GEOGRAFIA 4 DEGRADAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

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Transcrição:

GEOGRAFIA 4 DEGRADAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

6 A FORMAÇÃO DO BRASIL O território brasileiro tal qual o concebemos hoje é resultado de profundas transformações ocorridas no curso da história a partir da chegada dos primeiros colonizadores europeus. Durante o processo de colonização se deram as primeiras tentativas de propor formas de organização que demandaram divisões politicas e administrativas para gerir o território brasileiro. Do século XVI ao século XX, o território esteve sobre diferentes estruturas políticoadministrativas: capitanias donatarias, as capitanias hereditárias, as províncias e a que vigora até os dias atuais, os Estados, Distritos e os Municípios. A expansão territorial brasileira recebeu diversas influências das atividades econômicas. Inicialmente, com a economia colonial (1500-1822), tudo girava em função das produções ligadas aos gêneros primários. Essa demanda também correspondia aos anseios de exportação para atender os desejos da metrópole portuguesa a qual o Brasil estava ligado. 6.1 DA COLONIZAÇÃO A FORMAÇÃO DO BRASIL Os traços que o Brasil de uma maneira geral carrega em nossos dias tem extrema ligação com as características da ocupação inicial e colonização por parte dos europeus legaram a este território. No início, após a chegada dos primeiros europeus ao Brasil, o governo português não se entusiasmou pela sua colonização. Esse interesse somente surgiu 30 anos após a conquista e posse do território brasileiro, em virtude de outros países europeus começarem a cobiçar as riquezas brasileiras. Fatores de ordem econômica também contribuíram para que Portugal resolvesse dar início à colonização do Brasil. O comércio português no Oriente começava a entrar em declínio, Assim Portugal necessitando de novas alternativas comerciais, passou a ver o Brasil como opção. A partir daí a História mostra que o Brasil passou a ser uma colônia de exploração, ou seja, cabia à colônia fornecer matéria-prima para as atividades manufatureiras localizadas nas metropóles. Esta exploração que teve início por volta de 1500, permaneceu até o início do século XIX. Até aproximadamente 1530, o chamado de período pré-colonial, a única atividade econômica sitemática exercida no Brasil foi a exploração de pau-brasil, (começa aí o desmatamento), utilizado para a fabricação de tinturas. No século XVII, não havia mais paubrasil. Nesse período, no intervalo do século XVI, o pau-brasil era o principal objeto de exploração e movimentava toda a economia do país. Nos séculos posteriores esse recurso começou a ficar escasso e os portugueses iniciaram a busca por outras riquezas para o desenvolvimento da economia. Com o passar dos tempos e toda essa movimentação o território já estava ampliado. Nessa época foram iniciadas as plantações da cana-de-açúcar e foram iniciadas as atividades pecuárias. Outro ciclo de riquezas e desenvolvimento do território foi iniciado por volta de 1740 a 1750 já no século XVIII: eram as atividades mineradoras. Extrair recursos minerais do solo brasileiro passou a fazer parte do desejo dos portugueses, o que gerava uma grande expansão do território.

