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Transcrição:

Consciência Estonteante, do Amanhecer ao Entardecer Relato sobre a Celebração do Aniversário de Gurumayi 24 de junho de 2018 Shree Muktananda Ashram Parte VII Por Participantes da Celebração do Aniversário de Gurumayi 2018 O Rasa da Música de Siddha Yoga O som dos mantras Primeiro, aqui vai um pequeno histórico. Em 2016, a pedido de Gurumayi, uma vez por mês os Swamis começaram a recitar mantras primeiro no Templo de Bhagavan Nityananda e a partir deste ano de 2018, no Shri Nilaya. Gurumayi havia encorajado os Swamis a recitarem os mantras que eles aprenderam no começo dos anos 90 com os brâmanes, como parte de seus estudos das escrituras. Desta forma os Swamis manteriam este conhecimento vivo, em si mesmos e no Shree Muktananda Ashram. Todos os meses os Swamis escolhem quais mantras gostariam de recitar para honrar os festejos específicos, ou celebrações ou aniversários. No aniversário de Gurumayi de 2018, dez dos Swamis de Siddha Yoga aqueles que residem no Shree Muktananda Ashram vieram preparados para fazer uma oferenda de mantras a Gurumayi. Eles escolheram os mantras do Indrasya Sam mantras em honra a Indra, o senhor dos céus e da chuva que faz parte do Sama Veda.

O mantra Indrasya Sam afirma: O Senhor Indra é o protetor de todos. O Senhor Indra é o protetor de todos. É o defensor do bem, e ouve nossas preces. Eu invoco o Senhor Indra, o poderoso, que é adorado por muitos. Que Indra, o magnânimo, nos abençoe com felicidade e bem-estar. O Sama-veda é o terceiro dos quatro Vedas, depois do Rig-veda e do Yajurveda e antes do Atharva-veda. É o Veda das melodias e cantos. A palavra sânscrita saman, da qual este Veda recebe seu nome, significa canção ou harmonia ; também significa um hino com métrica ou canção de louvor. Em seus versos, o Sama-veda contém conhecimento que deve ser cantado pelos brâmanes. Muitos dos 1.549 versos do Sama-veda são emprestados do Rig-veda; o Sama-veda é, na realidade, uma representação musical desses mantras. Os versos do Sama-veda eram cantados e continuam até hoje com as notas que formaram o fundamento para as ragas da música clássica indiana. Cada raga é um arranjo específico de notas, que tem uma qualidade associada ou rasa. Quando os Swamis estavam recitando o Indrasya Sam, sentimos como se tivéssemos sido levados de volta no tempo a reverberação de seu som ressaltou quão antigos, quão primordiais esses mantras são. Imagine só: milhares de sábios e brâmanes cantaram esses mantras poderosos para o benefício da criação, para que os cinco elementos terra, água, fogo, ar e éter estivessem em equilíbrio e para exaltar a humanidade. Sobre isso um participante comentou mais tarde: Havia uma sensação de atemporalidade quando os Swamis recitaram os mantras. Uma nota em especial foi sustentada por um

longo tempo e, sutilmente, a minha consciência se alterou. Podia sentir os mantras reverberando dentro de mim. Quando os Swamis concluíram sua oferenda do Sama-veda, Krishna Haddad, o regente do grupo de música, ergueu suas mãos na direção dos músicos instrumentistas. Foi um fluxo contínuo de sons. Os músicos começaram a tocar a melodia da primeira de uma guirlanda de namasankirtanas. A música era uma festa para todos os nossos sentidos, para o nosso coração e nossa alma. Havia, além dos vocais, notas primorosas emergindo e circulando, em sintonia com o piano, o violino, o harmônio, a mridang, os címbalos e o pandeiro. O primeiro canto foi Om Namah Shivaya na raga Bhupali. Este é o mantra da iniciação shaktipat, que os Gurus da linhagem de Siddha Yoga têm transmitido aos novos buscadores desde há muitas décadas. Este mantra mudou a vida das pessoas em todo o mundo, e os Gurus, por sua compaixão e generosidade, o transmitiram de muitas maneiras. Em Intensivos de Shaktipat e satsangs, Gurumayi conduz as pessoas no canto deste mantra e na meditação de suas sílabas sagradas. Buscadores também recebem este mantra em programas introdutórios ao caminho de Siddha Yoga. Ele foi inscrito acima da cadeira do Guru nos Ashrams de Siddha Yoga e nos locais das turnês, e pode ser encontrado em outras partes dos Ashrams anotado em cartões, pintado em obras de arte, e assim por diante como um lembrete da presença da divindade dentro de uma pessoa e de seu mundo. Um membro da equipe do Shree Muktananda Ashram compartilhou: Anos atrás, quando eu cheguei ao Ashram para servir como membro do staff, após de ter concluído a faculdade, nas mesas do refeitório do Annapurna havia cartões com citações de Siddha Yoga. Um deles dizia: Om Namah Shivaya. Ver esse cartão significou uma revelação

