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OBRIGAÇÕES FISCAIS MENSAIS DATA IMPOSTO DESCRIÇÃO BASE LEGAL ATÉ DIA 10 SS Entregar as contribuições para a segurança social dos trabalhadores por conta de outrem referente ao mês anterior. Artº11 do Decreto nº53/07, de 3 e Dezembro ATÉ DIA 20 Imposto de Selo Efectuar a entrega do imposto devido pela emissão de letras e livranças, pela utilização de créditos em operações financeiras e pelas apólices de seguros, cuja obrigação tributária se tenha constituído no mês anterior. Artº16º, nº1 do Decreto nº6/2004 ATÉ DIA 20 IRPS Entregar as importâncias relativas as deduções por retenção na fonte de rendimentos da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª categorias e as importâncias retidas por aplicação de taxas liberatórias. Artº65º CIRPS ATÉ DIA 20 ATÉ DIA 20 IRPC Imposto Específico sobre a Produção de Petróleo Entregar as importâncias relativas as deduções por retenção na fonte. Entregar o imposto devido pela produção do petróleo referente ao mês anterior Nº5, Artº67 do CIRPC Artº10 do Decreto nº 4/2008 ATÉ DIA 20 Imposto sobre a Produção Mineira Entregar o imposto devido pela extracção do produto referente ao mês anterior. Artº 10 do Decreto nº 5/2008 ATÉ DIA 15 Regime Normal Enviar a Repartição de Finanças competente a declaração periódica referente ao mês anterior quando se trate de créditos. Artº25º, al. c), nº1, Artº 32º do CIVA Regime Normal ATÉ ÚLTIMO IVA Enviar a Repartição de Finanças competente a declaração periódica referente ao mês anterior acompanhada do respectivo meio de pagamento. Os contribuintes que não tenham realizado qualquer operação tributável estão igualmente obrigados a entregar a declaração periódica. Artº25º, al. c), nº1, Artº 32º do CIVA DIA DO MÊS Actos Isolados Os sujeitos passivos que pratiquem uma só operação tributável de modo independente deverão apresentar a declaração respectiva (Modelo E). Artº33 do CIVA

IRPC - PAGAMENTO POR CONTA As empresas com contabilidade organizada devem proceder ao pagamento da segunda prestação do Pagamento por Conta até ao final do mês. As empresas com período de tributação diferente de 31 de Dezembro, devem proceder aos Pagamentos por Conta no 5º, 7º e 9º mês do período de tributação. FISCALIZAÇÃO CONCRETA DE CONSTITUCIONALIDADE DA SENTENÇA CONDENATÓRIA POR PARTE DA FAZENDA NACIONAL Acórdão nº 2/CC/2017 de 1 de Junho Processo nº 1/CC/2017 (Fiscalização concreta da constitucionalidade) Acordam os Juízes Conselheiros do Conselho Constitucional: I Relatório A Meritíssima Juíza Profissional da 1ª Secção do Tribunal Fiscal da Província de Sofala, alicerçandose nos artigos 214 e 247, n.º 1, alínea a), da Constituição da República de Moçambique (CRM), remeteu ao Conselho Constitucional, em 11.01.17, o Processo n.º 49/16/1ª Secção, autos de Transgressão Fiscal, em que é Autora a Fazenda Nacional, representada pela Direcção da Área Fiscal de Chimoio, e Ré, o sujeito passivo Mizamil Trading. Com a remessa, em sede de fiscalização concreta de constitucionalidade, a Mma Juíza põe em causa a constitucionalidade da norma contida no 2. do artigo 11. do Diploma Legislativo n.º 783, de 18 de Abril de 1942, por entender que contraria o disposto nos artigos 62, 65, 69, 70, 133 e 134, todos da Constituição República. Eis, de forma resumida, os argumentos em que sustenta a sua dúvida: a) A acção é corolário de uma petição inicial impetrada pela Direcção da Área Fiscal de Chimoio, em consequência de um processo em que o sujeito passivo Mizamil Trading lhe fora aplicada por aquela Direcção a multa no valor de 5.000,00 Mts (cinco mil meticais), por não possuir os livros obrigatórios previstos no n.º 1 do artigo 73 do Código do IRPS, aprovado pela Lei n.º 33/2007, de 31 de Dezembro, facto punível nos termos do que dispõe o n.º 1 do artigo 28 do RGIT, aprovado pelo Decreto n.º 46/2002, de 26 de Dezembro. b) Notificado o transgressor para pagar a multa ou recorrer contenciosamente ao Tribunal Fiscal da Província de Sofala, aquele não pagou e nem se pronunciou, o que ditou a remessa do processo ao Tribunal Fiscal, para o cumprimento do disposto no 2 do artigo 11 do Diploma Legislativo n.º 783, de 18 de Abril de 1942, segundo o qual, Na falta de contestação, e só depois de verificar que a notificação foi feita com as formalidades legais, o secretario de fazenda, dentro de 48 horas posteriores ao termo do prazo referido no 1, proferirá sentença condenatória, da qual, bem como da liquidação, se extrairá certidão, a fim de se instaurar imediatamente a execução fiscal que tem por base aquela certidão ; c) Por força do artigo 41 da Lei n.º 2/2004, de 21 de Janeiro, Lei dos Tribunais Fiscais, é aplicável o Diploma Legislativo n.º 783, de 18 de Abril de 1942, e o Código das Execuções Fiscais aos processos do contencioso das contribuições e impostos e demais transgressões de leis e regulamentos tributários. d) Antes da institucionalização dos tribunais fiscais, a competência em 1ª instância de todo o procedimento administrativo e processo judicial estava adstrita à Administração Tributária,