Em virtude de, ter se estabelecido uma economia agroexportadora de produtos primários para Portugal e Europa, fator este que motivou a concentração da população junto ao litoral e suas proximidades, e explica esta característica atual da distribuição da população brasileira de se concentrar próximo ao litoral. - Arquipélagos Econômicos Em uma leitura da história percebemos que a expansão territorial brasileira também começou a ser mais observada a partir da divisão dos arquipélagos (ilhas). Ao passo que as atividades econômicas passavam por mudanças, surgiam novas cidades, distantes umas das outras, o que já começava a desenhar o cenário do país. É como se o país expandisse um pouco de forma desigual, sem muita articulação ou coordenação Arquipélago econômico consiste em uma estrutura em que o espaço geográfico nacional não é integrado, apresentando várias áreas desarticuladas. O Brasil, nos tempos de Colônia, era tido como um arquipélago econômico: havia a economia açucareira no Nordeste, o algodão no Maranhão, a pecuária nos sertões, a mineração no Sudeste, e o extrativismo vegetal em todo o litoral, sul e Amazônia. Essas eram as principais ilhas formadoras do arquipélago econômico. Cada uma delas integrava-se diretamente com o mercado externo, sem se articularem em um mercado nacional. 6.2 MOVIMENTO DE INTEGRAÇÃO Até o período de 1930 algumas atividades econômicas principais desenvolvidas no Brasil estavam ligadas à cana, minérios e café. Essas atividades eram destinadas ao mercado de exportação. Foi depois de 1930 que começou um processo de movimentação interna, com base nas demandas do próprio país. Também nessa fase ganhou força a ideia de que o Brasil não estava restrito ao seu litoral. A economia poderia, nesse sentido, promover uma integração dos territórios do país. Se essa integração fosse materializada, muitos ganhos poderiam ser observados. Essa realidade começou a fazer parte da rotina dos brasileiros a partir do momento em que o processo de industrialização foi iniciado na década de 1930. A consolidação também foi bastante observada a partir da década de 1950. 7 O TERRITÓRIO BRASILEIRO ATUAL O Brasil, como sabemos, é um país com um imenso território, e sua atual divisão político administrativa compreende 27 unidades federativas: 26 estados um Distrito Federal. Os estados estão divididos em municípios que se dividem em distritos. O território esta dividido em Estados, que possuem independência administrativa, e estão submetidos à constituição brasileira assim como as legislações da constituição estadual. As unidades federativas possuem autonomia (autogoverno, autolegislação e autoarrecadação), porém não soberania, está que é representada externamente pela união.

ATUAL DIVISÃO POLITICO-ADMINISTRATIVA O Brasil é um país autônomo (constituinte de 1988) e independente politicamente, possui um território dividido em estados, que nesse caso são vinte seis, além do distrito federal que representa uma unidade da federação que foi instituída com intuito de abrigar a capital do Brasil e também a sede do Governo Federal. DISTRITO FEDERAL Trata-se de uma das 27 Unidades Federativas do Brasil, nesta unidade autônoma se encontra a sede do Governo Federal com seus poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Tem as mesmas competências legislativas reservadas aos estados e aos municípios, e está regido por Lei Orgânica, sendo vedada a possibilidade de divisões em municípios. Ressalta-se a importância de destacar que o Distrito Federal é a unidade autônoma que abriga a capital federal, a cidade de Brasília. ESTADOS Os estados constituem as unidades de maior hierarquia dentro da divisão atual do País. Nos estados estão os municípios e estes podem ser incorporados entre si, subdivididos e até mesmo desmembrado para serem incorporados a outros, ou formarem novos estados ou territórios federais, isto, mediante aprovação de sua população interessada diretamente, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional por Lei Complementar. A localidade que abriga a sede do governo do estado é dada como Capital, por exemplo Salvador a Capital do estado da Bahia.

MUNICÍPIO Um município é uma subdivisão administrativa de uso geral, ao contrário de um distrito, que tem fins especiais. No Brasil, o município é a menor unidade político-administrativa existente, sendo todo o território nacional dividido em municípios, à exceção do Distrito Federal e do arquipélago de Fernando de Noronha, que é um distrito estadual de Pernambuco. A criação, incorporação, fusão ou desmembramento dependem de leis estaduais, que devem observar o período determinado por Lei Complementar Federal e a necessidade de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações envolvidas, após estudos de viabilidade municipal. Os municípios são regidos por leis orgânicas, observados os princípios estabelecidos na Constituição Federal e na constituição do estado onde está situado, e podem criar, organizar e suprimir distritos. DISTRITO Distrito é a denominação dada às subdivisões administrativas de nível municipal que não gozam de autonomia política. Os distritos costumam estar ulteriormente divididos em bairros. Nos municípios maiores, podem sediar subprefeituras ou administrações regionais, como no caso das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. A sua criação, desmembramento ou fusão dependem de leis municipais, que devem observar a continuidade territorial e os requisitos previstos em lei complementar estadual. 7.1 REGIONALIZAÇÃO Por regionalização pode-se entender a divisão de um grande espaço territorial, com critérios previamente estabelecidos, em áreas menores que passam a ser chamadas de regiões. Cada região se diferencia das outras por apresentar particularidades próprias. Quando vamos tratar de regionalização devemos considerar o fato de que existem uma diversidade delas, a necessidade de dividir o território para o organizar, administrar e o estudar justifica a demanda por estas tais regionalizações. Em escala nacional consideram-se principalmente três regionalizações em especial: 7.1.1 Regionalização IBGE A regionalização, proposta em 1969, foi elaborada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e sua implantação efetiva vigorou a partir de 1 de janeiro de 1970. Para

