Programas de Pesquisa para Inovação Tecnológica e de apoio à Propriedade Intelectual da FAPESP

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Transcrição:

Programas de Pesquisa para Inovação Tecnológica e de apoio à Propriedade Intelectual da FAPESP GT de PD&I do IPD Eletron 15/5/12 Sérgio Queiroz Professor Associado DPCT/IG/Unicamp Coordenador Adjunto de Pesquisa para Inovação FAPESP

Tópicos Conceitos sobre pesquisa e inovação A contribuição da FAPESP para a pesquisa para inovação Os principais programas de apoio à pesquisa para inovação Política de PI da FAPESP 2

Pesquisa e desenvolvimento experimental (P&D) Pesquisa e desenvolvimento experimental (P&D) compreende trabalho criativo realizado em base sistemática com o objetivo de ampliar o estoque de conhecimento, incluindo conhecimento do homem, cultura e sociedade, e o uso desse estoque de conhecimento para divisar novas aplicações Fonte: FRASCATI MANUAL 2002 ISBN 92-64-19903-9 OECD 2002 3

Pesquisa e desenvolvimento experimental (P&D) O termo P&D cobre três atividades: pesquisa básica, pesquisa aplicada e desenvolvimento experimental: Pesquisa básica é trabalho teórico ou experimental realizado primariamente para adquirir novo conhecimento dos fundamentos subjacentes a fatos e fenômenos observáveis, sem ter em vista qualquer particular aplicação ou uso. Pesquisa aplicada também é investigação original realizada com o objetivo de adquirir novo conhecimento. É, contudo, dirigida primariamente para um objetivo específico prático. Desenvolvimento experimental é trabalho sistemático, baseado em conhecimento existente obtido em pesquisa e/ou experiência prática, o qual é dirigido para produzir novos materiais, produtos ou dispositivos, para instalar novos processos, sistemas e serviços, ou para melhorar substancialmente aqueles já produzidos ou instalados. Fonte: FRASCATI MANUAL 2002 ISBN 92-64-19903-9 OECD 2002 4

Inovação, segundo Schumpeter Produzir: combinar materiais e forças Inovar: produzir outras coisas, ou as mesmas coisas de outra maneira, combinar diferentemente materiais e forças, enfim, realizar novas combinações 5

Inovação tecnológica Inovações Tecnológicas em Produtos e Processos (TPP) compreendem as implantações de produtos e processos tecnologicamente novos e substanciais melhorias tecnológicas em produtos e processos. Uma inovação TPP é considerada implantada se tiver sido introduzida no mercado (inovação de produto) ou usada no processo de produção (inovação de processo). Fonte: Manual de Oslo, OECD, traduzido em 2004 sob a responsabilidade da FINEP 6

Pesquisa/Inovação Pesquisa é esforço, inovação é resultado. Relação não linear Research is the transformation of money into knowledge. Innovation is the transformation of knowledge into money. Geoffrey Nicholson, former research and development director at 3M 7

Pesquisa/Inovação: quem faz? Universidade -> pesquisa Empresa -> pesquisa e inovação 8

Gasto em P&D nos EUA, por setor executor: 1953 2006 Fonte: NSF

Governo Indústria Pesquisa/Inovação: quem financia? 10

Gasto em P&D nos EUA, por fonte de financiamento: 1953 2006 Fonte: NSF

Pesquisa/Inovação: quem financia? Um Sistema de Inovação funcional deve articular os diferentes agentes financiadores com seus diferentes papéis 12

A contribuição da FAPESP para a pesquisa para inovação 13

FAPESP legislação 1947: Constituição Paulista, Art. 123 "O amparo à pesquisa científica será propiciado pelo Estado, por intermédio de uma fundação organizada em moldes a serem estabelecidos por lei". Determinava ainda: "Anualmente, o Estado atribuirá a essa fundação, como renda especial de sua privativa administração, a quantia não inferior a meio por cento de sua receita ordinária". 1960: Lei autoriza o Poder Executivo a instituir a FAPESP 1962: Decreto 40.132 institui a FAPESP 1989: Constituição Estadual Artigo 271 - O Estado destinará o mínimo de um por cento de sua receita tributária à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, como renda de sua privativa administração, para aplicação em desenvolvimento científico e tecnológico. 14

Agências de fomento à pesquisa em SP 2008 1995 C.H. Brito Cruz e Fapesp 15

Fapesp: Receitas e Dispêndios em Auxílios e Bolsas, 1995-2010 C.H. Brito Cruz e Fapesp 16

Orçamento 2010 Classificação por Função Valor (MR$) % Formação de Recursos Humanos (FRH) FRH 257,961 34% Apoio à Pesquisa Acadêmica (APA) APA 378,064 51% Pesquisa com vistas a Aplicações (PAP) PAP 111,851 15% Total 747,876 100% APA 51% PAP 15% FRH 34% n APA + FRH: 85% n PAP inclui: Biota PITE PIPE PAPI Políticas Públicas Ensino Público Mídia Ciência TIDIA C.H. Brito Cruz e Fapesp 17

Alguns dos programas principais 11 Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) BIOTA: Instituto virtual sobre biodiversidade Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais PFPMCG BIOEN: Pesquisa em bioenergia CInAPCe: Pesquisa em neurociências TIDIA: TI e internet avançada 18

