Ordens e desordem. inscrição nas ordens profissionais de trabalhadores das autarquias locais

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Transcrição:

Ordens e desordem inscrição nas ordens profissionais de trabalhadores das autarquias locais

Administração estadual directa Directa Seviços centrais Serviços periféricos A d m i n i s t r a ç ã o p ú b l i c a p o r t u g u e s a Administrações estaduais indirectas Autoridades administrativas independentes Administrações autónomas Indirecta Autónoma Administrações indirectas públicas Administrações indirectas privadas Administração indirecta independente Administrações autónomas territoriais Administrações autónomas corporativas institutos públicos entidades públicas empresariais empresas públicas fundações públicas de direito privado cooperativas de interesse público autoridades de regulação e supervisão da economia regiões autónomas autarquias locais associações públicas corporações territoriais serviços personalizados estabelecimentos públicos fundações públicas de direito público município freguesia profissionais económicas culturais entidades intermunicipais consórcios públicos sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 2

Associações públicas profissionais (artigo 2.º da Lei n.º 2/2013, de 10 de Janeiro) associações públicas profissionais as entidades públicas de estrutura associativa representativas de profissões que devam ser sujeitas, cumulativamente, - ao controlo do respetivo acesso e exercício, - à elaboração de normas técnicas e de princípios e regras deontológicos específicos e - a um regime disciplinar autónomo, por imperativo de tutela do interesse público prosseguido sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 3

Denominações exclusivas das associações públicas profissionais (art.º 11 da Lei n.º 2/2013) ORDEM PROFISSIONAL - respeitam a profissões cujo exercício é condicionado à detenção de licenciatura ou habilitação académica superior CÂMARA PROFISSIONAL - respeitam a profissões cujo exercício não é condicionado à detenção de licenciatura ou habilitação académica superior sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 4

UM POUCO DE HISTÓRIA sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 5

~ Os mesteres medievais ~ sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 6

Os mesteres medievais Agrupados e representados na Casa dos 24 (Torre da Rolaçom, Casa da Câmara ou Casa dos 24) (Porto) sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 7

A extinção das corporações de mesteres Em França Anne Robert Jacques Turgot (1727-1781) Édit de Turgot (Fevereiro de 1776) (suprime as corporações) revogado em Agosto de 1776 Pierre Gilbert Le Roy, baron d'allarde (1749-1809) Décret d Allarde (2 e 17 Março de 1791) (suprime as corporações) Isaac-René-Guy Le Chapelier (1754-1794) Loi le Chapellier (14 de Junho de 1791) (proíbe as corporações e os sindicatos de trabalhadores e estabelece a liberdade de exercício das profissões) sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 8

A extinção das corporações de mesteres Em Portugal José Xavier Mouzinho da Silveira (1780-1849) Decreto de 7 de Maio de 1834 (Extinção das corporações de mesteres) sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 9

Decreto de 7 de Maio de 1834 Governo da Regência (1830-1834) sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 10

O ressurgimento do associativismo profissional ASSOCIAÇÕES REPRESENTATIVAS DE PROFISSÕES LIBERAIS Associação dos Advogados de Lisboa (1835) Sociedade de Ciências Médicas (1835) (Lisboa) Sociedade Farmacêutica de Lisboa (1835) Real Associação dos Arquitectos Civis e Arqueólogos Portugueses (1864) Associação dos Solicitadores de Lisboa (1868) Associação dos Engenheiros Civis Portugueses (1869) sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 11

A primeira ordem profissional em Portugal Ordem dos Advogados instituída pelos Decreto n.º 11715, de 12 de Junho de 1926 Decreto n.º 12334, de 18 de Setembro de 1926 sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 12

Ordens profissionais em Portugal até 1974 apenas 4 ordens profissionais Ordem dos Advogados (1926) Ordem dos Engenheiros (1936) Ordem dos Médicos (1938) Ordem dos Farmacêuticos (1972) sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 13

