IT DDE 01/19 APRESENTAÇÃO DESENVOLVIMENTO. Gustavo José Fontes Pacheco DDE. Layse de Vasconcellos Honório. Leandro Pires Espíndola

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Transcrição:

2 APRESENTAÇÃO DESENVOLVIMENTO PARTICIPANTES GERÊNCIA Gustavo José Fontes Pacheco DDE Layse de Vasconcellos Honório DDE Leandro Pires Espíndola DDE

3 SUMÁRIO GERAL 1 Introdução 4 2 Objetivo 4 3 Definições 4 3.1 Agente 4 3.2 Acessante 4 3.3 Autoprodutor 4 3.4 Cogerador 4 3.5 Produtor independente de energia elétrica PIE 5 3.6 Infraestrutura do Autoprodutor 5 3.7 Ponto de Interligação/conexão 5 3.8 Alimentador de interligação 5 3.9 Disjuntor de entrada DE 5 3.10 Disjuntor de acoplamento DA 6 3.11 Disjuntor do gerador DG 6 3.12 Transfer Trip 6 3.13 Transformador de isolação 6 3.14 Paralelismo momentâneo 6 3.15 Paralelismo permanente 6 3.16 Proteção de Acoplamento 7 4 Condições Técnicas Gerais 7 4.1 Condições Contratuais 7 4.2 Condições Básicas de Paralelismo 8 4.3 Estudos de Conexão 9 4.4 Condições de Proteção 12 4.5 Condições de Operação e Manutenção 18 4.6 Condições de Medição de Qualidade 19 4.7 Assinatura do Acordo Operativo 19 5 Fundamentos técnicos 20 5.1 Ajustes da proteção de acoplamento 20 5.2 Transformador de isolação 20 5.3 Paralelo em regime permanente no sistema reticulado 21 5.4 Utilização de CLP 21 5.5 Sistema de supervisão de tensão 21 5.6 Proteção por fusíveis 22 5.7 Transferência de disparo (Transfer trip) 22 5.8 Medição de qualidade 23 6 Rotina Para Solicitação de Paralelismo 24 7 Inspeções e Testes de Comissionamento 24 ANEXO A Diagrama unifilar orientativo e esquema de proteção mínima para interligação de Clientes Autoprodutores atendidos em MT. 26 ANEXO B Diagrama unifilar orientativo e esquema de proteção mínima para interligação de Clientes Autoprodutores atendidos em BT. 27 ANEXO C BT/MT Relação das funções de proteção mínimas exigidas. 28

4 1. INTRODUÇÃO Esta Informação Técnica visa orientar e uniformizar os procedimentos técnicos e requisitos necessários para a conexão de Acessantes ao sistema de distribuição da Light, com interesse em gerar a sua própria energia ou comercializar no mercado. O documento em questão foi baseado nas resoluções atinentes e no Módulo 3 do PRODIST da ANEEL. 2. OBJETIVO Esta Informação Técnica estabelece os critérios para o paralelismo momentâneo ou permanente, entre o sistema de geração de Acessantes e o sistema de distribuição de média e baixa tensão da Light, dentro de condições técnicas e de segurança mínimas aceitáveis ver item 4.2.3. 3. DEFINIÇÕES Para efeito desta Informação Técnica são adotadas as seguintes definições: 3.1. Agente Refere-se a cada uma das partes envolvidas na regulamentação, no planejamento, no acesso, na expansão e na operação do sistema elétrico, bem como na comercialização e no consumo de energia elétrica. 3.2. Acessante Para efeito desta Informação Técnica considera-se como Acessante os autoprodutores, importadores e exportadores de energia, as centrais geradoras e produtores independentes, cujas instalações se conectem ao sistema da distribuidora. 3.3. Autoprodutor Pessoa física ou jurídica ou empresas reunidas em consórcio que recebam concessão ou autorização para produzir energia elétrica destinada ao seu uso exclusivo, podendo, mediante autorização da ANEEL, comercializar seus excedentes de energia. 3.4. Cogerador É o Agente que gera energia elétrica devidamente registrada ou autorizada pela ANEEL, que possui uma planta industrial com base no insumo energético disponível como sobra ou descarte durante a realização do seu próprio processo produtivo; operando numa instalação específica para fins da produção combinada das utilidades de calor e de energia mecânica, esta geralmente convertida total ou parcialmente em energia elétrica, a partir da energia disponibilizada por uma fonte primária.

5 3.5. Produtor Independente de Energia Elétrica (PIE) É o agente que gera energia elétrica, devidamente autorizado pela ANEEL, destinada exclusivamente ao comércio de toda ou parte da energia produzida, por sua conta e risco. Nota: Para efeito desta Informação Técnica, as condições gerais requeridas para o Autoprodutor, valem igualmente para o Cogerador e o Produtor Independente. Portanto, quando em qualquer parte do texto desta Informação Técnica, houver indicação, referência ou menção ao Autoprodutor, esta deverá ser entendida como aplicável ao Autoprodutor, ao Cogerador e ao Produtor Independente. Qualquer exceção, estará destacada dentro do item em questão. 3.6. Infraestrutura do Autoprodutor São as instalações físicas do Autoprodutor à jusante do ponto de interligação/conexão na rede da concessionária, onde se localizam o sistema de geração, o transformador de isolação, os barramentos e o sistema de proteção. 3.7. Ponto de Interligação/conexão O ponto de conexão caracteriza-se como o limite de responsabilidades entre a Light e o Acessante, e está situado na interseção dos respectivos sistemas elétricos. Caracteriza-se principalmente como o conjunto de equipamentos que se destina a estabelecer a conexão na fronteira entre as instalações da Light e do Acessante. Preferencialmente, o ponto de interligação/conexão deverá estar situado no limite de propriedade com a via pública, de acordo com as diretrizes estabelecidas na RECON BT e na RECON MT. Quando as condições físicas não permitirem o total atendimento desses critérios, a Light deverá ser consultada previamente de forma a se viabilizar uma solução técnica para a definição do ponto de conexão do Acessante. 3.8. Alimentador de Interligação É o circuito elétrico principal derivado da subestação da Light que interliga, exclusivamente ou não, o sistema da Light com o sistema gerador do Acessante, possibilitando inclusive, no caso de venda de excedente, o fluxo de energia fornecida pelo Autoprodutor. 3.9. Disjuntor de Entrada (DE) É o equipamento de proteção do barramento geral do Autoprodutor, que permite interligar o Cliente/Autoprodutor ao sistema de MT da Light. Entende-se como barramento geral, tudo o que estiver à jusante desse disjuntor até a bucha de entrada do lado primário do transformador de isolação. O disjuntor deverá atender as preconizações técnicas que constam na RECON MT.

