1- Alunos no sistema educativo

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Transcrição:

1- Alunos no sistema educativo Com base nas Estatísticas da Educação 1999/2000 do Ministério da Educação (DAPP-GIASE) no ano lectivo 1999/2000 estão integrados no sistema educativo, no Continente, 2 149 735 indivíduos com idades a partir dos 3 anos. A sua distribuição por nível de ensino evidencia a importância relativa do ensino básico (55%), correspondente à escolaridade obrigatória de 9 anos, que compreende três ciclos sequenciais, sendo o 1º de quatro anos, o 2º de dois anos e o 3º de três anos. Gráfico I Distribuição dos alunos por nível de ensino Superior 17% Pré-escolar 10% 373745 214857 Secundário 19% 396676 1164457 Básico 54% A participação no sistema educativo pode ser analisada através das taxas de escolarização brutas e das taxas de escolarização reais. Estas medem o grau de eficiência do sistema, uma vez que relacionam os alunos que frequentam um ciclo de estudos nas idades próprias à sua frequência, enquanto as taxas brutas dão informação, quer sobre a participação dos indivíduos no sistema educativo, quer sobre o efeito de retenção no ciclo de estudos, por relacionar os alunos que o frequentam independentemente da idade. 1

Gráfico II Taxas de escolarização por nível de ensino 130 120 119,4 120,8 110 109,9 100 90 100(1) 88,5 84,6 80 75,0 78,9 70 72,2 real bruta 60 54,8(2) 50 pré-escolar 1º ciclo 2ºciclo 3ºciclo ensino secundário (1) No cálculo das taxas de escolarização utilizam-se duas fontes estatísticas, a do DAPP e a das Estimativas da população do INE. Por este motivo, o valor encontrado para o 1º ciclo foi corrigido para 100. (2) No cálculo das taxas de escolarização não foram incluídos os alunos do ensino recorrente, básico e secundário, e no secundário, incluem-se os cursos gerais e os cursos tecnológicos Deste modo, constatam-se taxas reais inferiores a 100 na educação pré-escolar, nos 2º e 3º ciclos do ensino básico e no ensino secundário. No Continente, cerca de 90% dos alunos do ensino básico e do ensino secundário frequentam os estabelecimentos do sector público, sendo o peso do sector privado de 10% no ensino básico e de 16% no ensino secundário. No ensino superior constata-se igualmente a predominância do sector público, embora o sector privado represente 32% do total. Do total dos 58 397 alunos com necessidades educativas especiais, 91% frequentam o ensino integrado, dos quais 40% na região de Lisboa e Vale do Tejo. As dificuldades de aprendizagem e os problemas graves de comportamento são as principais deficiências que justificam a frequência desta modalidade especial de educação escolar, representando, no seu conjunto, 75% do total. 2

Gráfico III Grupos Culturais/ Nacionalidades Cigano 8,6 Ex-emigrante 20,5 outros países 10,9 União Europeia 15,2 Países Lusófonos 44,7 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 % Do total de 1 775 990 alunos matriculados no ensino não superior, 101 729 (5,7%) pertencem a «grupos culturais/ nacionalidades» 1, sendo a representatividade dos países lusófonos muito significativa (45% do total). Dentro deste grupo destacam-se os oriundos da República Popular de Angola (16,3%) e os de Cabo Verde (13,2%). Gráfico IV Grupos Culturais/Nacionalidades, por níveis de ensino Secundário 12% Pré-Escolar 11% 3º ciclo 23% 1º ciclo 39% 2º ciclo 15% A maioria destes alunos frequenta o ensino básico, sendo esta frequência particularmente relevante no 1º ciclo. 1 Por «grupos culturais/nacionalidades» entende-se alunos de nacionalidade estrangeira ou os de nacionalidade portuguesa cujos ascendentes pertençam a um dos grupos indicados. 3

Pré-escolar A taxa real de escolarização do pré-escolar (3 a 5 anos) é de 72,2 %, salientando-se a taxa de escolarização das crianças com 5 anos, que é de 82,5 %. 90 Gráfico V Taxas de escolarização do pré-escolar 80 70 3 a 5 anos Total 60 Rede Min.Educação 50 40 30 Outros Ministérios 20 3 anos 4 anos 5 anos As crianças com 5 anos representam 37,3% do total e as cerca de 59 mil com três anos de idade, 27%. A rede privada de educação pré-escolar absorve 51% do total das crianças que frequentam este nível. Ensino básico De acordo com a Lei de Bases do Sistema Educativo, para além do ensino básico regular, existem modalidades especiais de educação escolar, como seja o ensino recorrente e a formação profissional, que constituem oportunidades de integração no mercado de trabalho e de obtenção de diplomas e certificados equivalentes aos do ensino regular. A maioria dos alunos, no ano lectivo 1999/2000 (95%), frequenta o ensino básico regular. No recorrente, modalidade que permite a frequência aos indivíduos que já não se encontram em idade escolar normal no ciclo de estudos que vão frequentar, estão cerca de 59 mil alunos, dos quais 57% frequentam o 3º ciclo. 0 1º ciclo do ensino básico regular tem 486 957 alunos, que representam 44% do total, e o 3º ciclo 33%. 4

Gráfico VI Peso (%) dos alunos com idade normal de frequência, por ano de escolaridade 8º ano 13 anos 9º ano 14 anos 54 53 1º ano 6 anos 95 81 2º ano 7 anos 78 3º ano 8 anos 54 7º ano 12 anos 59 60 71 4º ano 9 anos 6º ano 11 anos 5º ano 10 anos A análise da idade normal de frequência por ano de escolaridade no ensino básico revela o efeito retenção ao longo da escolaridade obrigatória. Enquanto, no 1º ano de escolaridade, 95% do total dos alunos matriculados tem a idade própria de frequência, no 4º ano, ano de conclusão do 1º ciclo do ensino básico, apenas 71% tem 9 anos. Esta situação tende a piorar ao longo dos ciclos, variando entre 59% no 6º ano e 53% no 9º ano. As opções profissionais CEFPI e os cursos profissionais de nível 2, no seu conjunto, integra cerca de 2 000 alunos. A região do Norte e a região de Lisboa e Vale do Tejo concentram 74% do total dos alunos matriculados no ensino básico, tendo predominância a do Norte. Gráfico VII Distribuição regional dos alunos matriculados no ensino básico alentejo 5% algarve 4% lisboa v. Tejo 33% norte 41% centro 17% 5

Ensino secundário Do total dos 396 676 alunos que frequentam o ensino secundário, 61% estão integrados nos cursos gerais do ensino secundário regular, 17% nos cursos tecnológicos do ensino secundário regular, 13% no ensino secundário recorrente e 7% nos cursos profissionais de nível 3. Gráfico VIII Distribuição dos alunos matriculados no ensino secundário 13,16% 0,03% 1,65% 6,93% 0,40% 16,87% 60,96% cursos gerais cursos tecnológicos ensino artístico c.prof.nível 3 12º ano - via de ensino recorrente c.tecn.prof (pos-laboral) Do total dos 241 800 alunos que frequentam os cursos gerais do ensino secundário, a maioria (55%) optou pelo agrupamento 1 Científico - Natural e pelo agrupamento 4 - Humanidades (24%), enquanto a maior concentração dos alunos que frequentam os cursos tecnológicos se verifica nos agrupamentos 1 Científico- Natural e 3- Económico-Social, representando no seu conjunto, 74% do total. Gráfico IX Distribuição dos alunos pelos agrupamentos nos cursos tecnológicos e nos cursos gerais agrup.4 16,7 23,8 agrup.3 13,1 34,4 agrup.2 7,7 9,4 agrup.1 39,5 55,4 0 10 20 30 40 50 60 c.gerais c.tecnológicos % 6

O sexo masculino é predominante nos cursos tecnológicos (57% do total) e nas escolas profissionais (55% do total), enquanto nos cursos gerais é o sexo feminino que predomina (56% do total). A região de Lisboa e Vale do Tejo concentra 37% do total dos alunos dos cursos gerais e tecnológicos do ensino secundário, e a região do Norte 34%, invertendo-se a distribuição do ensino básico. Ensino superior Dos 367 339 alunos que frequentam o ensino superior, 59% estão integrados no ensino universitário e 56% são mulheres. A maioria destes alunos, 70%, frequenta uma licenciatura, sendo de 3,1% o peso dos matriculados em mestrados e doutoramentos. As regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Norte concentram 74% do total dos alunos do superior, enquanto o peso do Alentejo é de 4%. Em todas as regiões do continente o peso do ensino universitário é superior ao do não universitário, com excepção do Algarve, em que este absorve 57% do total dos alunos. 7

2- Pessoal docente em exercício No ano lectivo em análise, 1999/2000, dos 164 896 2 professores em exercício de funções, 145 801, (88,4%) fazem-no no ensino público. No ensino privado, apenas a Educação Pré-Escolar, onde exercem 47% do total dos educadores, se aproxima, em número de educadores, do ensino público. Gráfico X Distribuição dos docentes em exercício, por níveis de ensino Público Privado Ens. Bás.-3º ciclo e Ensino Secundário 51% Educação Pré-Escolar 5% Ensino Básico- 1ºciclo 23% Ens. Bás.-3º ciclo e Ensino Secundário 36% Educação Pré-Escolar 35% Ensino Básico- 2ºciclo 21% Ensino Básico- 2ºciclo 15% Ensino Básico- 1ºciclo 14% Gráfico XI Distribuição regional dos docentes 30000 27000 24000 21000 18000 15000 12000 9000 6000 3000 0 Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve Educação Pré-Escolar Ensino Básico-1ºciclo Ensino Básico-2ºciclo Ens. Bás.-3º ciclo e Ens. Sec. Destacam-se as regiões do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo que, em conjunto, absorvem cerca de 70% dos docentes em exercício no conjunto do ensino não superior. 2 Não são considerados 6 741 professores/formadores do subsistema Ensino Profissional dado que o apuramento destes obedece a diferentes critérios que impossibilitam a compatibilização da informação. 8

Gráfico XII Docentes com e sem funções lectivas Ens. Bás.-3º ciclo e Ens. Sec. 3,2 96,8 Ensino Básico-2ºciclo 5,5 94,5 Ensino Básico-1ºciclo 17,3 82,7 Educação Pré-Escolar 11,3 88,7 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 % Com funções lectivas Sem funções lectivas Do conjunto dos docentes em exercício nos estabelecimentos de ensino público e privado, 7,5% está dispensado da função lectiva. Esta situação, prevista na lei, permite a alguns docentes dedicarem-se em exclusivo a outras funções, nomeadamente de direcção/gestão do estabelecimento ou de apoio educativo. % 50 Gráfico XIII Estrutura etária do corpo docente, por nível de ensino 40 30 48,0 20 36,5 34,7 43,4 35,2 27,7 27,2 10 10,6 15,1 14,2 22,2 21,9 6,7 19,6 23,0 14,1 0 < 30 anos 30-39 anos 40-49 anos 50 e + anos Educação Pré-Escolar Ensino Básico-1ºCiclo Ensino Básico-2ºCiclo Ens. Bás.-3ºCiclo e Ens. Secundário Dada a evolução do sistema educativo nos últimos anos, em que claramente se tem acentuado um maior investimento na Educação Pré-escolar e na generalização do Ensino Secundário, não causa surpresa o facto de ser nestes dois níveis que se encontram os docentes mais jovens. 9

Observa-se, em ambos os casos, que cerca de 60% dos docentes tem menos de 40 anos, enquanto, relativamente aos 1º e 2º ciclos do ensino básico, se verificam sensivelmente os mesmos valores (cerca de 60%) para o grupo de mais de 40 anos. No conjunto dos docentes do ensino não superior verifica-se que: 18% tem menos de 30 anos; 32% tem entre 30 e 39 anos; 33% entre 40 e 49 anos e 17% tem 50 e mais anos. Gráfico XIV Grau académico, por nível de ensino Ensino Básico-3º Ciclo e Ensino Secundário 2036 67478 11549 361 Ensino Básico-2º Ciclo 23914 8781 106 Ensino Básico-1º Ciclo 9355 27164 43 Educação Pré-Escolar 2798 11311 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Doutoramento/Mestrado Licenciatura ou Equiparado Bacharelato/Outras Relativamente à caracterização do corpo docente quanto à sua qualificação académica, é de destacar na Educação Pré-Escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico o valor já significativo de docentes que possuem um grau académico superior ao mínimo exigido para o exercício da docência. Do total dos docentes do ensino não superior, 2% são titulares dos graus de mestre ou doutor; 63% são licenciados ou equiparados e 36% possuem certificação ao nível de bacharelato e outras. 10

Gráfico XV Situação profissional, nos ensinos básico e secundário (ensino público) 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 2390 31613 5948 24336 17965 56028 Ensino Básico-1ºCiclo Ensino Básico-2ºCiclo Ens. Básico-3ºCiclo e Ens. Secundário Do quadro Contratados O número de docentes contratados anualmente é ainda significativo, destacando-se o grupo dos docentes do 3º ciclo do ensino básico e do ensino secundário com 24% de docentes contratados. Do total de docentes contratados do 2º ciclo, 40% não são profissionalizados, enquanto, dos 17 965 docentes contratados no grupo 3º ciclo e secundário, 56% são docentes não profissionalizados. Gráfico XVI Taxa de feminização Ensino Básico - 3º ciclo e ensino secundário 69,0 Ensino Básico - 2º ciclo 71,6 Ensino Básico - 1º ciclo 91,1 Educação Pré-Escolar 98,5 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 É evidente a predominância de docentes do sexo feminino em todos os níveis de ensino No conjunto dos docentes em exercício, no ensino não superior o seu peso é de 76,3%. % 11

3- Aproveitamento escolar No ano lectivo 1999/2000, dos 1 102 710 alunos matriculados no ensino básico regular, 87,9% transitaram de ano. Por anos de escolaridade, a taxa de transição mais elevada, para além da do 1º ano, verifica-se no 3º ano de escolaridade (93%), e cerca de 26 000 alunos matriculados no 7º ano de escolaridade conheceram uma situação de insucesso, correspondendo ao valor mais elevado de retenção (19,6%). Gráfico XVII Aproveitamento escolar no ensino básico 8ºano 9ºano 1º ano 100 80 60 40 20 0 2º ano 3º ano 7ºano 4º ano 6ºano 5º ano tx transição e conclusão tx.retenção No 1º ciclo do ensino básico, a taxa de transição é das mais elevadas, 92%. No entanto, por anos de escolaridade, o 2º ano é aquele que apresenta maior taxa de insucesso (15%), o que poderá traduzir a existência de não retenção no 1º ano. Cerca de 41 000 alunos conheceram uma situação de insucesso no 1º ciclo, sendo de 19 210 no 2º ano e de 8 645 no 3º ano. No 2º ciclo do ensino básico, a taxa de transição é da ordem dos 87%, sendo praticamente idêntica nos 5º e 6º ano de escolaridade. No 3º ciclo do ensino básico, a taxa de transição é das mais baixas, 83%, sendo particularmente significativa no 7º ano (80%), ano de transição de ciclo. 12

Gráfico XVIII Taxa de transição no ensino básico regular por região 89 88,5 88 Continente 87,5 87 86,5 86 85,5 Norte Centro Lisboa V. Tejo Alentejo Algarve A região Centro é aquela em que se verifica um melhor aproveitamento, em oposição à do Alentejo onde se verifica a taxa mais baixa. No ensino secundário, considerando os cursos gerais e os cursos tecnológicos, estão matriculados, no ano lectivo 1999/2000, 308 736 alunos, e destes transitaram 61,4%. Por anos de escolaridade, o 11º ano é aquele que apresenta maior taxa de transição, da ordem dos 73%. Por sua vez, o 12º ano é o que apresenta a mais significativa taxa de retenção: 50% dos alunos matriculados não o concluíram, o que corresponde a 52 234 alunos que neste ano conheceram uma situação de insucesso. Gráfico XIX Aproveitamento no ensino secundário Cursos gerais Cursos tecnológicos 12º ano 48,3 51,7 12º ano 42,9 57,1 11º ano 27,2 72,8 11º ano 26,8 73,2 10º ano 34,5 65,5 10º ano 45,1 54,9 0 10 20 30 40 50 60 70 80 0 10 20 30 40 50 60 70 80 tx transição e conclusão tx.retenção tx transição e conclusão tx.retenção Os cursos gerais, os que se destinam ao prosseguimento de estudos, apresentam uma taxa de transição de 63%, contra 56% nos cursos tecnológicos. No ensino tecnológico, as taxas de insucesso são superiores às dos cursos gerais, excepto no 11º ano. 13