Precipitação nas cumeadas da Serra da Lousã



Documentos relacionados
RELATÓRIO 1818/2015/DGPF/ DAPFVRS PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE MATERIAL FLORESTAL DE REPRODUÇÃO (MFR) RELATÓRIO DA CAMPANHA NÚMERO DAPFVRS

CENASEF Centro Nacional de Sementes Florestais

Centro de Estudos de Arquitectura Paisagista Prof. Francisco Caldeira Cabral Instituto Superior de Agronomia

ÍNDICE. Resumo Introdução Vantagens da Floresta Autóctone Enquadramento Histórico... 5

Agrupamento de Escolas de Lamaçães. Realizado por: Afonso Miguel Gomes Ana Luísa Alegria Ana Marta Aguiar Ana Teresa Vieira Ana Maria Marques

Caracterização da biomassa florestal de interesse energético existente no sul da Galiza e norte de Portugal

LISTA DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES DA FLORA PARQUE DE LA SALETTE

Anexo 1 Flora arbórea

ESPÉCIES ARBÓREAS INDÍGENAS EM PORTUGAL CONTINENTAL. Guia de utilização

ESPÉCIES ARBÓREAS INDÍGENAS EM PORTUGAL CONTINENTAL

Produção e Comercialização de Materiais Florestais de Reprodução

GUIMARÃES PARQUES DE LAZER E JARDINS

PROJECTO DE LEI N.º 255/X. Estabelece Medidas de Protecção aos Carvalhos e outras Espécies Autóctones da Flora Portuguesa.

Espécies arbóreas florestais utilizáveis em Portugal

6.º INVENTÁRIO FLORESTAL NACIONAL

BRIGHT - Bussaco s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats

ETNOBOTÂNICA DE ALGUMAS ESPÉCIES ARBÓREAS E ARBUSTIVAS DO PARQUE NATURAL DE MONTESINHO

natureza, através da criação de um Parque Botânico e Zoológico na Quinta do Rebentão.

exposição sobre a nossa floresta autóctone

Plantas Ibero-Macaronésicas com valor ornamental

Um bosque perto de si

9230 Carvalhais galaico-portugueses de Quercus robur e Quercus pyrenaica

DOCUMENTO ORIENTADOR PARA O CONTROLO DE PLANTAS INVASORAS. V3.0 junho AÇÃO A6 do Projeto LIFE fura-bardos

As plantas também têm famílias?

Projecto Criar Bosques

DIRECÇÃO GERAL DE ENERGIA E GEOLOGIA PROJECTO INTEGRADO DO NÚCLEO DE PEDREIRAS DA MATA DE SESIMBRA: A VISÃO DO PROMOTOR, PROJECTISTA E PROPRIETÁRIO.

Implantação de sebes no ecossistema vitícola

PLANO DE GESTÃO FLORESTAL

Tabela de taxas e preços bens e serviços junho 2017

Seminário Controlo de espécies não-indígenas invasoras. Ponte de Lima 25 de Março de Caderno de Resumos

Parque Florestal De Santa Luzia

Plantas para Arborização

Tabela de taxas e preços bens e serviços junho 2017

Técnicas de Propagação e Cultivo de Espécies Autóctones

3.9 Inventário e gestão da informação João Paulo Miranda de Castro, Luís Nunes e Paulo Cortez

A Árvore no Espaço Urbano

Página 90 de 140. ANEXO A Figura 1, 2: Mapas da Terra Santa. Caso Estudo: Deserto Carmelita do Bussaco

Tabela de taxas e preços bens e serviços 20/09/2018

Avaliação do património vegetal natural do Alto Douro Vinhateiro

António Manuel D. Fabião

Exposição: A Floresta Parte II

Projecto Criar Bosques

M A N E I R O D E L A M E I R O S 1 - INTRODUÇÃO

PROJECTO BOSQUES DO CENTENARIO Relatório n.º 01

I SÉRIE - Nº CAPÍTULO I SECRETARIA REGIONAL DA AGRICULTURA E PESCAS. Disposições Gerais. Portaria n.º 26/2001 de 10 de Maio. Artigo 1.