deferindo-se no chefe de repartição de finanças a competência para levantar o auto de transgressão, aplicar a multa e notificar o sujeito passivo para pagar ou contestá-la; e) Nessa conformidade, se o transgressor pagasse a multa, o processo era dado como findo. Caso contestasse o processo era apreciado e decidido pelo mesmo chefe da repartição de Finanças em primeira instância. Se o transgressor não se pronunciasse nem pagasse a multa, o Chefe da Repartição de Finanças condenava-o imediatamente por sentença e remetia o processo à execução fiscal para efeitos de cobrança coerciva; f) Porém, com a entrada em funcionamento dos tribunais fiscais em Moçambique, este procedimento mudou em obediência ao princípio de separação de poderes, próprio de um Estado de Direito consagrado no artigo 134 da Constituição; g) Desse modo, quando o transgressor não paga e nem contesta a dívida tributária, a Direcção da Área Fiscal (antiga repartição de finanças) remete o processo ao Tribunal Fiscal competente, solicitando a condenação imediata nos termos do 2 do artigo 11 do Diploma Legislativo n.º 783, de 18 de Abril de 1942; h) Recebido o processo no tribunal fiscal competente, o mesmo é tratado como um novo processo, passando pela distribuição e consequente afectação a um magistrado, facto que não permite aplicar, ipso facto, o estipulado no 2 do artigo 11 do Diploma Legislativo n.º 783, de 18 de Abril de 1942; i) Em obediência aos princípios do contraditório e da verdade material, o juiz da causa ordena por despacho a citação do sujeito passivo para, por um lado, saber que corre contra si um processo judicial e, por outro, para poder oferecer, querendo, a sua defesa; j) Que a falta de citação prejudica o princípio do contraditório e tem um impacto bastante significativo no mérito da causa, na medida em que a ausência daquela coarcta o direito de impugnação, ocorrendo, por consequência, uma nulidade insuprível que é de conhecimento oficioso, nos termos do disposto no 2 do artigo 35 do Diploma Legislativo n.º 783, de 18 de Abril de 1942, e nos artigos 194, 201 e 2020 do Código de Processo Civil, que implica a anulação dos termos subsequentes à essa omissão bem como da própria decisão; k) Outrossim, a falta de citação ou de notificação de documentos pode influir no exame ou na decisão da causa, por impedir ao oponente a tomada de posição sobre a veracidade ou inexactidão dos factos, bem como constitui uma violação ao princípio do contraditório que deve persistir no momento da produção da prova, conforme determina o artigo 517 do Código de Processo Civil; l) Torna-se imprescindível que se faça uma interpretação actualista da mesma lei para que se acomode a separação de poderes entre o executivo e o judiciário, consequente com o princípio de Estado de Direito. m) O interesse particular é relegado para o segundo plano em detrimento do interesse público, contrariando toda a estrutura do novo sistema fiscal moçambicano que tem as garantias dos contribuintes como o centro, pois o principal objectivo é que a cobrança de impostos seja justa e legal, referiu-se a Meritíssima Juíza. n) Ao efectuar-se uma interpretação actualista para adaptar a aplicação do diploma pelos magistrados judiciais e do Ministério Público, como defensores da legalidade e dos interesses do Estado, o mesmo raciocínio deve ser aplicado às normas processuais que contrariam os princípios de um Estado de Direito e as garantias dos contribuintes previstos constitucionalmente. o) O princípio do inquisitório determina que os tribunais não estão limitados às alegações e provas acarreadas pelas partes, nos termos do nº 2 do artigo 175 da citada Lei nº 2/2006, de 22 de Março, sendo-lhes dado poderes bastantes para averiguar os factos alegados pela Administração Tributária não só junto ao sujeito passivo, mas também junto a qualquer entidade pública ou privada que tem o dever de prestar a colaboração que o juiz entender necessária para o conhecimento do objecto do processo. p) A premissa de que o tribunal ao notificar o sujeito passivo para contestar, querendo, no âmbito do processo judicial, está a conceder-lhe moratória, pois permite-lhe pagar a dívida fiscal fora do prazo estabelecido por lei não procede,

