Colégio Santa Dorotéia. Belo Horizonte PIA OBRA DE SANTA DOROTÉIA. Trechos retirados das Constituições e das Diretivas

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Transcrição:

Colégio Santa Dorotéia Belo Horizonte 2012. PIA OBRA DE SANTA DOROTÉIA Trechos retirados das Constituições e das Diretivas Diretivas 1986 Art. 18 A missão de evangelizar através da educação tem feito surgir, ao longo da nossa história, diferentes respostas. (cf. Const. 1986 Art. 1 o ) Valorizamos e assumimos como nossas todas as obras da Congregação. Dentro do nosso carisma e à luz dos critérios apontados, um campo imenso nos está aberto. Atualmente, estamos presentes sobretudo nos seguintes setores de evangelização: animação cristã em nível de comunidades eclesiais de base, comunidades paroquiais ou diocesanas, serviços nacionais, formação de animadores, catequeses, pastoral juvenil, vocacional, familiar e de emigrantes; meios de comunicação social; educação integral da pessoa, de qualquer condição pessoal, através do ensino a todos os níveis, em escolas da Congregação, da Igreja, do Estado e particulares; lares e internatos para jovens; associações de antigos alunos; apoio à obra dos Exercícios Espirituais e a movimentos de espiritualidade, pela colaboração direta ou pela abertura das nossas casas; promoção humana e trabalho pela justiça, principalmente em áreas subdesenvolvidas. Diretivas 1986 Art. 19 Deixando-nos possuir pela pedagogia do Evangelho (cf. Const. 26), uma preocupação nos norteia, em todos os campos onde estamos ou possamos vir a estar presentes Educar para a liberdade e responsabilidade; para a participação; para o senso crítico; para a criatividade; numa dimensão comunitária e com visão prospectiva. Este estar a serviço do crescimento da pessoa tem um horizonte a Fé. Assim, damos especial atenção a tudo o que possa abrir-se a uma dimensão de transcendência e 1

proporcionar autênticas experiências de vida cristã, que levam ao conhecimento de Jesus Cristo na sua Igreja. Constituições 1986 Art. 1 o Deus, presente e ativo na vida dos homens, escolheu Paula Frassinetti para dar origem, na sua Igreja, à Congregação das Irmãs de Santa Doroteia, totalmente dedicada a continuar a missão de Jesus Cristo no mundo. A resposta de Paula concretizou-se em Quinto Gênova, Itália, a 12 de agosto de 1834, e permanece viva na Congregação pelo espírito mais profundo que a anima: procurar sempre e em tudo a maior glória de Deus pelo maior serviço aos homens. Constituições 1986 Art. 26 Pela nossa vocação na Igreja somos enviadas a evangelizar através da Educação, com preferência pela juventude e pelos mais pobres. Educar, para nós, significa deixar-nos possuir pela Pedagogia do Evangelho que leva o homem a descobrir que é amado por Deus, a acreditar nesse amor e a crescer como pessoa até a plenitude da maturidade em Cristo. Constituições 1851 Capítulo III Primeiro e principal meio a que se propõe o Instituto para obter o seu fim: cultivar e promover a Pia Obra de Santa Doroteia, para a qual foi de modo particular estabelecida. 1 A Obra de Santa Doroteia, hoje tão difundida e conhecida, e tão vantajosa em si mesma, como provam os fatos e tão adaptada aos nossos tempos, não se poderia razoavelmente esperar que se mantivesse no seu espírito, sem prejuízo da sua eficácia, se não lhe desse uma alma permanente e toda sua, confiada ao zelo de pessoas particulares que a poderiam promover, estaria sujeita a mil variações, a confusões e talvez à decadência. Acrescente-se que, sendo embora muito simples, pois outra coisa não é senão a correção fraterna facilitada, no entanto, como a experiência o demonstra, não basta um zelo qualquer para sustentá-la, mas há mister em um zelo esclarecido e fervoroso. Ora, não nos parece que se lhe possa dar uma alma permanente e toda sua, a não ser com um Instituto de Irmãs que tenham como mira principal a conservação e a promoção da Pia Obra. Isto a manterá uniforme, porque agirá em toda parte com a mesma regra, não permitirá que caia na tibieza, porque, numa corporação, não morre o espírito ao morrerem os indivíduos. Do mesmo modo, pois, que as Irmãs da Caridade de São Vicente de Paula trabalham para a obra dos hospitais, as nossas trabalharão para as companhias da Pia Obra. Aquelas não 2