consolidar a divisão do país, o IBGE tomou como base os aspectos naturais, embora tenha levado em conta os fatores humanos ao formar o Sudeste. Foram criadas 5 Regiões: Região Norte Formada pelos estados do Acre, Tocantins, Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará e Amapá. O território é constituído por uma área de 3.851 560 km2, ocupada por aproximadamente 15,8 milhões de pessoas, trata-se da maior região, porém a menos povoada. Banhada pela Bacia Amazônica e onde se localiza a Floresta Amazônica, o clima é predominantemente da região equatorial. Região Nordeste A região caracterizada pela seca ocupa uma área de 1.556.001 km2, onde vivem aproximadamente 53 milhões de pessoas, a segunda em numero de habitantes. É composta pelos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão. O clima varia de acordo com a localização, sendo úmido na parte oriental e ocidental, e semiárido no centro. Região Centro-Oeste Constituída por Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, totaliza uma área de 1.604 852 km2 que abriga aproximadamente 14 milhões de pessoas. É a segunda região mais extensa do País, porém a menos populosa. Sua principal atividade econômica é a agropecuária e o clima é predominantemente tropical. Região Sudeste Região onde vivem cerca de 80,3 milhões de habitantes distribuídos em uma área de 927. 286 km2. É a região brasileira mais desenvolvida economicamente devido ao grande desenvolvimento agrícola, industrial, é a região mais populosa e povoada. O sudeste é constituído por quatro estados, são eles: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. O clima varia de acordo com a localização, sendo tropical atlântico no litoral e tropical de altitude nos planaltos.

Região Sul Ocupa uma extensão territorial de 575. 316 km2, onde se encontram distribuídos cerca de 27,3 milhões de habitantes. A menor das regiões brasileiras é formada pelos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Possui grande influência europeia, especialmente italiana e alemã. O clima é predominantemente subtropical. 7.1.2 Regiões Geoeconômicas ou Complexos Regionais Além da divisão oficial do IBGE, outra proposta caracteriza o território brasileiro segundo a organização da sua economia. Essa outra proposta de regionalização tem como critérios os aspectos naturais e, principalmente, os socioeconômicos, são as chamadas regiões geoeconômicas do Brasil. Os estados que integram essas regiões apresentam várias características em comum, no entanto, é necessário ressaltar que não há homogeneidade, sendo que cada unidade apresenta peculiaridades socioeconômicas. Esta divisão proporciona uma melhor analise do desenvolvimento econômico do Brasil, além de permitir um estudo mais profundo das causas de desigualdade no país. Nesta regionalização desaparecem os limites que separam os estados. Amazônia Abrange os territórios dos estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá, Pará, Tocantins, a porção Oeste Maranhão e o Centro-norte do Mato Grosso. Apesar de ser a maior das regiões, é a menos povoada, com várias de suas áreas contendo o que se chama de vazios demográficos. Isso ocorre graças ao baixo número de habitantes por quilômetro quadrado. É também a região que apresenta os menores índices de industrialização do país, embora exista a Zona Franca de Manaus e o Polo Petroquímico da Petrobras, que são importantes áreas produtivas e que empregam muitos trabalhadores. A Amazônia contribui somente com 8% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, mas sua importância encontra-se mesmo na conservação da Floresta Amazônia, que é cada vez mais ameaçada pela fronteira agrícola no país. As principais capitais dessa região são Manaus, Palmas e Belém.

