ANÁLISE DE CRESCIMENTO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO, CULTIVAR BRS 201

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Transcrição:

ANÁLISE DE CRESCIMENTO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO, CULTIVAR BRS 201 Bernardo Barbosa da Silva 1, Napoleão Esberard de Macedo Beltrão 2, Marcos Fernando Guedes Rodrigues 1, José Renato Cortez Bezerra 2, José Rodrigues Pereira 2. (1) Universidade Federal de Campina Grande, DCA.CCT. E.mail: bernardo@dca.ufcg.edu.br (2) Embrapa Algodão, Campina Grande, PB. E.mail: napoleão@cnpa.embrapa.br RESUMO A baixa produtividade do algodão na região Nordeste do Brasil se deve, principalmente, as irregularidades e escassez das chuvas e a irrigação tem sido uma atividade usualmente incorporada no conjunto dessas técnicas, principalmente em região semi-áridas. O objetivo deste trabalho foi avaliar, através de análise de crescimento, os efeitos da irrigação no crescimento e desenvolvimento do algodoeiro herbáceo. O trabalho foi conduzido na área experimental da Embrapa Algodão, em Barbalha - CE, utilizando-se a cultivar BRS 201. A análise de crescimento foi efetuada a partir da determinação da altura de planta, área foliar, área foliar da planta, fotomassa verde e seca, estimando-se as taxas de crescimento absoluto (TCA), relativo (TCR), assimilação líquida (TAL) e o índice de área foliar. Os resultados obtidos para altura média das plantas, a área foliar média e peso seco médio foram de 72,68 cm, 3.068,76cm 2 e 68,88g, respectivamente, obtendo-se as curvas de regressão de cada uma destas variáveis em função do número de dias após a semeadura com valores de coeficientes de determinação (r 2 ), que variaram de 0,98 a 0,99. A partir das medidas dos valores primários, estimou-se a taxa de crescimento absoluto (TCA) cujo valor médio foi de 1,3952 g/dia, a taxa de crescimento relativo (TCR) com valor de 0,0354(g/g)/dia, a taxa de assimilação líquida com valor de (TAL) com valor médio de 0,0006(g/cm 2 /)/dia e índice de área foliar (IAF), cujo valor médio foi de 1,9185 m 2 /m 2. INTRODUÇÃO A baixa produtividade do algodão na região Nordeste do Brasil se deve, principalmente, as irregularidades e escassez das chuvas. É tanto, que em alguns anos, ocorreram perda total das safras, ocasionada pelos veranicos ou seca, que ocorrem com relativa freqüência nessa região. Embora o algodoeiro seja uma planta tolerante à seca, responde bem à irrigação (Noel et al., 1975). Conforme Waddle (1984), mais de 60% do algodoeiro são cultivados no mundo sob regime de irrigação. A produtividade média do algodão de sequeiro na região Nordeste do Brasil é de aproximadamente 241 kg/ha enquanto a produtividade média dessa mesma cultura irrigada na região atinge 2.500 kg/ha (Azevedo et al., 1992). O aumento de produtividade e de qualidade dos produtos agrícolas é obtido pela introdução de novas técnicas de produção. A irrigação tem sido uma atividade usualmente incorporada no conjunto dessas técnicas, principalmente em região semi-áridas, como é o caso dos cariris cearense. Para Nóbrega et al. (2001) a agricultura irrigada pode se constituir em uma alternativa capaz de amenizar os efeitos da estiagem, pois permite a viabilização da produção em áreas nas quais as condições climáticas são extremamente desfavoráveis. O objetivo deste trabalho foi avaliar, através de análise de crescimento, os efeitos da irrigação no crescimento e desenvolvimento do algodoeiro herbáceo, cultivar BRS 201, na região do cariri cearense. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido na área experimental da Embrapa Algodão, localizada no município de Barbalha - CE, com coordenadas geográficas: Latitude: 07 19 S, Longitude: 39 18 W e

