ÍNDICE APRESENTAÇÃO... 3 CAPÍTULO I APLICAÇÃO E DEFINIÇÕES... 4 CAPÍTULO II FINALIDADES E PRINCÍPIOS GERAIS... 5

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Transcrição:

ÍNDICE APRESENTAÇÃO... 3 CAPÍTULO I APLICAÇÃO E DEFINIÇÕES... 4 CAPÍTULO II FINALIDADES E PRINCÍPIOS GERAIS... 5 CAPÍTULO III QUADRO FUNCIONAL DA FUNDAÇÃO... 6 CAPÍTULO IV COMITÊ DE ÉTICA E DE CONDUTA... 9 CAPÍTULO V SANÇÕES... 11 CAPÍTULO VI REGULAMENTOS: FINALIDADES E NATUREZA... 12 CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕESTRANSITÓRIAS E FINAIS... 13 2

APRESENTAÇÃO A Previdência Complementar no Brasil é disciplinada por normativos que abrangem uma gama de atos legislativos que vão desde preceitos constitucionais expressos até simples circulares baixadas por autoridades reguladoras. Embora seja essa legislação um excelente cabedal orientador de procedimentos operacionais, as necessidades do Sistema recomendam sua atualização ou, pelo menos, sua complementação frequente. Como normas constitucionais, infraconstitucionais, legais ou infralegais tem aquela legislação força coercitiva, embora não esgote toda a atuação e participação dos operadores do Sistema de Previdência Complementar nas Entidades em que atuam. Por isso, a própria Resolução n 13, de 01 de outubro de 2004, do Conselho de Gestão da Previdência Complementar, em seu artigo 3º, parágrafo único, diz ser recomendável a instituição de código de ética e conduta e a sua ampla divulgação, inclusive aos participantes e assistidos e às partes relacionadas, assegurando-se o seu cumprimento. Este Código de Ética e de Conduta, que ora oferecemos à reflexão de nossos administradores, gestores, membros de órgãos fiscais internos, colaboradores, participantes, assistidos, beneficiários, enfim a todo o universo de pessoas com as quais nos relacionamos, consubstancia medidas de autorregulamentação. Ele não é uma lei interna, mas suas obrigações implicam num nível de comportamento ético que excede às solicitações legais e, por isso, pode ter força simbólica equivalente. Assim, embora um Código de Ética e de Conduta possa prever sanções para os descumprimentos de seus dispositivos, essas sanções dependerão sempre da existência de uma legislação que as ampare, proteja, mas, ao mesmo tempo, possa limitá-los ou ampliá-los. Por isso, não são necessários complexos exercícios de reflexão e lógica para atinar com o objetivo da recomendação do Conselho de Gestão da Previdência Complementar. É fácil compreender que a organização de qualquer conglomerado humano, e o nosso universo não foge à regra, desde os seus primórdios, foi alicerçada em princípios éticos, mais ou menos amplos do que o próprio Direito positivo. Com o escopo de dar cumprimento à predita recomendação governamental, adotamos o seguinte Código de Ética e de Conduta a ser observado em nossas relações internas e externas, em todos os níveis da Administração, empregados, gerências com poder de gestão, participantes, assistidos, dependentes e com todas as pessoas físicas ou jurídicas com quem mantivermos qualquer tipo de relação. 3 DIRETORIA EXECUTIVA