agem nem como médicos, nem como cirurgiões, mas procuram que sua ação seja verdadeiramente eficaz a favor dos enfermos. Estas não deverão ser nem zeladoras nem assistentes, mas trabalharão para que não esmoreça o zelo dessas pessoas pelas meninas. 2 Se Deus abençoa a santa empresa, será certamente incalculável o fruto que daí resultará. A Pia Obra, educando as meninas, pode cultivar a metade da geração que surge. Se esta cresce boa, e sendo tão grande a influência da educação das mães sobre os filhos, também a outra metade deverá necessariamente melhorar. Portanto, as Irmãs deste Instituto tendo sido escolhidas pela Divina Misericórdia para ser a alma da Pia Obra, terão o mérito do bem que dela derivar, e que se pode esperar da bondade do Senhor do Universo. Tanto mais que o meio para isto empregado é inteiramente evangélico, e por isto, certamente eficaz. Pode-se dizer, além disso, que educar bem as crianças é reformar o mundo e conduzi-lo à verdadeira vida, como diz Cristo na sua Doutrina. 3 A Pia Obra de Santa Doroteia não é outra coisa senão a correção fraterna facilitada e reduzida a método. Por si mesma não pede senão que as pessoas que a ela se dedicam assumam um cuidado caridoso às meninas, de modo mais conveniente e segundo a variedade das circunstâncias que se apresentam. Isto deve ficar bem esclarecido a fim de que, tendo esta ideia exata e simples, não seja julgada com preconceitos. As Irmãs do Instituto devem considerar muito isto: pois devem tornar-se nada menos que a alma da Pia Obra. Sem esta ideia clara e exata, elas serviriam nada mais para confundi-la e destruíla do que para mantê-la ordenada e promovê-la. 4 Sendo a Pia Obra correção fraterna, as pessoas que a compõem não devem usar maneiras ásperas e castigos, tomar ares de direito e autoridade, mas usar boas maneiras e avisos afetuosos, como convém de irmã para irmã. 5 A Pia Obra torna-se fácil, porque, organizada em grupos, ao mesmo tempo em que se pode cuidar de todas as meninas, cada uma das que nela se empenham não têm senão um número pequeno e determinado para vigiar e ajudar. Por outro lado, as meninas, sabendo que elas têm esta incumbência, naturalmente não se ressentem das correções recebidas, considerando-as mais oportunas porque feitas por ofício. 6 e 7 Na Pia Obra, as incumbências, ocupações e exercícios fazem dela como que uma máquina, em que muitas partes são bem coligadas para um só fim. Daí se vê o quanto é necessário à Pia Obra ter uma Zeladora, senhora de mais idade, que seja a cabeça da companhia; uma zeladora e as assistentes para cada grupo; os catálogos em que sejam escritos os nomes, a idade, etc., das meninas, com as distinções oportunas, para ver quem poderá vigiá-las e ajudá-las; e fervor esclarecido nas pessoas que se dedicam a esta vigilância e assistência, fervor que não se pode conservar se não se fazem as conferências ou reuniões prescritas, nas quais se recordam os motivos que nos levam a empenhar-nos nesta obra, e o modo eficaz de realizá-la. 3

