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Boletim Mensal do Mercado de Trabalho Nº 03 Julho / 2013 I - Emprego Formal no Brasil Segundo as estimativas do Ministério do Trabalho e Emprego MTE, obtidas pela Relação Anual de Informações Sociais RAIS e pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CAGED, junho de 2013 se encerrou com 47.836.445 trabalhadores com carteira assinada no país. Neste último mês, o saldo de emprego formal foi de 123.836 trabalhadores (0,3% sobre o mês de maio). Juntos, os seis primeiros meses do ano criaram 657.573 postos de trabalho, contra 858.334 em igual período de 2012. A geração de emprego em 2013 foi 23,4% menor que no ano anterior, uma vez que a crise internacional também tem afetado o mercado de trabalho no país, ainda que com pesos distintos a depender do setor de atividade econômica. Sendo assim, ao analisar os últimos 30 meses, observa-se que o saldo mensal do emprego tem sido positivo, com exceção aos meses de dezembro de 2011 e 2012. Gráfico 1 Saldo Mensal do Emprego (em mil) Brasil, 2011-2013 2
Ao analisar o último ano, tem-se a criação de 667.480 empregos no Brasil e, em junho, 123.836 novos postos de trabalho foram gerados, conforme demonstra a Tabela 1: Tabela 1 Estimativa do Crescimento Anual do Emprego Formal nos Setores de Atividade Brasil, 2012-2013 Os mais representativos setores de atividade por total de trabalhadores formais, em junho de 2013, eram: os serviços, com 33,8% do total, a administração pública com 19,1%, o comércio com 18,9% e a indústria de transformação, com 17,4%. A tabela 2 apresenta o total e a distribuição dos trabalhadores nos setores de atividade. Tabela 2 Total e Distribuição do Emprego Formal por Setores de Atividade Brasil, 2013 3
Em dezembro de 2010, a representação do emprego nos setores de atividade estava assim distribuída: Serviços (32,6%), Administração Pública (20,2%), Indústria de Transformação (17,9%), Construção Civil (5,7%), Serviços Industriais de Utilidade Pública (0,9%), Comércio (19,0%), Agropecuária, Caça e Pesca (3,2%) e Extrativa Mineral (0,5%), II - Emprego Formal no Grande ABC O saldo do emprego no Grande ABC em junho apresentou queda de 599 postos de trabalho e acompanhou o movimento negativo do mês anterior, após três meses consecutivos de geração de empregos. Este movimento foi semelhante ao observado em igual período de 2012, como pode ser visto no Gráfico 2: Gráfico 2 Saldo Mensal do Emprego Grande ABC, 2011-2013 Os municípios que contribuíram para esta redução foram São Caetano do Sul (-639), Diadema (-349) e Ribeirão Pires (-94), como constam na Tabela 3, a seguir: 4
Tabela 3 Evolução Anual dos Postos de Trabalho, por Município Grande ABC, 2012-2013 A Tabela 3 também apresenta o progresso do mercado de trabalho formal no último ano e registra a criação de 7.454 vagas, impulsionado, especialmente, pelo município de Santo André que gerou neste período 5.816 novos empregos somente no Setor de Serviços 1, destoando das demais cidades da região. No último semestre, foram gerados no Grande ABC um total de 6.302 novos empregos, quase o dobro do contabilizado no mesmo período de 2012 (3.800 postos de trabalho). Estima-se que junho de 2013 se encerrou com 821.224 postos de trabalho com carteira assinada no Grande ABC. A Tabela 4 a seguir apresenta o desempenho do emprego no último ano (junho- 2013/junho-2012) por setores de atividade. Nota-se que o Setor de Serviços é o que contém maior número de trabalhadores formais (39,1%), seguido pela Indústria de Transformação (31,6%) e Comércio (17,5%). O Setor de Serviços foi ainda o maior gerador de emprego no período (+7.118), seguido pelo Comércio (2.959) e pelo Setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública. Os demais setores não apresentaram crescimento quando comparado o acumulado do último ano. 1 Em Santo André, somente nas ocupações Manutenção de Edificações, Vigilantes e Guardas de Segurança, Recepcionistas, Vendedores, Escriturários e Técnicos e Auxiliares de Enfermagem, foram geradas 5.572 vagas. 5
