como as de comunicação interna, devem: I. abrir no sentido da saída, exceto para as portas de camarotes ou salas de ocupação de até 4 pessoas, de modo a evitar lesões pessoais nos corredores, quando a porta for aberta; e II. situar-se de tal modo que, ao serem abertas, não impeçam as vias de passagem ou causem lesões pessoais. As portas que conduzam a escadas devem ser dispostas de maneira a não diminuírem a largura efetiva dessas escadas. As portas de saída devem: I. atender aos mesmos requisitos de resistência ao fogo previstos na Convenção SOLAS para as anteparas onde estejam localizadas; e II. ser dispostas de maneira a serem visíveis, ficando terminantemente proibido qualquer obstáculo, mesmo ocasional, que entrave o seu acesso ou impeça a sua visualização. Nenhuma porta em rota de fuga deve ser fechada com chave, aferrolhada ou presa, tanto interna quanto externamente, podendo apenas ser fechada com dispositivo de segurança que permita a qualquer trabalhador abri-la facilmente do interior do local de trabalho ou vivência. Todas as portas com abertura para o interior devem ser dotadas de passagem de emergência que possa ser aberta para fora em caso de pânico ou de falha no sistema regular de abertura. VERITAE 12

Acessos verticais nas áreas de vivência que interliguem mais de dois pavimentos devem ser enclausurados por anteparas Classe A conforme Convenção SOLAS, e protegidos, em todos os pavimentos, por portas da mesma Classe, com fechamento automático. As portas não devem possuir dispositivos que permitam travá-las na posição aberta. Parada de Emergência As máquinas e aparelhos elétricos que precisam permanecer ligados, em caso de incêndio, devem conter placa de advertência, instalada próxima à chave de interrupção. Exercícios de Combate a Incêndio Devem ser realizados exercícios de combate a incêndio na periodicidade determinada pela Autoridade Marítima, a fim de verificar: I. se os trabalhadores reconheçam o sinal de alarme; II. se a evacuação do local se faz em boa ordem, evitando qualquer pânico; III. se foram compreendidas as atribuições e responsabilidades conferidas aos trabalhadores no plano de controle de emergências; e IV. se o alarme é audível em todas as áreas da plataforma. Os exercícios devem ser realizados sob a direção do Gerente da Plataforma ou Comandante da Embarcação ou pessoa por ele designada, com capacitação e experiência para preparar e comandar o exercício. Os exercícios de combate a incêndio devem ser, tanto quanto possível, realizados sem aviso prévio e conduzidos como se fosse um incêndio real. Brigadas de Incêndio Os trabalhadores que fazem parte das brigadas de incêndio devem ser treinados em instalação de treinamento conforme critérios fixados pela Autoridade Marítima. Sistemas de Combate a Incêndio com Água As plataformas devem ser dotadas de sistemas de combate a incêndio com água sob pressão. Os sistemas de combate a incêndio com água sob pressão devem estar devidamente inspecionados. Extintores de Incêndio Todas as plataformas devem ser providas de extintores de incêndio, de modo a permitir o combate inicial a incêndios. O número e a distribuição de extintores de incêndio, bem como a sua instalação e sinalização devem estar em conformidade com o estabelecido na NR-23 considerando risco de fogo grande. Os serviços de inspeção técnica e manutenção de extintores de incêndio devem ser realizados de acordo com os requisitos estabelecidos em norma técnica brasileira, complementados pelos requisitos a esse respeito estabelecidos pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial INMETRO. VERITAE 13