Ordens profissionais em Portugal depois de 1974 Ordem dos Médicos Dentistas (1991) Ordem dos Médicos Veterinários (1991) Ordem dos Arquitectos (1998) Ordem dos Economistas (1998) Ordem dos Enfermeiros (1998) Ordem dos Biólogos (1998) Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (1999) mais 14 ordens profissionais Ordem dos Notários (2004) Ordem dos Psicólogos (2008) Ordem dos Nutricionistas (2010) Ordem dos Engenheiros Técnicos (2011) Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução (2015) Ordem dos Contabilistas Certificados (2015)[por transformação da anterior Ordem dos TOC (1999)] Ordem dos Despachantes Oficiais (2015) sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 14

A regulação legal das associações públicas profissionais a primeira experiência a lei actualmente em vigor Lei n.º 6/2008, de 13 de Fevereiro Lei n.º 2/2013, de 10 de Janeiro sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 15

Lei n.º 6/2008, de 13 de Fevereiro Aplicava-se apenas a novas associações profissionais (criadas após a sua entrada em vigor art.º 1.º, n.º 2 - ou com o processo de criação em curso art.º 36.º) Artigo 21.º, n.º 1 O exercício em regime liberal de profissão organizada em associação pública profissional fica condicionado a inscrição prévia, salvo se regime diferente for estabelecido na lei de criação, podendo a lei estender a obrigação de inscrição a todos os profissionais, ou impor pelo menos uma obrigação universal de registo profissional sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 16

Lei n.º 2/2013, de 10 de Janeiro Atribuições das associações públicas profissionais (art.º 5.º, n.º 1) Representação e defesa dos interesses gerais da profissão; Regulação do acesso e do exercício da profissão; Concessão, em exclusivo, dos títulos profissionais das profissões que representem; Concessão, quando existam, dos títulos de especialidade profissional; Elaboração e a actualização do registo profissional; Exercício do poder disciplinar sobre os seus membros; Prestação de serviços aos seus membros, no respeitante ao exercício profissional (informação e à formação profissional); sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 17

Lei n.º 2/2013, de 10 de Janeiro Denominações exclusivas das associações públicas profissionais (art.º 11.º) ORDEM PROFISSIONAL - quando correspondam a profissões cujo exercício seja condicionado à obtenção prévia de uma habilitação académica de licenciatura ou superior CÂMARA PROFISSIONAL - quando correspondam a profissões cujo exercício não seja condicionado à obtenção prévia de uma habilitação académica de licenciatura ou superior sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 18

Lei n.º 2/2013, de 10 de Janeiro Exercício da profissão (art.º 24.º, n.º 1) o exercício de profissão organizada em associação pública profissional, seja a título individual seja sob a forma de sociedade de profissionais ou outra organização associativa de profissionais ( ), depende de inscrição prévia enquanto membro daquela associação pública, salvo se regime diferente for estabelecido na lei de criação da respetiva associação. sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 19

Lei n.º 2/2013, de 10 de Janeiro Reserva de actividade (art.º 30.º, n.º 1) as atividades profissionais associadas a cada profissão só lhe são reservadas quando tal resulte expressamente da lei, fundada em razões imperiosas de interesse público, de acordo com critérios de proporcionalidade. sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 20

porém Lei n.º 2/2013, de 10 de Janeiro os serviços profissionais que envolvam a prática de atos próprios de cada profissão e se destinem a terceiros, ainda que prestados em regime de subordinação jurídica, são exclusivamente assegurados por profissionais legalmente habilitados para praticar aqueles atos. mas Reserva de actividade (art.º 30.º, n.º 2 e 3) isso não se aplica aos trabalhadores dos serviços e organismos da administração direta e indireta do Estado, das regiões autónomas e das autarquias locais, nem das demais pessoas coletivas públicas não empresariais no âmbito das respetivas funções, exceto se a tal estiverem obrigados pelos estatutos das respetivas associações públicas profissionais. sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 21

Quem Código Penal Usurpação de funções (art.º 358.º, al. b)) exercer profissão ou praticar acto próprio de uma profissão para a qual a lei exige título ou preenchimento de certas condições, arrogando-se, expressa ou tacitamente, possuí-lo ou preenchê-las, quando o não possui ou não as preenche é punido com pena de prisão até 2 anos ou com pena de multa até 240 dias. sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 22

