CEARÁ 2050: Diagnóstico Jair do Amaral Filho Coordenador e equipe de consultores Apoio Técnico Institucional - IPECE
1 Diagnóstico Diagnóstico Quantitativo Diagnóstico Qualitativo Diagnóstico Consolidado
Diagnóstico
Diagnóstico Coordenação Geral Jair do Amaral Filho Quantitativo Pesquisadores Sêniors Maria Cristina Pereira de Melo Christiano Modesto Penna Francisco Tabosa Demartone Botelho Assistentes Francisco Laércio Braga Bruna Lira Felipe Bastos Helson Gomes de Souza
Qualitativo - Setores Especiais Agropecuária Rogério César Pereira de Araújo Ciência, Tecnologia e Inovação Joaquim Celestino Junior Cultura Cláudia Sousa Leitão Raquel Viana Gondim Henilton Menezes Esporte Ricardo Catunda de Oliveira Educação Eloisa Maia Vidal Sofia Lerche Vieira Energias Adão Linhares Muniz Indústria Carlos Alberto Manso Movimentos e Redes Sociais Irlys Alencar Firmo Barreira
Projetos e Empreendimentos Estruturantes Almir Alves Fernandes Távora Filho Recursos Hídricos Francisco de Assis Souza Filho Recursos Naturais e Ecologia Magda Helena de Araújo Maia Rede Espacial Urbana e Territorial Rural Francisco Eduardo Araújo Soares Saúde Arnaldo Ribeiro Costa Lima Vera Maria Câmara Coelho
Segurança Pública e Justiça César Barreira Luiz Fábio Silva Paiva Maurício Bastos Russo Serviços Antônio Lisboa Teles da Rosa Sistema Político-Institucional Jawdat Abu-El-Haj Turismo Anya Ribeiro de Carvalho Transporte e Logística Francisco Suliano Mesquita Paula
Crescimento e Desenvolvimento Econômico do Ceará Como o Ceará chegou até aqui?
O Ceará aumentou sua participação no PIB nacional Em 1970 era de 1,44% em 1987 subiu para1,6% e, em 2015 saltou para 2,2%. Além disso, no período de 1987 a 2015, o PIB do Ceará cresceu 3,39% a.a., contra uma taxa de 2,32% do Brasil Em se mantendo tal diferença, no longo prazo, o Ceará se afastará da armadilha dos 2% de participação
Armadilha dos 2%? Evolução da Participação do PIB Cearense no PIB do Brasil e do Nordeste (%) - IBGE É possível desmistificar essa armadilha
Quais foram as forças institucionais que moveram o crescimento do Ceará até aqui?
Forças Institucionais exógenas - federais Transferências Federais (Saúde; Educação); FPE e FPM; Fundo Constitucional de Desenvolvimento-FNE Fundo de Desenvolvimento Regional-FDNE; Incentivos Fiscais da SUDENE; BNDES; PAC Nordeste; No entanto: reconcentração dos recursos e queda nos investimentos federais
Forças Institucionais Endógenas - Estaduais Consensos A industrialização seria a saída para o desenvolvimento econômico do estado; O caminho para a industrialização e o desenvolvimento só seria possível se houvesse execução orçamentária responsável e equilibrada. Capacidades Locais Capacidade de gestão fiscal: poupança pública Capacidade de planejamento: alocação-investimento Capacidade de implementação de políticas públicas
Limites da Gestão Fiscal Prospectiva: 2019-2050 A partir de 2024 o superávit entra na zona negativa. Atingindo um déficit de R$ 27 bi. Premissas: RCL (PIB: 3,74% e Pop: 1,51); DC( DC_(-1): 5,62 e Pop: 1,29).
Quais são os Problemas Estruturais do Crescimento Econômico?
Ceará, Nordeste, Brasil: PIB por Trabalhador (em Ln) - IBGE/IpeaData Primeiro Problema: é o baixo nível da Produtividade do Trabalho, em todos os setores.
Evolução da PTF (1987=100) - Ceará IBGE e Ipeadata Segundo Problema: é a Baixa eficiência agregada da economia
Quais são os Fatores que contribuem para o Crescimento Econômico do Ceará?
Estimações do Diagnóstico constataram que, entre 1987-2015: houve 1) Forte contribuição do Capital Humano E 2) Fraca contribuição do Capital Físico
Evolução do Estoque de Capital Humano por trabalhador (1987=100) Ceará Nordeste Brasil
Isto significa que: 1) As políticas voltadas para Educação no Ceará estão no caminho certo e, por outro lado 2) Há necessidade de avaliar o modelo de formação de estoque de capital físico no estado: investimentos em infraestrutura e equipamentos e políticas de incentivos fiscais.