FAGOSILVA. Lísia Lopes. Lísia Lopes, Rosa Pinho e Paula Maia. Herbário do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro. Figura 2 Carvalhal

Projecto Criar Bosques

TOTAL de Tudo. Page 1

Validação da Cartografia de Habitats

Serviços de ecossistema em montados de sobro: enquadramento conceptual em processos ecológicos simplificados

LIFE TAXUS Um projeto para a Conservação de Boquetes de Teixo

A segurança nos parques urbanos Gestão do risco das árvores ornamentais

IMPACTE DE UM EVENTO DE ORIENTAÇÃO SOBRE A FLORA E VEGETAÇÃO O CASO DO GRANDE PRÉMIO DE ORIENTAÇÃO DE TERRAS DE BOURO

MATERIAIS FLORESTAIS DE REPRODUÇÃO

RELATÓRIO 43332/2018/DGPF/ DAPFVRS PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE MATERIAL FLORESTAL DE REPRODUÇÃO (MFR) RELATÓRIO DA CAMPANHA 2017/2018 NÚMERO DAPFVRS

Centro de Estudos de Arquitectura Paisagista Prof. Francisco Caldeira Cabral Instituto Superior de Agronomia

O património natural do Aqueduto da Água de Prata um valor a preservar


Ciclo de Palestras ENCONTROS COM O ICNF

ATLAS DAS PAISAGENS DO VALE DO MINHO

INTERVENÇÃO TERRITORIAL INTEGRADA DA SERRA DA ESTRELA

PLANO DE GESTÃO FLORESTAL E ORIENTAÇÃO DA UTILIZAÇÃO PÚBLICA DA MATA NACIONAL DO CHOUPAL

Palavras-chave IMPACTE; EFEITO; AMBIENTE; ORIENTAÇÃO; ÁREA PROTEGIDA.

Porque é tão importante a Biodiversidade

À descoberta das plantas do Jardim Botânico da Universidade de Lisboa

A BIODIVERSIDADE E A HISTÓRIA DA FLORESTA PORTUGUESA

VOLUME II Caracterização e Diagnóstico. Plano Regional de Ordenamento do Território. - Floresta - Caracterização e Diagnóstico do Sector ANEXO D

Quantidade dos Espaços Verdes Urbanos Parque Florestal de Monsanto

Projeto de Regulamento da Paisagem Protegida Local da Mata Nacional do Buçaco

NORMAS TÉCNICAS DA COMPONENTE SILVO-AMBIENTAL

COLÉGIO TERESIANO A Variedade dá Sabor à Vida Dia da Floresta Autóctone

Sugestão de espécies arbóreas, arbustivas e herbáceas para as condições da cidade de Bragança

1. Rede Natura Sítios de Importância Comunitária (SIC)

FLORESTAS, PARQUES e AVENIDAS

Prefácio... 6 Introdução... 8 Mapa Geral de Monsanto... 10

BIOMAS DO MUNDO TUNDRA, TAIGA E FLORESTAS TEMPERADAS. Aula III

Espécies recomendáveis para plantar

Jardins públicos urbanos,

ÍNDICE. Resumo Introdução Vantagens da Floresta Autóctone Enquadramento Histórico... 5

CAROLINA RAMALHO BRITO O USO DE SIG NO INVENTÁRIO DE ÁRVORES EM MEIO URBANO

Boas Práticas. Manual de. em Espaços Verdes. Bragança Câmara Municipal 2010

Número 28 Ano VII Julho/Setembro 2004 Folha. Jornal dos Clubes da Floresta do Projecto Prosepe Floresta convida

Pellets Power, Lda. Relatório da base de abastecimento para Produtores de biomassa.

O Risco dos Incêndios Florestais

PROJECTO NASCENTES PARA A VIDA PREVENÇÃO DO RISCO DE INCÊNDIO E INTERVENÇÕES PÓS-FOGO

PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA PHYTOPHTHORA RAMORUM WERRES, DE COCK & MAN IN'T VELD

ÍNDICE. Resumo Introdução Vantagens da Floresta Autóctone Enquadramento histórico... 5

ÍNDICE. Resumo Introdução Vantagens da Floresta Autóctone Enquadramento Histórico... 5

1º CONGRESSO DE ESTUDOS RURAIS AMBIENTE E USOS DO TERRITÓRIO

CENTRO DE INTERPRETAÇÃO CIENTIFICO AMBIENTAL DAS GRUTAS DA MOEDA

Projecto Criar Bosques

Conhecer as Árvores Compreender a Floresta. Direcção-Geral dos Recursos Florestais 2007

EVOLUÇÃO DA PAISAGEM NA REGIÃO DA FREGUESIA CASAL DE MISARELA (COIMBRA, PORTUGAL)

Relatório Monitorização Universidade Católica Portuguesa

1. Património natural

Título: Da semente se faz a árvore - Reprodução por semente de árvores e arbustos autóctones

Balanço Marta Pinto, Conceição Almeida Universidade Católica Portuguesa. Um projeto Coordenado Cofinanciado

- FLORESTA CAIXA - AÇÕES DE REFLORESTAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ÁREAS ARDIDAS

Química Ambiental no Ensino: uma aula de campo no rio Fervença com apoio de recursos digitais

