VARIABILIDADE PATOGÊNICA E MOLECULAR ENTRE ISOLADOS DE Colletotrichum lindemuthianum ORIUNDOS DE DIFERENTES REGIÕES PRODUTORAS DE FEIJÃO NO BRASIL

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Transcrição:

VARABLDADE PATOGÊNCA E MOLECULAR ENTRE OLADO DE Colletotrichum lindemuthianum ORUNDO DE DFERENTE REGÕE PRODUTORA DE FEJÃO NO BRAL KAEEL JACKON DAMACENO E LV N, ELANE APARECDA DE OUZN, ALOÍO ARTORAT03, FRANCNE HROM rhkawn NTRODUÇÃO: Entre os fatores que afetam a produção do feijoeiro, a ocorrência de palug<.:nu.)..:.1 4-1 :t::r:,. O fungo, Colfetnfrir/11m lindemuthinnum. agente causal da antracnose, é um dos fitopatógenos..:" liaior,-,cullenclu.c responsável por prejuízos expressivos à cultura. A antracnose pode ser altamente devastadora, proporcionando perdas de até 100% na produção. Entre as medidas de controle desse patógeno, a resistência genética destaca-se como a mais eficaz, por minimizar os custos de produção e reduzir os danos causados ao ambiente. O emprego da resistência genética para a produção de germoplasma comercial tem sido dificultado devido ao surgimento constante de novas raças fisiológicas do fungo, C. lindemuthianum. (urtorato, 2002; Talamini et a., 2004). Uma das alternativas para a realização do monitoramento da coevolução patógenohospedeiro é a inoculação de uma suspensão de esporos, do isolado coletado, em doze cultivares diferenciadoras. Uma ferramenta promissora para o estudo da dinâmica populacional é o uso de marcadores moleculares, os quais permitem fazer inferência sobre a variabilidade genética entre e dentro de raças. Essas informações são importantes para o acompanhamento da evolução do patógeno. Desta maneira, este trabalho teve por objetivo estudar a distribuição populacional de isolados do fungo C. lindemuthianum provenientes de diferentes regiões do Brasil, além de identificar se a variação genética existente é intra ou inter-racial, utilizando cultivares diferenciadoras e marcadores RAPD. MATERAL E MÉTODO: O trabalho foi conduzido nos Laboratórios de Resistência de Plantas a Doenças, Genética Molecular e em casa de vegetação, localizados na área experimental do Departamento de Biologia da Universidade Federal de Lavras (UFLA). Foram selecionados isolados de C. lindemufhianum provenientes das micotecas do Departamento de Biologia da UFLA e do CNPAF/EMBRAP A. Estes isolados foram obtidos de diferentes origens 1 Doutorando em Agronomia / Genética e Melhoramento de Plantas, Depto de Biologia, Universidade Federal de Lavras - UFLA, Cx. Postal 3, 3200-000, Lavras, MG, e-mai!: kaeselgen@yahoo.com.br 2 Professora, Depto de Biologia, Universidade Federal de Lavras, Cx. Postal 3, 3200 000, Lavras, MG, e-mail: casouza@ufla.hr 3 Pesquisador, Embrapa Arroz e Feijão, Cx. Postal 19, CEP 535-000, anto Antônio de Goiás, GO, e-mail: sanorat@cnpalembrapa.br 4 Mestranda em Agronomia / Genética e Melhoramento de Plantas, Depto de B,iologia, Universidade Federal de Lavras - UFLA, Cx. Postal 3, 3200-000, Lavras, MG, e-mail : francinehi@hotmailcom 01

geográficas: região udeste, representada pelos estados de MG e P; região ul, representada por PR, C e R; região Centro-Oeste, representada por DF, GO e M e região Nordeste, representada pela BA. Foi também usado um isolado (raça 204) da Costa Rica, além de três isolados da fase sexuada (Glomerella cingulata f.sp. phaseoli). Os procedimentos de isolamento do fungo, obtenção das monosponcas e suspensões, além dos procedimentos de inoculação e caracterização das raças foram realizados de acordo com metodologia utilizada por Rava et a. (1994). Obteve-se a massa micelial e, logo após foi realizada a extração do DNA (Raeder e Broda, 195). As amostras de DNA foram amplificadas por 1 primers de RAPD. Os produtos da amplificação foram separados por eletroforese em gel de agarose 2% imerso em tampão TBE. Posteriormente, foram corados com brometo de etídio e visualizados em transiluminador de luz ultravioleta Fotodyne e fotografados com a câmara fotográfica EDA - 290 da KODAK. Foram obtidas as estimativas de similaridade genética de Dice e a análise de agrupamento das similaridades (UPGMA), gerando um dendrograma. Foram feitas duas análises de variância molecular, uma considerando estrutura hierárquica em nível de estados e a outra em nível de raças. REULTADO E DCUÃO: Foram determinadas 19 raças (O,, 55,4,5,, 9, 3, 1, 3, 5,, 9, 91, 93, 9, 33, 593 e 204) distintas entre os isolados estudados. O elevado número de raças é um indicativo da ampla variabilidade do patógeno em termos de patogenicidade. A "quebra" da resistência das cultivares diferenciadoras TO (Co-4 ou Mex.2) e TU (Co-5 ou Mex.3) pelas raças 33 e 593, respectivamente, revela que novas estratégias devem ser priorizadas para a introdução de novas fontes de resistência na região de origem dessas raças. Foi possível verificar que as raças 5 (2,2%), 1 (20,45%) e 3 (15,91 %) são as mais freqüentes e, juntas, representam 3,3% do total dos isolados estudados. As cultivares diferenciadoras P 2022 (Co-4 3 e Co-9), AB13 (Co- e co-) e G2333 (Co-4 2, Co-5 e Co-l) não foram infectadas por nenhuma raça (exceção à raça 204, não coletada no Brasil), evidenciando que são importantes fontes de resistência para um programa de melhoramento visando o controle da antracnose. A análise com marcadores RAPD gerou um total de 4 bandas. A similaridade genética entre os isolados variou de 0,5 a 0,99, com média de 0,5. A análise de agrupamento revelou a formação de sete grupos (Figura 1). É válido frisar, que houve uma tendência à formação de grupos por estado de origem, notando a ocorrência de trocas de material genético dentro do estado. Nas Tabelas 1 e 2, encontram-se os resumos da análise de variância molecular (AMOV A) dos resultados obtidos a partir de uma hierarquização feita em nível de Estados e outra em nível de raças, respectivamente. Pela AMOVA (Tabela 1), verificou-se que a diferenciação genética existente entre os estados amostrados é altamente significativa (<t T = 0,05, P < 0,000), sendo que,55% da variação genética está contida entre estados e 92,45% da variação existente encontra-se dentro das populações (estados). Posteriormente, foi feita a AMOV A em nível de raças 02

(Tabela 1) e à semelhança da análise anterior, a maior parte da variação foi encontrada dentro de raças (0,5%). Verificou-se também que a diferenciação genética existente entre raças foi altamente significativa (<t T = 0,192, P < 0,000). 05 0.3 { fl 02 Coeftciente de similaridade Y t r -1 091 fl'"21 ""2 fl'" "" fl'"2 "ó "5 fl'"l 9 3"2 "1 fl'"5 f'"9 ' B9 " 1 "o "1 3"2 " B9 "2 "li 3"4 " fl'"21 fl'"1 fl'"19 fl'"3-1,..-- ' 9 "' 9 "ó 3"0 91 " 9 "3 3"D 55 f'":!j fl'"12 fi'" 2 o 9"1 "4 3"9 fl'"15 l"d Ó o o 9 g 9 099 Figura 1. Dendrograma das similaridades genéticas entre os isolados de C. lindemuthianum oriundos de diferentes regiões do Brasil. 03

Tabela 1 Resumos das análises de variância molecular para seis estados de origem dos isolados e parâ onze raças do fungo (C. ltndemuthinum) analisados por marcadores RAPD. F.V. GL Q Comp. de variância % Total <t T P Hierarguizaltão em Nível de Estados Entre estados 5 4,]24 0,52,55 0,05 0,000 Dentro de estados 2,959,03 92,45 Total 3 03,03,21 100,00 Hierarquização em Nível de Raças Entre racas 10 12,311 1,04 19,15 0,192 0,000 ijen110 ue raças 49,309,195 0,5 Total 1,20,9004 100,00 CONCLUÕE: As raças 5, 1 e 3 apresentam maior estabilidade em relação às demais. O aparecimento das raças 33 e 593 justifica a necessidade de monitoramento da variabilidade do patógeno. Os marcadores moleculares mostraram-se eficientes no estudo da dinâmica populacional de C. lindemuthianum e detectarem alta variabilidade. A maior variação está contida dentro de raças, evidenciando a elevada capacidade de variação deste patógeno. AGRADECMENTO: À FAPEMG, ao CNPq, ao Programa de Melhoramento do Feijoeiro da UFLA e à Embrapa Arroz e Feijão. REFERÊNCA BBLOGRÁFCA RAEDER, U.; BRODA, P. Rapid preparation of DNA from filamentous fungi. LeUers Applied Microbiology, Oxford, v. 1, n. 1, p. 1-20, 195. RAVA, C. A.; PURCHO, A. F.; ARTORATO, A. Caracterização de patótipos de Colletotrichum lindemuthianum que ocorrem em algumas regiões produtoras de feijoeiro comum. Fitopatologia Brasileira, Brasilia, v. 19, n. 2, p. 1-12, jun. 1994. ARTORATO, A. Determinção da variabilidade patogênica do fungo Colletotrichum lindemuthianum (acc.) crib. n: CONGREO NACONAL DE PEQUA DE FEJÃO,., 2002, Viçosa. Resumos... Viçosa, UFV: 2002. p. 114-11. TALAMN, V.; OUZA, E. A.; POZZA, E. A.; CARRJO, F. R. F.; HKAWA, F. H.; LVA, K. J. D.; OLVERA, F. A. dentificação de raças patogênicas de Colletotrichum lindemuthianum a partir de isolados provenientes de regiões produtoras de feijoeiro comum. umma Phytopathologica, Jaboticabal, v. 30, n. 2, p. 31-35, abr./jun. 2004. 04

N 151-51 Outubro/2005 Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuAria Centro Nacional de Pesquisa de Arroz fi Feij50 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Documentos, 12 ANA V Congresso Nacional de Pesquisa de Feijão - CONAFE Volume 1 Realização 1 a 20 de outubro de 2005 Goiânia, GO anto Antônio de Goiás-vv 2005