Altitude: 408,07m, durante o período de agosto a dezembro de 2001. De acordo com a classificação climática de Thornthwaite e Mather (1955), o clima da região, é do tipo C 1 S 2 A a. isto é, trata-se de um clima seco sub-úmido, com pequeno excesso hídrico no inverno, megatérmico, e com vegetação durante todo o ano. A cultivar utilizada foi a BRS 201, plantada em fileiras duplas, em um espaçamento de 1,80 x 0,40m e uma densidade de plantio de 10 a 12 plantas/m. Foi efetuada uma adubação de fundação à base de 15 50-20 Kg.ha -1 de N, P 2 O 5 e K 2 O, respectivamente e 60 Kg.ha -1 de N aplicados aos 30 e 45 dias após emergência. A irrigação foi efetuada por sulcos de infiltração efetuando-se a reposição de água em função da evapotranspiração medida na área experimental, através de evapotranspirômetros. Durante os experimentos o controle de ervas daninhas e de pragas foi efetuado de acordo com as recomendações da Embrapa. A análise de crescimento foi efetuada de 20.09.2002 a 12.12.2002, semanalmente. Utilizando-se uma amostra de 20 plantas foram determinadas: altura de planta, área foliar, área foliar da planta, fotomassa verde e seca. A partir das medidas dos valores primários, estimou-se as taxas de crescimento absoluto (TCA), relativo (TCR), assimilação líquida (TAL), de acordo com as equações sugeridas por Benincasa (1988) e o índice de área foliar. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os valores médios semanais obtidos das alturas das plantas do algodoeiro herbáceo, cultivar BRS 201, estão apresentados na Tabela 1. Observa-se que a altura máxima medida foi 96,50 cm, observada aos 84 dias após semeadura, ao passo que a altura média das plantas tenha se situado em 72,68 ± 29,07 cm. A partir dos valores da altura de plantas (H) e o número de dias após semeadura (DAS), foi feita a equação de regressão cuja função se adequou melhor ao conjunto de dados com coeficiente de determinação r 2 igual a 0,99 está representada através da seguinte expressão matemática: Y = 2,2212 + 100,8710/(1 + EXP( ( DAS 46,0270) /12,3150)) A trajetória descrita pela curva de regressão da altura de plantas em função do número de dias após emergência é compatível à obtida para a cultura do algodoeiro herbáceo por outros autores (Beltrão & Cavalcanti, 1989; Silva et al., 1998; Beltrão et al., 2000 e Nóbrega et al., 2001). A área foliar máxima medida foi de 5.145,60 cm 2, observado aos 84 dias após semeadura, embora a média tenha se situado em torno de 3.068,76 ± 1.547,05 cm 2. A curva de regressão obtida a partir dos valores da área foliar (AFP) e o número de dias após semeadura (DAS), está representada pela seguinte expressão matemática, cujo coeficiente de determinação r 2 = 0,98: 2 Y = (0,2151+ 9,6723* DAS) /(1 0,0215* DAS + 0,0001* DAS ) O comportamento da curva de regressão da área foliar das plantas desta cultivar em função do número de dias após semeadura, é compatível à obtida por outros autores (Beltrão & Cavalcanti, 1989; Silva et al. 1998; Beltrão et al. 2000 e Nóbrega et al. 2001), para a cultura do algodoeiro herbáceo. Os valores médios do peso seco são mostrados na Tabela 1. O peso seco máximo medido foi 123,49g, observado aos 84 dias após semeadura e média se situou em torno de 68,88 ± 39,24g. A curva de regressão obtida a partir dos valores do peso seco (PS) e o número de dias após semeadura (DAS), permitiu a obtenção da equação abaixo, cujo coeficiente de determinação (r 2 ) foi igual a 0,98. 3 0,5 Y = EXP( 3,0464 0,000002* DAS + 0,9758* DAS ) A trajetória descrita pela curva da fitomassa seca da cultivar BRS 201, em função do número de dias após emergência, está de acordo com a obtida por outros autores (Beltrão & Cavalcanti, 1989; Silva et al., 1998; Beltrão et al., 2000 e Nóbrega et al., 2001), para a cultura do algodoeiro herbáceo.