6 Nos casos de Acessantes interligados ao sistema de BT da Light, o disjuntor de entrada deverá atender as características técnicas da RECON BT. 3.10. Disjuntor de Acoplamento (DA) É o equipamento de proteção que permite a conexão e a desconexão elétrica do barramento alimentado pelo grupo gerador do Autoprodutor ao sistema Light, atendidas as condições de sincronismo da rede. 3.11. Disjuntor do Gerador (DG) É o equipamento de proteção do gerador do Autoprodutor. 3.12. Transfer Trip Dispositivo que permite, através de um determinado sistema de comunicação, o imediato desligamento do Disjuntor de Acoplamento a partir da Subestação ou do Centro de Operação da Light, quando da atuação do Disjuntor do Alimentador de Interligação. 3.13. Transformador de Isolação Equipamento que permite isolar a rede da Light do circuito de sequência zero do Autoprodutor, bem como bloquear ou atenuar possíveis perturbações no sistema elétrico causadas por correntes harmônicas, principalmente as de terceira ordem e seus múltiplos, originárias do sistema de geração do Autoprodutor. Nota: Poderá ser utilizado o transformador de força do Acessante com a finalidade de transformador de isolação. 3.14. Paralelismo Momentâneo É definido como paralelismo momentâneo, aquele em que o Autoprodutor permaneça com o seu sistema de geração acoplado ao sistema elétrico da Light, por até 15 segundos nos sistemas de média tensão ou até 20 segundos nos sistemas de baixa tensão. Nota: Exclusivamente para os Acessantes conectados no sistema subterrâneo do tipo Network, inclusive aqueles conectados no sistema subterrâneo dedicado (atendimento através de rede subterrânea exclusivo para o Acessante), o tempo máximo de paralelismo da sua geração com a rede da Distribuidora será de até 6 Ciclos (100ms). Tais condições visam a não abertura indevida do protetor de rede (Protetor Network), de acordo com exposto no item 5.3. Essas condições devem permitir que os geradores assumam ou aliviem cargas sem interrupção de energia.

7 3.15. Paralelismo Permanente É definido como paralelismo permanente, aquele em que o Autoprodutor permaneça com o seu sistema de geração acoplado ao sistema elétrico da Light, por tempos superiores aos especificados no item acima. É expressamente proibida a conexão com Paralelismo Permanente no sistema de distribuição subterrâneo do tipo Network (Reticulado), pois nesse caso poderá ocorrer a inversão do fluxo, ocasionando a abertura do protetor de rede. 3.16. Proteção de Acoplamento É o conjunto de funções de proteção, formado por relé digital multifunção, que tem por objetivo desligar o disjuntor de acoplamento na ocorrência de perturbações no alimentador de interligação ou nas instalações do Autoprodutor. Nota: Os Diagramas A do Anexo A e B do Anexo B, permitem a visualização dos equipamentos citados neste Item 3. 4. CONDIÇÕES TÉCNICAS GERAIS 4.1. Condições Contratuais 4.1.1. O relacionamento entre a Light e o Acessante, para o tratamento das condições técnicas, de segurança e operacionais de interligação do paralelismo, deverá ocorrer através de um instrumento contratual com validade jurídica, denominado Acordo Operativo. Caso o Acessante, mesmo já sendo cliente da Light, manifeste a intenção de comercializar sua geração com o mercado, ele deverá assinar com a Light, além do referido Acordo Operativo, também o Contrato de Conexão com a Distribuição (CCD), conforme determinam a Resolução 506/2012 e o PRODIST em seu Módulo 3 ambos da ANEEL, em sua versão vigente. Para os casos de Acessantes na qual se enquadram na categoria Ambiente de Contratação Livre ACL, deverão ser assinados os Contratos de Conexão com a Distribuição (CCD) e de Uso do Sistema de Distribuição (CUSD). 4.1.2. Deverão estar definidos no Acordo Operativo os limites de tensão operativa do sistema da Concessionária, os ajustes dos relés, o tempo de religamento, o limite operativo dos equipamentos no ponto de conexão, faixa de tensão operativa da máquina e outros. Ainda deverão ser destacadas de forma contratual, as penalidades por interrupções no fornecimento de energia ou por perturbações provocadas pelo Acessante, que venham promover prejuízos e/ou desconforto a outros clientes atendidos pela Light, bem como quaisquer alterações em relação ao projeto aprovado pela Light.

8 4.1.3. A Light se reserva no direito de fixar o prazo de até 60 dias, de acordo ao explicitado no Módulo 3 do PRODIST, contados a partir da data de recebimento da solicitação de paralelismo com o seu sistema elétrico, para informar ao solicitante as condições contratuais, o prazo para o seu acoplamento e os respectivos encargos. Essa solicitação de paralelismo deverá contemplar todas as características do seu sistema de geração, incluindo os dados necessários aos estudos de proteção, fluxo de potência e demais informações que possibilitem verificar a sua contribuição de curto-circuito para o sistema da Light, a estabilidade do sistema por conta da variação de carga provocada pelas condições de utilização do grupo gerador, o sistema de proteção pretendido incluindo diagramas unifilar e esquemático, com todos os relés, equipamentos, acessórios etc. e descritivos dos intertravamentos utilizados. O prazo de 60 dias referido neste item, poderá ser dilatado para até 120 dias se houver necessidade e reforço ou instalação de equipamentos no sistema desta concessionária. Será considerada como data de recebimento da solicitação de paralelismo, aquela a partir da qual o solicitante já tenha atendido todas as eventuais pendências observadas na ocasião da entrega da documentação para a referida solicitação. 4.1.4. Todos os custos decorrentes das modificações ou adequações que se fizerem necessárias no sistema da Light, a fim de permitir o atendimento de um cliente interessado em se estabelecer como Autoprodutor ou Produtor Independente de energia elétrica, serão de responsabilidade das partes, conforme Módulo 3 do PRODIST - Acesso ao Sistema de Distribuição da ANEEL, em sua versão vigente. 4.2. Condições Básicas de Paralelismo 4.2.1. A Light só permitirá o paralelismo do Acessante com o seu sistema, caso a interligação não resulte em problemas técnicos ou de segurança para outros consumidores, para o próprio sistema em geral ou para o pessoal de operação e manutenção. Para isso, deverá ser avaliada a instalação do Acessante e somente aprovada com base no cumprimento das condições estabelecidas nesta Informação Técnica. A interligação de um Acessante não deverá acarretar limitações ao sistema da Light, seja em termos de operação dos equipamentos de proteção e manobra existentes, seja em relação à flexibilidade de transferência automática de carga ou religamento automático de circuitos. 4.2.2. A conexão do paralelismo do grupo gerador do Acessante com o sistema elétrico da Light SESA, somente poderá ser realizada através do disjuntor de acoplamento, com verificação do sincronismo (função 25), bem como as demais funções de proteção inerentes a cada tipo de Cliente Autoprodutor. 4.2.3. O sistema elétrico da Light opera na frequência de 60 Hz e possui tensões nominais padronizadas na baixa tensão de 220 e 380 V e na média tensão de 6,3, 13,8 e 25/34,5 kv.

