gabinete de avaliação educacional INFORMAÇÃO N.º 130.06 Data: 2006.12.15 PROVA DE EXAME FINAL DE ÂMBITO NACIONAL DE Para: Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular Inspecção Geral de Educação Direcções Regionais de Educação Secretaria Regional de Educação da Madeira Secretaria Regional de Educação dos Açores Escolas com Ensino Secundário Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo com Paralelismo e com Ensino Secundário CIREP FERLAP CONFAP GEOMETRIA DESCRITIVA A Prova 708 2007 11.º ou 12.º Ano de Escolaridade Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março 1. INTRODUÇÃO O presente documento visa divulgar as características da prova de exame nacional do Ensino Secundário da disciplina de Geometria Descritiva A, a realizar em 2007 pelos alunos que se encontram abrangidos pelos planos de estudo instituídos pelo Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 44/2004, de 25 de Maio. Devem ainda ser tidas em consideração a Portaria n.º 550-D/2004, de 21 de Maio, com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 259/2006, de 14 de Março, e o Decreto-Lei n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro, com as rectificações constantes da Declaração de Rectificação n.º 23/2006, de 7 de Abril. A prova de exame nacional a que esta informação se refere incide nas aprendizagens e nas competências incluídas no Programa de Geometria Descritiva A, homologado no âmbito da aplicação do Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março. Este documento visa dar a conhecer, aos diversos intervenientes no processo de exames, as aprendizagens e as competências que são objecto de avaliação, as características e a estrutura da prova, o material a utilizar e a duração da mesma. São ainda apresentados os critérios gerais de classificação da prova, bem como exemplos de itens/descrições de tarefas e respectivos critérios específicos de classificação. Os exemplos de itens/descrições de tarefas apresentados, assim como os critérios específicos de classificação, não constituem um modelo de prova. As cotações apresentadas nos itens/tarefas que integram esta informação têm um carácter meramente exemplificativo. A avaliação sumativa externa, realizada através de uma prova escrita de duração limitada, só permite avaliar parte das aprendizagens e das competências enunciadas no Programa. A resolução da prova pode, no entanto, implicar a mobilização de outras aprendizagens e 708/1
competências incluídas no Programa e não expressas no objecto de avaliação enunciado no ponto 2. deste documento. As informações sobre o exame apresentadas neste documento não dispensam a consulta da legislação referida e do Programa da disciplina. Como informação adicional, as provas de exame desta disciplina, realizadas na 1.ª e na 2.ª fases dos exames nacionais de 2006, podem ser consultadas em www.gave.pt. 2. OBJECTO DE AVALIAÇÃO A prova tem como referência o Programa da disciplina de Geometria Descritiva A em vigor. São objecto de avaliação as competências que o Programa enuncia e que são passíveis de avaliação externa em prova escrita de exame nacional: percepcionar e visualizar no espaço; aplicar os processos construtivos da representação; reconhecer a normalização referente ao desenho; utilizar os instrumentos de desenho e executar os traçados; utilizar a Geometria Descritiva em situações de comunicação e registo; representar formas reais ou imaginadas. 3. ESTRUTURA E CARACTERIZAÇÃO DA PROVA A prova integra quatro itens de resposta obrigatória. Todos os itens envolvem problemas de representação descritiva de entidades geométricas definidas no espaço tridimensional e todos são de resolução exclusivamente gráfica. Em caso algum são pedidos, ou considerados como forma de resposta, quaisquer tipos de legendas ou relatórios. Todos os itens visam avaliar a capacidade dos examinandos para: lerem e interpretarem pedidos e dados quer apresentados sob forma escrita, quer sob forma gráfica que constituam o enunciado de cada item; encontrarem métodos de resolução válidos em Geometria Descritiva e traduzi-los graficamente sob a forma de sequências de traçados rigorosos; apresentarem os objectos resultantes com qualidade gráfica adequada à sua fácil leitura e interpretação, nomeadamente através da observância das convenções de expressão e de notação usuais aplicáveis e do rigor de execução. Item de tipo I Determinar projecções de entidades geométricas elementares, condicionadas por relações de pertença (incidência), paralelismo, perpendicularidade, ou resultantes de intersecções (em particular, 3.1 a 3.3, 3.5 e 3.6, 3.11 e 3.12 do Programa). Item de tipo II Resolver um problema métrico, envolvendo o relacionamento de entidades geométricas elementares ou a construção de algumas figuras planas (polígonos e circunferência), (em particular, 3.9, 3.14 e 3.15 do Programa). 708/2
Item de tipo III Representar um sólido geométrico (em particular, 3.7, 3.10 e 3.16 do Programa) e determinar uma secção, ou sombras, do sólido representado (em particular, 3.17 e 3.18 do Programa). Item de tipo IV Representar, em axonometria, uma forma tridimensional, eventualmente composta, baseada em sólidos geométricos simples (paralelepípedos, pirâmides, prismas, cones, cilindros) e dada por uma representação gráfica, à escala, em projecção triédrica (em particular, 4.1 a 4.4 do Programa). 4. CRITÉRIOS GERAIS DE CLASSIFICAÇÃO DA PROVA Em cada item, a distribuição das cotações é sempre discriminada de forma a contemplar: a tradução gráfica dos dados; o processo de resolução; a apresentação gráfica da solução; a observância das convenções gráficas usuais aplicáveis, o rigor de execução e a qualidade expressiva dos traçados. No último tópico, as classificações a atribuir são estabelecidas por níveis de desempenho. As classificações a atribuir às respostas dos examinandos devem ser expressas, obrigatoriamente, em números inteiros. 5. EXEMPLO DE ITENS E RESPECTIVOS CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE CLASSIFICAÇÃO (Item do tipo II) II. Determine graficamente a distância d entre os planos paralelos α e β. Dados o plano α contém uma recta horizontal n, que intersecta o plano frontal de projecção no ponto F n (0; 0; 8) e cuja projecção horizontal faz um ângulo de 60 (de abertura à direita) com o eixo x; o plano β contém uma recta oblíqua b, cujos traços nos planos de projecção são os H b (3; 4; 0) e F b ( 3; 0; 6). A atribuição das classificações é feita de acordo com uma lista de especificações do tipo da seguinte: Tradução gráfica dos dados: Projecções do ponto F n... Projecções da recta n... Projecções dos H b e F b... Projecções da recta b... 1 2 2 2 708/3
Processo de resolução Exemplo: Representação do traço horizontal do plano β, paralelo à recta n... 4 Representação do traço frontal do plano β... 2 Representação de uma recta p, concorrente com a recta n num ponto P e perpendicular aos planos α e β... 8 Determinação do ponto de intersecção I da recta p com o plano β... 8 Determinação da verdadeira grandeza do segmento [PI]... 8 30 Representação gráfica da distância d (V.G. do segmento [PI])... Observância das convenções de notação usuais aplicáveis/ /rigor e qualidade expressiva dos traçados(*)... 8 5 50 (*) A atribuição desta cotação é feita por níveis de desempenho, conforme referido nos critérios gerais, e faz-se de acordo com uma tabela de pontuações do tipo da seguinte: Soma das cotações previamente atribuídas nas outras componentes 39 a 45 32 a 38 25 a 31 18 a 24 11 a 17 Pontuação a adicionar (respeitante à observância de convenções, ao rigor e à expressão) Notações legíveis, correctamente posicionadas e de acordo com as convenções usuais; Construções genericamente rigorosas; Traçados de fácil legibilidade, regulares e com diferenciações de espessuras e/ou de intensidades de traço nítidas e adequadas; Desenho bem enquadrado. Notações incompletas, ou pouco legíveis, ou mal posicionadas, mas de acordo com as convenções usuais; Construções com falhas de rigor que não comprometem a eficácia do processo de resolução gráfica do problema; Traçados regulares, mas de fraca legibilidade, sem diferenciações nítidas ou com diferenciações pouco adequadas de espessura e/ou de intensidade; Deficiente enquadramento do desenho na área útil da folha de prova. Notações inexistentes, ou ilegíveis, ou em desacordo com as convenções usuais; Construções com falta de rigor, comprometedoras da eficácia do processo de resolução gráfica do problema; Traçados de difícil legibilidade, ou irregulares, com espessuras e/ou intensidades aleatórias; Execução muito deficiente de tracejados ou manchas de preenchimento de secções e áreas de sombra; Desenho ostensivamente mal enquadrado na área útil da folha de prova. 5 4 3 3 2 3 2 2 1 1 0 0 0 0 0 TOTAL: 39 a 50 32 a 42 25 a 34 18 a 27 11 a 19 708/4
6. MATERIAL A UTILIZAR O examinando deve ser portador de lápis de grafite ou lapiseira, borracha, compasso, régua graduada de 50 cm, esquadros, sendo um de 45, transferidor, ou outro material equivalente, de apoio a traçados rigorosos habitualmente utilizado, designadamente instrumentos específicos de apoio ao traçado de curvas de erro. O papel para a execução da prova é de modelo oficial, formato A3, fornecido pela escola. Não é permitido o uso de «esferográfica-lápis», nem de corrector. 7. DURAÇÃO DA PROVA A prova tem a duração de 150 minutos. O Director (Carlos Pinto Ferreira) 708/5