uma vez que o sujeito passivo pode fazê-lo em qualquer fase do mesmo, nos termos do artigo 17 do já citado Diploma Legislativo nº 783, de 18 de Abril de 1942. Entende ainda, a Meritíssima Juíza, que o juiz ao emitir a sentença condenatória sem notificar o sujeito passivo para se defender está a violar os artigos 62, 65, 69, 70, 133 e 134 da CRM. A Mma Juíza termina o seu despacho por não conhecer do pedido formulado pela Direcção da Área Fiscal de Chimoio, em virtude de considerar inconstitucional a norma do 2 do artigo 11 do Diploma Legislativo n.º 783, de 18 de Abril de 1942. II Fundamentação O artigo 214 da Constituição dispõe que nos feitos submetidos a julgamento os tribunais não podem aplicar leis ou princípios que ofendam a Constituição. Este enunciado normativo insere um poder-dever de os tribunais verificarem sempre, a priori, a constitucionalidade das normas aplicáveis aos feitos que devam julgar, o que traduz a concretização, no plano do exercício da função jurisdicional, do princípio da constitucionalidade prescrito no nº 4 do artigo 2 da Constituição, segundo o qual as normas constitucionais prevalecem sobre todas as restantes normas do ordenamento jurídico. O presente processo de fiscalização concreta de constitucionalidade foi submetido ao Conselho Constitucional por quem tem legitimidade processual para o fazer, em cumprimento do disposto nos artigos 214 e 247, nº 1, alínea a), ambos da CRM e do preceituado nos artigos 67, alínea a) e 68, ambos da Lei nº 6/2006, de 2 de Agosto Lei Orgânica do Conselho Constitucional (LOCC). O Conselho Constitucional é, ao abrigo do estabelecido na alínea a) do nº 1 do artigo 244 da CRM, o órgão competente para apreciar e decidir a questão de inconstitucionalidade ora suscitada. A fiscalização concreta da constitucionalidade prevista no artigo 247 da Constituição visa apreciar a compatibilidade constitucional ou legal de uma norma no plano operativo, isto é, os efeitos reais que ela gera no contexto das condições em que a sua aplicação se verifica. Decorrendo, por isso, que a fiscalização concreta assume natureza incidental e prévia. Incidental, porque surge como uma situação de carácter acessório, num processo que visa resolver uma determinada controvérsia jurídica; prévia, pois a decisão sobre o problema da inconstitucionalidade ou ilegalidade deve obrigatoriamente preceder a análise da questão material de fundo. O Conselho Constitucional julga que a norma contida no 2 do artigo 11 do Diploma Legislativo n.º 783, de 18 de Abril de 1942, posta em crise nos presentes autos, tem relevância directa e imediata para a decisão da questão controvertida no processo principal que corre junto à 1ª Secção do Tribunal Fiscal da Província de Sofala. Quer dizer, o objecto do presente recurso em sentido substantivo, é uma norma à qual se reporta a questão da inconstitucionalidade. Estão assim preenchidos os pressupostos processuais da fiscalização concreta da constitucionalidade. Eis, o conteúdo da norma, estabelecida no 2 do artigo 11 do Diploma Legislativo n.º 783, de 18 de Abril de 1942: Na falta de contestação, e só depois de verificar que a notificação foi feita com as formalidades legais, o secretário de fazenda, dentro de 48 horas posteriores ao termo do prazo referido no 1, proferirá sentença condenatória, da qual, bem como da liquidação, se extrairá certidão, a fim de se instaurar imediatamente a execução fiscal que tem por base aquela certidão ( ). Segundo o tribunal a quo, a norma enunciada poderá ser desconforme com os seguintes artigos 62, 65, 69, 70, 133 e 134 da Constituição da Republica. Para melhor compreensão da questão suscitada, é importante trazer os seguintes elementos, por ordem cronológica: Até a entrada em funcionamento dos tribunais fiscais de primeira instância o julgamento das transgressões fiscais seguia na íntegra as normas estabelecidas pelo Diploma Legislativo nº 783, de 18 de Abril de 1942. De acordo com o artigo 1 do referido diploma os processos relativos às transgressões fiscais eram

