TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores SALLES ROSSI (Presidente sem voto), MOREIRA VIEGAS E LUIS MARIO GALBETTI.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores MARY GRÜN (Presidente) e LUIZ ANTONIO COSTA. São Paulo, 24 de julho de 2018.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores DONEGÁ MORANDINI (Presidente), EGIDIO GIACOIA E VIVIANI NICOLAU.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ERBETTA FILHO (Presidente) e RAUL DE FELICE. São Paulo, 4 de maio de 2017.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores LUCILA TOLEDO (Presidente) e MENDES PEREIRA. São Paulo, 30 de maio de 2019.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores MIGUEL BRANDI (Presidente sem voto), LUIS MARIO GALBETTI E MARY GRÜN.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores GILBERTO LEME (Presidente) e ARTUR MARQUES. São Paulo, 14 de agosto de 2017.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores MARIA LAURA TAVARES (Presidente sem voto), NOGUEIRA DIEFENTHALER E MARCELO BERTHE.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores RUI CASCALDI (Presidente sem voto), AUGUSTO REZENDE E LUIZ ANTONIO DE GODOY.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ERBETTA FILHO (Presidente) e RAUL DE FELICE. São Paulo, 9 de fevereiro de 2017.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores VITO GUGLIELMI (Presidente) e PERCIVAL NOGUEIRA. São Paulo, 18 de junho de 2015.

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ACORDAM, em 3 a Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores MOREIRA VIEGAS (Presidente), FÁBIO PODESTÁ E FERNANDA GOMES CAMACHO.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores MOREIRA VIEGAS (Presidente sem voto), FERNANDA GOMES CAMACHO E A.C.MATHIAS COLTRO.

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ACÓRDÃO , da Comarca de São Paulo, em que é. apelante OLGA MARIA VIEIRA CARDENAS MARIN, são apelados

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ANDRADE NETO (Presidente) e MARIA LÚCIA PIZZOTTI.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores VITO GUGLIELMI (Presidente) e PERCIVAL NOGUEIRA. São Paulo, 11 de setembro de 2014.

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ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº , da Comarca de Botucatu, em que é apelante REINALDO

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Juizes MONICA SENISE FERREIRA DE CAMARGO (Presidente) e ANTONIO AUGUSTO GALVÃO DE FRANÇA.

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DO CONSUMIDOR

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação / Reexame Necessário nº

APELAÇÃO CÍVEL COM REVISÃO n /0-00, da Comarca de. PRESIDENTE PRUDENTE, em que são apelantes MINISTÉRIO PUBLICO

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ANDRADE NETO (Presidente) e MARIA LÚCIA PIZZOTTI.

APELAÇÃO CÍVEL Nº , DA 9ª VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ERBETTA FILHO (Presidente) e RAUL DE FELICE. São Paulo, 20 de abril de 2017.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ANDRADE NETO (Presidente) e MARIA LÚCIA PIZZOTTI.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores MOREIRA VIEGAS (Presidente) e FÁBIO PODESTÁ. São Paulo, 26 de outubro de 2016.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores GILBERTO DOS SANTOS (Presidente), WALTER FONSECA E GIL COELHO.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores GILBERTO LEME (Presidente), MORAIS PUCCI E CLAUDIO HAMILTON.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores CLAUDIO GODOY (Presidente), ALCIDES LEOPOLDO E SILVA JÚNIOR E AUGUSTO REZENDE.

DE SOUZA PIRES COELHO DA MOTA

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Pós-Graduação em Direito do Consumidor Módulo I Introdução ao Código de Defesa do Consumidor

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores DIMAS RUBENS FONSECA (Presidente) e CESAR LUIZ DE ALMEIDA.

Transcrição:

fls. 414 Registro: 2018.0000677369 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 1012106-75.2016.8.26.0564, da Comarca de São Bernardo do Campo, em que são apelantes XXXXXXXXXXXXXXXXXXX e XXXXXXXXXXXXXXXXXXX, é apelado XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX. ACORDAM, em 38ª Câmara Extraordinária de Direito Privado do Tribunal de Justiça de, proferir a seguinte decisão: "Deram provimento em parte ao recurso. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores LUIZ EURICO (Presidente) e HUGO CREPALDI., 30 de agosto de 2018. GIL CIMINO RELATORA Assinatura Eletrônica APELAÇÃO nº 1012106-75.2016.8.26.0564 APELANTES: XXXXXXXXXXXXXXXXXXX E XXXXXXXXXXXXXXXXXXX APELADO: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX COMARCA: SÃO BERNARDO DO CAMPO Ação de obrigação de fazer cumulada com pedido de indenização por danos materiais e morais fundada na

fls. 415 compra e venda de móveis planejados. Reconhecida a legitimidade da fabricante dos bens. Responsabilidade solidária. Aplicação do disposto no 3º do art. 1.013 do NCPC. Rescisão contratual que se impunha tendo em vista que os móveis não foram entregues, não obstante o pagamento do preço. Devolução dos valores pagos com correção monetária e juros de mora. Pleito dos Autores visando a condenação da Ré ao reembolso dos valores pagos a título de contribuição condominial do imóvel que receberia os móveis planejados. Impossibilidade. Dano moral configurado pela desídia da Ré, que deve ser arbitrado em R$10.000,00 em atenção aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. Recurso parcialmente provido. Voto n. 10676 Trata-se de recurso de apelação interposto contra sentença que julgou extinta a ação de obrigação de fazer cumulada com pedido de indenização por danos materiais e morais fundada em contrato de compra e venda de móveis planejados, com fulcro no artigo 485, inciso VI, do NCPC. A sentença, lançada pelo Doutor Juiz Ivo Roveri Neto, reconheceu a ilegitimidade da Ré, por não ter a Autora comprovado que a loja XXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX era sua representante comercial. Imputou aos Autores o pagamento das custas, despesas processuais e honorários APELAÇÃO Nº 1012106-75.2016.8.26.0564 SÃO BERNARDO DO CAMPO VOTO Nº 2/6 advocatícios arbitrados em 10% do valor atribuído à causa. Inconformados, apelam os Autores pugnando

fls. 416 pela inversão do julgado. Insistem na legitimidade da empresa XXXXXX XXXXXXX para figurar no polo p assivo da demanda, em razão da sua responsabilidade solidária, já que a loja XXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX era sua representante comercial. Afirmam que a Ré assumiu a fabricação dos móveis planejados, tendo inclusive ofertado uma proposta de acordo extrajudicial para solucionar o impasse (fls. 299/301), o que por si só, demonstra a parceria comercial entre ela e a loja revendedora dos móveis. Pugnam pela conversão da obrigação de fazer em perdas e danos. acompanhado das contrarrazões. O recurso, tempestivo e preparado, ascendeu É o relatório. A alegação da Ré de que seria parte ilegítima para figurar no polo passivo não se sustenta. A responsabilidade da XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX decorre da sua condição de fabricante do produto. Note-se que a própria Apelada chegou a encaminhar termo de acordo extrajudicial para solucionar o impasse, constando do termo: Conforme contrato de nº 13800649 apresentado para a xxxxxxxx, comprova o consumidor que compareceu junto a loja XXXXXXXXXX Planejados, tendo na oportunidade adquirido móveis de fabricação da APELAÇÃO Nº 1012106-75.2016.8.26.0564 SÃO BERNARDO DO CAMPO VOTO Nº 3/6

fls. 417 XXXXXX (fls. 265), fato que prestigia a versão dos Autores sobre a parceria comercial existente entre a loja e a Ré. A relação é de consumo e a Ré é solidariamente responsável pelo contrato de compra e venda dos móveis planejados, como previsto nos art. 7º, 25, 1º e 34 do CDC. Nas relações de consumo respondem solidariamente todos os fornecedores de produtos e serviços vinculados por meio de uma cadeia dirigida exatamente ao fornecimento de um bem ou serviço: A cadeia de fornecimento é um fenômeno econômico de organização do modo de produção e distribuição, do modo de fornecimento de serviços complexos, envolvendo grande número de atores que unem esforços e atividades para uma finalidade comum, qual seja, a de poder oferecer no mercado produtos e serviços para os consumidores. (Contratos no Código de Defesa do Consumidor, RT, 5ª Ed., p. 401 Claudia Lima Marques). Portanto, sendo a responsabilidade solidária, o consumidor pode escolher demandar contra todos os fornecedores ou contra algum deles para restituição da quantia paga (art. 18, inc. II, CDC). caso o artigo 1.013, parágrafo 3º do NCPC. Afastada a ilegitimidade da Ré, aplica-se ao Em outubro de 2014 xxxxxxxxxxxxx

fls. 418 APELAÇÃO Nº 1012106-75.2016.8.26.0564 SÃO BERNARDO DO CAMPO VOTO Nº 4/6 XXXXXXXXX contrataram a entrega e instalação de móveis planejados fabricados pela Ré, por intermédio da loja XXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, pelo valor de R$34.000,00. não obstante a quitação do preço ajustado. Sem embargo, os móveis não foram entregues, Dentro dessa perspectiva, evidenciado o descumprimento da obrigação que assumira, consistente na entrega e instalação dos móveis, impunha-se o desfazimento do negócio. Com o retorno das partes ao estado anterior, os Autores fazem jus ao ressarcimento dos valores gastos, tudo corrigido monetariamente desde a data do desembolso, com juros de mora contados da citação. Os Autores pedem ainda que a Ré seja condenada ao pagamento das contribuições condominiais relativas ao imóvel que receberia os móveis planejados, contudo, tais despesas são inerentes à propriedade da coisa. Para exigir o reembolso, os Autores deveriam comprovar a frustração do negócio de compra e venda do imóvel objeto das contribuições condominiais, mas disto não se desincumbiram. Ademais, os Autores não foram privados do uso do apartamento.

fls. 419 Por fim, o dano moral decorre dos aborrecimentos e da inércia da Ré diante da justa reclamação do APELAÇÃO Nº 1012106-75.2016.8.26.0564 SÃO BERNARDO DO CAMPO VOTO Nº 5/6 consumidor que tinha o direito de exigir que o serviço fosse executado exatamente como contratado. Assim, o valor de R$10.000,00 (dez mil reais) se revela justo, já que os Autores nada mais pretendiam senão que os móveis lhe fossem entregues, atendendo à finalidade para os quais foram adquiridos, considerada ainda a proximidade do casamento dos Autores. O valor deverá ser corrigido do arbitramento, nos termos da Súmula nº 362, do C. STJ, com juros de mora contados da citação. Ante o exposto, pelo meu voto, DÁ-SE PARCIAL PROVIMENTO ao recurso dos Autores, nos termos da fundamentação, imputando-se à Ré o pagamento das verbas de sucumbência, com honorários advocatícios arbitrados em 10% do valor da condenação. Maria de Lourdes Lopez Gil Relatora

fls. 420 APELAÇÃO Nº 1012106-75.2016.8.26.0564 SÃO BERNARDO DO CAMPO VOTO Nº 6/6