LITERATURA PROFª Ma. DINA RIOS
Estilos de época
Estilos de época O que são? Traços comuns na produção de um mesmo período/época.
O amor em Camões Transforma-se o amador na cousa amada, Por virtude do muito imaginar; Não tenho logo mais que desejar, Pois em mim tenho a parte desejada. Se nela está minha alma transformada, Que mais deseja o corpo alcançar? Em si somente pode descansar, Pois consigo tal alma está liada. Mas esta linda e pura semideia, Que, como o acidente em seu sujeito, Assim com a alma minha se conforma, Está no pensamento como ideia; [E] o vivo e puro amor de que sou feito, Como a matéria simples busca a forma
O amor em Florbela Espanca Amar! Eu quero amar, amar perdidamente! Amar só por amar: Aqui... além... Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente Amar! Amar! E não amar ninguém! Recordar? Esquecer? Indiferente!... Prender ou desprender? É mal? É bem? Quem disser que se pode amar alguém Durante a vida inteira é porque mente! Há uma Primavera em cada vida: É preciso cantá-la assim florida, Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada Que seja a minha noite uma alvorada, Que me saiba perder... pra me encontrar...
O amor em Oswald de Andrade Amor Humor!
A mulher no decorrer da história- Século XVI Woman with a Veil (La Donna Velata)-1516 Oil on canvas, 82 x 60,5 cm Galleria Palatina (Palazzo Pitti), Florence
A mulher no século XIX Leopold Schmutzler, Russell-Cotes
Les Demoiselles d Avignon (1907), Picasso
Historiografia Literária O que é? É o estudo e a descrição das características estéticas das diferentes escolas ou movimentos literários.
O Trovadorismo em Portugal
O Trovadorismo em Portugal Contexto histórico
O Trovadorismo em Portugal Contexto histórico Feudalismo; Poder da Igreja Católica; Teocentrismo; Sociedade patriarcal. Guerras de Reconquista; Formação do Estado português; Língua: galego-português.
Características Poemas cantigas; Língua: galego-português; Trovador/ Jogral/ Menestrel; Gêneros: lírico e satírico; Compilações: Cancioneiros; Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa e Cancioneiro da Vaticana.
O Trovadorismo em Portugal Primeira Cantiga Cantiga da Ribeirinha (1189 ou 1198), de Paio Soares de Taveirós. No mundo não conheço ninguém que se compare a [mim em infelicidade enquanto minha vida continuar como vai, porque já morro de amor por vós, e ai! minha senhora de pele alva e faces rosadas, quereis que eu vos descreva quando eu vos vi sem manto! Maldito dia! me levantei pois vos vi bela, e não feia! [...]
Tipos de Cantigas Gênero lírico: Cantiga de amor Cantiga de amigo Gênero satírico: Cantiga de escárnio Cantiga de maldizer
Cantiga de amor Quero à moda provençal fazer agora um cantar de amor, e quererei muito aí louvar minha senhora a quem honra nem formosura não faltam nem bondade; e mais vos direi sobre ela: Deus a fez tão cheia de qualidades que ela é mais bela que todas do mundo. Pois Deus quis fazer minha senhora de tal modo que a fez conhecedora de todo bem e de muito grande valor, e além de tudo isto é muito sociável quando deve; também deu-lhe bom senso, e desde então lhe fez muito bem impedindo que nenhuma outra fosse igual a ela Porque em minha senhora nunca Deus pôs mal, mas pôs nela honra e beleza e mérito e capacidade de falar bem, e de rir melhor que outra mulher, também é muito leal e por isto não sei hoje quem possa cabalmente falar no seu próprio bem pois não há outro bem, para além do seu. D. Dinis
Cantiga de maldizer Dom Bernaldo, pois trazeis convosco uma tal mulher, a pior que conheceis que se o alguazil souber, açoitá-la quererá. A prostituta queixar-se-á e vós, assanhar-vos-ei Vós que tão bem entendeis Vós que tão bem entendeis o que um bom jogral entende, por que demônio viveis com uma mulher que se vende? E depois, o que fareis se alguém a El-rei contar a mulher com quem viveis e ele a quiser justiçar? Se nem Deus lhe valerá, muito vos molestará, pois valer-lhe não podeis" (Pero da Ponte)