1 Abraão: A aliança da promessa. Gn: 15 17. 1 - ) Depois dessas coisas veio a Palavra do Senhor a Abrão em visão dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão. 2 - ) Então disse Abrão: Senhor Deus, que me hás de dar, pois ando sem filhos, e o mordomo da minha casa é o damasceno Eliézer 3 - ) Disse mais Abrão: Eis que não tens me dado filhos, e eis que um nascido na minha casa será o meu herdeiro. 4 - ) E eis que veio a palavra do Senhor a ele dizendo: Este não será o teu herdeiro; mas aquele que das tuas entranhas sair, este será o teu herdeiro. 5 - ) Então o levou fora, e disse: Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe assim será a tua descendência. 6 - ) E creu ele no Senhor, e imputou-lhe isso por justiça 7 - ) Disse-lhe mais: Eu sou o Senhor que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te a ti esta terra, para herdá-la.
2 8 - ) E disse ele: Senhor Deus, como saberei que hei de herdála? Abrão era natural de Ur dos caldeus, e vivia no meio de um povo idólatra; inclusive seus pais. (Gn. 11: 26 32, Js. 24: 14,15). Seu pai Terá com toda sua família saiu de Ur dos caldeus, e foi para a terra de Canaã, e habitou na cidade de Harã. Estava Abrão com setenta e cinco anos e Sarai sua mulher com sessenta e cinco anos quando Deus o chama e lhe faz promessas. ( Gn. 12: 1 4, 17: 17). Sara era estéril. (Gn. 11: 30 ). Os planos e as promessas de Deus nada têm a ver com a lógica humana. Deus prometeu a Abrão fazer dele uma grande nação. Mas, como poderia Abrão ser pai de uma grande nação se sua mulher era estéril? Passarem-se vinte e quatro anos, desde que Deus chamou Abrão quando ele estava com setenta e cinco anos e Sarai sua mulher que era estéril com sessenta e cinco anos. Nesses vinte e quatro anos não tiveram filhos; a promessa de Deus teria sido frustrada? Nem Abrão, nem Sara, esperava mais ter filhos. Abrão já até admitia que o seu herdeiro fosse Eliézer, o mordomo nascido em sua casa. (Gn. 15: 2 3 ). Ló, sobrinho de Abrão, que havia saído com ele de Harã, não podiam mais morar juntos, pois seus rebanhos crescera tanto que a terra não mais os comportava. Abrão, num gesto altruísta, dando demonstração de ser um verdadeiro homem de Deus, propôs a seu sobrinho a separação, dando a ele o direito de escolha. Ló, aproveitando da generosidade do tio, e vendo que toda campina do Jordão que era bem regada, e era como o jardim do senhor, escolheu para si a campina do Jordão e estendeu a sua tenda até Sodoma. ( Gn. 13: 7 12 ). Depois de separarem-se, Deus renova a Abrão a sua promessa de dar a ele e a sua semente toda aquela terra. Mas, que semente, que descendência se tanto Abrão como Sarai sua mulher já eram velhos e não tinham filhos? E
3 Abrão foi habitar nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom, e edificou ali um altar. É bom notar na vida de Abrão que ele não se descuidava da adoração devida a Deus. Assim que chegou à sua nova morada, sua primeira providência foi levantar um altar de adoração ao Senhor. Parece que Ló não teve essa preocupação; pelo menos não consta nas Escrituras Sagradas. Viveu muito tempo ao lado de Abrão, mas parece que não aprendeu tudo quanto deveria aprender. A campina do Jordão que era muito bem regada, certamente o progresso da cidade de Sodoma, a possibilidade de aumentar o seu rebanho e enriquecer mais, o atraíram; ele nem consultou a Deus, seguiu seus próprios pensamentos. Apesar dessas fraquezas na vida de Ló, ele era justo