Sistema de Alarme de Incêndio Deve haver um sistema de alarme capaz de emitir sinais sonoros ou visuais perceptíveis em todos os locais da plataforma. Os alarmes sonoros para incêndio devem emitir um som que não possa ser confundido com qualquer outro que exista, ou seja, utilizado na plataforma. Botoeiras manuais de acionamento do alarme de incêndio, do tipo Quebre o Vidro e Aperte o Botão, devem ser instaladas e sinalizadas na cor vermelha em todas as áreas da plataforma. Segurança na Operação Com vistas à proteção dos trabalhadores, os seguintes aspectos devem ser considerados nas plataformas durante a fase de operação, inclusive no tocante às atividades de inspeção e manutenção: I. existência de procedimentos operacionais que considerem a prevenção de incêndios, atualizados e disponíveis para todos os trabalhadores envolvidos, referentes às operações que são realizadas na plataforma, com instruções claras e específicas para execução das atividades com segurança, em conformidade com as especificidades operacionais; II. capacitação dos trabalhadores nos processos de trabalho em que atuem, bem como a sua conscientização quanto a necessidade do cumprimento dos procedimentos; III. formas adequadas de supervisão e gerenciamento dos trabalhadores; e IV. existência de planos e procedimentos para inspeção, teste e manutenção de equipamentos com vistas a manter a integridade dos sistemas de proteção contra incêndios e dos sistemas e equipamentos que contenham hidrocarbonetos líquidos ou gasosos. Normas IMO As Plataformas Móveis de Perfuração Marítima, a partir de sua entrada no Brasil, durante o primeiro ano de operação, estão isentas da aplicação dos itens específicos constantes do Capítulo 15 do Anexo II da NR 30, desde que atendam os requisitos do Capítulo 9 do Mobile Offshore Drilling Units Code (MODU Code) da Organização Marítima Internacional IMO. Prevenção e Controle de Vazamento, Derramamentos, Incêndios e Explosões O Item 16 do Anexo II da NR 30 e os Quadros Anexos dispõem sobre a Prevenção e Controle de Vazamento, Derramamentos, Incêndios e Explosões. O Operador de Instalação deve elaborar e implementar ações no sentido de prevenir e controlar vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões. Estas ações devem compreender tanto aquelas necessárias para minimizar os riscos de ocorrência de vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões quanto para reduzir suas consequências em caso de falha nos sistemas de prevenção e controle. Plano de Emergência O Operador da Instalação deve elaborar e implementar um plano de resposta a emergências que contemple ações específicas a serem adotadas na ocorrência de vazamentos ou derramamentos de inflamáveis, incêndios ou explosões ou evento que configure emergência em saúde pública. VERITAE 14

Comunicações de Ocorrências O Operador da Instalação deve comunicar ao Órgão Regional do Ministério do Trabalho e Emprego a ocorrência de vazamento, incêndio ou explosão que implique em grave perigo para a segurança e saúde dos trabalhadores. Relatório de Segurança O Operador da Instalação deve manter disponível aos trabalhadores, seus representantes e autoridades competentes um Relatório de Segurança contendo a descrição sucinta da plataforma, os possíveis cenários acidentais, o plano de contingência da plataforma e, complementarmente, indicações de localização específica para o acesso em seus sistemas de gestão de informações sobre: I. projeto; II. análise de riscos; III. plano de manutenção e inspeção; IV. procedimentos de segurança e saúde no trabalho; V. plano de prevenção e controle de incêndios e explosões; e VI. plano de emergência Condições Gerais das Instalações, relativamente a Fogo e Incêndio Alarmes - devem ser instalados alarmes manuais de incêndio que permitam sua interligação ao sistema de detecção de fogo e gás da plataforma. Instalação elétrica - a instalação elétrica deve ser projetada e executada de modo a prevenir os riscos de choque elétrico, incêndio e outros tipos de acidente. Sistemas móveis de proteção contra incêndio - devem ser previstos extintores portáteis de incêndio, instalados conforme norma técnica brasileira. 14. Trabalho nas Atividades Rurais O empregador rural ou equiparado deverá promover treinamento em segurança e saúde no trabalho para os membros da CIPATR antes da posse, de acordo com o conteúdo mínimo, contendo, entre outros, noções sobre prevenção e combate a incêndios. É obrigatória a prevenção dos riscos de explosões, incêndios, acidentes mecânicos, asfixia e dos decorrentes da exposição a agentes químicos, físicos e biológicos em todas as fases da operação do silo. Para evitar incêndios nos secadores o empregador rural ou equiparado deverá garantir a: a) limpeza das colunas e condutos de injeção e tomada de ar quente; b) verificação da regulagem do queimador, quando existente; c) verificação do sistema elétrico de aquecimento, quando existente. Meio Ambiente e Resíduos Nos processos de compostagem de dejetos de origem animal, deve-se evitar que a fermentação excessiva provoque incêndios no local. VERITAE 15

15. Trabalho em Estabelecimentos de Saúde Nos locais onde se utilizam e armazenam produtos inflamáveis, o sistema de prevenção de incêndio deve prever medidas especiais de segurança e procedimentos de emergência. 16. Espaços Confinados O empregador é obrigado às seguintes medidas técnicas de prevenção contra incêndios: Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de incêndio ou explosão em trabalhos a quente, tais como solda, aquecimento, esmerilhamento, corte ou outros que liberem chama aberta, faíscas ou calor. Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de inundação, soterramento, engolfamento, incêndio, choques elétricos, eletricidade estática, queimaduras, quedas, escorregamentos, impactos, esmagamentos, amputações e outros que possam afetar a segurança e saúde dos trabalhadores. 17. Indústria da Construção e Reparação Naval Cabe aos empregadores tomar as seguintes medidas de proteção contra incêndio nos locais onde se realizam trabalhos a quente: a) providenciar a eliminação ou manter sob controle possíveis riscos de incêndios; b) instalar proteção física adequada contra fogo, respingos, calor, fagulhas ou borras, de modo a evitar o contato com materiais combustíveis ou inflamáveis, bem como interferir em atividades paralelas ou na circulação de pessoas; c) manter desimpedido e próximo à área de trabalho sistema de combate a incêndio, especificado conforme tipo e quantidade de inflamáveis e/ou combustíveis presentes; d) inspecionar o local e as áreas adjacentes ao término do trabalho, a fim de evitar princípios de incêndio. Devem ser empregadas técnicas de APR-Análise Preliminar de Risco para: a) determinar as medidas de controle; b) definir o raio de abrangência; c) sinalizar e isolar a área; d) avaliar a necessidade de vigilância especial contra incêndios (observador) e de sistema de alarme; Quando definido na APR, o observador deve permanecer no local, em contato permanente com as frentes de trabalho, até a conclusão do serviço. O observador deve receber treinamento ministrado por trabalhador capacitado em prevenção e combate a incêndio, com conteúdo programático e carga horária mínima conforme o item 1 do Anexo I da Norma 34. VERITAE 16

Curso básico para observador de Trabalhos a Quente Carga horária mínima de oito horas. Conteúdo programático: a) Classes de fogo; b) Métodos de extinção; c) Tipos de equipamentos de combate a incêndio; g) Práticas de prevenção e combate a incêndio. Trabalho em Altura Considera-se trabalho em altura toda atividade executada em níveis diferentes, e na qual haja risco de queda capaz de causar lesão ao trabalhador. A NR 34 Condições e Meio Ambiente na Indústria da Construção e Reparação Naval, Item 34.6 - Trabalho em Altura, é aplicável a qualquer trabalho realizado acima de dois metros de altura do piso, em que haja risco de queda do trabalhador. Especificamente sobre Trabalho em Altura, consultar NR 35-Trabalho em Altura. Todo trabalho em altura será planejado, organizado e executado por trabalhador capacitado e autorizado. Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido a treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas, cujo conteúdo programático deve incluir, além dos riscos presentes na atividade: a) os equipamentos de proteção coletiva e individual para trabalho em altura: seleção, inspeção e limitação de uso; b) as condutas em situações de emergência, tais como suspensão inerte, princípios de incêndio, salvamento e rota de fuga, dentre outras. Antes do início de qualquer trabalho em altura, deve ser emitida Permissão do Trabalho, que contemple a disponibilidade dos equipamentos de combate a incêndio no local de trabalho, conforme APR. A empresa deve elaborar e implementar procedimentos de emergência e resgate adequados ao trabalho em altura contemplando exercício simulado periódico de salvamento e combate a incêndio, considerando possíveis cenários de acidentes para trabalhos em altura, realizado, no mínimo, uma vez a cada ano. 18. Fiscalização As Normas Regulamentadoras-NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho-CLT. A observância das Normas Regulamentadoras-NR não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou VERITAE 17

regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios, e outras, oriundas de convenções e acordos coletivos de trabalho. A Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho-SSST é o órgão de âmbito nacional competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho e ainda a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho em todo o território nacional. 19. Embargo e Interdição Embargo e interdição são medidas de urgência, adotadas a partir da constatação de situação de trabalho que caracterize risco grave e iminente ao trabalhador. Considera-se grave e iminente risco toda condição ou situação de trabalho que possa causar acidente ou doença relacionada ao trabalho com lesão grave à integridade física do trabalhador. A interdição implica a paralisação total ou parcial do estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento e a paralisação total ou parcial de obra. Considera-se obra todo e qualquer serviço de engenharia de construção, montagem, instalação, manutenção ou reforma. Durante a vigência da interdição ou do embargo, podem ser desenvolvidas atividades necessárias à correção da situação de grave e iminente risco, desde que adotadas medidas de proteção adequadas dos trabalhadores envolvidos. Os empregados devem receber os salários como se estivessem em efetivo exercício. Fundamentação Legal: Normas Regulamentadoras-NR MTE n s 01, 10, 11, 18, 19, 20, 23, 24, 30, 31, 32, 33, 34. Fonte: Editorial VERITAE, em 13.02.2013. Mantenha os Endereços Eletrônicos de sua Organização sempre atualizados e sua Assinatura em dia para não serem prejudicados nos envios das atualizações. Para verificar a regularidade de sua Assinatura VERITAE e atualizar seus Endereços Eletrônicos, encaminhe uma solicitação através do endereço adm@veritae.com.br Um Ótimo Dia para Você! Equipe Técnica VERITAE veritae@veritae.com.br www.veritae.com.br Estamos no Twitter! Follow us: www.twitter.com/veritae_news VOE-VERITAE Orientador Empresarial - Edições Eletrônicas Trabalho - Previdência Social - Segurança e Saúde no Trabalho Todos os Direitos Reservados na forma da Lei nº 9.610/98. VERITAE 18