QUESTÃO 24 PETROBRÁS / 2008



Documentos relacionados
ENSAIOS MECÂNICOS Permitem perceber como os materiais se comportam quando lhes são aplicados esforços

UERJ CRR FAT Disciplina ENSAIOS DE MATERIAIS A. Marinho Jr

Dureza de materiais metálicos

DIAGRAMA Fe-C. DIAGRAMA Fe-Fe 3 C

Processos de Fabrico. Ensaios de Dureza. A. M. Vasconcelos Lima

Disciplina CIÊNCIA DOS MATERIAIS A. Marinho Jr. Materiais polifásicos - Processamentos térmicos

PROVA ESPECÍFICA Cargo 02

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

Acoplamento. Uma pessoa, ao girar o volante de seu automóvel, Conceito. Classificação

ESTA PROVA É FORMADA POR 20 QUESTÕES EM 10 PÁGINAS. CONFIRA ANTES DE COMEÇAR E AVISE AO FISCAL SE NOTAR ALGUM ERRO.

ENSAIO DE DUREZA EM-641

Aula 7 - Ensaios de Materiais

Materiais em Engenharia. Aula Teórica 6. Ensaios mecânicos (continuação dos ensaios de tracção, ensaios de compressão e de dureza)

TRATAMENTOS TÉRMICOS DOS AÇOS

Ensaios Mecânicos de Materiais. Aula 3 Ensaio de Dureza. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues

Eliton Suldário da Silva Sousa Helton da Paixão Silva Joaquim Eliano Dutra Bezerra. Ensaios de dureza e microdureza do vergalhão GG50

ENSAIO DE DUREZA EM-641

FIXAÇÃO EIXO-EIXO ACOPLAMENTOS ACOPLAMENTOS ACOPLAMENTOS PMR FUNÇÕES:

PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS

Material para Produção Industrial Ensaio de Dureza

COMPORTAMENTO DOS MATERIAIS SOB TENSÃO. Prof. Rubens Caram

TECNOLOGIA MECÂNICA. Aula 08. Tratamentos Térmicos das Ligas Ferrosas (Parte 2) Tratamentos Termo-Físicos e Termo-Químicos

DUREZA DE CORPOS SINTERIZADOS Por Domingos T. A. Figueira Filho

Tratamentos Térmicos [7]

DURÔMETRO DE BANCADA ROCKWELL CÓDIGO ISH-R150

Tratamento Térmico. Profa. Dra. Daniela Becker

Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias. Resistência dos Materiais I Estruturas II. Capítulo 5 Torção

Conceitos Iniciais. Forjamento a quente Forjamento a frio

MATERIAIS METÁLICOS AULA 5

Propriedades Mecânicas dos Aços DEMEC TM175 Prof Adriano Scheid

Elementos de Máquinas

PROPRIEDADES MECÂNICAS V

Aula 3: Forjamento e Estampagem Conceitos de Forjamento Conceitos de Estampagem

Ensaio de torção. Diz o ditado popular: É de pequenino que

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SÃO PAULO CEFET-SP. Tecnologia Mecânica

5ª LISTA DE EXERCÍCIOS PROBLEMAS ENVOLVENDO FLEXÃO

ME-25 MÉTODOS DE ENSAIO ENSAIO DE PENETRAÇÃO DE MATERIAIS BETUMINOSOS

Retificação: conceitos e equipamentos

Mandrilamento. determinado pela operação a ser realizada. A figura a seguir mostra um exemplo de barra de mandrilar, também chamada de mandril.

Notas de Aula - Ensaio de Dureza

Tecnologia dos Materiais IV DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO FERRO- CARBONO

Ensaios Mecânicos de Materiais. Aula 10 Ensaio de Torção. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues

TM229 - Introdução aos Materiais

Elementos de Máquinas

GLOSSÁRIO DE TRATAMENTOS TÉRMICOS E TERMOQUÍMICOS

Você já pensou o que seria do ser humano

Essa ferramenta pode ser fixada em máquinas como torno, fresadora, furadeira, mandriladora.

