LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL DO ESPORTE E PROFUT



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Transcrição:

LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL DO ESPORTE E PROFUT Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte e Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro Lei nº 13.155, de 4 de agosto de 2015. Foi publicado no Diário Oficial da União 05 de agosto de 2015, o texto da Lei nº 13.155, que converteu em lei a Medida Provisória nº 671, instituindo a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte e o Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro, denominado PROFUT ( LRFE ). Em primeiro lugar, destacamos que dentre diversas disposições, a LRFE trouxe a possibilidade de parcelamento de débitos federais. No quadro abaixo listamos as principais informações para de tal parcelamento, bem como as contrapartidas necessárias aos clubes que tenham a intenção de aderir a ele. Em segundo lugar, também é relevante apontar que há outros pontos de atenção na LRFE, uma vez que o diploma objetiva uma nova configuração para o futebol brasileiro, mediante alterações substanciais na Lei Pelé (Lei nº 9.615/98) e no Estatuto do Torcedor (Lei nº 10.671/03). Verdadeiramente, pode-se dizer que foi estabelecido um novo paradigma para o futebol brasileiro. Entre as alterações que merecem maior destaque estão (i) a inclusão da regularidade fiscal dos clubes como critério técnico para acesso e descenso, implicando rebaixamento às equipes que não estejam em dias com suas obrigações fiscais e trabalhistas; (ii) a possibilidade de rescisão do contrato de trabalho dos atletas que tenham seus direitos de imagem atrasados por mais de três meses e (iii) a aplicação de novos conceitos de gestão temerária às entidades desportivas nacionais, além daqueles já previstos no art. 50 do Código Civil brasileiro. Além disso, foram feitas diversas exigências para as entidades de administração do desporto, que precisarão adequar seus estatutos. A v. Br ig a d e i r o F a r ia L im a, 1. 4 6 1, 9 º a n d a r, c o n j s. 91/9 4 ( T o r r e S u l ) J a r d im P a u l i s ta n o S ã o P a u l o S P 0 1 4 5 2 0 0 2 T e l + + 5 5 1 1 2 3 3 7-6 6 3 7 F a x + + 5 5 1 1 2 3 3 7-6638 w w w. c s m v. c o m. b r

Por fim, vale destacar que a Lei de Incentivo ao Esporte (Lei nº 11.438/06), por meio da LRFE, teve seu prazo ampliado de 2015 para 2022. Abaixo, apontamos as alterações promovidas pela LRFE. O nosso escritório encontra-se à disposição para prestar esclarecimentos sobre o assunto. Responsáveis: André Sica (asica@csmv.com.br) Vanessa Rahal Canado (vcanado@csmv.com.br) Américo Ribeiro Espallargas (aespallargas@csmv.com.br) Gabriel Hercos da Cunha (gcunha@csmv.com.br) Caio Martins de Barros Ferraz dos Santos (cbarros@csmv.com.br) 2

LEI Nº 9.615/98 LEI PELÉ PRINCIPAIS MODIFICAÇÕES Modificação Alteração Promovida Observações Art. 3º, IV Inserção de nova modalidade de manifestação desportiva, denominada de formação, caracterizada pelo fomento e aquisição inicial dos conhecimentos desportivos que garantam competência técnica na intervenção desportiva, com o objetivo de promover o aperfeiçoamento qualitativo e quantitativo da prática desportiva em termos recreativos, competitivos ou de alta competição. A modificação tem por objetivo salvaguardar a possibilidade de celebração entre clubes e atletas maiores de 14 anos do chamado contrato de formação, anteriormente já previsto no art. 29 da Lei Pelé. Art. 14, 1º Art. 18-A, 1º, II Art. 22, 2º Art. 23, II, III e 1º Art. 31 Art. 31, 5º Art. 82-B Art. 87-A Aplicação aos Comitês Olímpico e Paralímpico brasileiros e às entidades de administração do desporto das disposições do art. 217, II, da Constituição Federal Exime as entidades de administração do desporto da eleição de atletas para cargos de direção da entidade Colégio eleitoral das entidades nacionais de administração do desporto deverá ao menos incluir os representantes das equipes que disputem a primeira e segunda divisões do campeonato nacional Obrigatoriedade, para as entidades de administração do desporto, de incluir em seus estatutos disposições assegurando a garantia de representação de atletas com direito a voto e inegibilidade por 10 anos de dirigentes que tenham sido responsabilizados por gestão temerária, falidos, inadimplentes ou condenados por crime doloso. Possibilidade de rescisão do contrato de trabalho dos atletas que tenham seus direitos de imagem atrasados por mais de três meses. Em caso de rescisão do contrato por atraso de salários ou direito de imagem, atleta poderá ser inscrito em qualquer equipe que o contrate e poderá disputar o mesmo campeonato, ainda que tenha excedido o número máximo de partidas previsto no regulamento. Obrigação de as entidades de prática desportiva e das entidades de administração do desporto de contratar seguro de vida e acidentes pessoas a atletas de modalidades olímpicas e paraolímpicas. Limitação de divisão do direito de imagem ao patamar máximo de 40% do valor total da remuneração. Obriga as federações e confederações nacionais a adequarem seus estatutos às disposições trazidas pela LRFE, sob pena de não recebimento de incentivos governamentais. Inserção confusa, pois segundo o art. 18-A, VII, g da própria Lei Pelé as entidades de administração do desporto somente poderão receber recursos da administração pública federal direta e indireta caso estabeleçam em seus estatutos participação de atletas nos colegiados de direção e na eleição para os cargos da entidade Previsão alinhada com a movimentação política dos atletas junto ao governo federal Previsão alinhada com a movimentação política dos atletas junto ao governo federal Previsão anterior só incluía a questão salarial; além disso, a redação do artigo ficou mais forte. Gera insegurança jurídica aos clubes, pois conflita com as disposições da FIFA e da CBF, sujeitando-os a eventuais sanções desportivas por parte do STJD e da própria FIFA. Obrigação legal replica a obrigação que as entidades de prática desportiva possuíam com atletas profissionais. Inexistia padrão definido em lei em relação à divisão, que se fazia com base na jurisprudência e doutrina. 3