PIPE PITE PAPI/NUPLITEC Os programas de apoio à pesquisa para inovação 19

Pesquisa Inovativa na Pequena Empresa: PIPE Lançado em 1997 Objetivo Apoiar o desenvolvimento de pesquisas inovadoras, a serem executadas em pequenas empresas sediadas no Estado de São Paulo, sobre importantes problemas em ciência e tecnologia que tenham alto potencial de retorno comercial ou social 20

Pesquisa Inovativa na Pequena Empresa: PIPE Pesquisa na pequena empresa Potencial de retorno comercial Aumento da competitividade da empresa Estimular a criação de cultura de inovação permanente Condições Não se exige contrapartida Até R$ 125.000 + R$ 500.000 por projeto Pesquisador principal deve ser vinculado à empresa 21

Pesquisa Inovativa na Pequena FASE I Estudo de viabilidade Recursos por projeto = R$ 125.000 Possibilidade de sub-contratar até 1/3 do esforço, inclusive consultoria Duração de 9 meses Empresa: PIPE 22

Pesquisa Inovativa na Pequena FASE II Realização do projeto Recursos até R$ 500.000 Empresa: PIPE Sub-contratar até 1/2 do esforço, inclusive consultoria Duração de até 2 anos 23

Pesquisa Inovativa na Pequena FASE III Empresa: PIPE Desenvolvimento e comercialização pioneira do produto Não financiada pela FAPESP Parcerias FINEP (PAPPE), BNDES e Empresas de Capital de Risco 24

PIPE: Pesquisa em Pequenas Empresas 1001 projetos; 1 por semana em 2010 C.H. Brito Cruz e Fapesp 25

Lançado em 1995 Objetivo Parceria para Inovação Tecnológica: PITE Financiar projetos de pesquisa em instituições acadêmicas ou institutos de pesquisa, desenvolvidos em cooperação com pesquisadores de centros de pesquisa de empresas localizadas no Brasil ou no exterior e co-financiados por estas 26

Parceria para Inovação Tecnológica: PITE Parceria universidades/institutos - empresas Pesquisa desenvolvida em parceria FAPESP financia a pesquisa na universidade/instituto a fundo perdido - 20 a 70% Empresa aporta contrapartida Apresentação de propostas PITE Demanda espontânea (desde 1995) PITE Convênio (desde 2006) 27

PITE Convênio: chamadas públicas conjuntas FAPESP e empresa estabelecem acordo de cooperação para lançar chamadas conjuntas Temas propostos pela empresa Pesquisa exploratória (adequada à Academia) Comitê gestor paritário Mérito avaliado pela FAPESP (incluindo assessores indicados pela empresa) Embraer, Natura, Ouro Fino, Oxiteno, Microsoft Research, Telefonica, Dedini, PadTec, Ci&T, Braskem, Whirlpool, Sabesp, Vale, ETH, Agilent, Biolab... 28

PITE Convênio Empresa R$ milhões FAPESP/VALE 40 FAPESP/SABESP 50 FAPESP/Whirlpool 40 FAPESP/Braskem 50 FAPESP/Dedini 100 29

PAPI/NUPLITEC Lançado em 2000 Objetivos Zelar pela proteção dos resultados dos projetos financiados pela FAPESP Ampliar a capacitação e disseminação da cultura da PI e transferência de tecnologia Reforçar parcerias universidade/ empresas/ FAPESP para desenvolver projetos de pesquisa Apoiar universidades e IP e seus pesquisadores, em articulação com os NITs 30

PAPI/NUPLITEC Três modalidades 1. Individual 2. Institucional 3. Capacitação 31

Política de PI da FAPESP Fundamentos: publicação, compartilhamento e exploração (difusão à sociedade) PI não elide a responsabilidade pela divulgação dos resultados, dados, coleções de pesquisa financiada pela FAPESP Titularidade: Instituição Sede com NIT qualificado poderá ser detentora da PI. Caso contrário, a FAPESP será cotitular PIPE: se há bolsa PE, a titularidade é da FAPESP; se não, será da empresa PITE: definição no convênio

Obrigações da Instituição Sede Buscar todas as oportunidades de licenciamento e comercialização da PI A garantia de reembolso da FAPESP com os gastos de proteção e licenciamento da PI, quando o registro for financiado pela FAPESP, caso haja benefícios auferidos com a Propriedade Intelectual protegida Compartilhar os benefícios com os pesquisadores inventores Garantia de participação da FAPESP nos benefícios auferidos por meio da exploração do direito de propriedade intelectual, em percentual a ser estabelecido em cada caso e não superior a 33% dos benefícios Garantia de cessão de licença gratuita à FAPESP nas hipóteses de interesse público Garantia de licenciamento gratuito para uso acadêmico da propriedade intelectual.

Obrigações do Pesquisador Verificar se há possibilidade do projeto produzir PI Se a publicação prejudicar a PI, a FAPESP e a Instituição Sede devem ser comunicadas para que as providências para proteção sejam tomadas antes da publicação.

Obrigado! E-mails: expedientedc@fapesp.br squeiroz@fapesp.br 35