Centro-Sul A região centro-sul ocupa a área dos estados de Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande de Sul, Mato Grosso do Sul, além de parte do Mato Grosso e de Minas Gerais. É a região mais povoada e economicamente mais avançada, sendo responsável por mais de 78% do PIB brasileiro, apesar de ocupar apenas 26% do território. As principais metrópoles brasileiras São Paulo e Rio de Janeiro encontram-se nessa região. Além disso, as áreas de maior produção industrial (Sudeste e Sul) e agrícola (CentroOeste) também são do centro-sul brasileiro. Seus avanços econômicos ocorreram desde o período da cafeicultura, no início do século XX, que dinamizou não só a produção, como também as infraestruturas. Por outro lado, os elevados índices de urbanização geram vários problemas sociais e a quase destruição de três grandes tipos de vegetação: a Mata Atlântica, a Mata de Araucária e o Cerrado. As principais cidades são São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. Nordeste A região geoeconômica do Nordeste foi à primeira área do Brasil a ser ocupada pelo processo de colonização e guarda até hoje as marcas desse evento histórico. Ela abrange os estados do Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, além do leste do Maranhão e do norte de Minas Gerais. Essa região passou por problemas históricos, sobretudo ao longo do século XX, quando a concentração econômica do Brasil ocorreu no Centro-Sul. Por causa disso, além de alguns problemas relacionados com o clima seco em algumas áreas, o Nordeste sofreu, em grande parte, com a emigração (saída de habitantes) para outras regiões, além de apresentar um elevado grau de dependência. Atualmente, a região está recuperando-se, industrializando-se e aumentando a sua participação no PIB brasileiro, que atualmente se encontra no índice de 14%. As principais cidades são Salvador (que já foi a capital do Brasil), Fortaleza, Recife e Natal. 7.1.3 Regionalização por Milton Santos e Maria L. Silveira O critério principal da regionalização proposta por Milton Santos e Maria Laura Silveira foi o meio técnico-científico-informacional, isto é, a informação e as finanças estão irradiadas de maneiras desiguais e distintas pelo território brasileiro, determinado quatro brasis : Região Amazônica - inclui os estados do Amapá, Pará, Roraima, Amazonas, Acre e Rondônia. Possui uma densidade demográfica reduzida, além de baixa concentração tecnológica e urbanização, ao ser comparada com outras regiões. Sua principal atividade econômica é relacionada ao extrativismo vegetal. Região Centro-Oeste - inclui Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do sul e Tocantins,apresenta uma agricultura globalizada, isto é, moderna, mecanizada e produtiva. A economia é desenvolvida a partir da agricultura de exportação de milho, arroz, soja e algodão e sua modernização é subordinada às demandas do centro econômico do país (Sudeste e Sul). Região Concentrada - inclui Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, é a região que concentra a maior população, as maiores indústrias, os principais portos, aeroportos, shopping centers, supermercados, as principais

rodovias e infovias, as maiores cidades e universidades. Trata-se do polo industrial de desenvolvimento nacional e tem grande influência devido à presença de metrópoles globais como São Paulo e Rio de Janeiro. Portanto, é a região que reúne os principais meios técnicocientíficos e as finanças do país. Região Nordeste - inclui os estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Primeira região a ser povoada, apresenta uma agricultura pouco mecanizada se comparada à Região Centro-Oeste e à região Concentrada. Existe um sinal de industrialização, há fluxo descontínuo de informação e os locais de urbanização estão, principalmente, estabelecidos na faixa litorânea. 7.2 TERRITÓRIO BRASILEIRO O território brasileiro possui como característica principal a sua grande extensão, o que o faz ser considerado como um país de dimensões continentais, ou seja, apresenta uma área equivalente à de um continente, detendo 8.514.876 km² de extensão. Por definição, todo país ou região que apresente uma área maior que a da Austrália (7.692.024 km²) é considerado continental, pois esse país equivale à extensão, quase totalmente, do menor continente existente na Terra, a Oceania. A extensão do território brasileiro é marcada pela grande distanciação de seus pontos extremos de localização. No sentido norte-sul, o Brasil possui uma distância de 4.394 km entre o Monte Caburaí ponto localizado no estado de Roraima e posicionado no extremo norte do país e o Arroio Chuí, esse último posicionado no extremo sul, no Rio Grande do Sul. Já no sentido leste-oeste, a distância é bastante parecida, com 4.319 km separando a Nascente do Rio Moa (Acre), no extremo oeste, da Ponta do Seixas (Paraíba), no extremo leste.

