Boletim de Conjuntura Econômica de Goiás Nº 61, Maio de 2015 Segue abaixo uma breve explicação sobre os indicadores analisados neste Boletim. Para a realização deste boletim, faz-se uso de principalmente quatro indicadores econômicos divulgados pelo IBGE. São eles: a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física (PIM-PF); a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC); a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A Pesquisa Industrial Mensal Produção Física (PIM-PF), é realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE em quatorze regiões brasileiras, dentre as quais o Estado de Goiás, permite que seja retratada a produção industrial realizada por empresas que atuam na própria região pesquisada, sendo um importante indicador da geração de emprego e renda. Através da Pesquisa Mensal de Comércio PMC pode-se ter informações sobre as vendas do comércio varejista em todo o País. Com base nesta análise, pode ser levantado o comportamento dos consumidores em determinada região, verificando se há algo que indique que a economia local está ou não aquecida num determinado momento. São divulgados dados de volume de venda e volume de receita nominal. O boletim analisa o volume de receita nominal, porém dados de volume de venda podem ser encontrados nos anexos. A Pesquisa Mensal de Serviços PMS tem por objetivo produzir indicadores que permitam o acompanhamento da evolução conjuntural do setor de serviços empresariais não-financeiros e de seus principais segmentos, abrangendo o conjunto de atividades como serviços prestados às famílias; serviços de informação e comunicação; serviços profissionais, administrativos e complementares; transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, dentre outros. Os dados compilados são referentes à receita nominal. Sobre o IPCA, este é adotado pois mede a variação no poder de compra de grande parte da população brasileira, haja vista que este é o índice utilizado para medir a variação no poder de compra das famílias que auferem de 1 a 40 salários mínimos. No final, encontram-se os anexos com dados detalhados de cada pesquisa.
Indústria, Comércio e Serviços Março/2015 na comparação com Março/2014 De acordo com os dados fornecidos pelo IBGE nas pesquisas analisadas referentes ao mês de março de 2015, na comparação com o mês anterior, nota-se queda na receita nominal do setor de comércio varejista (-0,9%) em Goiás, enquanto os indicadores da produção física industrial (PIMP-PF) e dos serviços (PMS) apontam elevações, 6,2% e 4,3%, respectivamente. Nacionalmente, a conjuntura é destoante do cenário goiano: embora se note elevações consideráveis para ambas as regiões no que se refere à PMS, as outras duas pesquisas indicam o contrário. O Brasil sofreu uma retração de 3,5% na receita nominal da indústria de produção física, em face à elevação goiana. Para o comércio varejista, a lógica se inverte: retração goiana frente a elevado crescimento nacional. No que tange os dados acumulados, a conjuntura não é favorável para a indústria, sendo o acumulado nos últimos doze meses para Goiás o único resultado positivo (1,9%). Quanto à PMC, os dados goianos não são tão favoráveis quanto os nacionais, dado a queda acumulada de 1,3% verificada em 2015. Por último, ainda na Tabela 1, a PMS se destaca como a única pesquisa que apresentou todos os dados acumulados como positivos, com destaque para o acumulado dos últimos doze meses em Goiás, 5,5%.
Março/2015 na comparação com Fevereiro/2015 Na Tabela 2, verificam-se os índices referentes à produção industrial e ao volume de vendas do comércio varejista em relação ao mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal. Nota-se que a conjuntura para o comércio varejista é de retração. Tanto Goiás quanto o Brasil apresentam queda no mês de março: 2,1% e 0,4%, respectivamente. Nos índices acumulados, a situação é ainda mais contracionista, principalmente para Goiás no acumulado de 2015 (-8,1%). Ainda na Tabela 2, a produção física com ajuste sazonal permaneceu estacionada tanto para Goiás quanto para o país nos índices acumulados. No que se refere à variação verificada apenas em março em relação a fevereiro, houve leve elevação em Goiás (0,7%) e queda nacionalmente (-0,8%). Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - (IPCA): Abril de 2015 No mês de Abril, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,55% em Goiânia, que foi novamente inferior ao índice nacional (0,71%) após ser superior a esse último por dois meses consecutivos. Nota-se que, pela primeira vez no ano, para ambas as regiões, o índice ficou abaixo de 1,0%. Com o resultado de Abril, Goiânia acumula uma inflação de 4,69% em 2015, enquanto a nacional está ligeiramente abaixo, 4,56%. Desse modo, verifica-se que apenas em quatro meses o centro da meta
do Governo Federal já foi atingido, indicando que é praticamente iminente um estouro do teto (6,5%) ao final de dezembro. Quanto aos itens que apresentaram as mais altas elevações em seus preços na capital goiana no mês de Abril, tem-se: passagem aérea (23,16%); repolho (17,72%) e cebola (11,19%). Em relação às maiores quedas: batata-inglesa (-11,8%); banana-maçã (-6,5%) e melancia (-6,03%) lideram. Por fim, quando se busca as variações acumuladas no ano até o mês de Abril, encontra-se que a cebola (48,3%); o tomate (43,99) e a energia elétrica residencial (41,76%) são as maiores elevações. Enquanto isso, passagem aérea (-24,25%); máquina fotográfica (-13,76%) e azeitona (-11,56%) representam as maiores quedas até o momento. Anexos: