Movimentos levam as demandas da saúde para as ruas no 24º Grito dos/as Excluídos/as Por Rogéria Araújo De norte a sul do Brasil a comemoração da independência contou com o Grito de milhares de brasileiros e brasileiras que reafirmaram a defesa da vida, dos direitos, do povo brasileiro. Os militantes da gestão participativa do SUS e suas entidades se somaram a muitos outros lutadores e lutadoras por um Brasil para todos, que só é possível com a dupla democracia e saúde. A afirmação é do presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Ronald Ferreira, e trata sobre a participação de uma militância aguerrida em defesa da saúde pública que hoje 7 de Setembro levou o Grito pela Saúde às centenas de manifestações que aconteceram no 24º Grito dos/as Excluídos/as, somando-se com outros Gritos demonstrando o país que queremos. Marcha percorre a Avenida Paulista, em São Paulo Em São Paulo, logo às 9h, a praça Oswaldo Cruz, no bairro Bela Vista, começou a se colorir com faixas, cartazes, palavras de ordem. Agentes da Pastoral da Saúde, conselheiros e conselheiras de saúde, representantes de movimentos se organizavam e os cartazes já iam dando o tom, denunciando a exclusão que a saúde vem sofrendo nos últimos anos. Destaque para os pedidos do fim da Emenda Constitucional 95 que congela, por 20 anos, os gastos com saúde e educação. Basta de privilégios na saúde Não basta falar mal do SUS. Temos que nos unir e organizar para que ele melhore. E sabemos que isso é possível, disse o representante da União dos Movimentos Populares de Saúde, Fred Soares. José Gimenes, coordenador da Pastoral de Saúde de São Paulo (CNBB-Regional Su 1), falou que é de extrema importância se somar às manifestações do Grito, afinal a saúde pública está sendo bombardeada e, por isso, excluída. Não podemos deixar que a saúde seja um privilégio de poucos. O lema do Grito Desigualdade gera violência: Basta de Privilégios traduz bem o que esta acontecendo com nossos direitos, entre eles a saúde pública, falou.
José Gimenes, da Pastoral da Saúde de São Paulo e Fred Soares, da União dos Movimentos Populares de Saúde ( UMPS) As bordadeiras em Defesa do SUS Fermina Lopes, do coletivo Linhas de Sampa: bordando em defesa do SUS Nas linhas da revolução. Foi assim que um grupo de mulheres se reuniu e deu origem ao Linhas Sampa, um coletivo de esquerda que viu na arte do bordado um caminho para uma construção política e de atitude. Desde então, através de seus trabalhos, elas bordam sobre diversos temas dos direitos sociais. Dessa vez, no 24º Grito dos/as Excluídos/as em São Paulo, suas mãos foram certeiras na direção da defesa da saúde pública, do Sistema Único de Saúde (SUS). Em torno de 10, elas distribuíam lencinhos com frases bordadas chamando atenção para o que vem acontecendo com o SUS e com o cenário político do Brasil. Fermina Lopes, uma das bordadeiras, fala que, antes de tudo, é um ato de cidadania. Estamos aqui para defender o SUS já tão sucateado, pois muitos brasileiros dependem dele. Não podemos perder mais esse direito, disse.
Sistema Único de Assistência Social (SUAS): Resistência! O SUAS jamais poderia ficar de fora das pautas de reivindicação. Assim como o SUS, vem recebendo ataques severos. De Londrina, Paraná, Márcia Lopes, que já foi ministra de Desenvolvimento de Combate à Fome e está na Frente Nacional em Defesa do SUAS, afirma que os atos de hoje também foram um Grito de esperança, pois fortalece a união nas causas comuns, além de incentivar as lutas futuras. Márcia Lopes, da Frente Nacional em Defesa do SUAS: Esperança para um mundo sem exclusão O Grito dos Excluídos/as possibilitou a denúncia dos desmontes do SUAS, a retirada dos direitos das famílias, idosos e pessoas com deficiência, milhões em todo o Brasil. Mas também o anúncio da resistência, da luta em defesa das políticas públicas, democracia e justiça. Foi um Grito de esperança que nos empurra para um futuro de paz, sem qualquer violência e exclusão, falou Márcia. Saúde é Direito. Não é favor. Basta de Privilégios Com um público estimado em 7000 pessoas, a nota Saúde é Direito. Não é favor Basta de Privilégios feito com a orientação de diversos movimentos, entidades, redes e organizações que atuam em defesa da saúde pública foi lida no carro de som que ia à frente da caminhada.
A nota foi distribuída para todos/as os participantes da caminhada. A nota sai em defesa do Sistema Único da Saúde (SUS) e Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Este cenário só nos mostra o quanto a saúde pública está debilitada e chama, em caráter de urgência, para irmos às ruas e denunciar este esquema que privilegia poucos e marginaliza muitos, ressalta a nota. São Bernardo do Campo: Performance lembra a morte dos direitos A Seguridade Social Saúde, Assistência e Previdência Social não poderia ser esquecida nesta edição do Grito dos/as Excluídos. Em São Bernardo do Campo, São Paulo, uma performance mostrou os retrocessos que o povo brasileiro teve que a retirada de direitos, fazendo referência à reforma da previdência e à reforma trabalhista. O Grito teve como ponto de concentração, o Sindicato dos Metalúrgicos. SBC: Performance denuncia perdas de direitos da Seguridade Social
Jundiaí: Pastoral da Saúde atuante Em Jundiaí, São Paulo, agentes da Pastoral da Saúde também foram às ruas denunciar e reivindicar os direitos à saúde. Um dos principais pontos denunciados foi a Emenda Constitucional 95 que congela os gastos na saúde e educação por 20 anos. Para as organizações que articularam as ações conjuntas de levar o tema da saúde de forma unificada para o 24º Grito dos/as Excluídos/as, como o Conselho Nacional de Saúde, Grito dos/as Excluídos/as Continental, Frente Nacional em Defesa do SUAS, pautar a saúde é levar para toda a sociedade a importância de garantir o direito básico a uma saúde pública de qualidade, uma saúde que não seja excludente e que não faça parte do leque de privilégios que, cada vez mais, gera desigualdades. Contatos: comunica.direitosesaude@gmail.com coord.direitosesaude@gmail.com