Extremos pontos do Brasil Em termos de posição, a localização do território brasileiro é considerada a partir de vários fatores. O nosso país encontra-se em três hemisférios diferentes ao mesmo tempo: a maior parte no hemisfério sul, uma pequena parte no hemisfério norte e todo o seu território no hemisfério oeste. É cortado ao norte pela Linha do Equador e ao Sul pelo Trópico de Capricórnio, apresentando 92% de sua área em uma zona tropical. Outro aspecto da posição geográfica do Brasil são as suas latitudes e longitudes, ou seja, as suas coordenadas geográficas, que costumam ser medidas a partir da Linha do Equador (latitudes) e a partir do Meridiano de Greenwich (longitudes). Sendo assim, em termos latitudinais, o território brasileiro estende-se desde algo próximo aos 5º Norte até cerca de 33º Sul. Em termos longitudinais, a extensão vai desde os 35º oeste até um pouco menos que os 75º oeste. Mas isso se desconsiderarmos algumas ilhas oceânicas situadas no Atlântico, essas posicionadas em longitudes um pouco menores. Em razão de sua larga extensão no sentido leste-oeste, o Brasil apresenta uma variação grande de fusos horários, totalizando quatro regiões distintas. O primeiro fuso está duas horas atrasado em relação ao Meridiano de Greenwich (-2GMT, portanto) e abrange apenas as ilhas do Atlântico. O segundo e mais importante fuso (-3GMT) abrange a maioria dos estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal e a capital Brasília, sendo, portanto, o horário oficial do país. O terceiro fuso (-4GMT) abrange alguns estados a oeste, a saber: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e a maior parte do Amazonas. Já o quarto fuso (-5GMT) abrange uma pequena parte oeste do Amazonas e o estado do Acre. 7.2.1 AS FRONTEIRAS DO BRASIL Ao todo, o Brasil apresenta 23.102 km de fronteiras, sendo que 15.735 km são compostos por fronteiras terrestres e 7.367 km são fronteiras marítimas. Na América do Sul, o Brasil faz fronteira com quase todos os países do continente, com exceção apenas do Chile e também do Equador, o que representa toda a faixa de limitações terrestres do nosso país. Já nas áreas oceânicas, as fronteiras brasileiras estendem-se durante todo o Oceano Atlântico e são formadas quase que totalmente por praias e regiões completamente habitáveis, elevando o potencial turístico brasileiro. Vale lembrar que, além do espaço terrestre, o Brasil detém soberania sobre 12 milhas além do litoral (Mar Territorial), sem falar nas zonas contíguas e zonas econômicas exclusivas, que foram estabelecidas em tratados internacionais.

As fronteiras do Brasil Em geral, quando falamos em território brasileiro, falamos em um espaço muito amplo e privilegiado, pois, além de ser um dos maiores países do mundo, o Brasil também é um dos que possuem as maiores áreas habitáveis e produtivas. Isso acontece porque os países maiores do que o nosso apresentam, em geral, muitas áreas inóspitas, como regiões polares, montanhosas ou desérticas, o que praticamente inexiste no Brasil. Portanto, em termos naturais, podemos dizer que o Brasil é um espaço dotado de inúmeras riquezas e importâncias.

