DELIBERAÇÃO CME Nº 01/2004 Dispõe sobre autorização de funcionamento e credenciamento de cursos semi presenciais e credenciamento da instituição de Ensino CEMES Profª Odete Nassif Gabriel para a realização de Exames Presenciais de Certificação de Competências, do ensino fundamental para jovens e adultos, no sistema de ensino do Município de São José do Rio Preto. O Conselho Municipal de Educação, no uso de suas atribuições e com fundamento no Art. 80 da Lei Federal n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e no Art. 3º do Decreto Municipal n.º 10.905/00, Delibera: Art. 1º - O credenciamento de instituições que vierem a adotar o funcionamento de cursos semi-presenciais de ensino fundamental para jovens e adultos, no sistema de ensino do Município de São José do Rio Preto, regulam-se por esta Deliberação. Parágrafo único A competência para a concessão do credenciamento e funcionamento referidos neste artigo é do Conselho Municipal de Educação. Art. 2º - O curso semi-presencial constituir-se-á de uma forma de ensino que mantém disponível corpo docente habilitado, efetivo na Unidade Escolar que possibilite a aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados. 1
Parágrafo único - Os cursos ministrados em regime semi-presencial serão organizados em regime especial, com flexibilidade de requisitos para admissão e horário, sem prejuízo dos objetivos e das diretrizes curriculares fixadas nacionalmente. Art. 3º - Os cursos semi-presenciais que conferem certificado de conclusão do ensino fundamental para jovens e adultos serão oferecidos por instituições públicas municipais especialmente credenciadas para esse fim, nos termos desta Deliberação. 1º - O credenciamento de instituições para realização de exames presenciais serão limitados ao prazo de cinco (5) anos, podendo ser renovados após avaliação de qualidade. 2º - A avaliação de que se trata o parágrafo anterior obedecerá a procedimentos, critérios e indicadores de qualidade definidos pelo Conselho Municipal de Educação em norma própria. 3º - A falta de atendimento aos padrões de qualidade e a ocorrência de irregularidade de qualquer ordem serão objeto de diligência, sindicância e, se for o caso, de processo administrativo que vise sua apuração, sustando-se, de imediato, a tramitação de pleitos de interesse da instituição, podendo ainda acarretar-lhe o descredenciamento. Art. 4º - O credenciamento de instituição para oferecer cursos semi-presenciais e ou exames presenciais será concedido por meio de ato da Presidência do Conselho Municipal de Educação, mediante pedido da Secretaria Municipal da Educação com as seguintes informações: 2
I Regimento Interno da instituição interessada e definição do seu modelo de gestão, incluindo organograma funcional, descrição das funções e formas de acesso a cada cargo, esclarecendo atribuições pedagógicas e administrativas, qualificação mínima exigida e formas de acesso a cargos diretivos ou de coordenação, bem como a composição e atribuições dos órgãos Colegiados existentes; II - qualificação acadêmica e experiência profissional das equipes multidisciplinares corpo docente e especialistas nos diferentes meios de informação a serem utilizados - e eventuais instituições parceiras; III - síntese da proposta pedagógica; IV - identificação da instituição interessada; V - dados sobre o curso pretendido: objetivos, estrutura curricular, ementas, material didático e meios instrucionais a serem utilizados; VI - descrição da infra-estrutura, em função do projeto a ser desenvolvido: instalações físicas, destacando salas para o atendimento de alunos; laboratórios, biblioteca atualizada com acervo de periódicos e livros, bem como fitas de áudio e vídeos; equipamentos que serão utilizados, tais como: televisão, videocassete, audiocassete, e equipamentos para vídeo. VII - descrição do processo de avaliação do aluno. 1º - O início de funcionamento das atividades da instituição somente poderá ocorrer após o credenciamento. 3
2º - A inobservância do disposto no parágrafo anterior implicará na imediata suspensão da análise do pedido. Art. 5º - Os pedidos de credenciamento de instituições serão apreciados e relatados por Conselheiro da Câmara correspondente, cujo parecer será discutido e votado nas respectivas Câmaras e no Conselho Pleno. Parágrafo único - Para fins de supervisão, a instituição credenciada, para realizar Exames Presenciais de Certificação de Competências ficará vinculada à Secretaria Municipal da Educação através de seu órgão próprio. Art. 6º - Os cursos semi-presenciais poderão aceitar transferência com aproveitamento de estudos obtidos pelos alunos de cursos presenciais, da mesma forma que as certificações totais ou parciais obtidas em Exames de Certificação de Competências poderão ser aceitas em cursos presenciais, observado o disposto nos respectivos Regimentos Escolares de cada Instituição. Parágrafo 1º As instituições deverão oferecer um exame presencial de certificação de competências ao final de cada semestre letivo para alunos que comprovarem a eliminação de todos os módulos dos componentes curriculares exigidos pela legislação. Parágrafo 2º - Os certificados ou diplomas serão expedidos pela instituição em que o aluno submeteu-se às avaliações, com vistas à conclusão do curso, conforme o parágrafo único do artigo 8º desta Deliberação. Art. 7º - Os certificados expedidos por instituição credenciada nos termos desta Deliberação a oferecer cursos semi-presenciais e Exames de certificação de competências terão a mesma validade dos cursos presenciais. 4
Art. 8º - A avaliação do aluno para fins de certificação ou diplomação realizarse-á por meio de exames presenciais, de responsabilidade da instituição credenciada, segundo procedimentos e critérios definidos no projeto autorizado com acompanhamento da Secretaria Municipal de Educação. 1 As avaliações a serem realizadas deverão ser previamente enviadas à Secretaria Municipal da Educação e Homologadas pelo Secretário, observando o sigilo quanto ao conteúdo das questões. 2 As avaliações com vistas à conclusão do ensino fundamental compreenderão, no mínimo, a base nacional comum dos currículos e as competências descritas nas diretrizes curriculares nacionais, bem como os conteúdos e brasilidades propostas nos projetos da instituição autorizada. Art. 9º - Esta Deliberação entrará em vigor na data de sua publicação, após devidamente homologada, revogando-se as disposições em contrário. Esta Deliberação foi aprovada em reunião extraordinária do Conselho Municipal de Educação realizada em 22 de julho de 2004. Conselheiros Presentes: Andréa Ferreira, Antonio Carlos Tozzo, Antônio César Frassetto, Benvenida Lopes Soler Rodrigues, Celi Regina da Cruz, Cleuza M. Idalgo Ferreira Abib, Luiz Tadeu Pessutto, Maria José Bacurau Figueiredo, Rosycarmem Pontes Gestal Alvares, Valdeci de Almeida Vianna, Vera Lúcia de Souza Góes. Prof.ª Celi Regina da Cruz vice-presidente no exercício da Presidência 5