CAPÍTULO I APLICAÇÃO E DEFINIÇÕES Art. 1 - Este Código de Ética e de Conduta da Fundação Banrisul de Seguridade Social é aplicável a todas as pessoas físicas ou jurídicas que com ela mantenham qualquer relação de natureza operacional, administrativa ou associativa. Art. 2 - As seguintes expressões empregadas neste Código, em sua forma plural ou singular, terão os seguintes significados: 1. Administradores - membros do Conselho Deliberativo, da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal da Fundação; 2. Cargos Gerenciais - são os exercidos por titulares de Assessorias, Consultorias, Gerências e da Secretaria da Diretoria Executiva da Fundação; 3. Código este Código de Ética e de Conduta da Fundação é aplicável a todos os membros de órgãos estatutários, empregados, cedidos, contratados, participantes, assistidos, beneficiários e todas as demais pessoas físicas ou jurídicas que mantenham qualquer tipo de relação com a Fundação; 4. Comitê Comitê de Ética e de Conduta da Fundação; 5. Cedido é a pessoa física que mantenha relação trabalhista com os Patrocinadores e esteja a serviço da Fundação. 6. Contratado é pessoa, física ou jurídica, que seja contratada pela Fundação para fornecimento de serviços ou produtos; 7. Derivativos todo e qualquer título ou valor mobiliário negociado em mercados de liquidação futura ou outros ativos tendo como lastro ou objeto valores mobiliários emitidos por uma pessoa jurídica; 8. Empregado é pessoa física que mantenha relação trabalhista com a Fundação; 9. Empregado ou Administrador em Função Privilegiada - conceito aplicado em conjunto ou isoladamente, às pessoas que atuando nas áreas operacionais ou administrativas da Fundação, tenham acesso a informações privilegiadas de qualquer natureza. 10. Estatuto Estatuto Social da Fundação; 11. Fundação é a Fundação Banrisul de Seguridade Social; 12. Infração toda e qualquer conduta que viole a legislação vigente, o Estatuto e este Código de Ética e de Conduta; 13. Instituidores é pessoa jurídica de caráter profissional, classista ou setorial que venha a manter convênio de adesão com a Fundação, nos termos da legislação vigente; 14. Investimentos Pessoais aplicações em ativos mobiliários ou imobiliários, de titularidade de administradores ou empregados em função privilegiada, excetuando-se as aplicações realizadas por Fundos de Investimento e nos estabelecimentos das patrocinadoras; 15. Liberalidade ato a título gratuito, de mera magnanimidade, que venha trazer benefícios ou favorecer economicamente a outrem; 4

5 CÓDIGO DE ÉTICA E CONDUTA 16. Participantes abrangendo, para efeitos deste diploma, empregados de patrocinador ou instituidor, segurados ou aposentados pelo INSS, e seus dependentes, inscritos na Fundação, nos termos de seus regulamentos próprios ou em convênios de adesão com ela celebrados; 17. Patrocinadora pessoa jurídica sediada no País que mantenha Convênio de Adesão com a Fundação, nos termos da legislação vigente; 18. Política de Investimentos significa o conjunto de diretrizes estabelecidas para garantir o cumprimento das metas atuariais da Fundação. 19. Órgãos Estatutários Conselho Deliberativo, a Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal da Fundação; 20. Pessoa Ligada a) qualquer pessoa natural com quem o Administrador tenha relação negocial habitual; ou b) o cônjuge ou companheiro(a), o parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou na colateral até o segundo grau e os dependentes incluídos na declaração anual do imposto de renda do Administrador; ou c) qualquer pessoa jurídica na qual o Administrador ou pessoa física a ele relacionada, direta ou indiretamente, seja titular de participação superior a 5% (cinco por cento) do capital total, assim como suas subsidiárias, controladoras e coligadas; ou d) qualquer pessoa jurídica na qual o Administrador ou pessoa física a ele relacionada, direta ou indiretamente, possua influência significativa na sua administração, caracterizando-se como influência significativa o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras, comerciais e operacionais da pessoa jurídica; ou e) qualquer pessoa que participe da administração de pessoa jurídica que seja considerada pessoa ligada nos termos dos itens c) e d) acima. 21. Quadro Funcional os titulares de Cargos Gerenciais, os empregados da Fundação, os cedidos à Fundação e, ainda, para efeitos deste Código, os membros efetivos e respectivos suplentes dos Órgãos Estatutários. CAPÍTULO II FINALIDADES E PRINCÍPIOS GERAIS Art. 3º - Este Código tem as seguintes finalidades: I. definir princípios de ética e de conduta a serem observados pelos integrantes do Quadro Funcional no exercício de suas atribuições na Fundação e no limite de suas competências, contribuindo para o aperfeiçoamento dos padrões éticos no âmbito da Fundação; II. preservar a imagem e a reputação da Fundação e do Quadro Funcional, contribuindo para o desenvolvimento e fortalecimento dela; III. dar cumprimento integral dos compromissos previdenciários contratados pela Fundação, bem como de todos os contratos por ela firmados; IV. estabelecer regras básicas sobre conflitos de interesse; V. definir princípios básicos sobre a conduta nos negócios e nas operações da Fundação, bem como na gestão do seu patrimônio; VI. criar mecanismo de consulta sobre conduta ética de integrante do Quadro Funcional da Fundação.

Art. 4º - Os integrantes do Quadro Funcional deverão observar e fazer que sejam observados os seguintes princípios gerais: I. os Participantes são a razão de ser da Fundação e o centro das atenções de seu Quadro Funcional, que tem o dever de contribuir para que esse princípio esteja presente no desenvolvimento de suas ações; II. o patrimônio da Fundação, como fonte dos recursos financeiros indispensáveis aos programas previdenciários por ela oferecidos e garantidos aos Participantes, deve ser gerido com vista ao seu fortalecimento quantitativo e qualitativo, e os integrantes do Quadro Funcional, no exercício de suas funções, têm o dever de contribuir para que esse princípio esteja presente na orientação interna e na condução dos negócios da Fundação; III. a realização dos negócios da Fundação deve ser norteada pelos critérios de probidade, enfatizando rentabilidade, liquidez, transparência e segurança, de modo a garantir o atendimento dos seus programas de benefícios e a sua função social; IV. os interesses privados e o uso dos bens e instalações da Instituição devem ser subordinados aos interesses desta, abstendo-se o Quadro Funcional de exercer sua atividade própria para finalidades estranhas aos interesses da comunidade que a Fundação representa; V. inatacabilidade, a qualquer tempo, dos membros do Comitê por suas manifestações, palavras, votos e decisões; VI. compromisso com fornecedores, com clientes e participantes ensejando garantias de qualidade sobre benefícios e serviços; VII. equilíbrio de participação nas relações de poder dirigente entre executivos, conselho deliberativo, fiscal e o conjunto de patrocinadores, instituidores, participantes, assistidos e seus beneficiários; VIII. relação de respeito e lealdade às chefias e aos subordinados e, entre todos, respeito absoluto, sem quaisquer discriminações de sexo, idade, cor, etnia, religião, convicção política, escolaridade, estética, condição física, tudo como expressão de lealdade à empresa. CAPÍTULO III QUADRO FUNCIONAL DA FUNDAÇÃO Conduta Básica Art. 5º - Os integrantes do Quadro Funcional, no exercício de suas atribuições na Fundação, cumprirão os deveres e observarão os padrões éticos prescritos neste Código, sob pena de infração funcional ou estatutária. Parágrafo Primeiro Os contratados, no exercício de atividade na Fundação, estarão igualmente sujeitos ao alcance desta norma, devendo cumprir os deveres e observar os padrões éticos prescritos. 6

7 CÓDIGO DE ÉTICA E CONDUTA Parágrafo Segundo Os preceitos deste Código devem também ser cumpridos pelos integrantes do Conselho Deliberativo, da Diretoria Executiva, do Conselho Fiscal, pelos participantes, assistidos, beneficiários e por todos aqueles que a Fundação mantenha qualquer relacionamento. Deveres Essenciais Art. 6º - São deveres essenciais dos integrantes do Quadro Funcional e Contratados da Fundação: I. empregar, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração dos seus próprios negócios, e aplicar seu saber e talento em proveito do desenvolvimento e fortalecimento da Fundação; II. atender às exigências da função social da Fundação, atuando segundo os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da razoabilidade; III. contribuir para a permanente solidez econômica e financeira da Fundação; IV. não omitir ou falsear a verdade, exercendo suas atribuições de forma transparente e cooperativa; V. agir com cortesia, urbanidade, atenção e presteza no trato com as demais pessoas; VI. manter absoluto sigilo de informações e elementos relativos a negócios da Fundação e a atividades de terceiros que estudem ou mantenham negócios com a Fundação, obtidos em razão de sua função na Fundação; VII. não se valer de oportunidades surgidas no exercício de suas atividades para obter benefício próprio ou de outrem, com ou sem prejuízo à Fundação; VIII. não se omitir no exercício ou proteção de direitos da Fundação, comunicando de imediato a seu superior hierárquico, ou ao Comitê de Ética e de Conduta da Instituição, qualquer fato que seja ou possa ser prejudicial à Fundação; IX. zelar e colaborar com o Comitê de Ética e de Conduta da Fundação na observância dos princípios estabelecidos por este Código; X. exercer, com estrita moderação, as prerrogativas funcionais que lhes são atribuídas; XI. obedecer às políticas, normas e procedimentos vigentes na Fundação. Vedações Art. 7º - É vedado aos integrantes do Quadro Funcional e Contratados: I. exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha aos interesses da comunidade representada pela Fundação, mesmo que observadas as formalidades procedimentais vigentes; II. III. praticar ato de liberalidade à custa da Fundação; aceitar presente, sob forma alguma, de quem tenha interesse que possa ser afetado, direta ou indiretamente, por decisões de sua competência ou de seus subordinados hierárquicos, entendido que o disposto neste inciso não se