julgados pelos tribunais do contencioso das contribuições e impostos, onde o papel de juiz cabia ao Secretário ou Delegado da Fazenda da área fiscal respectiva ou Director de Fazenda distrital; Com a entrada em vigor da nova ordem jurídica, o contencioso fiscal passou para competência dos seguintes tribunais: a) Tribunais fiscais, como primeira instância; b) Tribunal Administrativo, Segunda Secção, como segunda instância; c) Tribunal Administrativo, em Plenário, como última instância. Considera o Conselho Constitucional que a entrada em funcionamento dos tribunais fiscais impõe a necessidade de interpretação das disposições do Diploma Legislativo nº 783, de 18 de Abril de 1942, que ainda se encontra em vigor por força do artigo 41 da Lei nº 2/2004, de 21 de Janeiro, de forma actualista. Tal interpretação, leva-nos ao entendimento de que a nova organização de competências em matéria do contencioso fiscal veio retirar do secretário ou delegado de fazenda a competência para julgamento das transgressões, ou seja a competência para proferir a sentença condenatória, como primeira instância, já que por força da lei esta competência passou para os tribunais da jurisdição fiscal, conforme dispõe o artigo 2 da Lei nº 2/2004, de 21 de Janeiro, nos precisos termos: Cabe à jurisdição fiscal assegurar a defesa dos direitos e interesses legalmente protegidos, reprimir a violação da legalidade e dirimir os conflitos de interesse públicos e privados no âmbito das relações jurídico -fiscais. Acresce também a alínea a) do artigo 23 da mesma lei, que atribui a competência dos tribunais fiscais para conhecer dos processos relativos a infracções jurídico-fiscais de qualquer natureza. Note-se que a remissão do processo ao tribunal fiscal deve ser considerada como instrumento de garantia à efetivação de direitos fundamentais num Estado de Direito Democrático e, também, dos cidadãos no seu relacionamento com a Administração Pública, para solucionar os conflitos de interesses entre ambos. Na Constituição da República, os tribunais têm o estatuto de órgãos de soberania, bem como a reserva da função jurisdicional a seu favor, conforme o disposto no artigo 133, e no artigo 212, números 1 e 2. O conteúdo essencial desta função consiste em assegurar os direitos e liberdades dos cidadãos, [...] os interesses jurídicos dos diferentes órgãos e entidades com existência legal, assim como penalizar as violações da legalidade e decidir pleitos de acordo com o estabelecido na lei. Aliás, a reserva da função jurisdicional dos tribunais deve ser encarada como um direito dos cidadãos. Sendo as transgressões fiscais de natureza penal, conforme se extrai do próprio Diploma Legislativo n.º 783, de 18 de Abril de 1942, e do artigo 192 (Direito subsidiário) da Lei nº. 2/2006 de 22 de Março, e da alínea a) do nº 3 do Decreto nº 46/2002, de 26 de Dezembro, concretamente a aplicação subsidiária do Código Penal e do Código do Processo Penal ao regime das infracções tributárias, mostra-se importante aferir se a competência ínsita na norma do 2 do artigo 11 do Diploma Legislativo n.º 783, de 18 de Abril de 1942, agora atribuída ao tribunal fiscal, por força da lei, consistente em proferir sentença condenatória imediata, no processo que lhe é remetido pela Fazenda, deve ser observada pelos tribunais literalmente, considerando que daquela não resultam quaisquer normas relativas aos poderes do juiz, por um lado e, por outro, sabido que o processo recebido no tribunal fiscal competente é tratado como um novo processo, passando, por isso, pela distribuição e consequente afectação a um magistrado. É correcto o entendimento, segundo o qual em obediência aos princípios do contraditório e da verdade material, se ordene por despacho a citação do sujeito passivo, pois o conhecimento prévio da acusação consubstancia-se em direito fundamental do cidadão, para, por um lado, saber que corre contra si um processo judicial, e por outro, para poder oferecer, querendo, a sua defesa. A ampla defesa possui fundamento legal no direito ao contraditório, segundo o qual ninguém pode ser condenado sem ser ouvido nos autos. A citação válida é da essência do processo. A doutrina aponta o contraditório, num processo, como uma garantia de participação, em simétrica paridade, das partes, daqueles a quem se destinam os efeitos da sentença, daqueles que são os

interessados, ou seja, aqueles sujeitos do processo que suportarão os efeitos do provimento e da medida jurisdicional que ele vier a impor. Por conseguinte, a observância do contraditório é função do juiz no processo, cuja materialização, por este, significará que o mesmo se submete às normas do processo pelas quais os actos das partes são garantidos. Os princípios do contraditório e o da ampla defesa são necessários para assegurar o devido processo legal, pois é inegável que o direito a defender-se amplamente implica por consequência a observância de providência que assegure legalmente essa garantia. Sublinha-se que o devido processo legal é a base na qual todos os outros princípios e regras se sustentam, donde decorrem todas as consequências processuais e as partes são tratadas com igualdade. Pretender-se que o juiz fiscal ao receber o processo remetido pela Direcção da Área Fiscal, apenas exare uma sentença condenatória, conforme prescreve o comando normativo do 2 do artigo 11 do Diploma Legislativo n.