para mim. Descobri que o mantra não é somente para recitar durante a meditação e o canto mas para todas as horas! É uma percepção que posso ter continuamente, e, não importa o que esteja fazendo, posso sincronizar a repetição do mantra com a minha respiração. No começo dos anos 1970, Baba e Gurumayi presenteavam pequenos cartões com o mantra impresso, para as pessoas que vinham para o darshan pela primeira vez. Esses cartões frequentemente tinham imagens do Guru, ou ensinamentos sobre o poder do mantra, ou instruções de meditação. Portanto, para muitos novos buscadores esses cartões representavam não só o receber formal do mantra, mas eram como um talismã sagrado e uma introdução à prática da repetição do mantra de Siddha Yoga, um guia portátil para apoiar suas práticas onde quer que fossem. Até hoje muitas pessoas levam consigo seus cartões de mantra, guardados por anos a fio, e até mesmo por décadas. Alguns Siddha Yogues que estão nas forças armadas chegam a carregar seu cartão de mantra no bolso perto do coração; desta forma, eles recebem bênçãos e proteção enquanto cumprem seu dever com o seu país. Nós cantamos Om Namah Shivaya até que as últimas notas do mantra se fundissem com a batida da mridang. Com muita atenção, e regido pelo maestro, o baterista tocou num ritmo leve, mas vivaz. Logo os sons do címbalo acentuaram a batida da mridang e fomos transportados para outro canto emocionante que louva o Senhor Shiva: Jaya Jaya Shiva Shambho, Mahadeva Shambho na majestosa raga Darbari. Gurumayi compôs este canto em Gurudev Siddha Peeth, em fevereiro de 1988, para o purnahuti do saptah de canto em honra ao Mahashivaratri daquele ano. Uma semana depois Gurumayi visitou Delhi para uma série de satsangs em um local enorme; milhares de pessoas foram ter o darshan de Gurumayi e participar do satsang. Durante muitos desses satsangs e darshans, o grupo de música cantava o novo namasankirtana Jaya Jaya Shiva Shambho e as pessoas simplesmente adoravam. Um sevita que fazia

parte da equipe de seva da turnê de Delhi ainda se lembra de como as pessoas cantavam este namasankirtana durante o trajeto de ônibus que as levava e trazia do local satsang todos os dias durante a visita de Gurumayi. Elas cantavam a plenos pulmões, totalmente intoxicadas pelo poder do canto. Sem dúvida nós também vivenciamos esse poder no aniversário de Gurumayi quando cantamos Jaya Jaya Shiva Shambo. E continuamos a desfrutar da prática do canto de Siddha Yoga e a mergulhar nas diversas rasas. Cantamos Om Namo Bhagavate Muktanandaya na raga Dhani, que invoca a felicidade; Kali Durge Namo Namah na pitoresca e robusta raga Mand; Shri Krishna, Nila Krishna, Bala Krishna, Jay Jay na doce raga Tilang; e finalmente, Om Namo Bhagavate Muktanandaya na serena e profunda raga Bhupali. Ao longo dos anos, Gurumayi nos passou muitos ensinamentos sobre rasa, incluindo o rasa de cantar o nome divino. Este ano, na palestra da Mensagem sobre Satsang, Gurumayi nos ensinou o termo satyarasa, que significa a ambrosia da Verdade. É nesta ambrosia, neste néctar e elixir, que nos deleitamos quando colocamos em prática a mensagem de Gurumayi e criamos o nosso próprio satsang. Gurumayi ensina que a tapasya a sadhana plena de graça das práticas de Siddha Yoga dão origem a satyarasa. Sem dúvida cantar é um exemplo perfeito disso. Os muitos rasas que experienciamos quando cantamos os diversos namasankirtanas por exemplo, devoção, anseio, amor, coragem, paz são todos manifestações de satyarasa. Todos eles vêm da Verdade e nos levam de volta a Ela. Sobre os cantos do dia 24 de junho, um dos participantes compartilhou: Assim como uma linda guirlanda é composta de diversas flores cada flor com tamanho, cor, aroma e textura diferentes, mas tudo