aplica a gesto costumeiro de cortesia ou brinde de valor igual ou inferior a um salário mínimo, ou sem valor comercial; IV. manifestar-se em nome ou por conta da Fundação, por qualquer meio de comunicação, sobre assuntos relacionados à Fundação, salvo se em razão de sua competência funcional e desde que previamente autorizado pelo órgão a que estiver subordinado ou fizer parte integrante; V. valer-se de sua posição hierárquica ou cargo na Fundação para invadir a privacidade de outrem nas relações de trabalho, quer por gestos e comentários, quer por atitudes ou propostas que, implícita ou explicitamente, gerem constrangimento ou desrespeito à individualidade; VI. ser conivente com infração ao Estatuto, a este Código, aos regimentos e aos regulamentos internos da Fundação. Conflito de Interesse Art. 8º - Os integrantes do Quadro Funcional e Contratados não podem intervir em qualquer ato ou matéria em que tiverem interesse conflitante com o da Fundação, nem sobre elas deliberar, cumprindo-lhes cientificar seu superior hierárquico do seu impedimento e da extensão do conflito de interesse. Improbidade Funcional Art. 9º - A infração aos preceitos dos incisos II, IV, VI, VII, e VIII do artigo 6º, dos incisos II, III, V e VI do artigo 7º e do artigo 8º constitui improbidade funcional. A infração aos demais preceitos constitui falta disciplinar. Responsabilidade Art. 10 - Os integrantes do Quadro Funcional e Contratados serão responsabilizados por ações ou omissões no exercício de seu cargo ou função que causem prejuízos patrimoniais, morais ou de imagem, à Fundação. Parágrafo Primeiro - A responsabilidade de integrante do Quadro Funcional e do Contratado será apurada, reconhecida e declarada pelo Comitê de Ética e de Conduta da Fundação, mediante instauração de processo disciplinar. Parágrafo Segundo - A decisão que reconhecer e declarar responsabilidade de integrante do Quadro Funcional, será, conjuntamente com os autos do processo disciplinar, enviada à Assessoria Jurídica para a propositura da competente ação judicial. 8

CAPÍTULO IV COMITÊ DE ÉTICA E DE CONDUTA Finalidade Essencial Art. 11 - O Comitê de Ética e de Conduta da Fundação tem por finalidade essencial orientar e promover o cumprimento e dar execução a este Código, mantendo-o periodicamente atualizado, bem como esclarecer consultas, instaurar processo disciplinar e propor sanções às infrações às disposições do Código. Competência Art. 12 - Compete ao Comitê de Ética e de Conduta da Fundação: I. orientar e aconselhar sobre conduta e ética os integrantes do Quadro Funcional e os Contratados, respondendo às consultas em tese e expedindo circular interna com ementa da resposta à consulta; II. propor atualização das normas do presente Código ou seus anexos; III. apurar infração a este Código ou aos regulamentos a ele aplicáveis e propor à autoridade competente o enquadramento nas sanções cabíveis; IV. instaurar processo disciplinar, de ofício ou mediante representação de interessado, apresentada por escrito e assinada, entregue ao Coordenador do Comitê; V. elaborar seu Regimento Interno e eventuais alterações a esta norma, que serão submetidas à aprovação do Conselho Deliberativo da Fundação. Composição Art. 13 - O Comitê de Ética e de Conduta da Fundação será composto de 5 (cinco) membros efetivos e igual número de suplentes, nomeados pela forma prevista neste artigo, com prazo de mandato de 2 (dois) anos, admitida apenas uma recondução. Parágrafo Primeiro - O Comitê designará, por escrutínio secreto, dentre os membros efetivos, aquele que exercerá sua Coordenação e o respectivo substituto. Parágrafo Segundo - Na composição do Comitê serão observadas as seguintes regras: I. 02 (dois) membros efetivos e respectivos suplentes serão indicados pelo Conselho Deliberativo; II. 03 (três) membros efetivos e respectivos suplentes serão indicados pela Diretoria Executiva, sendo que, pelo menos, um deles e seu suplente deverão ser escolhidos dentre os empregados ativos da Fundação, sem Cargo Gerencial. Parágrafo Terceiro - Os membros do Comitê tomarão posse mediante assinatura de termo lavrado em livro próprio. 9