º 783, de 18 de Abril de 1942, estar-se-ia a colocar a Direção da Área Fiscal na posição de decidir sobre, quando o poder judicial pode ditar ou não uma sentença em certa demanda, conseguindo isso por simples expediente, de remessa do processo para condenação imediata. Ora, o modus operandi ditado pela norma supracitada coloca o juiz fiscal na situação de não poder cumprir com plenitude a sua função jurisdicional, o poder constitucional atribuído aos tribunais por excelência, endossando-o ao poder executivo, cujas competências têm previsão constitucional e não abrangem a de instruir o processo para julgamento, consubstanciando assim um procedimento contra legem, nomeadamente a norma normarum, maxime o preceituado nos números 1 e 2 do artigo 212. Ora, no actual contexto jurídico-constitucional, o exercício da função de juiz fiscal tem como um dos pressupostos que legalmente lhe é garantido o princípio da plena jurisdição, reconhecendo-se-lhe todos os poderes, ou seja não se trata unicamente de garantir que a sentença seja exarada por um juiz (reserva de juiz), mas que o seja igualmente de acordo com um procedimento jurisdicionalizado (reserva de jurisdição). O juiz não está por isso, no que concerne à sua independência objectiva, vinculado à decisões de outros órgãos. Recorde-se que os tribunais são órgãos independentes e a subordinação destes à lei e ao direito constitui uma dimensão inalienável do Estado de Direito Democrático, corolário material do princípio da separação de poderes, cuja consagração remonta, na História, ao texto do artigo 16 da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão da Assembleia Nacional Francesa, de 1789. Este princípio é acolhido na nossa ordem jurídica desde a Constituição de 1990 e actualmente na Constituição de 2004, resultando, desde logo, do teor do artigo 3 da Constituição da República, porquanto nele se declara expressamente que «[a] República de Moçambique é um Estado de direito [...]», e, considerando-se que o princípio da divisão de poderes é um dos pilares do Estado de direito, o qual, para além do mais, se baseia [...] no respeito e na garantia dos direitos e liberdades fundamentais do homem. Aliás, reafirmando a essencialidade e o carácter estruturante de tal princípio, a Constituição da República, no seu artigo 134, determina que «[o]s órgãos de soberania assentam no princípio da separação e interdependência estabelecidas na Constituição.». No que a separação de poderes diz respeito, o presente Acórdão remete à jurisprudência deste Conselho Constitucional, expendida nos Acórdãos: nº 03/CC/2011, de 7 de Outubro e n.º 5/CC/2015, de 27 de Agosto. Assim, do exame dos fundamentos aqui aduzidos, conclui-se que o comando normativo plasmado no 2 do artigo 11 do Diploma Legislativo n.º 783, de 18 de Abril de 1942, é materialmente inconstitucional, decorrendo: primeiro, da manifesta coartação do direito de defesa do transgressor que vem consagrado na segunda parte do nº. 1 do artigo 62 e n.º 1 do artigo 65; segundo, da declarada limitação do poder jurisdicional adstrito aos tribunais, incluindo fiscais, contra o estabelecido nos números 1 e 2 do artigo 212 e, por último, da violação do princípio da separação de poderes a que alude o artigo 134, todos da Constituição da República.

III Decisão Nestes termos, o Conselho Constitucional declara a inconstitucionalidade da norma inscrita no 2 do artigo 11 do Diploma Legislativo n.º 783, de 18 de Abril de 1942, por contrariar a norma contida na segunda parte do n.º1 do artigo 62, o n.º 1 do artigo 65, igualmente a norma do artigo 134 e as constantes dos nºs 1e 2 do artigo 212, todas da Constituição da República. Dê-se cumprimento ao disposto no artigo 75 da Lei Orgânica do Conselho Constitucional. Registe, notifique e publique-se. Maputo, 1 de Junho de 2017 Hermenegildo Maria Cepeda Gamito; Lúcia da Luz Ribeiro; Manuel Henrique Franque; Domingos Hermínio Cintura; Mateus da Cecília Feniasse Saize; Ozías Pondja. LEGISLAÇÃO PUBLICADA DURANTE O MÊS DE JUNHO CONSELHO DE MINISTROS: Decreto n.º 25/2017: Cria o Fórum do Turismo, abreviadamente designado por FORTUR, como órgão de consulta do Governo em matérias de turismo e assuntos conexos ao turismo. Decreto n.º 24/2017: Redefine o âmbito da tutela do Instituto de Bolsas de Estudo, bem como adequar a sua estrutura ao quadro jurídico-administrativo preconizado para os institutos públicos. Decreto n.º 23/2017: Aprova o Regulamento do Conselho Nacional do Ensino Superior, abreviadamente designado por CNES e revoga o Decreto n.º 29/2010, de 13 de Agosto. Decreto n.