9 Os Consumidores que forem atendidos em 6,3 kv e 25kV, deverão adotar as preconizações estabelecidas na RECON MT vigente. 4.3. Estudos de conexão 4.3.1. Os estudos de estabilidade, de coordenação e seletividade, para fins de definição dos ajustes das proteções que atuam sobre o disjuntor de acoplamento, devem ser realizados pelo Acessante e encaminhados para Light SESA. A Light SESA analisará os estudos acima mencionados e encaminhados pelos Acessantes, assim como, propor mudanças ou redefinição dos ajustes das proteções, justificadas tecnicamente, em função de características específicas do sistema de distribuição acessado. A Light SESA deve realizar os estudos necessários para viabilidade de conexão do Acessante, respeitando o critério de mínimo custo global de conexão, bem como realizar os estudos de caráter sistêmico sob sua responsabilidade de modo a avaliar o impacto da solicitação de acesso sobre o desempenho do sistema elétrico. O Acessante deverá anexar aos estudos todos os dados e parâmetros dos equipamentos, conforme relação abaixo, com vista à aprovação da Light SESA. 4.3.1.1. Curto-Circuito: Dados do(s) Gerador(es): a. Tensão nominal; b. Faixa operativa de tensão (máx. e mín.). c. Nº de unidades geradoras e tipo (se movidas a diesel, gás natural, etc.). d. Potência nominal em kva. e. Potência ativa em kw. f. Fator de potência. g. Limite de geração de potência reativa (máx. e mín.). h. Tensão operativa (com limites percentuais de máx. e min.). i. Tipo de Ligação (se estrela aterrada, estrela não aterrada, delta). j. Reatância transitória em porcento, na base do gerador (X d).

10 k. Reatância subtransitória em porcento, na base do gerador (X d). l. Tipo de aterramento (se por resistor, reator ou solidamente aterrado). m. Valor da resistência de aterramento em ohms. Dados do(s) Transformador(es): a. Impedância percentual de curto-circuito. b. Potência nominal em kva. c. Tensão nominal. d. Relação de transformação. e. Tipo de ligação (se: estrela-estrela não-aterrada, estrela-estrela aterrada, delta-estrela nãoaterrada, delta-estrela aterrada ou delta-delta) e diagrama vetorial. f. Tipo de aterramento (se por resistor, reator ou solidamente aterrado). g. Valor da resistência de aterramento em ohms. 4.3.1.2. Estudo de Estabilidade: Para os Autoprodutores que se enquadrarem nas definições de paralelismo permanente ou momentâneo, com potência total de geração superior a 600 kva, em complementação aos dados do(s) Gerador(es) solicitados no item 4.2.4.1, o Autoprodutor também deverá informar: a. Reatância do eixo de quadratura. b. Reatância do eixo direto. c. Reatância de dispersão. d. Constante de Inércia (MWs / MVA). e. Constante de tempo subtransitório do eixo direto e do eixo de quadratura. f. Constante de tempo transitório do eixo direto. g. Diagrama de blocos dos reguladores de tensão e velocidade. h. Curva de saturação do gerador. i. Curva de capacidade (Capabilidade).

11 Para os demais casos não compreendidos no item acima, o ajuste de estabilidade deverá possuir o ajuste de frequência no intervalo de 59,7 a 60,3 Hz durante 1 segundo. 4.3.2. Especificamente nas interligações em média tensão e independentemente do tipo de paralelismo (se momentâneo ou permanente), bem como da potência envolvida, o acoplamento em paralelo do sistema de geração do Acessante com o sistema elétrico da Light requer o uso de um transformador de isolação estrela-triângulo, disponibilizado pelo Acessante, à luz dos termos do item 5.2. O transformador deverá ser conectado em triângulo no lado da Light e em estrela aterrado no lado da geração do Acessante, isolando assim o sistema de geração do Acessante do sistema da Light, em termos de sequência zero, inclusive harmônicas de sequência zero. Nos casos em que o Acessante gerar no mesmo nível de tensão do alimentador de interligação, deverá ser usado transformador de isolação de relação 1:1. 4.3.3. A Light poderá suspender o paralelismo elétrico entre o seu sistema e o do Acessante sempre que: a. Houver emergência no sistema. b. Uma inspeção no Acessante revelar a existência de condições perigosas, falhas de manutenção, condições operativas ou proteção deficientes. c. O sistema de geração do Acessante reduzir a qualidade do serviço de fornecimento de energia a outros consumidores. d. Prejudicar as condições operativas ou de segurança do sistema da Light, ou ainda, sempre que o Acessante descumprir qualquer condição estabelecida nesta Informação Técnica ou no Acordo Operativo. 4.3.4. Não será permitido em hipótese alguma, ao Acessante, energizar o circuito da Light que estiver desenergizado, cabendo ao Acessante total responsabilidade legal caso este fato venha a acontecer, eximindo-se a Light de qualquer responsabilidade por eventuais danos materiais e humanos. 4.3.5. O Acessante deverá disponibilizar as proteções necessárias que promovam o imediato desacoplamento do seu grupo gerador do sistema da Light, quando da desenergização ou qualquer anomalia no sistema da Light, evitando a alimentação isolada de circuitos da Light por sua geração própria ( ilhamento ), de forma a permitir que a Light restabeleça, com segurança, a alimentação dos seus circuitos através de religamento manual ou automático, independentemente do Autoprodutor estar interligado em regime de paralelo momentâneo ou permanente. 4.3.6. Para o caso de barramento, onde, é conectado o sistema de geração através de um transformador com ligação delta estrela, e, nesse mesmo barramento estejam conectadas outras cargas da instalação através de um ou mais transformadores delta estrela. No momento em que o