junto formando uma composição perfeita a guirlanda de namasankirtanas fluiu perfeitamente de um canto, de uma raga para a outra. Diferentes melodias, composições, instrumentos e tons se fundiram para formar uma linda tapeçaria de música de Siddha Yoga, nos levando ao espaço do nosso próprio coração. A maneira como Krishna Haddad concluiu a guirlanda de namasankirtanas refletiu sua perseverança: ao longo dos anos, ele aprimorou sua habilidade de colocar em prática os princípios da música de Siddha Yoga. Krishna aprendeu esses princípios em 2001, quando ainda era um adolescente e participou do Retiro de Música Premotsava para Jovens. Naquela época Krishna havia começado a estudar música na universidade; mais tarde continuou seus estudos e obteve seu doutorado em educação musical. Atualmente, Krishna ensina música para estudantes do ensino fundamental e ensino médio, e visita regularmente o Shree Muktananda Ashram para oferecer suas habilidades como regente e diretor musical. Depois de mergulharmos no rasa da música de Siddha Yoga, fomos brindados com uma apresentação musical de Kenny Werner, pianista de jazz. Na noite anterior, Kenny havia composto uma música, para o teclado, intitulada Light Up the Sky (Ilumine o Céu), como sua contribuição para a celebração do aniversário de Gurumayi. Quando soubemos disso, ficamos todos impressionados pelo fato de que uma peça tão rica e complexa pudesse ter sido composta na noite anterior e apresentada no dia seguinte e de forma tão impecável e com tanta confiança! Ouvimos atentamente às notas do piano à medida que a canção era interpretada. Tornou-se, para nós, uma meditação de olhos abertos. A maestria de Kenny na música é bem conhecida entre os músicos e entusiastas do jazz. E sua eterna paixão pela música já inspirou centenas de estudantes a aprender música e se tornarem grandes músicos eles mesmos. Apesar de Kenny já ter deixado sua marca na indústria da música, muitas vezes ele compartilhou que tocar para Gurumayi é a sua

maior alegria; que a música é muito mais significativa para ele quando toca para servir Gurumayi. A realização do desejo de Kenny, de tocar para Gurumayi no dia de seu aniversário em 2018, foi gratificante para todos nós. Em momentos como esse, como não achar que participar da Celebração de Aniversário de Gurumayi foi como receber prasad após prasad após prasad! Depois da apresentação de Kenny, nos levantamos para cantar Jyota se Jyota Jagao. Cinco pujaris realizaram o arati para Gurumayi, de pé em meialua diante dela, ondeando bandejas com oferendas, reluzentes ao brilho da luz das chamas dançantes das lamparinas do arati. Cada elemento do arati possui um significado específico no caminho de Siddha Yoga. A chama representa a luz do Ser; simboliza que a luz dentro de nós e a luz dentro de Shri Guru são uma só e a mesma. Ao ondear esta chama diante de Shri Guru, nós a honramos por acender esta luz divina em nosso interior. Um dos pujaris de dezesseis anos e que está no caminho de Siddha Yoga desde que era um garotinho, mais tarde compartilhou sua experiência ao oferecer arati. Falou também sobre como ele estava aplicando o que havia aprendido com esta experiência. Ele disse: Num determinado momento, enquanto oferecia seva como pujari, Gurumayi olhou para mim. Quando ela me olhou, senti tanta alegria que soltei uma risada! Queria compartilhar este amor e esta alegria com as outras pessoas. Que melhor maneira de compartilhar do que no trabalho! Durante o verão, trabalho numa loja de departamentos e faço questão de tratar cada cliente com quem falo com um grande sorriso. Quero mandar amor para as pessoas, independente da forma como elas interagem comigo e assim, me tornar um embaixador do caminho de Siddha Yoga. Os benefícios de participar de um satsang e de participar deste satsang do Aniversário de Gurumayi em 2018 são imensuráveis. Eles se estendem