º 21/2017: Aprova o Regulamento que Estabelece o regime jurídico de utilização do espaço marítimo nacional. Decreto n.º 20/2017: Redefine a natureza, atribuições e competências do Centro Nacional de Documentação e Informação de Moçambique, definidas no Decreto n.º 40/77, de 27 de Setembro. Decreto n.º 19/2017: Introduz alterações na estrutura da tabela indiciária das remunerações dos membros da Polícia da República de Moçambique (PRM). Decreto n.º 18/2017: Introduz alterações na estrutura da tabela indiciária das remunerações dos militares dos quadros permanentes das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM). Decreto n.º 17/2017: Alterações na estrutura da Tabela Indiciária das remunerações dos membros do Serviço Nacional de Migração (SENAMI). Decreto n.º 16/2017: Introduz alterações na estrutura da tabela indiciária das remunerações do pessoal do Serviço Nacional Penitenciário (SERNAP). Decreto n.º 15/2017: Actualiza o valor do índice 100 das tabelas das carreiras de regime geral, regime especial e específicas e das funções de direcção, chefia e confiança do sistema de carreiras e remuneração em vigor no aparelho de estado. Decreto n.º 14/2017: Altera as tabelas Indiciárias das carreiras de regime geral, regime especial e específicas e das funções de direcção, chefia e confiança, constantes dos anexos I e II do Decreto n.º 54/2009, de 8 de Setembro. Decreto n.º 13/2017: Aprova a estrutura do financiamento do Projecto FLNG Coral Sul da Área 4 da Bacia do Rovuma a contratar entre Eni East Africa S.p.A., KG Mozambique Ltd, Galp Energia Rovuma B.V., Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, E.P., Coral FLNG, S.A, Coral South FLNG MCC. Resolução n.º 17/2017: Determina que Domingos da Conceição Bié é nomeado para o cargo de presidente do Conselho de Administração da Empresa Moçambicana de Dragagem, E.P. (EMODRAGA, EP.). Resolução n.º 16/2017: Determina que Tayob Abdul Carimo Adamo cessa as funções de presidente do Conselho de Administração da Empresa Moçambicana de Dragagem, E.P. (EMODRAGA, EP.).

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA: Resolução n.º 9/2017: Ratifica a carta africana sobre democracia, eleições e governação, adoptada pelos estados membros da União Africana a 30 de Janeiro de 2007. Aviso: Rectifica a Lei n.º 13/2016, de 30 de Dezembro, que altera e republica o Código do Imposto sobre Valor Acrescentado (CIVA). Lei nº 5/2017: Altera e republica a Lei n.º 16/2014, de 20 de Junho, Lei de protecção, conservação e uso sustentável da diversidade biológica. MINISTÉRIO DA ECONOMIA E FINANÇAS: Diploma Ministerial n.º 41/2017: Designa, fixa e rectifica o montante máximo de bilhetes do tesouro a serem utilizados durante o exercício económico e definir instruções técnicas relevantes à contabilização e ao controlo e gestão do serviço da dívida emergente da utilização dos bilhetes do tesouro. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA: Despacho Presidencial n.º 11/2017: Exonera Mouzinho Saíde do cargo de vice-ministro da Saúde. Despacho Presidencial n.º 9/2017: Nomeia Januário dos Santos Necas para o cargo de procurador-geral adjunto. CONSELHO NACIONAL DE ELEIÇÕES: Deliberação nº 5/CNE/2017: Atinente à eleição e designação dos membros das Comissões Provinciais de Eleições. Deliberação nº 4/CNE/2017: Designa os membros das Comissões Provinciais de Eleições, indicados pelos partidos políticos mais votados com assento parlamentar para assumirem o cargo de vice-presidente da Comissão Provincial respectiva. Deliberação nº 3/CNE/2017: Atinente a designação dos membros das Comissões Provinciais de Eleições para as 5.ªs eleições autárquicas de 2018. COMISSÃO NACIONAL DE ELEIÇÕES: Deliberação nº 4/2017: Aprova o Regulamento de verificação das candidaturas a membro da Comissão de Eleições Provincial, Distrital ou de Cidade dos cidadãos provenientes dos partidos políticos com assento parlamentar, por organizações da sociedade civil. CONSELHO CONSTITUCIONAL: Acordão nº 1/CC/2017: Referente ao pedido de declaração da inconstitucionalidade e de ilegalidade, com força obrigatória geral, da norma constante no n.º 5 do artigo 22, do Decreto n.º 55/2008, de 30 de Dezembro, que regula os mecanismos e procedimentos para a contratação de cidadãos de nacionalidade estrangeira, requerido pelo Provedor de Justiça. MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL E FUNÇÃO PÚBLICA: Diploma Ministerial n.º 45/2017: Altera os artigos 3, 4 e 6 do Diploma Ministerial n.º 36/2010, de 16 de Fevereiro, que estabelecem a composição, as funções e o apoio técnico administrativo à Comissão Nacional de Avaliação de Documentos. Diploma Ministerial n.