18 a QUESTÃO Valor: 0,25

Elementos de Máquinas

Tratamento térmico. A.S.D Oliveira

Tensão de Cisalhamento

Especificações Técnicas

ELEMENTOS ORGÂNICOS DE MÁQUINAS II AT-102

As peças a serem usinadas podem ter as

Critérios de falha. - determinam a segurança do componente; - coeficientes de segurança arbitrários não garantem um projeto seguro;

Tratamentos térmicos de ferros fundidos

Polias e correias. Polias

Corte e dobra. Nesta aula, você vai ter uma visão geral. Nossa aula. Princípios do corte e da dobra

Introdução. Criar um sistema capaz de interagir com o ambiente. Um transdutor é um componente que transforma um tipo de energia em outro.

Tensões Admissíveis e Tensões Últimas; Coeficiente de Segurança

Disciplina: Resistência dos Materiais Unidade I - Tensão. Professor: Marcelino Vieira Lopes, Me.Eng.

Buchas. Não se sabe quem inventou a roda. Supõe-se. Bucha

- PLACA DE CHOQUE: É construída com material Aço 1045, podendo levar um tratamento térmico para alcançar uma dureza de HRC, se necessário.

Capítulo 3 Propriedades Mecânicas dos Materiais

PPMEC UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI PROCESSO SELETIVO DO SEGUNDO SEMESTRE DE 2014

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais

UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA Campus RECIFE. Curso: Engenharia de Produção Disciplina: Materiais para Produção Industrial

Conceito de Tensão. Índice

Informações Técnicas Uso Orientativo

Ensaios dos Materiais

Questão 1. Questão 2. Resposta. Resposta

Curso de Engenharia de Produção. Processos de Fabricação

Mecânica I (FIS-14) Prof. Dr. Ronaldo Rodrigues Pelá Sala 2602A-1 Ramal 5785 rrpela@ita.br

Miguel C. Branchtein, Delegacia Regional do Trabalho no Rio Grande do Sul

DESENVOLVIMENTO DE RODA MICROLIGADA COM NIÓBIO PARA TRANSPORTE HEAVY HAUL. Eng. (MSc) Domingos José Minicucci

Relatório Final. Estudo das Condições de Tempera e Revenido nas Propriedades Mecânicas de Aço VND. Aluno: Luciano Antonio de Morais

Curso de Engenharia de Produção. Processos de Fabricação

1 m 2. Substituindo os valores numéricos dados para a análise do movimento do centro de massa, vem: Resposta: D. V = ,2 V = 8 m/s

Física FUVEST ETAPA. ε = 26 cm, e são de um mesmo material, Resposta QUESTÃO 1 QUESTÃO 2. c) Da definição de potência, vem:

Comparação entre Tratamentos Térmicos e Método Vibracional em Alívio de Tensões após Soldagem

POROSIMETRIA AO MERCÚRIO

ULTRA-SOM MEDIÇÃO DE ESPESSURA PROCEDIMENTO DE END PR 036

ur b) F cos ur c) Fsen d) Zero. ur 2

Os métodos de teste podem ser divididos grosseiramente em dois grupos:

CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO FÍSICA CADERNO DE QUESTÕES

Propriedades do Concreto

Relações entre tensões e deformações

COTIP Colégio Técnico e Industrial de Piracicaba (Escola de Ensino Médio e Educação Profissional da Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba)

Ciência e engenharia de materiais: Uma introdução Ciências dos Materiais

Acesse:

UNIVERSIDADE SANTA. Objetivo Metodologia Introdução. Método Experimental Resultados Experimentais Conclusão Grupo de Trabalho

PROPRIEDADES MECÂNICAS

CATÁLOGO TÉCNICO

Capítulo 11 MOTORES ELÉTRICOS DE CORRENTE CONTÍNUA E UNIVERSAL. Introdução

Propriedades Mecânicas. Prof. Hamilton M. Viana

TM229 Introdução aos Materiais ENSAIOS MECÂNICOS Prof. Adriano Scheid Capítulos 6 e 8 - Callister

Cinética das transformações de fase Curvas TTT e TRC

Concurso Público para Cargos Técnico-Administrativos em Educação UNIFEI 13/06/2010

Transcrição:

QUESTÃO 24 PETROBRÁS / 2008 Um esforço axial de tração gera os valores máximos de tensão (A) normal na seção transversal e de cisalhamento em um plano a 45 o. (B) normal na seção transversal e de cisalhamento em um plano a 60 o. (C) de cisalhamento na seção transversal e normal em um plano a 45 o. (D) de cisalhamento na seção transversal e normal em um plano a 60 o. (E) normal e de cisalhamento na seção transversal. Em planos que não são perpendiculares ao eixo da peça, as forças axiais causam ao mesmo tempo tensões normais e de cisalhamento. Decompondo P em suas componentes F e V, respectivamente normal e tangencial ao plano da seção, podemos escrever: F = P. cos θ V = P. sen θ A força F representa a resultante de forças internas distribuídas normais à seção, e V é a força cortante, resultante das forças distribuídas tangenciais. Podemos então calcular a tensão média normal e de cisalhamento, considerando a área A θ da seção: F V s = t = A A q q Como A 0 é a área da seção normal ao eixo, temos que: A0 A q = cosq Com isso, temos: s P 2 P = cos e sen cos A q t = 0 A q q 0 Através da primeira equação acima, podemos observar que a máxima tensão normal ocorre para θ = 0º, ou seja, quando a seção transversal é perpendicular ao eixo (normal à seção transversal), tendendo a zero quando θ se aproxima de 90º. P 2 P s = cos 0= A0 A0 A segunda equação acima mostra que a tensão de cisalhamento é nula para θ = 0º e θ = 90º e que para θ = 45º ela atinge seu valor máximo. P P t = sen45º cos 45º = A0 2A0 Alternativa A é correta.

QUESTÃO 22 COMP. PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO (COMPESA)/2009 Os aços são ligas metálicas de ferro e carbono largamente empregadas na indústria em geral. O diagrama ferro-carbono é um dos principais instrumentos utilizados na metalurgia do aço e é capaz de fornecer várias informações acerca dessas ligas. Considerando o diagrama ferro-carbono apresentado acima, julgue as afirmativas que se seguem e indique V se for verdadeira e F se for falsa. ( ) Na temperatura de 1.100 ºC, o aço A indicado está na forma de austenita. ( ) O aço A indicado é do tipo ABNT 1045. ( ) Na zona crítica, indicada no diagrama ferro-carbono, o aço A encontra-se em duas fases: líquida e sólida. ( ) O aço A encontra-se no ponto eutético do diagrama ferro-carbono. ( ) Se fosse feito tratamento térmico no aço A do tipo têmpera, sem qualquer tratamento subseqüente, a solução sólida resultante, na temperatura ambiente, passaria a ser a martensita. A seqüência correta de cima para baixo é A) V, F, V, F, V B) V, V, F, F, F C) F, F, V, V, V D) F, V, V, F, V E) F, F, F, V, V Para efeito de classificação, os aços com teores de carbono inferiores a 0,8% são denominados hipoeutetóides e superiores a 0,8% são denominados hipereutetóides. O ponto E da figura 1 mostra o ponto eutético (0,8% de carbono).

Na figura 2, são mostradas as composições mais comuns dos aços: Figura 2 Região do diagrama Fe-C, correspondente aos aços mais comuns. 0% de C ferrita (α) 0% a 0,8% C ferrita (α) + perlita (γ); 0,8% perlita (γ); 0,8% a 1,4% perlita (γ) + cementita (Fe 3 C) Comentário das afirmativas: 1º afirmativa - Correta: pela figura 2, um aço com 0,4% de C a 1100ºC está na forma de austenita. 2º afirmativa - Incorreta: um aço 1045 possui 0,45% de C. O aço mencionado é o 1040. 3º afirmativa - Correta: o campo bifásico (α + γ) é denominado zona crítica. O aço se solidifica totalmente abaixo de 723ºC, conforme figura 1. 4º afirmativa - Incorreta: o aço A é um aço hipoeutetóide (menos de 0,8% de C). 5º afirmativa - Correta: a martensita é formada quando ligas ferro-carbono austenizadas são resfriadas rapidamente. Alternativa B é correta.