10, 11, 12 e 13 É necessário, antes de tudo, que as Irmãs destinadas às várias companhias sejam vivamente convictas da importância da obra que têm nas mãos e das grandes vantagens que dela resultarão para a propagação da fé, para a honra da Religião e o restabelecimento dos bons costumes e da verdadeira e sólida piedade no mundo. As Irmãs do Instituto devem muitas vezes recordar e considerar estas e outras coisas, para estimular-lhes o zelo e superarem com coragem invencível os desgostos, as penas, as repugnâncias que poderão sofrer no exercício de suas funções. O ofício que ocuparão entre os diversos cargos da Pia Obra será o de Secretária. Haverá uma Secretária-Geral, cujo ofício será o de dirigir e manter-se em comunicação com as secretárias-particulares, para que a obra se desenvolva em cada paróquia com o mesmo espírito e uniformidade; fazer observar o quanto seja possível as regras para que o bom andamento e progresso da Obra sejam estabelecidos; fará de quando em quando alguma reunião com as secretárias-particulares, segundo as necessidades que elas tiverem de ser formadas no espírito da Pia Obra, e quando a Superiora o julgar conveniente. Assistirá às reuniões gerais da Zeladora-chefe ou Diretora das senhoras, com as zeladoras, que se farão nas casas do Instituto e delas dará notícias às Irmãs-secretárias das várias paróquias. Anotará também os fatos dignos de nota relativos à Pia Obra que lhe forem comunicados pelas Irmãs-secretárias das diversas paróquias. Assistirá ela mesma, de tempos em tempos, às reuniões particulares das várias paróquias para se manter em condições de julgar não só o progresso da Pia Obra, mas ainda a capacidade e o zelo das secretárias e dar-lhes os avisos convenientes. Quando notar alguma negligência grave deve notificá-lo à Superiora, com espírito de caridade. Cada ano dará o quadro geral da Pia Obra ao Bispo e à Superiora; esta mandará cópia à Superiora-Central, e a Superiora- Central o mandará, de todas as casas de sua dependência, à Superiora-Geral. Extracto das Constituições e do Directorio do Instituto das Irmãs de Santa Dorothea Lisboa, 1892 Sobre alguns pontos das Constituições para a sua observância prática Das Secretárias da Pia Obra de Santa Dorothea: 1) As Secretárias são os principais instrumentos da Pia Obra de Santa Doroteia, e do seu trabalho e atividade depende a prosperidade da mesma Obra, para a Glória de Deus e bem de muitas almas. 2) Naqueles lugares, onde a Pia Obra estiver pouco desenvolvida, bastará uma só secretária, dependente da Superiora Local; mas naqueles lugares em que for necessário, pelo grande desenvolvimento e extensão da obra, constituir tantas Secretárias quantas forem as Companhias, todas dependerão da Secretária Mor, que, como se disse, será a Superiora Local ou outra designada pela Provincial. 3) A Secretária-Mor deverá superintender sobre todas as Secretárias-Menores, dirigindoas e animando-as ao cumprimento do seu ofício, e elas lhe estarão sujeitas em tudo o que respeita a Obra, e lhe darão exata conta da respectiva Companhia. A Secretária- Mor porém, não perderá nunca de vista a devida dependência da própria Superiora. 4) Está a cargo da Secretária-Mor consultar a miúdo, os Regulamentos da Pia Obra, e fazer que de quando em quando, se reúnam as Secretárias subalternas para conhecer se se executa tudo o que está escrito, e se há alguma coisa a emendar ou aperfeiçoar, no andamento da dita Obra. 4

5) As Secretárias tenham em grande estima a Pia Obra de Santa Doroteia, tanto em razão do Voto que dela temos, como por ser uma Obra muito aceita ao Divino Coração. Daqui entendam com quanto zelo, diligência e trabalho se deverão empregar nela. Para tornar mais eficaz a sua atividade, procurem viver estreitamente unidas ao seu Criador e Senhor, mediante a oração e o exercício de todas as virtudes religiosas. 6) Devem, além disso, as Secretárias possuir aqueles dotes exteriores que concorrem para conciliar amor e respeito. Estejam, porém, muito sobre si para saber conciliar com a afabilidade, uma atitude edificante, a fim de que o seu trabalho não só seja aceito mas também verdadeiramente profícuo. 7) O zelo das Secretárias se mostre muito ativo em tudo o que possa ser útil à Pia Obra. Empreguem de modo particular, maior solicitude na salvação daquelas crianças, que virem em mais iminente perigo de pecar ou que, tendo-se já desviado do bom caminho, podem, por meio de trabalhos particulares, ditados pela caridade, ser reduzidas à melhor vida. Não lhes será lícito excluir ninguém da Pia Obra, mas quando conhecerem que alguma pode causar grande dano e ser perigosa às outras, avisem ao Pároco para que ele decida o que convém fazer-se a tal respeito. 8) Procurarão, quanto lhes for possível, que haja dias fixos e invariáveis e hora determinada, para as Reuniões Mensais e Congregações Gerais, às quais deverão assistir, esforçando-se que essas reuniões sejam numerosas, para que as agregadas à Pia Obra se instruam e se possam incumbir do espírito da mesma Obra, animando-se para este santo trabalho, no qual, por uma graça especial da Divina Providência, se alistaram. Mas para que estas reuniões se tornem verdadeiramente úteis, deverão as Secretárias preparar-se para elas, pedindo com antecedência as necessárias informações sobre tudo o que tenha ocorrido, nas seções da respectiva Companhia, para comunicarem tudo à Zeladora-Mor, a qual, da sua parte, deverá indicar o que ela mesma tiver notado, para assim poderem dar cabal informação da Obra ao Diretor, a quem pertence presidir todas as reuniões. 9) Quando, porém, não estiver presente o Diretor nem outro Sacerdote, por ele designado, a Secretária-Mor procure suprir do melhor modo que puder. 10) Além das Reuniões Mensais Ordinárias, procurem que se faça a Reunião de Renovação no mês de dezembro, ou em outro mês que seja mais adequado, segundo as circunstâncias, esforçando-se para que se execute tudo o que a esse respeito está prescrito nos regulamentos da Pia Obra....... 13) Quando faltar algumas das funcionárias da Pia Obra, procurarão imediatamente que seja logo preenchido o lugar por outra de capacidade e zelo, para que tudo proceda com a mesma ordem e regularidade.......... 17) A prudência e a obediência sejam as qualidades principais das Secretárias; por conseguinte, não sejam precipitadas, mas reflexivas, atendendo não só a fazer o bem, senão a fazê-lo da maneira e com os meios que conduzem ao fim; não façam nada de novo nem empreendam nada, sem informar a Superiora. 5

18) Guardem-se bem as Secretárias de se deixar transportar da falsa aparência de um bem maior, a introduzir na Pia Obra novas práticas que possam alterar a sua primitiva instituição. De modo particular, tenham cautela nos seguintes pontos: 1 o ) que não se dê dinheiro nem outras coisas às crianças; 2 o ) que não se fale dos seus defeitos se não em caso, que assim o exija caridade evangélica; 3 o ) que não se faça esforço demasiado, especialmente no princípio, para que a Obra não se torne pesada e insuportável, mas se mantenha na simplicidade, atendendo sempre ao substancial, e reprimindo a mania de introduzir coisas acessórias e não prescritas, salvo o caso em que isso pudesse realmente concorrer para facilitar o fim principal, e nem mesmo então se deverá proceder sem o consentimento dos Superiores; 4 o ) que não se confunda a Pia Obra de Santa Dorotéia com o ensino da Doutrina Cristã, ou com outra prática piedosa, mas se tenha firme o seu próprio fim, que não é outro senão a correção fraterna, facilitada e reduzida a método; 5 o ) finalmente, que se cultivem no espírito, em modo particular, aquelas jovens que mostram boas disposições para virem a ser Assistentes, o que se pode fazer, tanto demorando-se mais tempo com elas depois das Reuniões Mensais, como convidando-as a virem alguma vez às nossas Casas, onde mais facilmente poderão ser animadas e instruídas. 19)... todas trabalhem com santo ardor, para que esta Obra tão salutar, produza frutos de bênçãos diante de Deus, e de edificação ao próximo, esperando depois larga recompensa na bem-aventurança eterna. 20) Poderão concorrer para o progresso da Pia Obra, os Oratórios e as recreações de que se fala nos Regulamentos da Pia Obra, e as Secretárias procurarão com zelo, que procedam religiosamente e em tudo conforme os ditos Regulamentos. Vigiem para que, por quanto é possível, não se peça dinheiro às Zeladoras, às Assistentes, e muito menos às crianças, ainda que seja para fazer alguma despesa para o Oratório, ou para as recreações ou para qualquer outra coisa semelhante. Se não se pode obter dinheiro por outros meios, é melhor que se omita tudo o que não é essencial à Pia Obra, do que tornarem-se importunas ou pesadas, nas mínimas coisas, às pessoas que dela fazem parte. Nunca serão demasiadas as cautelas que se terão para que a Pia Obra não sofra detrimento. 6