Transcrição:

TEMPERATURA: Temperatura média anual Temperatura média das máximas mensais Temperatura média das mínimas mensais Temperatura máxima absoluta 15º C 18.4º C 8.7º C 39.6º C Nº dias com Temperatura Máxima >25ºC 70.4 Temperatura mínima absoluta -3.0º C Nº dias com Temperatura mínima <0ºC 8.5 Temperatura média anual nas cotas mais altas 13º C PRECIPITAÇÃO: Precipitação média anual 960 mm 123 Nº dias comr>0. 1 mm Nº dias com R> 10 mm 40 Precipitação nas cumeadas da Serra da Lousã 1600 mm Humidade do ar (H relat. às 9 h) 78% NEBULOSIDADE: Nº dias comn>8/10 104.8 Nº dias com N< 2/10 119.1 VENTO: Maior frequência Maior velocidade média Menor frequência Menor velocidade média Este Este Norte e Noroeste Norte Nº dias com v> 36 Km/h 5.4 Nº dias com v> 55 Km/h 6 Número de dias com nevoeiro 29.2 ( nas cotas mais altas) Número de dias com orvalho 5.7 Número de dias com granizo ou saraiva 0.7

Flora que ocorre na Serra da Lousã Abies nordmanniana (Steven) Spach Abeto-do-Caúcaso Abies numidica De Lannoy ex Carr. Abeto-da-Argélia Acacia dealbata Link Mimosa Acacia melanoxylon R. Br. Acácia Acer platanoides L. Acer-da-Noruega Acer pseudoplatanus L. Padreiro Ailanthus altissima (Miller) Swingle Ailanto Alnus glutinosa (L.) Gaertner Amieiro Alnus incana (L.) Moench Amieiro-branco Alnus viridis (Chaix) DC Amieiro-verde Arbutus unedo L. Medronheiro Betula alba L. Vidoeiro Castanea sativa Miller Castanheiro Cedrus atlantica (Endl.) Carriére Cedro-do-Atlas Cedrus deodara (D. Don) G. Don in Loudon Cedro-do-Himalaia Celtis australis L. Lódão Cercis siliquastrum L. Olaia Chamaecyparis lawsoniana (A. Murray) Parl. Cipreste-de-Lawson Cryptomeria japonica (L.fil.) D. Don Criptoméria Cupressus arizonica E.L. Green. Cipreste-do-Arizona Cupressus glabra Sudworth Cipreste-glabro Cupressus lusitanica Miller Cipreste-do-Bussaco Cupressus macrocarpa Hartweg Cpreste-de-Lambert Cupressus sempervirens L. Cipreste Erica arborea L. Urze-branca Eriobotrya japonica (Thumb.) Lindley Nespereira Eucalyptus globulus Labill. Eucalipto Fagus sylvatica L. Faia Ficus carica L. Figueira Fraxinus americana L. Freixo-americano Fraxinus augustifolia sbsp. augustifolia Freixo Fraxinus excelsior L. Freixo Ilex aquifolium L. Azevinho

Juglans regia L. Nogueira Juniperus communis L. Zimbro-comum Juniperus oxycedrus L.subsp badia Zimbro Juniparus virginiana L. Zimbro-da-Virginia Larix decidua Miller Lárix-europeu Larix kaempferi (Lamb.) Carr. Lárix-do-Japão Laurus nobilis L. Loureiro Liriodendron tulipifera L. Liriodendro Morus nigra L. Amoeira-negra Olea europea L. Oliveira Phillyera latifolia L. Aderno Picea abies (L.) Karsten Picea-comum Picea morinda Link Picea-do-Himalaia Picea rubens Sarg. Picea-vermelha-do-Canadá Picea sitchensis (Bong.) Carriére Picea-do-Sitka Pinus mugo Turra Pinheiro-de-Montanha Pinus nigra Arnold Pinheiro-Negro Pinus pinaster Aiton Pinheiro-bravo Pinus ponderosa Douglas Pinheiro-amarelo-do-oeste Pinus radiata D.Don Pinheiro-dde-Monterey Pinus rigida Miller Pinheiro-duro Pinus sylvestris L. Pinheiro-silvestre Platanus hybrida Plátano Populus nigra L. Choupo-negro Prunus avium L. Cerejeira-brava Prunus lusitanica L. Azereiro Pseudotsuga menziesii (Mirbel) Franco Pseudotsuga Pyrus communis L. Pereira Quercus ilex L. Azinheira Quercus pyrenaica Willd. Carvalho-negral Quercus robur L. Carvalho-alvarinho Quercus rubra L. Carvalho-americano Quercus suber Sobreiro Robinia pseudoacacia L. Robínia Salix babylonica L. Chorão