Tabela 4 Emprego por Setor de Atividade Econômica Grande ABC, 2013 Já ao analisar o comportamento mensal do emprego nos setores, observa-se que apenas a Indústria de Transformação apresentou ligeiro crescimento dos postos de trabalho. Todos os demais setores apresentaram quedas. III - Os Metalúrgicos no Brasil Os metalúrgicos no Brasil somaram 2.452.137 pessoas em junho de 2013. Neste primeiro semestre, foram gerados 57.594 postos de trabalho, aumento de 2,4%, quantidade muito superior à gerada em igual período de 2012 (12.977). Em doze meses (junho- 2013/junho-2012), o país criou 54.910 empregos metalúrgicos, contra 40.323 do ano imediatamente anterior. No último mês, 1.549 trabalhadores foram adicionados ao mercado de trabalho. Apesar de o ritmo de criação de empregos ter se reduzido na comparação com os primeiros meses de 2013, ainda é expressivo, uma vez que em junho de 2012 haviam sido eliminados 2.910 postos de trabalho. 2012: O gráfico 3 apresenta o saldo do emprego metalúrgico, mês a mês, desde janeiro de 6
Gráfico 3 Saldo Mensal do Emprego Metalúrgico Brasil, 2012-2013 Por subsetores metalúrgicos, no acumulado do último ano somente a Metalurgia apresentou saldo negativo; já em junho de 2013 havia 2.228 trabalhadores a menos (-0,9%) quando comparado com junho de 2012. Todos os outros subsetores observaram crescimento do nível do emprego, como pode se visto pela Tabela 5: Tabela 5 Emprego Metalúrgico, por Subsetor Brasil, 2012-2013 7
Na análise mensal, ainda de acordo com a Tabela 5, os subsetores Metalurgia, Produtos de Metal, Máquinas e Aparelhos Elétricos e Veículos Automotores reduziram postos de trabalho. Os destaques mais positivos do mês ficaram para os subsetores Equipamentos de Informática, Eletrônicos, Manutenção e Reparação e Outros Equipamentos de Transporte. Ao desagregar o Subsetor de Veículos Automotores (montadoras e autopeças), verificase que no caso das montadoras foram criados 3.410 empregos no primeiro semestre de 2013, contra 3.449 em igual período de 2012. Nas fabricantes de automóveis e comerciais leves 2.693 novos postos de trabalho foram gerados neste primeiro semestre, menor que os 3.559 dos seis primeiros meses do ano anterior. Nas indústrias de caminhões e ônibus houve a geração de 717 empregos no semestre; em 2012, havia se contabilizado a redução de 110 postos em igual período. No último ano, as montadoras geraram 6.439 empregos. Comparando com o período anterior, haviam sido criadas somente 1.312 vagas no acumulado de junho de 2011 a junho de 2012. No mês, houve redução do nível de emprego nas montadoras, resultado da eliminação de 45 postos de trabalho nas fabricantes de caminhões e ônibus. Observe o saldo dos segmentos nos Gráficos 4 e 5, nesta sequência: Gráfico 4 Saldo Mensal do Emprego nas Fabricantes de Automóveis e Comerciais Leves Brasil, 2012-2013 8
Gráfico 5 Saldo Mensal do Emprego nas Fabricantes de Caminhões e Ônibus Brasil, 2012-2013 Após cinco meses consecutivos de crescimento das ocupações, o segmento de autopeças no Brasil amargou redução no mês de junho. Veja demonstração do comportamento do saldo mensal do emprego em 2012 e 2013 no Gráfico 6: Gráfico 6 Saldo Mensal do Emprego nas Autopeças Brasil, 2012-2013 9
Uma comparação mais ampliada do total dos postos de trabalho formais no setor automotivo está exposta na Tabela 6: Tabela 6 Estoque de Emprego nas Montadoras e Autopeças Brasil, 2007-2013 IV - A base dos Metalúrgicos do ABC No primeiro semestre foram abertos 428 postos de trabalho na base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ao contrário de igual semestre do ano anterior, quando foram eliminadas 2.939 ocupações. O saldo mensal do emprego na base está exposto no Gráfico 7: Gráfico 7 Saldo Mensal do Emprego na Base do SMABC Grande ABC, 2011-2013 10