muito além do tempo que passamos no Shri Nilaya ou lendo este relato. Estar em satsang expande nosso conhecimento e refina nossa visão. Nos faz considerar a forma como encaramos nossas responsabilidades e a dádiva da vida que recebemos de Deus. Reforça nosso desejo de fazer sadhana com um novo vigor. Nos inspira a retribuir para a fonte da graça em nossa vida, e nos faz reescalonar nossas prioridades e verificar onde colocamos nossa atenção e a que dedicamos nossos recursos. Reforça nosso respeito com o planeta, com nós mesmos e com os outros, ao sermos proativos em compartilhar o que sabemos e o que temos mesmo que de maneira simples e humilde ou grandiosa, dependendo de nossas capacidades e habilidades. Somos muito afortunados por recebermos de Gurumayi, a cada mês de junho, as Sadguna Vaibhava, as virtudes que ela nos oferece para o Aniversário em Êxtase incluindo uma virtude especial para implementarmos e cultivarmos especificamente no dia 24 de junho de cada ano. Quando cultivamos e incorporamos essas virtudes em nossas ações, pensamentos e comportamento, fazemos surgir mudanças positivas não somente em nós mesmos, mas em todos à nossa volta e em tudo o que tocamos. Estamos seguindo a orientação de Gurumayi para fazer deste mundo um paraíso melhor. Gurumayi deu essa orientação pela primeira vez em 1993, para o staff da SYDA Foundation, como o foco para aquele ano; e desde então, ela continuou a dar a mesma orientação para os sevitas, os Siddha Yogues e os novos buscadores em todo o mundo. Quando refletimos sobre a nossa própria transformação por causa da graça do Guru e na transformação de milhares de pessoas que foram moldadas pela graça, quando sentimos gratidão brotando de dentro de nós como uma súbita onda do oceano então nossa resposta natural é retribuir. Muitas pessoas compartilharam que foi e é a experiência dos satsangs e dos Intensivos de Shaktipat de Siddha Yoga que os atraiu originalmente ao caminho de Siddha Yoga e que continuam a motivá-los a contribuir para o

trabalho da SYDA Foundation. Elas querem oferecer seu esforço e habilidades a serviço do bem significativo; querem ser parte desta obra transformadora de vidas. Ao fazê-lo, estão contribuindo para a criação e fortalecimento do legado de Siddha Yoga. Apesar de dizermos que o Satsang de Celebração do Aniversário de Gurumayi está chegando ao fim, para falar a verdade, os efeitos de um satsang nunca terminam. A memória do satsang permanece conosco. O impacto do satsang é de longo alcance seus benefícios são absorvidos por cada fibra do nosso ser e na tessitura de nossa vida. Neste satsang, justamente quando achávamos que tínhamos chegado ao final da programação que nós mesmos havíamos estabelecido, Gurumayi perguntou ao grupo de música se eles sabiam cantar o qavvali He Musafir. Com grande entusiasmo o grupo respondeu: Sim, Gurumayi! Sabemos! e Krishna, de pronto, começou a reger o nosso canto. A música para He Musafir foi composta por Gurumayi para a sua palestra da Mensagem de 2001, que ela apresentou em Gurudev Siddha Peeth. Sua mensagem para aquele ano foi: Aproxime-se do presente com o consentimento do seu coração. Torne-o um acontecimento abençoado. A letra desse lindo qavvali está em Hindi e Urdo, como segue: Ó Viajante! Reconheça, reconheça, reconheça seu Mestre! Não o reconheça apenas nos estreitos limites de seu coração. Reconheça-o em cada jardim, através do agir de cada mão e de cada companhia. Reconheça-o naquilo que não tem cor, nas cores vibrantes e naquilo que é maravilhoso.

Reconheça-o em seu destino, na resistência ou na luta, e em todos que encontrar pelo caminho. Em cada rua, em cada companheiro, em todos que encontrar, reconheça-o. Reconheça-o em cada resolução, em cada intenção e em cada melodia. Reconheça-o em cada momento, em cada honraria e em cada gesto. Se você é um amante verdadeiro, então reconheça seu Amado em cada cor. Na Índia, diferentes partes do dia e da noite são relacionados a um kāla específico o termo kāla significa tempo. Dentro desse kāla existem seguimentos de tempo mais específicos, chamados muhūrta, e alguns desses kālas e muhūrtas são considerados especialmente auspiciosos. Iniciamos a Celebração de Aniversário com o Arati da Manhã durante aruṇodaya-kāla ou brahma-muhūrta. Havíamos acabado de ter satsang no madhyāna-kāla ou abhijit- muhūrta, que é ao meio-dia. E antes da conclusão do satsang, o Mestre de Cerimônias revelou uma surpresa: que a celebração continuaria além da programação que nós, os participantes, havíamos criado! No entardecer, durante sāyaṅ-kāla, nós cantaríamos o Arati da Tarde no Templo de Bhagavan Nityananda, com Gurumayi. Que perfeito! A Celebração de Aniversário de 24 de junho englobaria os três momentos mais auspiciosos do dia e, durante esses momentos, estaríamos engajados nas práticas de Siddha Yoga. Continua...

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