Parágrafo Quarto - Os membros efetivos e suplentes do Comitê não farão jus à remuneração pelo exercício do cargo. Parágrafo Quinto - Os membros efetivos e suplentes do Comitê, são incensuráveis por suas opiniões, palavras, votos e decisões proferidas no exercício de suas funções. Elegibilidade Art. 14 - Estarão habilitados a compor o Comitê de Ética e de Conduta os participantes ativos e inativos da Fundação, estes últimos em gozo de benefício programável, nos termos regulamentares do plano a que pertencerem. Proibições Art. 15 - É vedado aos membros do Comitê de Ética e de Conduta da Fundação: I. intervir em qualquer ato ou matéria, bem como em processo disciplinar, em que tiver interesse, direto ou indireto, ou envolva indivíduo em relação a quem tenha inimizade ou antipatia, ou relação jurídica contratual de qualquer natureza, cumprindo-lhe cientificar o Coordenador do Comitê de seu impedimento; II. divulgar ou fornecer informação sobre o processo disciplinar em trâmite no âmbito do Comitê; III. omitir-se na prática de ato de sua competência por prazo superior a 30 (trinta) dias, salvo mediante prévia justificação fundamentada aceita pelo Comitê. Consulta Art. 16 - A falta ou inexistência, neste Código, de definição ou orientação sobre questão de conduta ou ética, ensejará consulta, por escrito, do interessado ao Comitê, devendo este respondê-la, também por escrito, no prazo máximo de 30 (trinta) dias do seu recebimento. Advertência Art. 17 - Sempre que tenha conhecimento de comportamento que possa caracterizar transgressão de norma deste Código, do Regimento Interno do Comitê ou dos regulamentos pertinentes, o membro do Comitê: I - deve chamar a atenção do responsável para o dispositivo em tese violado, e adverti-lo de sua sujeição a processo disciplinar, quando for o caso; II - comunicar o fato aos demais membros do Comitê logo na primeira reunião, cabendo-lhes deliberar sobre a instauração de processo disciplinar, independentemente da matéria constar da ordem do dia da reunião. 10

Procedimentos Art. 18 - Os procedimentos de consulta, apuração, proposição e aplicação de sanções, bem como de expedição de instruções interpretativas deste Código e de regulamentos pertinentes, não previstos neste diploma, serão disciplinados no Regimento Interno do Comitê. Parágrafo Primeiro - Os processos disciplinares destinados a averiguar ou comprovar dados ou fatos que possam caracterizar infração à disposição deste Código ou de regulamento a ele pertinente serão instaurados de ofício, sem prejuízo do direito do investigado de propor atuações probatórias. Parágrafo Segundo - O processo disciplinar instaura-se de ofício ou mediante representação. Parágrafo Terceiro - Em qualquer procedimento no âmbito do Comitê será assegurado o direito de ampla defesa, devendo ser dado conhecimento formalmente aos interessados dos atos praticados nos autos do processo que lhe digam respeito em particular. Art. 19 - A conclusão do Comitê no processo disciplinar deverá ser fundamentada. CAPÍTULO V SANÇÕES Art. 20 - A violação de disposição deste Código, ou do Regulamento pertinente sujeitará o infrator às seguintes sanções, consideradas as condições previstas no art. 21: I. no caso de infração leve, advertência ou censura ética; II. no caso de infração grave: a) suspensão por até 30 (trinta) dias e perda de função de confiança, quando for o caso; b) para os cedidos e contratados que estiverem prestando serviços nas dependências da Fundação, pedido de substituição ao seu empregador; c) para os Administradores, como tal definidos neste Código, perda de mandato, observado, no que couber, inclusive por analogia, o disposto no Capítulo IX do Estatuto Social; d) aos participantes ativos censura pública ou privada e, em caso de reincidência, rescisão do contrato de previdência complementar com a consequente exclusão do quadro social; e) aos assistidos advertência, censura privada ou pública; f) aos dependentes de participantes e assistidos cancelamento da inscrição; 11