º 43/2017: Aprova o quadro de pessoal da Secretaria do Centro de Mediação e Arbitragem Laboral - Província de Sofala. Diploma Ministerial n.º 42/2017: Aprova o plano de classificação e a tabela de temporalidade de documentos das actividades-fim do Ministério da Economia e Finanças. COMISSÃO INTERMINISTERIAL DA REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: Resolução n.º 4/2017: Aprova o Estatuto Orgânico do Ministério da Saúde e revoga o Diploma Ministerial n.º 94/97, de 22 de Outubro. BANCO DE MOÇAMBIQUE: Aviso n.º 10/GBM/2017: Altera o Aviso n.º 1/GBM/2014, de 4 de Junho - Regulamento de Cartões Bancários. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, ASSUNTOS CONSTITUCIONAIS E RELIGIOSOS: Despacho: Nomeia Enoque Mosse Devesse administrador não

executivo representante dos trabalhadores na Imprensa Nacional de Moçambique, E.P. Despacho: Cessa funções Gumercindo Ernesto Langa, administrador não executivo representante dos trabalhadores na Imprensa Nacional de Moçambique, E.P. MINISTÉRIO DA SAÚDE: Despacho: Determina que todos medicamentos importados devem ser sujeitos a uma testagem analítica para a comprovação da qualidade antes do embarque, a fim de garantir que todos os produtos farmacêuticos em circulação no território nacional sejam seguros, eficazes e de boa qualidade. CONSELHO DE REGULAÇÃO DE ÁGUAS: Resolução n.º 1/2017: Concernente a taxa de novas ligações domiciliárias domésticas. MINISTÉRIO DA TERRA, AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO RURAL: Diploma Ministerial nº 44/2017: Adequa os padrões de processamento da madeira das espécies nativas, com vista a operacionalizar a implementação da Lei n.º 14/2016, de 30 de Dezembro e revoga o Diploma Ministerial n.º 142/2017, de 14 de Novembro. MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL E FUNÇÃO PÚBLICA, MINISTÉRIO DA ECONOMIA E FINANÇAS: Diploma Ministerial nº 40/2017: Aprova o Estatuto Orgânico da Direcção Provincial dos Combatentes e revoga toda a legislação que contrarie o presente Diploma Ministerial. MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO, MINISTÉRIO DA ECONOMIA E FINANÇAS: Diploma Ministerial nº 39/2017: Aprova os valores das taxas a cobrar pelo registo e manutenção de direito da propriedade industrial e revoga o Diploma Ministerial n.º 188/2006 de 13 de Dezembro. MINISTÉRIO DA ECONOMIA E FINANÇAS E DO TRABALHO, EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL: Diploma Ministerial nº 38/2017: que desenvolvem actividades integradas no sector 8. - Actividades dos Serviços Financeiros. TRABALHO, EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL, DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO, DA CULTURA E TURISMO, DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO, DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES E DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA, ENSINO SUPERIOR E TÉCNICO PROFISSIONAL: Diploma Ministerial nº 37/2017: que desenvolvem actividades integradas no sector 7. - Actividades dos Serviços não Financeiros. TRABALHO, EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL E DAS OBRAS PÚBLICAS HABITAÇÃO E RECURSOS HÍDRICOS : Diploma Ministerial nº 36/2017: que desenvolvem actividades integradas no sector 6. Construção. TRABALHO, EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL, DOS RECURSOS MINERAIS E ENERGIA E DAS OBRAS PÚBLICAS HABITAÇÃO E RECURSOS HÍDRICOS: Diploma Ministerial nº 35/2017: que desenvolvem actividades integradas no sector 5. - Produção Distribuição de Electricidade Gás e Água. TRABALHO, EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL E DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO: Diploma Ministerial nº 34/2017: Reajusta os para os trabalhadores que desenvolvem actividades integradas no sector 4. - Indústria Transformadora. TRABALHO, EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL E DOS RECURSOS MINERAIS E ENERGIA: Diploma Ministerial nº 33/2017: que desenvolvem actividades integradas no sector 3. - Indústria de Extracção de Minerais. TRABALHO EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL E DO MAR, ÁGUAS INTERIORES E PESCAS: Diploma Ministerial nº 32/2017: que desenvolvem actividades integradas no sector 2. - Pescas. TRABALHO, EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL E DA AGRICULTURA E SEGURANÇA ALIMENTAR:

Diploma Ministerial nº 31/2017: que desenvolvem actividades integradas no sector 1. - Agricultura, Pecuária Caça e Silvicultura. TRABALHO, EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL E DA AGRICULTURA E SEGURANÇA ALIMENTAR: Diploma Ministerial nº 31/2017: que desenvolvem actividades integradas no sector 1. - Agricultura, Pecuária Caça e Silvicultura. COMÉRCIO: Rectificação: Atinente ao Diploma Ministerial n.º 33/2017, de 12 de Maio. MINISTÉRIO DA ECONOMIA E FINANÇAS, MINISTÉRIO DO TRABALHO, EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL, MINISTÉRIO DOS RECURSOS MINERAIS E ENERGIA: Rectificação: Atinente ao Diploma Ministerial n.º 34/2017, de 12 de Maio. MINISTÉRIO DA ECONOMIA E FINANÇAS, MINISTÉRIO DO TRABALHO, EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL, MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E DELIBERAÇÕES DO CONSELHO DE MINISTROS - JUNHO Decreto que cria o Monumento e Centro de Interpretação da Matola, na Cidadde da Matola, na Província de Maputo, abreviadamente designado MOCIM; Decreto que Classifica como Património Cultural Nacional, o Monumento e Centro de Interpretação da Matola, localizado na Cidade da Matola; Decreto que aprova o Regulamento da Lei de Audio Visual e Cinema; Decreto que aprova o Regulamento Simplificado para o Exercício de Actividades Económicas e Revoga o Decreto n.º 5/2012, de 7 de Maio e o n.º 1 do artigo 25 do Regulamento do Licenciamento da Actividade Industrial, aprovado pelo Decreto n.º 22/2014, de 16 de Maio; Decreto que aprova os Termos e Condições do Contrato de Concessão do Terminal Marítimo de GNL, nas áreas 1 e 4 da Bacia do Rovuma, na Ponta Afungi, Baía de Tungue, Distrito de Palma, Província de Cabo Delgado, a ser outorgada entre o Governo e a sociedade Mozambique LNG Marine Terminal Company, S.A.; Decreto que aprova os Termos e Condições do Contrato de Concessão da Instalação de Descarga de Material nas Áreas 1 e 4 da Bacia do Rovuma, na Ponta Afungi, Baía de Tungue, Distrito de Palma, Província de Cabo Delgado, entre o Governo e a Sociedade Mozambique MOF, S.A.; Decreto que, nos termos do artigo 5 da Lei n.º 7/2010, de 13 de Agosto, alterada e republicada pela Lei n.º 14/2016, de 30 de Dezembro, aprova o Regulamento da Taxa de Exportação de Madeira Processada e revoga o Decreto n.º 21/2011, de 1 de Junho; Resolução que ratifica o Acordo Geral de Cooperação Económica, Cultural, Científica e Técnica, assinado no dia 5 de Abril de 2017, entre o Governo da República de Moçambique e o Governo da República da Guiné Equatorial; Resolução que ratifica o Acordo Geral para o Estabelecimento da Comissão Mista de Cooperação, assinado no dia 05 de Abril de 2017, em Maputo, entre o Governo da República de Moçambique e o Governo da República da Guiné Equatorial; Resolução que ratifica o Acordo de Crédito, celebrado entre o Governo da República de Moçambique e a Associação para o Desenvolvimento Internacional (IDA), no dia 11 de Maio de 2017, em Maputo, no montante de USD 15.000.000, que se destina ao financiamento do Projecto de Investimento Florestal no País; Resolução que ratifica o acordo de donativo, celebrado entre o Governo da República de Moçambique e a Associação para o Desenvolvimento Internacional (IDA), no dia 11 de Maio de 2017, em Maputo, no montante de USD 8.800.000, que se destina ao financiamento do Fundo Estratégico do Clima no âmbito do Programa de Investimento Florestal; Resolução que ratifica o acordo de donativo, celebrado entre o Governo da República de Moçambique e a Associação para o Desenvolvimento Internacional (IDA), no dia 11 de

Maio de 2017, em Maputo, no montante de USD 3.000.000, que se destina ao financiamento do Projecto de Investimento Florestal no País; Resolução que ratifica o acordo de crédito, celebrado entre o Governo da República de Moçambique e a Associação para o Desenvolvimento Internacional (IDA), no dia 11 de Maio de 2017, em Maputo, no montante de USD 13.200.000, que se destina ao financiamento do Projecto de Investimento Florestal no País Fundo Estratégico do Clima; Resoluções que ratificam os acordos de donativo e de Crédito, celebrados entre o Governo da República de Moçambique e o Fundo Africano de Desenvolvimento (FAD), no dia 2 de Fevereiro de 2017, em Maputo, no montante de UA 2.240.000 e UA 51.280.000, o equivalente a USD 3,04 e USD 69,67 milhões, respectivamente, que se destina ao financiamento do Projecto de Estrada Mueda- Negomano Fase I; Decreto que altera os artigos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 11 do Regulamento sobre o sistema de matrículas de veículos automóveis e reboques, aprovado pelo Decreto No 51/2007, de 27 de Novembro; Decreto que aprova o Regulamento sobre as regras de aprovação de marcas e modelos de automóveis, motociclos, ciclomotores, tractores agrícolas ou florestais, máquinas industriais, agrícolas ou florestais e revoga o artigo 19 do Regulamento do código de estrada, aprovado pela Portaria No 13.469, de 06 de Novembro de 1959.

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