e temente a Deus. ( II Pe. 2: 6 8 ). Ló se tornou uma pessoa importante em Sodoma, ele se assentava na porta da cidade para julgar. ( Gn. 19: 1, 9 ). Apesar da aparente tranquilidade e a perspectiva de muita prosperidade, a guerra veio, e Ló foi levado cativo como presa de guerra, e seus bens confiscados. Um que escapara da guerra veio e contou a Abrão. Parece que Abrão se tornara um líder na sua região, está escrito que seus vizinhos eram seus confederados. Ele armou trezentos e dezoito de seus criados, os nascidos em sua casa, e com seus confederados, ele feriu os reis que haviam atacado Sodoma e Gomorra, libertou seu sobrinho Ló, e todas as almas que estavam prisioneiras com todos os seus bens. Depois de sua vitória teve um encontro com Melquisedeque Rei de Salém, foi por ele abençoado, e deu-lhe o dízimo de tudo. ( Gn. 14: 12 20 ). Depois dessas coisas, assim começa o capítulo 15. Depois da vitória obtida sobre os quatro reis que atacaram Sodoma e Gomorra. Anrafel, rei de Sinar. ( Rei de Sinar, o mesmo que Babilônia ( Gn. 10: 8-12 )( Dizem ser estre Anrafel, o conhecido Amurabi, de onde veio o código de Amurabi) Arioque, rei de Elasar, Quedorlaomer, rei de Elão, etidal, rei de Goim. Depois de ter um
4 encontro com Melquisedeque, e ser por ele abençoado. ( Ver mais sobre Melquisedeque em Hb. 7. E Sl. 110: 4 ). Podia-se dizer de Abrão que ele era um homem próspero e muito bem sucedido. Separou-se de seu sobrinho Ló, foi habitar nos carvalhais de Manré, tornou-se um líder naquela região, obteve uma grande vitória sobre quatro reis, libertou seu sobrinho, teve um encontro com Melquisedeque, foi por ele abençoado; parece que nada mais lhe faltava. Mas ele não era totalmente feliz, faltava-lhe um filho. Talvez ele pensasse: Meu nome irá se apagar? Quem será o meu herdeiro? E a promessa de Deus que serei pai de muitas nações, terá sido olvidada? Abrão não era totalmente feliz, essas dúvidas o perturbavam. Deus conhece o que perturba os seus servos, e ele vem em nosso socorro, e ele vem sempre na hora certa. Depois destas coisas. ( 15: 1 ). Abrão estava nessa época com 86 anos. Fazia onze anos que havia saído de Harã, Sarai sua mulher era estéril; se durante sua juventude ela não pode gerar, muito menos agora com setenta e seis anos quando já havia cessado suas regras menstruais, e Abrão já tinha o seu corpo amortecido. ( Hb. 11: 11,12) Deus já havia abençoado muito Abrão, seus rebanhos cresceram, ele obteve grande vitória sobre quatro poderosos reis, era considerado pelos seus vizinhos como um príncipe de Deus. ( Gn. 23: 6 ); mas, faltava-lhe um filho; um filho legítimo de Abrão e Sarai. Esse filho seria sua esperança, esperança de um herdeiro legal, esperança de sua posteridade. Abrão, na porta de sua tenda; ele, e Sarai sua mulher. O casal de velhos parece que desolados e tristes. Neste momento de aparente solidão, lhes veio a Palavra do Senhor. Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo. É como se Deus lhe dissesse: Você venceu quatro poderosos reis, não por tua habilidade ou por tua estratégia militar, você foi vitorioso porque eu sou o teu escudo. Sou o teu grandíssimo galardão. Fizeste muito bem em não aceitar a oferta do rei de Sodoma ( Gn. 14: 21 23 ). Porque eu sou o teu grandíssimo galardão. Está muito bem, Senhor. Tu és o meu escudo e o meu grandíssimo galardão, reconheço isso com muita gratidão; mas, eu não tenho filhos, Senhor; será o damasceno Eliézer o meu herdeiro?