III. g) aos terceiros, pessoas físicas ou jurídicas, cessação das relações contratuais ou operacionais pela Fundação. no caso de infração gravíssima, demissão da Fundação por justa causa para os empregados; pedido de exoneração à autoridade competente para os cedidos e membros de Órgãos Estatutários, observado, no que couber, inclusive por analogia, o disposto no Capítulo IX do Estatuto Social; pedido de substituição para os contratados que estiverem prestando serviços nas dependências da Fundação, além do reexame do Contrato mantido entre a Fundação e a pessoa jurídica sua empregadora. Parágrafo Único - Para os efeitos do disposto no caput deste artigo, considera-se: a) leve, infração capitulada nos incisos I, III, V, IX e X do art. 6º, e inciso I do art. 7º; b) grave, infração capitulada nos incisos II, IV, VIII e XI do artigo 6º, nos incisos II, III, V, e VI do artigo 7º e ao artigo 8º deste Código; c) gravíssima, infração capitulada nos incisos VI e VII do artigo 6º e ao inciso IV do artigo 7º deste Código. Art. 21 - Na aplicação das sanções serão levados em consideração: I. a gravidade da infração; II. a boa-fé do infrator; III. a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator; IV. o grau de lesão à Fundação; V. a reincidência. Execução de sanção Art. 22 - A sanção será aplicada pelo Diretor a que esteja subordinada a Área ou o setor do infrator; no caso deste ser membro de Órgão Estatutário, a sanção será aplicada pelo Conselho Deliberativo; nos demais casos previstos neste Código, pela Diretoria Executiva. CAPÍTULO VI REGULAMENTOS: FINALIDADE E NATUREZA Art. 23 - Os membros da Diretoria da Fundação supervisionarão a elaboração dos Regulamentos para cada área ou setor sob a sua jurisdição, dispondo sobre os procedimentos e critérios operacionais e/ou administrativos da área ou setor, a serem observados pelos titulares de Cargos Gerenciais e Empregados lotados na área ou setor. Parágrafo Primeiro - Os Regulamentos têm por finalidade prescrever normas de conduta e ética, bem como procedimentais, específicas para cada área ou setor da 12

estrutura administrativa e operacional da Fundação, e têm a natureza de diplomas complementares a este Código. Parágrafo Segundo - Em observância ao princípio geral de transparência e segurança na realização dos negócios da Fundação, conforme definido no Artigo 4.º, item III, do presente Código, os Regulamentos a que se refere o 1.º deste artigo deverão contemplar sistemática de procedimento que exija a participação de mais de um empregado e mais de um setor de trabalho em tomadas de decisão que envolvam operações com valores, de forma a garantir a decisão compartilhada. Aprovação Art. 24 - Este Código, os Regulamentos pertinentes, e suas eventuais alterações, serão, em reunião especial conjunta, submetidos à aprovação do Conselho Deliberativo e da Diretoria Executiva. CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS Art. 25 - Ficam estabelecidas as seguintes disposições transitórias e finais: I. os membros do Comitê de Ética e de Conduta da Fundação serão nomeados e empossados nos cargos dentro de 30 (trinta) dias da aprovação deste Código; II. os regulamentos que disciplinem procedimentos deste Código deverão ser submetidos à aprovação do Conselho Deliberativo no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias contados da aprovação deste Código, podendo cada Diretoria apresentar para aprovação separadamente um ou mais Regulamentos, segundo cronograma de prioridade que estabelecer; III. o Comitê de Ética e de Conduta da Fundação deverá elaborar seu Regimento Interno e submetê-lo à aprovação do Conselho Deliberativo dentro de 60 (sessenta) dias da posse de seus membros. Art. 26 - Este Código, os regulamentos a ele pertinentes e o Regimento Interno do Comitê de Ética e de Conduta da Fundação e suas eventuais alterações serão necessariamente publicados no boletim Atualidades FB e através de Circulares Gerais da Diretoria Executiva. Parágrafo Único Também serão publicadas nos mesmos meios de divulgação as instruções, respostas a consultas e ementas de decisões do Comitê de Ética e de Conduta da Fundação, mediante aprovação da Diretoria Executiva. Art. 27 - O presente Código entrará em vigor na data de sua publicação, após aprovado pelo Conselho Deliberativo e pela Diretoria Executiva em reunião especial conjunta. 13