Os Estatutos das Ordens O que dizem quanto ao exercício da profissão sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 23

Ordem dos Arquitectos Estatutos aprovados pela Lei n.º 113/2015, de 28 de Agosto sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 24

Arquitectos Artigo 44.º dos Estatutos (Lei n.º 113/2015, de 28 de Agosto) Exercício da profissão 1 Independentemente do modo de exercício da profissão, ou das atividades exercidas, e sem prejuízo do disposto no artigo 7.º, só os arquitetos inscritos na Ordem podem, no território nacional, praticar os atos próprios da profissão. 2 São atos próprios dos arquitetos a elaboração ou apreciação dos estudos, projetos e planos de arquitetura, bem como os demais atos previstos em legislação especial. sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 25

Ordem dos Engenheiros Estatutos aprovados pela Lei n.º 123/2015, de 2 de Setembro sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 26

Engenheiros (Lei n.º 123/2015, de 2 de Setembro) Artigo 6.º Inscrição (...) a atribuição do título, o seu uso e o exercício da profissão de engenheiro dependem de inscrição como membro efetivo da Ordem, seja de forma liberal ou por conta de outrem, e independentemente do setor público, privado, cooperativo ou social em que a atividade seja exercida. Artigo 7.º Título de engenheiro e exercício da profissão 2 São atos próprios dos que exercem a atividade de engenharia os constantes da Lei n.º 31/2009, de 3 de julho, e de outras leis que especialmente os consagrem.. 5 Os trabalhadores dos serviços e organismos da administração direta e indireta do Estado, das regiões autónomas, das autarquias locais e das demais pessoas coletivas públicas, que pratiquem, no exercício das suas funções, atos próprios da profissão de engenheiro, e realizem ações de verificação, aprovação, auditoria ou fiscalização sobre atos anteriores, devem estar validamente inscritos como membros efetivos da Ordem. sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 27

Ordem dos Engenheiros Técnicos Estatutos aprovados pela Lei n.º 157/2015, de 17 de Setembro sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 28

Engenheiros Técnicos (Lei n.º 157/2015, de 17 de Setembro) Artigo 6.º Inscrição ( ) a atribuição do título de engenheiro técnico, o seu uso e o exercício da profissão de engenheiro técnico em território nacional, seja de forma liberal ou por conta de outrem, e independentemente do setor, público, privado, cooperativo ou social, em que a atividade seja exercida, dependem de inscrição como membro efetivo da Ordem. Artigo 7.º Título de engenheiro e exercício da profissão 2 São atos próprios dos que exercem a atividade de engenheiro técnico os constantes da Lei n.º 31/2009, de 3 de julho, alterada pela Lei n.º 40/2015, de 1 de Julho, e de outras leis e regulamentos que especialmente os consagrem. 5 Os trabalhadores dos serviços e organismos da administração direta e indireta do Estado, das regiões autónomas, das autarquias locais e das demais pessoas coletivas públicas, que pratiquem, no exercício das suas funções, atos próprios da profissão de engenheiro técnico, e realizem ações de verificação, aprovação, auditoria ou fiscalização sobre atos anteriores, devem estar validamente inscritos como membros efetivos da Ordem. sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 29

Ordem dos Economistas Estatutos aprovados pela Lei n.º 101/2015, de 20 de Agosto sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 30

Economistas Artigo 4.º dos Estatutos (Lei n.º 101/2015, de 20 de Agosto) Títulos profissionais e designação de sociedade de economista[s] 1 A inscrição na Ordem dos que exercem profissão na área das ciências económicas é facultativa. 2 Aos profissionais da área das ciências económicas inscritos na Ordem, como seus membros efetivos, é conferido o título profissional de economista, que lhes é reservado. sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 31

Ordem dos Médicos Veterinários Estatutos aprovados pela Lei n.º 125/2015, de 3 de Setembro sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 32