12 sistema estiver operando isolado da rede da Light, isto é, com o Disjuntor de Acoplamento aberto, caso ocorra à incidência de um curto monofásico nesse barramento, a proteção de sobrecorrente existente no lado estrela do transformador do gerador, ou do lado de MT do transformador que atende as cargas, não será sensibilizada, cabendo nesse caso a adoção de um TP auxiliar nesse barramento de forma a ser habilitada a função 59N. Essa proteção atuará no disjuntor do gerador. Essa situação é ilustrada na Figura 1 abaixo. Figura 1 Diagrama do gerador isolado da rede da Concessionária 4.3.7. O agente interessado deverá apresentar à Light a documentação necessária expedida pelo poder concedente (ANEEL), que lhe outorgue o direito de se estabelecer como Acessante de acordo com as condições estabelecidas no Decreto nº 2.003 de 10 de setembro de 1996, na Lei 9.074/1995 ou seja, concessão, autorização ou registro, conforme o tipo de geração e respectiva potência. A Lei n. 9.074/1995 determina que os empreendimentos de capacidade reduzida (com potência igual ou inferior a 5.000 kw para as demais fontes) não dependem de autorização da ANEEL, então somente após a sua implantação é que devem ser comunicados ao Poder Concedente para serem registrados 4.4. Condições de Proteção 4.4.1. Caberá ao Acessante disponibilizar, como recurso na interligação de seu sistema com o da Light, os equipamentos de manobra necessários (chaves, disjuntores etc.), a fim de proporcionar, em tempo hábil, a separação do acoplamento Sistema-Acessante/Sistema-Light, quando da ocorrência de qualquer anomalia no sistema elétrico da Light ou do próprio Acessante. 4.4.2. Os níveis de curto-circuito monofásico e trifásico no ponto de conexão (Light/ Acessante) não poderão ultrapassar a capacidade de suportabilidade dos cabos/condutores, equipamentos e acessórios já instalados no sistema elétrico da Light. Esses valores poderão constar do Acordo Operativo.

13 4.4.3. Ao Acessante caberá a responsabilidade exclusiva pela proteção total do seu sistema elétrico, de tal maneira que falhas (curtos-circuitos), surtos atmosféricos ou outras perturbações no sistema da Light, como falta de fase, oscilações de tensão, manobras etc., não causem danos em suas instalações, equipamentos etc. 4.4.4. As especificações dos acessórios e de todos os equipamentos de proteção e manobra instalados no Acessante, inerentes ao disjuntor de acoplamento, deverão ser submetidas à aprovação prévia da Light. Não serão aceitos acessórios e equipamentos que não disponham de qualidade reconhecida para a sua aplicação, ou seja, aqueles que não sejam classificados para uso em concessionárias de energia elétrica. Todos os equipamentos e acessórios utilizados deverão possuir classe de isolamento compatível com a tensão nominal do sistema de distribuição da Light a qual estará conectado. 4.4.5. A Light se reserva no direito, mesmo após a assinatura do Acordo Operativo, de solicitar ao Acessante a instalação de equipamentos adicionais àqueles inicialmente aprovados em seu sistema de geração, principalmente no que se refere à proteção, medição de qualidade, manobra e comunicação/automação. Tal solicitação se justifica, principalmente, na eventual alteração da configuração do sistema elétrico. 4.4.6. De acordo com a configuração e/ou filosofia de operação do paralelismo da planta do Acessante, a Light poderá aceitar que a conexão ao sistema elétrico da Concessionária seja realizada por um ou mais disjuntores de acoplamento (DA), desde que os mesmos sejam supervisionados por relé que contenha a função de verificação de sincronismo (f.25). 4.4.6.1. Caso o Acessante opte por utilizar mais de um disjuntor de acoplamento (DA), este deverá justificar tecnicamente através de um Memorial Descritivo a sua necessidade e filosofia de operação. 4.4.7. O disjuntor de acoplamento deve ser acionado por relés secundários, inerentes a proteção de interligação, que promovam a sua abertura, sempre que ocorrer qualquer tipo de anomalia (curtoscircuitos monofásicos, bifásicos ou trifásicos, súbita variação de frequência e/ou tensão, falta de fase ou fases etc.), tanto no sistema da Light quanto no do Acessante. Todas as funções de proteção relativas à interligação do Acessante deverão atuar no disjuntor de acoplamento, de forma direta, através de alimentação auxiliar ininterrupta (corrente contínua). 4.4.8. Todos os ajustes dos relés e dos equipamentos auxiliares necessários ao paralelismo deverão ser apresentados à Light pelo Acessante para aprovação direta ou redefinição. Todo trabalho de aferição e parametrização, deverão ser realizados pelo Acessante, porém com o consentimento e fiscalização/comissionamento da Light.

14 Os relés secundários deverão possuir sinalização individual das atuações da proteção e registro de sequência de eventos para fins de análise de ocorrências. 4.4.9. Para análise e estudo dos esquemas de proteção o Acessante deverá encaminhar para a Light as seguintes informações: a. Diagrama unifilar completo, destacando a representação do disjuntor de acoplamento. b. Tipo de paralelismo: se paralelo permanente (informando se com ou sem venda de excedente de energia) ou se paralelo momentâneo (informando a duração do paralelismo). c. Diagramas funcionais (esquemáticos) indicando as ligações dos disparos das proteções sobre os disjuntores e os intertravamentos utilizados. d. Diagrama trifilar da interligação, mostrando as ligações dos TC e TP aos terminais dos circuitos de corrente e potencial dos relés. e. Descritivo dos intertravamentos. f. Características funcionais dos relés utilizados na proteção de acoplamento. g. Cópia dos manuais técnicos dos relés (não serve catálogo comercial), exceto quando se tratar de relé já utilizado na Light. h. Estudo de seletividade das proteções com os respectivos ajustes de relés. i. Características dos TC, TP e disjuntores que fazem parte do sistema de paralelismo. j. Dados do(s) transformador(es) de força e de isolação: Potência nominal. Relação de transformação disponível. Impedância de curto-circuito (%). Tipo de ligação e diagrama fasorial. k. Dados do(s) gerador(es): Capacidade nominal. Fator de potência

15 Tensões máxima e mínima de operação. Tipo e impedância de aterramento (se houver). Reatâncias transitória, subtransitória e de regime permanente. Reatância de sequência zero. l. Constantes de tempo dos regimes transitório e subtransitório. m. Estudo de estabilidade. n. Detalhamento em plantas e cortes de todo o sistema elétrico do Autoprodutor (entrada/subestação/grupo gerador). o. Planta de localização geográfica do cliente em relação a área urbana, destacando o sistema elétrico. p. Cópia autenticada da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do(s) responsável(veis) pelo projeto, execução, operação e manutenção do sistema de geração do Autoprodutor. Para os casos de Acessantes com exportação e venda de energia, além das exigências acima ilustradas, deverão ser informadas as seguintes características: a. Fator de Capacidade (fator de carga) da central geradora, para os 12 meses do ano, apenas para fontes hídricas. b. Endereço completo, ou coordenadas (grau, minuto e segundo), ou coordenadas (UTM). c. Documentação oficial da ANEEL relativa à concessão, autorização, ato autorizativo ou certificado de registro, conforme estabelece o item 4.3.7 desta Informação Técnica. 4.4.10. Em caso de alterações no sistema da Light, as mudanças eventualmente necessárias nos relés de proteção e controle do Acessante, serão custeadas pelo Acessante. Os respectivos ajustes serão coordenados pela Light.