QUESTÃO 32 - SOCIEDADE FLUMINENSE DE ENERGIA (SFE) / 2009 O ensaio de dureza é um ensaio mecânico de execução relativamente simples e muito útil para a determinação das propriedades mecânicas dos materiais. A esse respeito, afirma-se que a (o) A) medição no Ensaio de Dureza Rockwell é baseada na área de impressão de uma ponta de diamante, na forma cônica, chamada de Penetrador Brale. B) medição no Ensaio de Dureza Brinell é baseada na profundidade de impressão de uma esfera de aço temperado. C) Ensaio de Dureza Brinell é o mais apropriado para ser aplicado em peças cementadas. D) penetrador utilizado em um Ensaio de Dureza Vickers tem a forma de um tronco de pirâmide de diamante de base quadrada. E) Método de Dureza Shore ou dureza escleroscópica é baseado na altura de retorno de um peso, que cai sobre a superfície de um corpo de prova, permitindo medir a energia absorvida pelo corpo de prova no choque. Alternativa A Incorreta: Dureza Rockwell: é um ensaio de penetração que consiste em medir a resistência de um material submetido a uma deformação plástica. Para materiais duros, o objeto penetrante é um cone de diamante com ângulo de vértice de 120º (escala Rockwell C ou HRC). Para materiais semi-duros ou macios é usado uma esfera de aço temperado de diâmetro 1/16" (escala Rockwell B ou HRB). A dureza é dada pela profundidade de penetração mediante a aplicação de uma carga padrão. Alternativa B Incorreta: Dureza Brinell: ensaio de penetração que consiste em comprimir lentamente uma esfera de aço, de diâmetro D, sobre uma superfície polida e limpa de um metal através de uma carga Q, durante um tempo t, produzindo uma calota esférica de diâmetro d. A dureza Brinell é a relação entre a carga aplicada e a área da calota esférica impressa no material ensaiado. Alternativa C Incorreta: no ensaio de dureza Vickers, existe uma proporcionalidade entre a força aplicada e a área e, portanto, o resultado não depende da força, o que é muito conveniente para medições em chapas finas, camadas finas (cementadas, por exemplo). Alternativa D Incorreta: Dureza Vickers se baseia na resistência que o material oferece à penetração de uma pirâmide de diamante de base quadrada e ângulo entre faces de 136º, sob uma determinada carga. O valor de dureza Vickers é o quociente da carga aplicada F pela área de impressão A deixada no corpo ensaiado. Alternativa E Correta: Dureza Shore: baseia-se na reação do material quando deixamos cair sobre ele um material mais duro. Neste ensaio, a medida de dureza por choque mede a altura do ressalto de um peso que cai livremente até bater na superfície lisa e plana de um corpo de prova. Esta altura de ressalto mede a perda de energia cinética do peso, absorvida pelo corpo de prova. Alternativa E é correta QUESTÃO 43 SANEAMENTO DE GOIÁS (SANEAGO) / 2008 Os acoplamentos são empregados quando se deseja transmitir um momento de rotação (movimento de rotação e forças) de um eixo motor a outro elemento de máquina situado coaxialmente a ele. São acoplamentos flexíveis: A) Acoplamento elástico de pino, acoplamento quadrado e acoplamento elástico de fita de aço B) Acoplamento flexível oldham, acoplamento quadrado e junta de articulação C) Acoplamentos comutáveis, engrenagens e acoplamento totalmente rígido

D) Acoplamento elástico de garras, acoplamento perflex e acoplamentos de dentes arqueados Os acoplamentos flexíveis são construídos em forma articulada, em forma elástica ou em forma articulada elástica. São acoplamentos permanentes flexíveis: - elásticos de engrenagens; - elásticos hidrodinâmicos; - elásticos de garras; - elásticos de dupla cruzeta; - elásticos de correia; - elásticos de cruzeta; - elásticos de pinos; - elásticos de fitas de aço; - perflex; - de dentes arqueados; - Oldhan; - junta homocinética. Os acoplamentos rígidos permanentes são destinados a eixos precisamente alinhados e não conseguem compensar eventuais desalinhamentos ou flutuações. Os mais empregados são as luvas de união. Existem ainda os acoplamentos comutáveis que são as embreagens e os freios. Comentário das alternativas: Alternativas A e B Incorretas: acoplamento quadrado não é termo usado na classificação de acoplamentos. Alternativa C Incorreta: a questão se refere a acoplamentos permanentes e não comutáveis. Um acoplamento totalmente rígido não é flexível. Alternativa D Correta: os acoplamentos citados são permanentes e flexíveis. Alternativa D é correta.