Médicos Veterinários (Lei n.º 125/2015, de 3 de Setembro) Artigo 59.º Exercício da profissão 1 Sem prejuízo do disposto nos artigos 61.º e 62.º, só os médicos veterinários com inscrição em vigor na Ordem podem exercer, no território nacional, a profissão de médico veterinário. 2 O exercício da profissão de médico veterinário em infração ao disposto no número anterior constitui crime de usurpação de funções, punido nos termos do disposto na alínea b) do artigo 358.º do Código Penal. Artigo 60.º Modos de exercício da profissão A profissão de médico veterinário pode ser exercida: (...) c) Como trabalhador em funções públicas, independentemente da natureza do seu vínculo; ( ) sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 33

Ordem dos Psicólogos Estatutos aprovados pela Lei n.º 138/2015, de 7 de Setembro sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 34

Psicólogos Artigo 5.º dos Estatutos (Lei n.º 138/2015, de 7 de Setembro) Profissões abrangidas 1 A Ordem abrange os profissionais de psicologia que, em conformidade com o presente Estatuto e as disposições legais aplicáveis, exercem a profissão de psicólogo. 2 Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 63.º, estão obrigados a inscrição todos os que exercem a profissão de psicólogo, seja de forma liberal ou por conta de outrem, e independentemente do setor, público, privado, cooperativo e social, em que exerçam a atividade. sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 35

Ordem dos Contabilistas Certificados Estatutos aprovados pela Lei n.º 139/2015, de 7 de Setembro sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 36

Contabilistas Certificados (Lei n.º 139/2015, de 7 de Setembro) Artigo 9.º Título profissional e exercício da profissão 1 Designam-se por contabilistas certificados os profissionais inscritos na Ordem, nos termos do presente Estatuto, sendo-lhes atribuído, em exclusividade, o uso desse título profissional, bem como o exercício da respetiva profissão. Artigo 11.º Modos de exercício da atividade 1 Os contabilistas certificados podem exercer a sua atividade: ( ) c) No âmbito de uma relação jurídica de emprego público, como trabalhadores que exercem funções públicas, desde que exerçam a profissão de contabilista certificado na administração direta e indireta do Estado ou na administração regional ou local; ( ) sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 37

Contabilistas Certificados (Lei n.º 139/2015, de 7 de Setembro) Artigo 10.º Atividade profissional 1 A inscrição na Ordem permite o exercício, em exclusivo, das seguintes atividades: a) Planificar, organizar e coordenar a execução da contabilidade das entidades, públicas ou privadas, que possuam ou que devam possuir contabilidade organizada segundo os planos de contas oficialmente aplicáveis ou o sistema de normalização contabilística, conforme o caso, respeitando as normas legais, os princípios contabilísticos vigentes e as orientações das entidades com competências em matéria de normalização contabilística; b) Assumir a responsabilidade pela regularidade técnica, nas áreas contabilística e fiscal, das entidades referidas na alínea anterior; c) Assinar, conjuntamente com o representante legal das entidades referidas na alínea a), as respetivas demonstrações financeiras e declarações fiscais, fazendo prova da sua qualidade, nos termos e condições definidos pela Ordem, sem prejuízo da competência e das responsabilidades cometidas pela lei comercial e fiscal aos respetivos órgãos. ( ) 3 Entende-se por regularidade técnica, para os efeitos do disposto na alínea b) do n.º 1, a execução da contabilidade nos termos das disposições previstas nos normativos aplicáveis, tendo por suporte os documentos e as informações fornecidos pelo órgão de gestão ou pelo empresário, e as decisões do profissional no âmbito contabilístico, com vista à obtenção de uma imagem fiel e verdadeira da realidade patrimonial da empresa, bem como o envio para as entidades públicas competentes, nos termos legalmente definidos, da informação contabilística e fiscal definida na legislação em vigor. sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 38

Muito obrigado pela vossa presença sessão flash «ordens e desordem» Albergaria-a-Velha CCDRC / Ricardo da Veiga Ferrão 13/12/2016 39