16 4.4.11. Eventuais alterações no sistema de geração do Acessante, deverão ser informadas à Light para aprovação. Em caso de concordância, a Light deverá analisar a revisão do estudo de proteção efetuado pelo Acessante e autorizar a implantação/alteração dos ajustes de relés que se façam necessários. 4.4.12. O Acessante será o único responsável pela sincronização apropriada do seu sistema gerador com o sistema elétrico da Light, exclusivamente através do disjuntor de acoplamento. Não será permitido o religamento automático do disjuntor de acoplamento. 4.4.13. Estando o gerador em funcionamento, o fechamento do paralelismo somente poderá ser feito através do disjuntor de acoplamento e supervisionado pelo relé de verificação de sincronismo (função 25). O estabelecimento do paralelismo por qualquer outro disjuntor, inclusive o disjuntor de entrada, é expressamente proibido. 4.4.14. A proteção inerente ao disjuntor de acoplamento, deverá ser independente da proteção do gerador e da proteção geral de entrada e possuir, no mínimo, as seguintes funções de proteção: Função 67: Proteção para sobrecorrente direcional de fases, tempo inverso. Função 59G: Proteção para sobretensão residual, temporizada. nota). nota). Função 27: Proteção para subtensão de fases, temporizada, ligação fase-neutro (ver Função 59: Proteção para sobretensão de fases, temporizada, ligação fase-neutro (ver Função 32: Proteção para reversão de potência de fases, temporizada (ver nota). Nota: Em Acessante do tipo com venda de excedente de energia, o relé função 32 poderá ser dispensado e os relés funções 27 e 59 deverão possuir 2(dois) estágios de ajustes, independentes, para cada função. Função 81O/U: Proteção de frequência, com níveis de ajustes independentes e simultâneos para sobre e subfreqüência. Função 25: Proteção de verificação de sincronismo. Observação: Não será aceito, como proteção de interligação, as funções de proteção derivadas exclusivamente de equipamentos do tipo CLP (Controlador Lógico Programável) ou incorporadas à unidade USCA (Unidade de Supervisão de Corrente Alternada) do grupo gerador - ver item 5.4.

17 Especificamente para Autoprodutores conectados em baixa tensão em regime permanente, ou momentâneo as funções 59 e 59G deverão ser avaliadas dependendo da característica da instalação, cabendo lembrar que as funções 50/51 e 50/51N deverão sempre constar no projeto de proteção. 4.4.15. Quando da interligação de Acessantes do tipo Produtores Independentes de Energia Elétrica, Autoprodutores com ou sem venda de energia excedente, em regime de paralelo permanente, que sejam atendidos ou não por alimentador(es) de MT exclusivo(s), o (s) equipamento (s) de proteção do sistema da Light imediatamente a montante do Acessante, seja disjuntor, religador ou dispositivo de transferência automática de carga, deverá ser equipado com um sistema de supervisão de tensão de retorno ESTR. Tal sistema será composto de TP e relé de tensão, de modo a não permitir religamento automático desses equipamentos, estando o Acessante interligado ao sistema da Light por qualquer ocorrência adversa. É de responsabilidade do Acessante se proteger contra eventuais religamentos do sistema da Light, conforme estabelece o item 4.4.3. O custo dessa instalação caberá ao Acessante, conforme item 4.1.4 desta Informação Técnica. 4.4.16. Nos casos em que o Acessante tiver o transformador de isolação protegido por meio de fusíveis, a proteção de interligação deverá possuir a função 46, proteção contra corrente de sequência negativa nas 3 fases. 4.4.17. Nos casos de interligação de Acessante em regime de paralelo permanente, com venda de energia excedente e que NÃO sejam atendidos por alimentador(es) de MT exclusivo(s), dependendo dos estudos de fluxo de potência realizados pela Light, relativos ao impacto causado ao sistema elétrico pelo Acessante em termos de confiabilidade e segurança, será avaliado a necessidade da utilização de um sistema de transferência de disparo (transfer trip ver item 5.7), a fim de permitir o imediato desligamento do disjuntor de acoplamento, quando da abertura do disjuntor do alimentador de interligação localizado na subestação da Light. O custo desse sistema e respectiva instalação, serão de responsabilidade do Acessante, conforme item 4.1.4. 4.4.18. Sugestivamente, após o padrão de entrada, a Light apresenta, nos anexos A e B, o esquema de proteção mínima a ser seguido pelos Acessante, sujeito, entretanto, aos acréscimos que se fizerem necessários em termos de confiabilidade, segurança e qualidade do sistema elétrico, por conta do citado no item 4.4.14. Também são sugestivos os pontos indicados para a instalação, tanto do disjuntor de acoplamento, quanto dos transformadores de isolação, caso seja utilizado e necessário. Os pontos ideais dependerão da configuração de paralelismo desejada por cada Acessante. As seccionadoras necessárias, tanto no barramento do Acessante quanto na interconexão com o sistema elétrico da Light, não foram representadas no referido esquema, considerando a grande variação em termos de posicionamento e número de chaves, em função da necessidade de cada caso. Portanto, caberá ao Acessante definir o chaveamento mínimo necessário dentro de condições de segurança e manobra aceitáveis, obedecendo ainda aos padrões estabelecidos na respectiva