5 Deus renova sua promessa a Abrão de que ele será pai de uma multidão. Disse-lhe o Senhor: Não será o damasceno Eliézer o teu herdeiro, mas aquele que sair das tuas entranhas, este será o teu herdeiro. Quando as probabilidades naturais cessaram, quando pela lógica humana seria impossível, Deus renova a sua promessa. Deus o levou fora da tenda, é como se Deus lhe dissesse: Sai Abrão dos teus limites, dos limites humanos, do teu pequeno mundo, e olha para Deus, o Deus ilimitado, o Deus Todo Poderoso. ( Ora, aquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera. Ef. 3: 20 ) Olha para o céu, não olha para o teu corpo já amortecido, não olha para as impossibilidades de Sarai, mas olha para o céu. Quantas bênçãos de Deus nós perdemos, porque olhamos para a lógica humana, olhamos para o mundo natural; mas, o chamado de Deus, é: Olha para o céu. Conta as estrelas, se as pode contar. Abrão não podia contar as estrelas, o céu forrado de estrelas, são bilhões e bilhões de estrelas nesse infinito universo, como Abrão poderia conta-las! Mas Deus conta as estrelas, não só as conta, mas chama cada uma pelo seu nome. ( Sl. 147: 4. Conta o número das estrelas, chama-a a todas pelo seu nome ) Assim será a tua descendência. Como as estrelas do céu. Deus estava revelando a Abrão, que formaria dele e de Sarai sua mulher, uma nação santa, onde cada descendente de Abrão seria considerado como uma estrela do céu. O Salmo 147. V. 4 que fizemos alusão á cima, nos dá a entender que assim como Deus conhece todas as estrelas do céu e as chama pelo seu nome, assim Deus conhece cada descendente de Abraão e chama cada um pelo seu nome. E creu Abrão no Senhor, e imputou-lhe isso por justiça. ( v. 6 ). Apesar de toda aparente impossibilidade, Abrão creu no Senhor. O apóstolo Paulo faz alusão a este episódio em: ( Rm. 4: 3 ). Achei pertinentes nos lembrarmos aqui das palavras do apóstolo Paulo em Rm. 4: 17 22 ). Como está escrito:
6 Por pai de muitas nações te constituí perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisa que não são como se já fossem. O qual, em esperança creu, contra a esperança, tanto que tornou-se pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência. E não enfraquecendo na fé, não atentou para o seu próprio corpo já enfraquecido, pois era já de quase cem anos, nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara. E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus. E estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para fazer. Assim isso lhe foi também imputado como justiça. Deus renova sua promessa a Abrão, sobre a posse da terra de Canaã. V. 7. Eu sou o Senhor, que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te a ti esta terra, para herdá-la. Confirmada a promessa de um herdeiro saído de suas entranhas, isto é: Um filho, Deus agora renova sua promessa da posse total da terra de Canaã. A promessa da posse da terra era para a sua posteridade; pois Abrão mesmo nada possuiu. A única coisa que ele comprou foi um sepulcro para sepultar Sara. ( Gn 23: 16 20 ). Abraão mesmo está escrito que morava em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. ( Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. ). ( Hb. 11: 8,9.) Abraão não entendeu como se cumpriria esta promessa de Deus; mas creu na promessa. Não podemos entender tudo de Deus, mas precisamos
7 crer. Crer mesmo sem entender. Ele, Abraão, apresentou a Deus sua dificuldade em entender como se cumpriria essa promessa. ( v. 8 ). Deus faz uma aliança com Abrão. V.V 9 21. 9 E disse-lhe: Toma uma bezerra de três anos, e uma cabra de três anos, e um carneiro de três anos, uma rola e um pombinho. 10 E trouxe-lhe todos estes, e partiu-os pelo meio, e pôs cada parte deles em frente da outra; mas as aves não partiu. 11 E as aves desciam sobre os cadáveres; Abraão, porém, as enxotava. 12 E pondo-se o sol, um profundo sono caiu sobre Abrão, e eis que grande espanto e grande escuridão caiu sobre ele. 13 - Então disse a Abrão: Saibas de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia; e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos. 14 Mas também eu julgarei a nação, a qual ela tem de servir, e depois sairá com grande riqueza. 15 E tu irás a teus pais em paz; em boa velhice serás sepultado. 16 E a quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia. 17 E sucedeu que, posto o sol, houve escuridão, e eis um fumo de fumaça, e uma tocha de fogo, que passou por aquelas metades.