Os dados do MTE demonstram que os trabalhadores na base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC SMABC somaram 103.932 pessoas em junho de 2013. No acumulado do último ano o resultado não foi positivo, embora alguns subsetores tenham apresentado pequena evolução. No último mês de junho, nota-se que o setor automobilístico foi o que mais contribuiu para a queda dos indicadores da base sindical, como demonstrado na Tabela 7 Tabela 7 Emprego na Base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, por Subsetor Brasil, 2012-2013 Ainda de acordo com a Tabela 7, um total de 85,3% da categoria está distribuído nos subsetores automotivo, que representa hoje 56,2% dos empregos, e pelos subsetores Produtos de Metal (16,9%) e Máquinas e Equipamentos (12,2%). O gráfico seguinte exibe a evolução do total de emprego na base do Sindicato em um período mais longo, ou seja, de janeiro de 2010 a junho de 2013: 11
Gráfico 8 Estoque de Emprego na Base do SMABC Grande ABC, 2010-2012 Nas montadoras (cuja representação é de 33,7% do total dos trabalhadores), ou 35.021 trabalhadores, o nível de emprego se mantém constante. Nestes primeiros seis meses do ano, foram geradas 55 novas colocações; em 2012, haviam sido eliminadas 751 em idêntico período. Ao comparar o último ano, nota-se a redução de 306 ocupações, contra 619 do ano de 2012. O peso deste indicador negativo está associado às demissões mais significativas no ano passado. Vale ressaltar que, para este segmento, as informações estatísticas se originam das próprias empresas, como cumprimento de Cláusula da Convenção Coletiva de Trabalho em vigor. O Gráfico 9 apresenta a movimentação mensal 2 do emprego nas montadoras na base do SMABC: 2 Os movimentos de postos de trabalho ocorridos em agosto e setembro de 2012 referem-se a classificações de trabalhadores em lay-off, uma vez que eles haviam sido excluídos dos registros pelas informações da própria empresa, mas foram rapidamente devolvidos ao estoque no mês seguinte. 12
Gráfico 9 Saldo Mensal do Emprego nas Montadoras da Base SMABC Grande ABC, 2011-2013 Dando continuidade à análise do setor automotivo, observa-se que o segmento de autopeças ainda contabiliza saldos mensais de emprego negativos, de acordo com as estimativas do CAGED/MTE. Todavia, o comportamento tem sido mais favorável do que aquele observado no período passado. Neste semestre, o segmento criou 79 ocupações, ao contrário das 1.571 eliminadas nos seis primeiros meses de 2012. Observe o Gráfico 10: Gráfico 10 Saldo Mensal do Emprego nas Autopeças Grande ABC, 2011-2013 13
Por outro lado, ao considerar o último ano (jun-2013/jun-2012), 690 postos de trabalho foram eliminados nas autopeças; no ano imediatamente anterior, esta redução havia atingido um total de 3.163 trabalhadores. Em relação aos rendimentos médios dos trabalhadores na base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, observe a tabela 6 com as referidas estimativas para o subsetores, em junho de 2013: Tabela 8 Remuneração na Base do SMABC Grande ABC, 2013 14
Gráfico 11 Quadro Resumo da Movimentação do Emprego Brasil, 2012-2013 15
FICHA BIBLIOGRÁFICA Título: Boletim do Mercado de Trabalho - Nº 03 julho/2013. Autoria: Subseção DIEESE / Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Equipe técnica responsável: Fausto Augusto Junior; Zeíra Mara Camargo de Santana; Warley Batista Soares; Silvana Martins de Miranda Nascimento; José Luiz Lei. Resumo: Analisa os indicadores do mercado de trabalho brasileiro, com recorte especial para a base dos Metalúrgicos do ABC. Palavras-chave: metalúrgicos, emprego; mercado de trabalho. Diretório: M\EMPREGO\Emprego Geral\Boletim emprego SS Met ABC_n.03_Julho 2013.doc 16
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