18 Regulamentação da Light para Fornecimento de Energia a Consumidores RECON/MT (Até Classe 36,2 kv) e Normas ABNT atinentes. 4.4.19. Lacre e selo da Light Deverá ser disponibilizado pelo Acessante dispositivos para inserção de selos, lacres de segurança, padrão Light, além de ser disponibilizado porta de policarbonato para o relé de proteção de interligação e botão de acesso que permita somente acesso aos ajustes, ou demais dispositivos que atendam a securização do referido equipamento. 4.4.20. Sistema de verificação contra falta de alimentação auxiliar O Acessante deverá instalar um sistema de monitoramento para alimentação continua do sistema de proteção e do comando do disjuntor de acoplamento. Esse sistema poderá ser composto, de uma 2ª bobina de disparo em Vca, o qual será responsável pelo desligamento do disjuntor de acoplamento na ocorrência de falha ou falta de alimentação de Vcc, através de um comando do relé auxiliar. Composto por sinalização sonora e luminosa, onde, no alcance dos limites precários de tensão em Vcc, para o sistema de controle e proteção, serão acionados primeiramente os alarmes, e em um segundo estágio, será dado trip no disjuntor de acoplamento. Opcionalmente o sistema de abertura do disjuntor de acoplamento, poderá ser realizado pela bobina de mínima tensão de Vcc, ressaltando que tal finalidade é exclusiva para a falta de alimentação auxiliar do sistema de proteção. 4.5. Condições de Operação e Manutenção 4.5.1. É de responsabilidade exclusiva do Acessante a instalação, operação e manutenção dos equipamentos destinados ao estabelecimento das condições de proteção e sincronismo, por ocasião de cada manobra de execução do paralelismo de seu sistema de geração com o sistema da Light. 4.5.2. Caberá ao Acessante elaborar relatórios de operação e manutenção para o seu sistema (equipamentos e sistemas de proteção). Esses relatórios, individualmente, deverão registrar todos os eventos de operação ou de manutenção. A periodicidade e os critérios de manutenção, de acordo com a complexidade de cada Acessante, deverão estar contemplados no Acordo Operativo. Tanto os relatórios de operação quanto os de manutenção, devem ser sempre conservados pelo Acessante, estando disponíveis, em qualquer tempo, para a análise da Light. No caso de desaparecimento desses relatórios, o Acessante será sumariamente responsabilizado por todas as questões que deles dependam. 4.5.3. O Acessante deverá conceder à Light livre acesso, em qualquer tempo e hora, para exercer a fiscalização das condições de instalação e manutenção do sistema de interligação (envolvendo manobra, calibração de relés, disjuntores e equipamentos auxiliares etc.) e também para acompanhar

19 ou executar qualquer manobra de emergência que se faça necessária. Essa concessão deverá constar do Acordo Operativo. 4.5.4. O Acessante deverá indicar o(s) responsável(veis) técnico(s) (com responsabilidade técnica perante o Conselho de Classe atinente) pelo sistema de geração e paralelismo com o sistema da Light, destacando projeto, execução, operação e manutenção. A documentação de responsabilidade técnica deverá fazer parte integrante do Acordo Operativo em documento anexo. 4.5.5. O Acessante deverá disponibilizar, permanentemente, se for o caso, pelo menos um elemento do seu corpo técnico (operador), devidamente habilitado, durante todo o período que estiver ocorrendo à operação em paralelo com a Light. Este item deverá estar regulamentado no Acordo Operativo. 4.6. Condições de Medição de Qualidade 4.6.1. O Acessante deverá atender na íntegra as especificações técnicas que são preconizadas na regulamentação Light, no caso a RECON MT Até Classe 36,2kV vigente. Nos casos não previstos na mesma, a Concessionária deverá ser consultada para uma realização de um estudo do projeto. Referente aos custos de aquisição, manutenção e operação dos equipamentos destinados à medição de qualidade, bem como o sistema de comunicação para acesso remoto, serão em sua totalidade de responsabilidade do Acessante. 4.6.2. Independentemente do Acordo Operativo ser de curto ou longo prazo, os investimentos referentes aos meios de comunicação, telemedição (qualidade) e manutenção do sistema, serão custeados integralmente pelo Acessante. Nota: Toda e qualquer intervenção no sistema de medição de faturamento, independentemente do tipo de operação do Acessante, é de responsabilidade técnica da Concessionária, cabendo a ela, a instalação, manutenção e operação. Para quaisquer solicitações, a Concessionária deverá ser consultada previamente. Para casos em que o Acessante deseje integrar o Ambiente de Contratação Livre ACL, a Concessionária deverá ser consultada para maiores esclarecimentos e orientações do processo. 4.7. Assinatura do Acordo Operativo O Acordo Operativo é o instrumento legal que define as atribuições, responsabilidades e estabelece os procedimentos operacionais entre as PARTES; determina o compromisso do Acessante em seguir as normas e critérios da DISTRIBUIDORA (consolidados neste Informativo Técnico) bem como em seguir os PROCEDIMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO, da ANEEL, vigentes.

20 A liberação para a operação da geração própria do Acessante em paralelo com a rede de distribuição da Light depende da assinatura do referido Acordo. 4.7.1. Dados Comerciais / Técnicos integrantes do Acordo Operativo Tão logo o Acessante der entrada na documentação pelo Setor Comercial da Light com a sua solicitação de paralelismo com acesso à rede distribuição e após o encaminhamento de todo o material técnico solicitado pela Light, serão iniciados os estudos de viabilidade técnica para este empreendimento de acordo com os prazos regulatórios para cada tipo de solicitação de acesso. Após a identificação do tipo de paralelismo requerido, e simultaneamente com os estudos da viabilidade técnica do empreendimento por parte da Light, será encaminhada ao Acessante uma minuta do Acordo Operativo para que o mesmo tome conhecimento dos seus termos para futuro aceite das condições e respectiva assinatura. Essa minuta apresenta campos em destaque que deverão ser confirmados e/ou preenchidos pelo Acessante e devolvidos à Light, que se incumbirá em confeccionar o Acordo final em 3 (três) vias devidamente rubricadas e que deverão ser assinadas entre as Partes. 5. FUNDAMENTOS TÉCNICOS Os itens seguintes contêm os fundamentos técnicos que embasam as principais exigências contidas nesta Informação Técnica, no sentido de proporcionar melhor entendimento dos clientes interessados em se estabelecer como Acessantes na área de concessão da Light. 5.1. Ajustes da proteção de acoplamento Os ajustes das proteções das instalações do Acessante devem ser por ele calculados e encaminhados à distribuidora para aprovação direta ou redefinição dos parâmetros pela Acessada. Para definição dos ajustes de frequência, o Acessante deverá apresentar o estudo de estabilidade para validação por parte da Light e encaminhar os dados estabelecidos no item 4.3.1.2. 5.2. Transformador de isolação Considerando que os grupos geradores têm sua configuração em estrela, os mesmos poderiam, se conectados diretamente ao sistema da Light, disponibilizar um caminho para correntes de sequência zero, sejam por desequilíbrio do sistema ou, principalmente, oriundas de qualquer operação de abertura monofásica na rede da Light; essas correntes ocasionariam o desligamento do disjuntor do alimentador de interligação através do relé de neutro, afetando também outros Clientes, além do próprio Acessante.

21 Outra questão, de significativa importância na qualidade da energia, são as perturbações no sistema elétrico causadas por correntes harmônicas, principalmente as de terceira ordem e seus múltiplos, originárias do sistema de geração do Acessante. Para evitar que correntes de sequência zero e/ou elevados níveis de correntes harmônicas venham a circular no sistema da Light, que possam comprometer seus índices qualidade, é necessária a instalação de um transformador de isolação do tipo estrela-triângulo, com a lado em triângulo voltado para o lado da Light, isolando o caminho para as correntes de sequência zero e bloqueando ou atenuando as correntes harmônicas. 5.3. Paralelo em regime permanente no sistema reticulado No atendimento de Acessante a partir da rede de média tensão do sistema reticulado, caracterizado como reticulado dedicado, haveria necessidade de atendimento através de no mínimo três circuitos alimentadores, dependendo da carga a ser atendida, de forma a garantir o atendimento na condição de dupla contingência, isto é, n 2. A condição de operação em paralelismo permanente não é permitida pela Concessionária, pois, em uma condição de carga baixa no sistema de distribuição, o Acessante estando com sua geração em plena potência, poderá derrubar os circuitos remanescentes, estando o sistema operando na condição de dupla contingência. Nessa condição, na ocorrência de paralelismo permanente haveria risco potencial de desligamento dos circuitos primários remanescentes, por conta de abertura dos protetores de rede pela exportação momentânea de energia durante o período de sincronização das fontes geradoras. Além dos problemas citados, tanto o paralelismo permanente quanto o momentâneo, poderão causar sérios riscos relativos à segurança física do pessoal de operação de rede, em função das características operacionais desse tipo de sistema de distribuição. 5.4. Utilização de CLP Os Controladores Lógicos Programáveis (CLP) tiveram sua concepção inicialmente voltada para o controle de processos em unidades de produção independentes, como por exemplo, tornos mecânicos. Posteriormente, também passaram a ser utilizados em sistemas robotizados dentro dos processos de automatização da indústria, além de outras aplicações. Entretanto, cabe ressaltar que esses sistemas que utilizam CLP estão sujeitos a falhas provocadas por perturbações ou interferências na qualidade da energia de fornecimento (súbita variação de tensão ou frequência, correntes harmônicas etc). Essas falhas vão desde a perda temporária até a perda permanente da programação, cegando algumas funções do CLP; lembrando que a perda temporária se mostra até pior que a perda permanente, já que pode caracterizar um defeito intermitente no sistema e sem causa aparente.

22 Um relé com função de proteção do tipo utilizado em concessionária, dispõe de recursos, filtros etc, que o protege contra as interferências elétricas do sistema. Atendendo o rigor das normas pertinentes, o relé é projetado com esse objetivo, enquanto o CLP não. 5.5. Sistema de supervisão de tensão A Light não dispõe de meios para estabelecer condições de sincronismo em seu sistema de distribuição, quando um de seus alimentadores de média tensão estiver funcionando paralelado com um determinado Autoprodutor de energia elétrica, por se tratar de uma empresa de distribuição de energia, sem acesso a fonte geradora, considerando que frequência e ângulo de fase são determinados pelo Sistema Interligado Brasileiro. Portanto, cabe ao Acessante a responsabilidade de realizar o sincronismo do seu grupo gerador, antes de se paralelar ao sistema da Light. A fim de atender os níveis de continuidade estabelecidos pela ANEEL, no que se refere aos índices de DEC e FEC, a Light define em seu sistema, condições de restabelecimento rápido através de religamentos automáticos instalados em seus alimentadores primários. Logo, é extremamente importante que o Autoprodutor se desacople do sistema após qualquer condição de desligamento da rede da Light, pois um religamento da Light com o Autoprodutor energizado, poderá danificar o seu grupo gerador, inclusive com torção de eixo. Mesmo sendo responsabilidade do Acessante estabelecer as condições de proteção do seu sistema, para qualquer ocorrência adversa no sistema da Light, nos Autoprodutores interligados em regime de paralelo permanente e que sejam atendidos por alimentador(es) de MT exclusivo(s), torna-se importante que sejam disponibilizados nos equipamentos de proteção (religador, disjuntor etc.) a montante do Autoprodutor, dispositivo de supervisão de tensão que impeça o religamento do alimentador, caso a rede se mantenha energizada pelo Acessante. 5.6. Proteção por fusíveis A proteção por fusíveis em sistemas elétricos potentes paralelados com um grupo gerador, considerando a possibilidade de abertura monofásica do sistema tronco, submeteria o grupo gerador a correntes de sequência negativa elevadas, com consequências danosas para o gerador. Apesar de ser responsabilidade do Autoprodutor a proteção do seu sistema contra correntes elevadas de sequência negativa, é fundamental evitar ao máximo a incidência de trancos do sistema sobre o grupo gerador; além do que a proteção por fusível nem sempre oferece condições adequadas de coordenação e seletividade, considerados os níveis de corrente normalmente encontrados nos sistemas em questão. Portanto, a Light não faz nesta Informação Técnica, nenhuma recomendação para proteção por fusíveis, destacando por exemplo, no item 4.4.16, a necessidade de utilização da função 46, contra

23 correntes de sequência negativa nas 3 fases, caso o Acessante venha utilizar fusíveis como dispositivo de proteção contra sobrecorrentes. 5.7. Transferência de disparo (Transfer trip) Dependendo do pondo de interligação do Acessante com o sistema elétrico da Light, para venda de energia excedente considerando as condições de carregamento no instante de carga leve (carregamento abaixo do ajuste da função 32), os valores de tensão e frequência no barramento desse Acessante poderão não sensibilizar os seus relés de tensão e frequência (funções 27, 59 e 81), acarretando um ilhamento indesejável, permitindo que parte das cargas da Light fiquem energizadas pelo Acessante. Tal situação poderá ocorrer durante uma simples operação de manobra no sistema primário de distribuição, através do desligamento inicial do disjuntor de interligação localizado na subestação da Light, ou ainda, quando da ocorrência de um black-out. A Light estaria, nesses casos, impedida de restabelecer prontamente o seu sistema, tanto por religamento automático quanto manual, retardando o restabelecimento de outras cargas prioritárias (hospitais, controle de tráfego etc.), além de submeter os seus funcionários de rede a riscos de acidentes elétricos. Portanto, somente após avaliação com análise de fluxo de potência no circuito em questão, a Light poderá concluir ou não pela necessidade da utilização de um dispositivo de transferência de disparo, como opção técnica para garantir a imediata abertura do disjuntor de acoplamento do Autoprodutor, quando da abertura do citado disjuntor do alimentador de interligação. Essa opção técnica dependerá também dos meios de comunicação disponíveis, que possam oferecer condições de operacionalidade seguras. 5.8. Medição de qualidade Quando da existência de Acessantes interligados ao sistema elétrico da Light, a medição da qualidade é de extrema importância, tanto no que se refere à finalidade de balizar questões ligadas a segurança de terceiros, quanto em relação à verificação dos níveis de qualidade estabelecidos (tensão, frequência, distorções harmônicas, interrupções do fornecimento etc.). Acessantes, em paralelo com a rede da Light, estão sujeitos a provocar perturbações no sistema elétrico em que estejam interligados, ou por questões de estabilidade ou simples falha nos seus grupos geradores, podendo assim interferir nos índices de qualidade acordados. Outra questão de expressiva importância é o envolvimento de riscos de acidentes elétricos com terceiros, além de possíveis prejuízos materiais, quando da eventual ocorrência de falha monofásica na rede da Light. Por exemplo, quando do abalroamento de postes em acidentes automobilísticos, onde mesmo a Light, promovendo o imediato desligamento de seu disjuntor através de suas proteções