8 18 naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão, dizendo: Á tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates. 19 E o queneu e o quenezeu, e o cadmoneo, 20 E o heteu e os perizeus e os refains 21 E o amorreu e o cananeo, e o girgazeu, e o jebuseo. Deus se comprometeu com Abrão de dar aquela terra aos seus descendentes; e selou esse compromisso. Como Deus é admirável, e como ele honra aqueles que nele confiam. Abrão trouxe os animais estabelecidos por Deus. Uma bezerra de três anos, uma cabra de três anos, e um carneiro de três anos, uma rola e um pombinho; partiu esses animais, e pôs uma parte ao lado da outra, mas as aves não partiu; as aves de rapina desciam sobre os cadáveres, e Abrão as enxotava. Pondo-se o sol, um profundo sono caiu sobre Abrão, grande espanto e grande escuridão caiu sobre ele. Esse tipo de pesadelo que caiu sobre Abrão era um prenúncio da aflição que sofreria seus descendentes antes de possuírem a terra prometida. O Senhor preveniu Abrão de que seus descentes não tomariam posse de imediato da terra prometida; antes, seriam peregrinos em terra estranha, seria reduzida a escravidão e seriam afligidos por quatrocentos anos. (quatrocentos anos não se refere ao tempo que os descendentes de Abrão permaneceram no Egito, mas estão contados desde o nascimento de Isaque até a entrada de Israel em Canaã. ( Gl. 3: 17 ). A nação que iria oprimir os descendentes de Abrão seria julgada por Deus. Vemos o cumprimento dessa promessa nas dez pragas sofridas pelo Egito no êxodo de Israel.
9 Você não verá a tua semente tomando posse da terra, porque serás recolhido a teus pais em paz, e em boa velhice. Abraão viveu cento e setenta e cinco anos. ( Gn.25: 7 ). A quarta geração tornará para cá, porque a medida da injustiça dos amorreus ainda não está completa. Deus nunca entra em juízo com o ímpio, sem antes dar-lhe oportunidade de arrependimento. Os amorreus vivendo com Abraão, deveriam ter aprendido o monoteísmo; mas não aprenderam, continuaram na prática do politeísmo, até completarem a medida de seus pecados. Deus longânimo. Os amorreus tiveram ainda quatrocentos anos de oportunidade para se arrependerem, mas não quiseram, e perderam suas terras e sofreram a justa punição divina através do exército de Israel. Abrão teve mais uma maravilhosa experiência com Deus. O selo da aliança. Posto o sol, houve escuridão, e um forno de fumaça e uma tocha de fogo que passou por aquelas metades. ( v. 17). O fogo de Deus queimou aquele holocausto; sinal da aceitação de Deus. A aliança de Abrão com Deus confirmada, a promessa do êxodo de Israel renovada. Restava agora a Abraão e Sara descansar em Deus e aguardar o cumprimento das promessas. O nascimento de um filho de Abraão e Sara. Deus é fiel e jamais deixou de cumprir as suas promessas. Gn. 16. Sara e Abraão precipitam-se e resolvem ajudar a Deus. Sara esperou um ano, de 1882 a/c, a 1881 a/c. Nada de gravidez, vamos ajudar a Deus. Deus não precisa de nossa ajuda. Todas as vezes que alguém tenta ajudar a Deus, não dá certo. Precisamos somente confiar em Deus e esperar nele. Ele nunca vem tarde, ele vem sempre na hora certa. Era cultura da época, quando uma mulher não gerava filhos, ela escolhia uma de suas escravas para coabitar com seu marido, e o filho gerado era considerado filho da patroa. É parecido com o que chamamos hoje de ventre
10 de aluguel. Hoje se usa os recursos tecnológicos, na época não existiam esses recursos, tudo acontecia pelo método natural. Sara então, colocou sua escrava egípcia Agar, no regaço0 de Abraão para gerar um filho que seria considerado filho de Sara, de onde se esperava a sua posteridade. Esse não era o plano de Deus, não era essa a sua vontade; Deus prometera um filho gerado de Abraão e Sara; era desse filho que viria a descendência de Abraão. Deus esperou passar o tempo natural que uma mulher pudesse gerar, para ficar evidente que foi Deus que formou essa nação. Uma nação formada por um ato milagroso de Deus. O filho gerado da relação de Abraão e Agar deu problema na família e está dando problemas até hoje. Nunca dá certo, passar à frente de Deus, é