Sequoia sempervirens (Lamb.) Endl. Sequóia Sorbus aucuparia L. Tramazeira Thuja occidentalis L. Tuia-do-Canadá Thujaa plicata D.Don ex Lamb. Tuia-gigante Tília americana L. Tília-americana Tília cordata Miller Tília-de-folhas-pequenas Tília platyphyllos Scop. Tília-de-folhas-grandes Tília tomentosa Moench Tília-prateada Ulmus minor Miller Ulmeiro Arbustos que ocorrem na Serra da Lousã Calluna vulgaris (L.) Hull. Torga Chamaespartium tridentatum (L.) P. Gibbs Carqueja Cistus albidus L. Roselha Corylus avellana L. Aveleira Crataegus monogyna Jacq subsp. brevispina Pilriteiro Erica lusitanica Rudolphi Urze-branca Erica umbellata L. Queiró Frangula alnus Miller Amieiro-negro Genista falcata Brot. Tojo-gadanho Lavandula stoeches L. Rosmaninho Malus domestica Borkh. Macieira Phillyrea angustifolia L. Lentisco Prunus cerasus L. Ginjeira-galega Rhamnus alaternus L. Sanguinho-das-sebes Rosmarinus officinalis L. Alecrim Sambucus nigra L. Sabugueiro Sambucus racemosa L. Sabugueiro-alpino Ulex europaeus L. Tojo-molar Ulex minor Roth. Tojo Viburnum tinus L. Folhado Vitis vinifera L. Videira Plantas Herbáceas que ocorrem na Serra da Lousã Antirrhinum majus L. Bocas-de-Lobo

Aquilegia dichroa Freyn Aquilegia Digitalis purpurea L. subsp. purpurea Dedaleira Erythronium dens-canis L. Dente-de-cão Fragaria vesca L. Morangueiro-silvestre Geranium robertianum L. Erva-de-São-Roberto Gladiolus illyricus Koch Gladíolo Hedera helix L. subsp. canariensis (Willd.) Coutinho Hera Lonicera periclymenum L. Madressilva Narcisus bulbocodium L. subsp. bulbocodium Campainhas-do-monte Orchis mascula (L.) L. subsp. mascula Satírio-macho Primula vulgaris Hudson Primavera Ruscus aculeatus L. Gilbardeira Umbilicus rupestris (Salisb.) Dandy Umbigo-de-Vénus Vicia sativa L. subsp. sativa Ervilhaca Viola riviniana Reichenb. Violeta Pteridófitos que ocorrem na Serra da Lousã Ãsplenium billotii F.W. Schultz Fentilho Asplenium onopteris L. Avenca-negra Asplenium ruta-muraria L. Arruda-dos-muros Asplenium trichomanes L. Avencão Athyrium filix-femina (L.) Roth Feto-fêmea Ceterach officinarum DC. Doiradinha Dryopteris affinis (Lowe) Fraser-Jenkins Falso-feto-macho Driopteris filix-mas (L.) Schott Feto-macho Osmunda regalis L. Feto-real Phyllitis scolopendrium (L.) Newman Língua-cervina Polypodium cambricum L. Polipódio Polystichum setiferum (Forskal) Woynar Fentana Pteridium aquilinum (L.) Kuhn Feto-ordinário

Zoologia - Fauna A fauna da Serra da Lousã não é muito variada, mas podem-se destacar principalmente espécies cinegéticas, tais como o Javali, o Veado e o Corso, sendo que estes dois últimos foram introduzidos na serra pelo Instituto Florestal. O quadro seguinte apresenta as espécies animais que ocorrem na Serra da Lousã. Classe Espécie Habitat Sapo-parteiro Existem habitats que lhes são favoráveis, embora Anfíbios Sapo comum sejam de pequenas dimensões e dispersos, Salamandra de pintas amarelas daí não existirem populações muito numerosas. Cobra-de-vidro Classe indispensável aos ecossistemas existentes. Répteis Lagarto-de-água Hibernam no Inverno e podem ver-se ao sol Víbora-cornuda Petinhados-campos Açor Gavião Águia de asa redonda nos dias mais quentes. Grande variedade de habitats: ribeiros de montanha, bosques mistos de Aves Melro-d água caducifólias e resinosas, hortas, prados Dom-fafe Coruja-do-mato Mocho-galego Coruja-das-torres Doninha Raposa Gineto Coelho Lebre Javali junto às aldeias, matos, altos cumes. A grande diversidade de habitats permite Mamíferos Morcego a coexistência dos diferentes mamíferos. Lontra Texugo Toupeira Musaranhos Corço Veado