QUESTÕES DE CONCURSOS 1) (GCM PMS 2008 Q.43) Observe o Mapa. Neste mapa o Brasil foi dividido em: a) Macro-regiões administrativas e os critérios adotados são os limites estaduais. b) Complexos regionais e os critérios adotados são os limites estaduais. c) Regiões ploitico-administrativas e os critérios adotados d)macro-regiões administrativas e os critérios adotados são as características socioeconômicas de cada município. e) Regiões geoeconômicas e os critérios adotados são os aspectos socioeconômicos. 2) A principal característica socioeconômica que difere o Complexo Regional da Amazônia das demais regiões geoeconômicas brasileiras é: a) a concentração das atividades no setor primário, com destaque para o extrativismo. b) o intensivo adensamento demográfico na segunda metade do século XX. c) a presença da Zona Franca de Manaus, um importante polo industrial. d) a existência de áreas comerciais de integração com os países ao norte. e) a maior ocupação militar em razão da necessidade de preservação ambiental. 3) (Oficial PM/PA/2010 Q.57) Na regionalização do espaço brasileiro, os geógrafos Milton Santos e Maria Laura Silveira dividiram o Brasil nas seguintes regiões: a Amazônia, O Brasil do Nordeste, o Centro-oeste e a Região Concentrada. A respeito dessa regionalização trata-se de uma proposta baseada: a) Em dominós morfoclimaticos e, portanto, que considera a dinâmica dos elementos da natureza, como a geomorfologia, a vegetação e o clima.

b) Nas áreas de polarização das principais metrópoles nacionais e regionais brasileiras, e portanto, de caráter notadamente econômico. c) Na formação socioespacial brasileira, e, portanto, que considera, dentre outros, elementos geoeconômicos do atual período técnico-cientifico-informacional. d) Em critérios politico-administrativo e portanto, uma regionalização de caráter social e cultural, oficialmente reconhecida e utilizada pelo governo brasileiro. 4) Uma característica do território brasileiro bastante relevante é a sua grande extensão longitudinal. Do extremo leste, a Ponta do Seixas, em Paraíba, até o extremo oeste, a Nascente do Rio Moa, no Acre, há uma distância de 4.319 quilômetros. Uma característica socioespacial do Brasil resultante do fator acima apresentado é: a) elevada variação climática b) presença de domínios naturais diversificados c) existência de vários fusos horários d) acentuada unidade topográfica e) facilidade para o deslocamento rodoviário 5) A localização do Brasil, banhado pelo Oceano Atlântico, cujo relevo submarino é diferente do Oceano Pacífico, afasta a possibilidade de ocorrência de tsunamis (ondas gigantes) no país, como o que atingiu a costa nordeste do Japão na madrugada de hoje (horário de Brasília). Último Segundo, 11 mar. 2011. Disponível em: <http://ultimosegundo.ig.com.br>. Acesso em: 28 ago. 2015. A principal característica do Brasil que diminui a possibilidade de tsunamis é: a) estabilidade climática preponderante b) formação geológica antiga c) ausência de massas de ar litorâneas d) afastamento das zonas tectônicas e) elevação altimétrica do território 6)De todas as transformações impostas pelo meio técnico-científico-informacional à logística de transportes, interessa-nos mais de perto a intermodalidade. E por uma razão muito simples: o potencial que tal ferramenta logística ostenta permite que haja, de fato, um sistema de transportes condizente com a escala geográfica do Brasil. Huertas, D. M. O papel dos transportes na expansão recente da fronteira agrícola brasileira. Revista Transporte y territorio, Universidade de Buenos Aires, n. 3, 2010 (adaptado). A necessidade de modais de transporte interligados, no território brasileiro, justifica-se pela(s) A) variações climáticas no território, associadas à interiorização da produção. B) grandes distâncias e a busca da redução dos custos de transporte. C) formação geológica do país, que impede o uso de um único modal. D) proximidade entre a área de produção agrícola intensiva e os portos. E) diminuição dos fluxos materiais em detrimento de fluxos imateriais. 7) As fronteiras brasileiras, todas elas posicionadas na América do Sul, totalizam 23.102 quilômetros de extensão. Desse total, mais de 15 mil quilômetros encontram-se em terras emersas, fazendo fronteira com todos os países sul-americanos, exceto: a) Venezuela e Colômbia b) Chile e Equador

c) Uruguai e Guiana Francesa d) Panamá e Peru GABARITO 1-E 2- A 3-C 4-C 5-D 6-B 7-B