bom sempre esperar e confiar nele. Agar, cujo nome significa emigração ou fuga, concebeu; e, vendo que havia concebido, sentiu-se superiora a Sara e foi sua senhora desprezada a seus olhos. Sara sentindo-se desprezada queixou-se com Abrão, e este deu a Sarai total liberdade para agir com sua escrava como bem lhe aprouvera. Sarai então oprimiu sua escrava, que fugiu para o deserto. Que situação complicada a de Agar; grávida, esperando o momento de dar a luz, sentindose agora sozinha e desamparada. Mas Deus, que tudo vê, e que tem em suas mãos o controle de todas as coisas, viu a aflição de Agar e veio em seu socorro. O anjo do Senhor, (v. 7 ) a achou junto a uma fonte de água no deserto. É admirável o cuidado de Deus e o seu amor. Agar, serva de Sarai, de onde vens e para onde vais? Chamando-a pelo nome, o anjo do Senhor mostrou que a conhecia, sabia seu nome e sua condição social. De onde vens e para onde vais? Neste deserto desnorteada, sem rumo certo sem destino, o que aconteceu contigo Agar, você deu motivos para isso, confessa tua culpa, reconhece tua culpa. Sempre que um pecador tem um encontro com Deus, ele é levado ao arrependimento e a confissão de seus pecados. Depois do reconhecimento da culpa, a confissão e o arrependimento, o que fazer, qual o caminho a tomar?. Repara o teu erro, volta para tua senhora
11 e humilha-te debaixo da sua mão. Uma vez conscientizada de sua culpa, vem agora a promessa de Deus. Você está grávida, Agar; teu filho nascerá, fique tranquila este filho será teu, para Sara eu tenho outro plano. Multiplicarei muito a tua semente, tua descendência será tão números que não se poderá contar. O filho que de ti há de nascer, por-lhe-ás o nome de Ismael. Ismael significa: Quem Deus ouve. Agar era egípcia, um povo pagão, mas vivendo com Abrão e Sara, aprendeu a conhecer o verdadeiro Deus. E chamou o nome do Senhor que com ela falara, Tu é Deus que me vê. Agar voltou para sua senhora, se reconciliou com sarai, deu a luz a seu filho, e Abrão chamou o nome do menino Ismael. Deus cumpriu fielmente sua promessa a Agar. Ismael casou-se com uma egípcia, gerou doze príncipes. (Gn 17: 20 ), e uma grande nação; os árabes. E era Abrão da idade de oitenta e seis anos, quando Agar deu à luz Ismael. ( v. 17 ). Gn. 17. A aliança da circuncisão. Deus muda o nome de Abrão e de Sarai. 1 Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o Senhor a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus todo poderoso, anda em minha presença e sê perfeito. 2 E porei a minha aliança entre mim e ti, e te multiplicarei grandissimamente. 3 Então caiu Abrão sobre o seu rosto, e falou Deus com ele, dizendo: 4 Quanto a mim, eis a minha aliança contigo: Serás o pai de muitas nações.
12 5 E não se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai de muitas nações te tenho posto. 6 E te farei multiplicar grandissimamente, e de ti farei nações, e reis sairão de ti. 7 E estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, por aliança perpétua, para te ser a ti por Deus e à tua descendência depois de ti. 8 E te darei a ti e a tua descendência depois de ti a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão e ser-lhe ei o seu Deus. 9 Disse mais Deus a Abraão: Tu, porém, guardarás a minha aliança, tu e a tua descendência depois de ti nas suas gerações. 10 Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti: Que todo homem entre vós será circuncidado. 11 E circundareis a carne do vosso prepúcio; e isto será por sinal da aliança entre mim e vós. 12 O filho de oito dias, pois, será circuncidado, todo homem nas vossas gerações; o nascido em casa, e o comprado por dinheiro a qualquer estrangeiro, que não for da tua descendência. 13 Com efeito será circuncidado o nascido em tua casa, e o comprado por teu dinheiro; e estará a minha aliança na vossa carne por aliança perpétua. 14 O homem incircunciso, cuja carne do prepúcio não estiver circuncidada, aquela alma será extirpada do seu povo, quebrou a minha aliança. Deus muda o nome de Sarai. 15 Disse Deus mais a Abraão: A Sarai tua mulher não chamarás mais pelo nome de Sarai, mas Sara será o seu nome.