Quais são os Limites e Possibilidades da Demografia
Limites Demográficos A população cearense está envelhecendo. Em 2015, a soma da população entre 35-65 e acima de 65 anos representava 45% do total da população, contra 27,4% em 1991; Possibilidades Demográficas O Ceará ainda tem um razoável Bônus Demográfico a seu favor: 72% da sua população estão em Idade Ativa (15-65 anos) ou 2,6 pessoas ativas/1 Inativa
Quais foram as mudanças estruturais da economia do Ceará? 1) Mudanças setoriais 2) Inserção Internacional
Participação Setorial do VA no VA total do Estado do Ceará (%) declínio da agropecuária, e ascensão da indústria e dos serviços. A partir de 2002, o setor serviços amplia sua liderança, tanto na participação no total do Valor Adicionado como na Ocupação de Força de Trabalho e na Produtividade
O Ceará deixou de ser primárioexportadora para ser industrialexportadora Companhia Siderúrgica do Pecém-CSP altera as posições do Ceará no contexto nacional e aumenta o Grau de Abertura
Desenvolvimento Social, Territorial e Ambiental
Oferta de serviços e de bens públicos coletivos Destaque para Educação, Saúde e Recursos Hídricos Áreas que conseguiram deixar suas marcas
Educação, Saúde e Recursos Hídricos Nos últimos trinta anos, essas áreas conseguiram imprimir suas marcas, pois contaram com marcos regulatórios estáveis, estrutura de gestão e de governança; políticas de desenvolvimento ativas; infraestrutura e logística; estruturas institucionais e atores proativos. Contaram também com um modo de financiamento estável, embora frágil. Essas áreas seguiram princípios potencializadores: coordenação; participação; descentralização; cooperação; equidade no acesso
Oferta de serviços e de bens públicos coletivos Segurança Púbica Área que ainda não conseguiu encontrar seu modelo eficaz
Segurança Pública Vários modelos foram tentados, mas faltaram: Integração das polícias Investimento em inteligência Políticas multisetoriais Participação mais efetiva da sociedade o modelo federativo exauriu e o padrão da criminalidade foi alterado radicalmente, aliado a uma economia ilegal competitiva A taxa de homicídio (por 100 mil hab.) saltou de 23,19 em 2007 para 50,95 em 2013. Cai em 2016 para 39,78, mas volta a subir em 2017 para 56,91. Agravado pela interiorização do crime
Taxa de homicídios por cem mil habitantes, Ceará, 1996. (Datasus, SIM e IBGE)
Taxa de homicídios por cem mil habitantes, Ceará, 2006. (Datasus, SIM e IBGE)
Taxa de homicídios por cem mil habitantes, Ceará, 2015. (Datasus, SIM e IBGE)
Cultura e Criatividade Políticas públicas a serem consolidadas
Cultura e Criatividade Políticas Públicas a serem consolidadas Área da cultura conta hoje com um sofisticado Arcabouço Institucional. Mas, tem sido subfinanciada, tem tido baixa capacidade de execução, é carente de dados e informações setoriais Cultura e Criatividade no Ceará formam um celeiro subexplorado
Acesso à Água e Esgotamento Sanitário: o descompasso
Acesso à Água Encanada e Esgotamento Sanitário: o descompasso Em 2015 o Ceará tinha 96,18% dos domicílios cobertos por água encanada. No mesmo ano, 2015, a taxa de cobertura dos domicílios cearenses com saneamento básico foi de 38,80% em 2015.
Pobreza e Renda: avanços e desafios
Pobreza e Extrema Pobreza no Ceará (linha de pobreza: R$ 170,00 para Pobreza e R$ 85,00 para Extrema Pobreza) Em 1987: Pobreza no Ceará = 54,03% da população. Em 2014 = 14,35% e 2015 para 17,10% da população Em 1987: Extrema Pobreza no Ceará = 24,67%, 2014 = 4,87% e 2015 = 6,66% da população; O ponto de inflexão na trajetória da redução da pobreza e extrema pobreza no Ceará se situa entre os anos 2003 e 2004.
Pobreza, Extrema Pobreza nas áreas Rural e Urbana no Ceará Pobreza Rural, em 1987= 76,14% da população rural Em 2014 = 27,41% e 2015 = 31,49%; Extrema Pobreza Rural, em 1987 = 41,68% da população em 2014 = 9,77% e 2015 = 13,48%; Pobreza Urbana, em 1987 = 37,31% da população Em 2014 = 9,72% e 2015 = 11,74%; Extrema Pobreza Urbana, em 1987 = 11,81% Em 2014 = 3,13% e em 2015 = 4,12%
Indice de Gini, Relação entre Ricos e Pobres e Mobilidade Social
Mobilidade Social: quartis de renda e anos de estudo-ceará Em 1987, o Quartil 1, correspondentes aos 25% mais pobres da população, tinha renda média de R$ 74,37 e 2,24 anos de estudos. Em 2015, este mesmo Quartil passou a receber R$ 137,88 e a ter 5,59 anos de estudos; O Quartil 2, entre 26%-50%, tinha em 1987 renda média de R$ 163,10 e 3,02 anos de estudo. Em 2015 passou a ter R$ 344,85 e 6,65 anos de estudo; O Quartil 3, entre 51%-75%, tinha em 1987 R$ 313,25 de renda média e 4,44 anos de estudo. E passou a ter, em 2015, R$ 593,53 e 7,52 anos de estudo; O Quartil 4, entre76%-100% mais ricos, percebia em 1987 R$ 1.650,78 de renda e tinha 7,08 anos de estudos. Para 2015 este Quartil passou a receber R$ 1.691,27 com 9,84 anos de estudo.
Desenvolvimento Regional-Territorial: regiões ganhadoras e regiões perdedoras
A principal região ganhadora, continua sendo a Grande Fortaleza: 1º colocada em PIB per capita = R$ 21.647,85 Seguida da região Sertão Central = R$ 18.934,24 Mas, no conjunto A taxa de crescimento do PIB per capita, entre 2002-2015, foi relativamente elevada para todas as regiões de Planejamento, menos a Grande Fortaleza Entre 2002 2015 Taxa de crescimento foi de 4,96%
Desenvolvimento Ambiental
Nível de Emissão de CO2, em toneladas - Ceará O nível total de emissão de CO2 dobrou no Ceará entre 1990 e 2016, passando de 15.111.566 ton para 30.305.515 ton. Em 1990, a agropecuária contribuiu com 45,49% do total. Já em 2016, a Energia passou a contribuir com 41,9% do total.