Os valores médios da taxa de crescimento absoluto (TCA), obtidos a partir do peso seco (PS), estão apresentados na Tabela 2. Observa-se que os valores máximos da taxa de crescimento absoluto do foram obtidos a partir do 35 dias após semeadura. Durante este período, a TCA máxima medida foi de 4,3914 g/dia, observado aos 84 dias após semeadura, embora a média tenha se situado em torno de 0,9894 ± 1,8608 g/dia. Os valores médios da taxa de crescimento relativo (TCR), obtidos a partir das medições do peso seco (PS), estão apresentados na Tabela 2. Os valores de TCR máxima foi de 0,1181 (g/g/)/dia, observado aos 35 dias após semeadura, embora a média tenha se situado em torno de 0,0316 ± 0,0431 (g/g)/dia. Beltrão et al. (1990) observaram que o valor máximo medido da taxa de crescimento relativo do algodoeiro herbáceo, cultivar CNPA Precoce 1, foi de 0,107 (g/g)/dia. Os valores médios semanais da taxa de crescimento absoluto (TCA), obtidos a estão apresentados na Tabela 2. Observa-se que os valores da taxa de assimilação líquida máxima medida foi de 0,0018 (g/cm 2 /)/dia, observado aos 42 dias após semeadura, embora a média tenha se situado em torno de 0,0005 ± 0,0007 (g/cm 2 )/dia. O comportamento descrito pela curva da taxa de assimilação líquida em função do número de dias após semeadura, é compatível à obtida por outros autores (Beltrão & Cavalcanti, 1989; Beltrão et al., 2000 e Nóbrega et al., 2001), para a cultura do algodoeiro herbáceo. Os valores médios do índice de área foliar estão apresentados na Tabela 2. Observa-se que os valores do IAF foi 3,22 m 2 /m 2, observado aos 84 dias após semeadura, embora sua média tenha se situado em torno de 1,92 ± 0,97 22 m 2 /m 2. A trajetória descrita pela curva do índice de área foliar é compatível à obtida por outros autores para a cultura do algodoeiro herbáceo (Beltrão & Cavalcanti, 1989; Silva et al., 1998; Beltrão et al., 2000 e Nóbrega et al. 2001). Tabela 1 - Dados relativos à número de dias após plantio (DAP), altura (H), Peso seco (PS) e área foliar da planta (AFP) do algodoeiro herbáceo, cultivar BRS 201. DAP H (cm) FS (g) AFP (cm²) 28 17,10 6,29 638,78 35 24,70 14,38 980,99 42 44,50 29,21 1.340,35 49 52,70 34,53 1.855,13 56 67,30 49,61 2.150,48 63 74,20 61,38 2.781,64 70 87,50 76,40 3.674,64 77 94,30 92,75 4.852,71 84 96,50 123,49 5.145,60 91 96,50 117,72 4.764,09 98 96,50 104,65 4.266,52 105 96,50 95,60 3.875,00 112 96,50 89,40 3.568,00 Média 72,68 68,88 3.068,76 Desvio Padrão 29,07 39,24 1.547,05 Tabela 2 - Valores semanais do índice de área foliar (IAF), taxa de crescimento absoluto (TCA), taxa de crescimento relativo (TCR) e taxa de assimilação líquida (TAL). Características do crescimento DAS IAF (m²/m²) TCA (g/dia) TCR TAL 28 0,40 35 0,61 1,1554 0,1181 0,0014

42 0,84 2,1186 0,1012 0,0018 49 1,16 0,7600 0,0239 0,0005 56 1,34 2,1549 0,0518 0,0011 63 1,74 1,6803 0,0304 0,0007 70 2,30 2,1463 0,0313 0,0007 77 3,03 2,3357 0,0277 0,0006 84 3,22 4,3914 0,0409 0,0009 91 2,98 0 0 0 98 2,67 0 0 0 105 2,42 0 0 0 112 2,23 0 0 0 Média 1,92 1,3952 0,0354 0,0006 Desvio Padrão 0,97 1,3435 0,0390 0,0006 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS AZEVEDO, R. de, BISERRA, J. V., FERREIRA, L. G. R., et al. Análise econômica do algodão herbáceo irrigado em Pentecoste, CE. Ciências Agronômica, n. 23, p. 61 66, 1992. BELTRÃO, N. E. de M., FIDELIS FILHO, J., SOUZA, J. G. de. Produtividade, qualidade de fibra e análise do crescimento com estimativa da respiração, do algodão perene 7MH, nas condições ecofisiológicas do seridó paraibano, comparado a CNPA 5M. Revista de oleaginosas e fibrosas. Campina Grande, 2000. v.4, n. 1, p.13-21. BELTRÃO, N. E. de M. NÓBREGA, L. B. da., VIEIRA, D. J., et al. Crescimento e desenvolvimento do algodoeiro herbáceo de curta duração cultivar CNPA Precoce, no Sertão paraibano. Pesquisa Agropecuária Brasileira. Brasília, 1990. v. 25, n. 7, p. 991 1001. BELTRÃO, N. E. de M., CAVALCANTI, M. A. Crescimento e desenvolvimento do algodoeiro herbáceo, cultivar CNPA Precoce 1, no semi-árido paraibano e suas relações com o bicudo. In: EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa do Algodão. Campina Grande, 1989. 8p. (Comunicado Técnico, 32). BENINCASA, M. M. P. Análise de crescimento de plantas. Boletim Informativo, FUNEP, Jaboticabal SP, 1988. 42p. NÓBREGA, J. Q., FIDELIS FILHO, J. BELTRÃO, N. E. de M. et al. Análise de crescimento do algodoeiro irrigado com água de esgotos tratados e de abastecimento. In: III Congresso Brasileiro de Algodão. Campo Grande, MS, 2001. p. 431 434. NOEL, J., MOORE, C. N., ROBINSON, F. et al. Effect of water quality and irrigation frequency on farm income in the Imperial Valey. California Agriculture, v. 29, n. 11, p. 12 14, 1975. SILVA, B. B. da, SOUZA, C. B. de, RAMANA RAO, T. V. et al. Efeito do déficit hídrico sobre a fenologia e a tecnologia de fibra do algodoeiro herbáceo. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. Campina Grande, 1998. v. 2, n. 1, p. 42 46. THORNTHWAITE, C. W., MATHER, J, R. The water balance. Publications in Climatology, New Jersey, Drexel Inst. of Technology, 1955. 104p.

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