13 16 Porque eu a hei de abençoar, e te darei dela um filho, e a abençoarei, e será mãe de nações, reis de povos sairão dela. 17 Então caiu Abraão sobre o seu rosto, e riu-se, e disse no seu coração: A um homem de cem anos há de nascer um filho? E dará à luz Sara da idade de noventa anos? 18 E disse Abraão a Deus: quem dera que viva Ismael diante do teu rosto! 19 E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque, e com ele estabelecerei a minha aliança, por aliança perpétua para sua descendência depois dele. 20 E quanto a Ismael, também te tenho ouvido, e eis aqui o tenho abençoado, e fá-lo- ei frutificar, e fá-lo-ei multiplicar grandissimamente ; doze príncipes gerará, e dele farei uma grande nação. 21 A minha aliança, porém estabelecerei com Isaque, o qual Sara dará a luz neste tempo determinado, no ano seguinte. 22 Ao acabar de falar com Abraão, subiu Deus de diante dele. A instituição da circuncisão. 23 Então tomou Abraão a seu filho Ismael, e a todos nascidos na sua casa, e a todos comprados por seu dinheiro, todo o homem entre os da casa de Abraão; e circuncidou a carne do seu prepúcio, naquele mesmo dia, como Deus falara com ele. 24 E era Abraão da idade de noventa e nove anos, quando lhe foi circundada a carne do seu prepúcio. 25 E Ismael, seu filho, era da idade de treze anos, quando lhe foi circuncidada a carne do seu prepúcio 26 Naquele mesmo dia foram circuncidados Abraão e Ismael seu filho. 27 - E todos os homens da sua casa, os nascidos em casa, os comprados por dinheiro ao estrangeiro, foram circuncidados com ele.
14 Passaram-se treze anos desde o nascimento de Ismael; nada de Sarai engravidar. Abraão já estava com noventa e nove anos, Sarai sua mulher com oitenta e nove anos; Abraão já até admitia que sua descendência viesse através de Ismael, o filho da escrava Agar. ( Gn. 17: 18) Quando todas as probabilidades naturais cessaram, Deus fala com Abrão e confirma a promessa de que lhe daria um filho, um filho natural, nascido da relação de Abrão com Sarai sua mulher. Deus muda o nome de Abrão, para Abraão. Abrão significa pai exaltado. Deus lhe muda o nome para Abraão. Pai de uma multidão. A mudança de Abrão para Abraão, teve por fim reforçar a raiz da segunda sílaba para dar maior ênfase a ideia de exaltação. ( dic. Bíblico de John D. Davis ). Deus renova a promessa da possessão da terra à seus descendentes por herança perpétua, e sela esta aliança com sangue através da circuncisão. Muitos crentes têm dificuldade para entender o sentido real da circuncisão. Tentaremos esclarecer um pouco mais este caso; se não totalmente, ao menos parcialmente. Deus celebrava com Abrão uma aliança, um pacto, um contrato; e esta aliança deveria ser selada com sangue. O sangue da circuncisão. Mas, não teria outra maneira de derramamento de sangue senão pela circuncisão? Esta aliança era feita com Abrão e seus descendentes. ( 9 ). Tu, porém, guardarás a minha aliança, tu, e a tua descendência depois de ti, nas suas gerações. O sinal dessa aliança estava no órgão reprodutor masculino para enfatizar a ideia da aliança com todos os descendentes de Abraão. Abraão foi circuncidado aos noventa e nove anos de idade, e seu filho Ismael aos treze anos de idade. ( v.v. 24, 25 ). Todos os homens da casa de Abraão foram circuncidados naquele mesmo dia. Tanto os nascidos na sua casa, como os comprados por seu dinheiro. Certo jornal de grande circulação em São Paulo informou há pouco tempo atrás, que, as mulheres cujos maridos são circuncidados, têm menor índice de câncer de útero. Entendemos essa possibilidade pelo fato de se tornar mais fácil a higienização do órgão reprodutor masculino.
15 Deus muda o nome de Sarai. Sarai, significa princesa, ou contenção. Sara, significa princesa. ( dic. Bíblico de Johon D. Davis ). Sara seria mãe de príncipes e reis, daí o nome Sara = Princesa. Que a nação judaica foi formada diretamente por Deus com um propósito definhado, está muito evidente. Deus deixou que todos os meios naturais se esgotassem, apesar de Sara ser estéril. Se durante a idade fértil ela não conseguia engravidar apesar do grande desejo tanto de Abraão como de Sara, muito menor probabilidade depois da cessação das regras menstruais. A nação judaica foi formada de maneira milagrosa, e somente Deus opera milagres. Deus continua operando milagres. O seu poder é o mesmo, Ele é imutável. Ml. 3: 6, Tg. 1: 17. Amém.
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