24 próprias, a rede se mantenha energizada pelo grupo gerador do Autoprodutor. Esse fato poderá ocorrer por falta de manutenção, falha no sistema de proteção do Acessante, operação indevida etc. Dessa forma, para a verificação das responsabilidades por qualquer dos eventos citados, o monitoramento contínuo no ponto de interligação do paralelo do grupo gerador do Autoprodutor com a rede da Light, se mostra como a melhor opção técnica disponível, independentemente da potência envolvida na autoprodução. 6. ROTINA PARA SOLICITAÇÃO DE PARALELISMO As informações relativas à rotina do processo de solicitação de paralelismo para clientes interessados em autoprodução de energia elétrica, com ou sem a intenção de venda de energia excedente ao mercado, serão fornecidas pela Gerência Grandes Clientes e Poder Público competente. Para os Clientes atendimentos pelo varejo (Clientes de Baixa Tensão), toda e qualquer consulta deverá ser realizada através de contato na agência comercial, para posterior encaminhamento à Gerência técnica responsável. 7. INSPEÇÕES E TESTES DE COMISSIONAMENTO A aprovação final do Acessante para se interligar ao sistema elétrico da Light, dependerá da realização de inspeção e testes de comissionamento, mesmo estando toda a documentação, inicialmente apresentada para análise da Light, de acordo com as condições estabelecidas nesta Informação Técnica. 7.1. A execução física do sistema deverá obedecer fielmente ao projeto analisado, sendo a instalação recusada caso ocorra discrepância. 7.2. Deverão ser verificados e testados os intertravamentos entre o disjuntor de acoplamento e os demais disjuntores envolvidos no sistema de paralelismo, visando constatar a impossibilidade de fechamento desses disjuntores estando os disjuntores de acoplamento e o do gerador fechados. 7.3. Deverão ser realizadas operações de entrada e saída do paralelismo para certificar-se do bom desempenho do sistema. 7.4. Deverão ser realizados testes de exportação de energia para verificar o valor de operação do relé de reversão de potência (função 32), bem como testes funcionais de atuação das proteções funções 67, 59, 59G, 27 e 81 O/U, sobre o disjuntor de acoplamento, de forma a comprovar a efetividade da proteção. 7.5. Deverá ser avaliada a qualidade da energia produzida pelo Acessante, a partir da análise dos resultados obtidos dos equipamentos de medição de qualidade com instalação fixa no local, conforme

25 item 5.8 desta Informação Técnica, bem como, se necessário, a partir de medições temporárias realizadas através de equipamentos móveis instalados pela Light. 7.6. Por parte do Acessante, no dia dos testes de Comissionamento, deverá estar presente o responsável técnico pela montagem e execução dos projetos dos sistemas de proteção de acoplamento e de geração, bem como os demais equipamentos associados e necessários para a realização dos testes. 7.7. Os testes de paralelismo da geração com a rede da Distribuidora, somente poderão ser realizados na presença da equipe técnica da Light. 7.8. O Acessante deverá encaminhar à Light os laudos de aferição e calibração realizados durante o Comissionamento.

26 ANEXO A Diagrama unifilar orientativo e esquema de proteção mínima para interligação de Clientes Autoprodutores atendidos em Média Tensão (MT). Diagrama A Diagrama unifilar orientativo para instalações atendidas em Média Tensão Nota: O diagrama unifiliar acima é de caráter orientativo, não eximindo ao Responsável Técnico do projeto da instalação do Acessante da responsabilidade técnica em relação à adoção de critérios preconizados nas Normas ABNT atinentes.

27 ANEXO B Diagrama unifilar orientativo e esquema de proteção mínima para interligação de Clientes Autoprodutores atendidos em Baixa Tensão (BT). Diagrama B Diagrama unifilar orientativo para instalações atendidas em Baixa Tensão Nota: O diagrama unifiliar acima é de caráter orientativo, não eximindo ao Responsável Técnico do projeto da instalação do Acessante da responsabilidade técnica em relação à adoção de critérios preconizados nas Normas ABNT atinentes.

28 ANEXO C MT/BT Relação das funções de proteção mínimas exigidas Tabela Relação das funções de proteção mínimas exigidas no Acoplamento Relé (Função) Descrição da Função Finalidade 50/51 50/51N 67 59G Relé de sobrecorrente de fases, tempo inverso, com elemento instantâneo Relé de sobrecorrente de neutro, tempo inverso, com elemento instantâneo Relé de sobrecorrente direcional de fases, tempo inverso Relé de sobretensão residual temporizado 27 Relé de subtensão de fases temporizado 59 Relé de sobretensão de fases temporizado 81O/U 32 Relé de frequência com ajustes independentes de subfrequência e sobrefrequência Relé direcional de potência de fases temporizado 25 Relé de verificação de sincronismo Desliga o disjuntor de entrada (DE) para faltas entre fases nas instalações do Autoprodutor Desliga o disjuntor de entrada (DE) para faltas à terra nas instalações do Autoprodutor Desliga o disjuntor de acoplamento (DA) para faltas entre fases no circuito de interligação do Autoprodutor Desliga o disjuntor de acoplamento (DA) para faltas à terra no circuito de interligação do Autoprodutor Desliga o disjuntor de acoplamento (DA) quando houver subtensão em uma ou mais fases do sistema Desliga o disjuntor de acoplamento (DA) quando houver sobretensão em uma ou mais fases do sistema Desliga o disjuntor de acoplamento (DA) quando houver variação de frequência no sistema Desliga o disjuntor de acoplamento (DA) quando o Autoprodutor exportar potência superior ao limite estabelecido Permite o fechamento do disjuntor de acoplamento quando existir sincronismo

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