Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo de Lisboa

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de Abril) com a redacção actual (Decreto-Lei 84/2008 de 21 de Maio) e nos termos do art.º 342º nº 2 do Código Civil o ónus da prova cabe à reclamada.

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Transcrição:

Processo nº 2839/2016 RESUMO: A reclamação versa sobre um contrato de prestação de serviços para limpeza de uns cortinados. O reclamante, entendendo que o serviço não foi bem executado, apresentou reclamação e solicitou a execução de novos cortinados idênticos aos inutilizados, ou pagamento de indemnização com base no valor de aquisição dos mesmos ( 954,40), bem como devolução do valor pago pelo serviço de limpeza ( 88,80). Foi solicitada a intervenção de um perito e, após peritagem aos cortinados, foi o julgamento interrompido para se proceder à correcção das irregularidades dos cortinados. Posteriormente as partes chegaram a acordo, tendo sido julgada extinta a instância por inutilidade superveniente da lide nos termos dos art.º 277º alínea e) do Código de Processo Civil. TÓPICOS Produto/serviço: Limpeza Tipo de problema: Qualidade dos bens e dos serviços Direito aplicável: : Artigos 1154º e ss Código Civil Pedido do Consumidor: Execução de novos cortinados idênticos aos inutilizados, ou pagamento de indemnização com base no valor de aquisição dos mesmos ( 954,40), bem como devolução do valor pago pelo serviço de limpeza ( 88,80). 1

Sentença nº 19/2017 FUNDAMENTAÇÃO: O julgamento foi interrompido em 19 de outubro para ser solicitada uma peritagem aos cortinados objecto de reclamação. Em 30 de novembro, realizada a peritagem, o julgamento foi interrompido para se proceder à correcção das irregularidades dos cortinados. Entre a data da última interrupção e a presente data, as partes chegaram a acordo, tendo o reclamante enviado ao Tribunal um mail, no qual comunica que a reclamada lhe propôs um acordo sobre o diferendo que mantinham sobre os cortinados que ele aceitou. DECISÃO: Nestes termos, em face do exposto e tendo em consideração que o reclamante declara que a questão objecto de reclamação está resolvida, julga-se extinta a instância por inutilidade superveniente da lide nos termos dos art.º 277º alínea e) Sem custas. Notifique-se. Centro de Arbitragem, 25 de Janeiro de 2017 O Juiz Árbitro (Dr José Gil Jesus Roque) 2

Processo nº 2839/2016 Interrupção de Julgamento PRESENTES: (reclamante no processo) (reclamada) (Perito) FUNDAMENTAÇÃO: O julgamento foi interrompido em 19/10/2016 para que a reclamada, no prazo de vinte dias, providenciasse a reparação dos cortinados objecto de reclamação. Ficou assente que os mesmos teriam de ser examinados por um perito em limpeza de têxteis. Hoje, 30/11/2016, na presença das partes, a senhora perita procedeu à análise cuidada dos cortinados objecto de reclamação e deu o seguinte parecer. - os cortinados não estão inutilizados, apesar da lavandaria os ter lavado em vez de limpar a seco. Se tivessem sido limpos a seco não encolheriam. - o mais adequado é fazer a reparação na parte de cima dos cortinados, para não ficar marcado. - se não for possível rectificar, terão que ser feitos uns cortinados novos. Em face do parecer da senhora perita, verifica-se que os cortinados podem reparados pela parte de cima sem se notarem os vincos e de modo a ficarem com a altura que tinham antes de serem lavados. 3

DESPACHO: Nestes termos, interrompe-se o Julgamento e, face ao parecer da senhora perita, determina-se o seguinte: - a representante da reclamada levará os cortinados à loja onde foram adquiridos (Loja --- ). - na loja, a pessoa encarregada da confecção verificará se os cortinados poderão ser rectificados nos moldes agora indicados pela senhora perita (na parte de cima), de moldo a ficarem em condições de serem expostos. - na hipótese dos cortinados poderem ser reparados, a senhora encarregada da confecção entrará em contacto com reclamante para combinar a deslocação a casa deste e verificar qual a altura regular dos cortinados e a medida da rectificação a fazer. - para a realização das tarefas acima mencionadas, fixa-se o prazo de vinte dias. A representante da reclamada deverá ser informada do dia e hora da deslocação da pessoa encarregada da confecção a casa do reclamante para, querendo, estar presente. Oportunamente será designada data para a continuação de julgamento. Centro de Arbitragem, 30 de Novembro de 2016 O Juiz Árbitro (Dr José Gil Jesus Roque) 4

Processo nº 2839/2016 Interrupção de Julgamento PRESENTES: (reclamante no processo) (reclamada) FUNDAMENTAÇÃO: Iniciado o Julgamento foi tentado o acordo, não tendo o mesmo sido possível. Foi dada a palavra às partes e seus representantes para intervirem. Pela representante da reclamada foi assumido que efectivamente se enganaram no processo de limpeza e, em vez de limpar a seco, lavaram os cortinados. Após a limpeza, foi-lhe dito pelo reclamante que os cortinados tinham encolhido, tendo este também manifestado a sua discordância no sentido da altura ser rectificada através da bainha. Face à posição do reclamante, a reclamada entendeu proceder à rectificação dos cortinados pela parte superior mas só em relação a um cortinado, uma vez que não sabiam se iam conseguir fazer bem a reparação. Atendendo a que de harmonia com o disposto no art. 4º, designadamente no nº 1 do Decreto-Lei 67/2003 de 8 de abril, com a redação do Decreto-Lei 84/2008 de 21 de maio, os direitos do consumidor estão hierarquizados do seguinte modo: reparação ou de substituição, à redução adequada do preço ou à resolução do contrato, há antes de mais que tentar a reparação dos cortinados. Assim, primeiramente há que verificar se é possível reparar os cortinados objecto de reclamação de modo a ficaram esteticamente bem. Para esse efeito, a representante da reclamada terá que se deslocar à loja que vendeu cortinados para aí verificarem se os mesmos podem ser reparados de forma eficaz, em moldes de ficarem sem qualquer irregularidade após a reparação. 5

Para mostrar a forma como os cortinados caem mal após a limpeza, o reclamante entregou uma fotografia dos cortinados colocados, à reclamada para que esta possa mostrar na loja. DESPACHO: Nestes termos, em face da situação exposta, interrompe-se o julgamento e ordena-se que se solicite à União de Associações do Comércio e Serviços, a designação de um perito em limpeza de têxteis, que deverá examinar o cortinado objeto de reclamação e informar se as irregularidades apontadas na reclamação foram eliminadas ou se ainda persistem. A reclamada tem o prazo de vinte dias para se dirigir à loja e mandar proceder à reparação dos cortinados, caso a mesma seja eficaz. Logo que seja nomeado o perito, será designada nova data para a continuação de julgamento, devendo os cortinados serem presentes a Tribunal para permitir a realização da peritagem. Centro de Arbitragem, 19 de Outubro de 2016 O Juiz Árbitro (Dr José Gil Jesus Roque) 6