LEI Nº 10.671/03 ESTATUTO DO TORCEDOR PRINCIPAIS MODIFICAÇÕES Modificação Alteração Promovida Observações Art. 10, 1º e 3º Art. 32 Inserção de regularidade fiscal e obrigações trabalhistas e de imagem em dia como critério técnico para rebaixamento dos clubes Ampliação do direito do torcedor do conhecimento prévio dos árbitros das partidas por meio de sorteio A lei não é clara, deixando dúvidas sobre se os critérios de definição do funcionamento do rebaixamento serão definidos por meio de decreto regulamentador ou por meio do regulamento da competição. Ademais, não há parâmetros de funcionamento da referida hipótese legal, à exceção da promoção do clube mais bem classificado na divisão para qual o clube inadimplente foi rebaixado. Nova redação prevê que a escolha se dê por sorteio ou audiência pública realizados com 48 horas antes de cada rodada e com transmissão ao vivo pela internet, sob pena de nulidade. FEDERAÇÕES E CONFEDERAÇÕES REQUISITOS MÍNIMOS As Federações, Confederações ou ligas que organizarem competições profissionais de futebol deverão atender os seguintes requisitos: Publicar, em sítio eletrônico próprio, sua prestação de contas e demonstrações contábeis padronizadas, após terem sido submetidas a auditoria independente; Possuir representantes de atletas participando de sua gestão e conselhos técnicos incumbidos da aprovação de regulamento das competições; Possuir conselho fiscal autônomo; Período máximo de mandato do dirigente esportivo em 04 (quatro) anos, permitida uma recondução; Participação de atletas nos colegiados de direção e na eleição para os cargos da entidade; Possuir em regulamento geral de competições, a exigência, como condição de inscrição, que todos os participantes: Atendam às condições previstas nos incisos I a X do caput do artigo 4º da Lei nº 13.155/15; Possuam Certidões Negativas de Débito; Prever as penas de: i) advertência; ii) proibição de registro de contrato de trabalho dos atletas; iii) rebaixamento ou eliminação do campeonato do ano seguinte, para os clubes que não observarem as contrapartidas estabelecidas pela Lei nº 13.155/15. 4

Programa de Parcelamento PROFUT Débitos que Podem ser Incluídos I - Todos os débitos com o Fisco Federal cujos fatos geradores tenham ocorrido até 31/12/2014; e II - Débitos federais que tenham sido objeto de parcelamento anterior. PROFUT Prazo para Adesão 31/10/2015 PROFUT FGTS* 31/10/2015 CONTRAPARTIDAS Quantidade de Parcelas Reduções / Descontos Multas Juros Encargos Legais Até 240 70% 40% 100% Quantidade de Parcelas Multas Juros Encargos Legais Até 180 0% 0% 0% *As reduções destinadas aos débitos tributários não se aplicam aos débitos relativos ao FGTS, destinados à cobertura de importâncias devidas aos trabalhadores. Para aderir ao PROFUT, serão exigidas as seguintes condições: Regularidade das obrigações trabalhistas e tributárias federais correntes, inclusive retenções legais, vencidas a partir da data de publicação da Lei nº 13.155/15; Período máximo de mandato do dirigente esportivo em 04 (quatro) anos, permitida uma recondução; Conselho fiscal do clube autônomo; Proibição de antecipação ou comprometimento de receitas futuras, salvo: o percentual de até 30% (trinta por cento) das receitas referentes ao 1o (primeiro) ano do mandato subsequente; e em substituição a passivos onerosos, desde que implique redução do nível de endividamento; Redução do déficit ou prejuízo, nos seguintes prazos: a partir de 1º de janeiro de 2017, para até 10% de sua receita bruta apurada no ano anterior; a partir de 1º de janeiro de 2019, para até 5% de sua receita bruta apurada no ano anterior; e Publicação das demonstrações contábeis padronizadas, separando modalidades esportivas das atividades sociais do clube; Pagamentos de salários, encargos e direitos de imagem em dia; Previsão estatutária do afastamento imediato e inelegibilidade por no mínimo 5 (cinco) anos de dirigente que praticar gestão temerária; Custos com salários e direitos de imagem não superiores a 80% da receita do clube; e Manutenção de investimento mínimo na formação de atletas e no futebol feminino. *.*.*.* Este texto é de autoria de CSMV Advogados e é protegido nos termos da legislação vigente. Sua reprodução total ou parcial depende de autorização expressa de seus autores. 5