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MÓDULO IV Estudo das Principais Verbas Trabalhistas AULA 3 Adicional de Insalubridade Rua Barão do Serro Azul, 199 Centro Curitiba-Paraná Fone: 41 3323-1717 www.portalciveltrabalhista.com.br

Sumário I INTRODUÇÃO PRINCIPAIS VERBAS TRABALHISTAS... 3 1. Adicional de Insalubridade - Fundamentação... 4 2. Adicional de Insalubridade Base de Cálculo... 6 3. Adicional de Insalubridade Perícia de Instrução... 7 4. Adicional de Insalubridade Classificação da Verba... 8 5. Adicional de Insalubridade Reflexos... 9 6. Adicional de Insalubridade Exemplos de Condenação... 11 7. Considerações Finais... 16 8. Cálculo de Liquidação da Verba Reclamatória Trabalhista... 17 2

I INTRODUÇÃO PRINCIPAIS VERBAS TRABALHISTAS Neste módulo estaremos centralizando nossos estudos nas principais verbas trabalhistas, ou seja, aquelas verbas ou procedimentos que estão presentes em mais de 90% das reclamatórias trabalhistas. O presente estudo visa aprofundar o conhecimento de cada uma dessas verbas, com destaque dado à base de cálculo, demonstração das diversas formas de cálculo da parcela, exemplos de condenação, apresentação de planilhas eletrônicas para efeito de cálculo das parcelas. Mostraremos algumas variações na elaboração dos cálculos de liquidação trabalhista, lembrando que algumas decisões, em face da forma como são postos os termos sentenciais, possibilitam que sejam efetuados cálculos distintos para uma mesma verba, com adoção de critérios diferentes e com resultados diferentes, sem que isto implique num procedimento ilegal ou indique má fé do perito. Cabe lembrar, que todas as informações para a elaboração dos cálculos devem estar contidas no comando sentencial, entretanto, quando isso não ocorre de maneira clara, surge a possibilidade de se elaborar o cálculo buscando o melhor critério que o caso permita, de modo a trazer vantagens à parte que está contratando os serviços do perito. Daí a necessidade de um conhecimento em sentido amplo da matéria. As vantagens podem ser extraídas através de uma visão ampla do caso. Cada ponto, cada detalhe pode fazer uma diferença enorme na quantificação econômica, no final da execução trabalhista. No módulo atual as verbas serão detalhadas uma a uma, e, quando possível, com as referências legais. Não vamos entrar no mérito se o reclamante tem direito ou não à percepção da verba, ou se esta deve ser calculada com base nesse ou naquele valor. Todavia, vamos procurar, sempre que possível, mostrar mais de uma maneira de calcular a mesma verba, desde que a sentença permita tal procedimento. 3

1. Adicional de Insalubridade - Fundamentação O adicional de insalubridade é devido a todo trabalhador que exercer atividade insalubre, aquelas operações que por sua natureza, condições ou métodos de trabalhos, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição a esses agentes e aos seus efeitos sobre a saúde do funcionário, nos moldes do art. 189, da CLT. Art. 189. Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Quando o trabalhador exerce trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelas normas do Ministério do Trabalho, tem direito de receber um adicional salarial na ordem de 40% quando o grau for máximo, 20% quando o grau de insalubridade for médio e de 10% quando o grau for mínimo, nos termos do artigo 192 da CLT, que define os graus de insalubridade devidos, em função da atividade exercida: Art. 192. O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. 10% - Grau Mínimo 20% - Grau Médio 40% - Grau Máximo O adicional de insalubridade poderá ter caráter transitório, cessando caso o trabalhador deixe de exercer a atividade insalutífera ou quando ocorra a eliminação dos agentes nocivos. 4

Neste sentido: Art. 191. A eliminação ou insalubridade ocorrerá : a neutralização da I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; II - com a utilização de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. Como visto no item II, do artigo 191 da CLT, o fornecimento dos equipamentos de proteção individual, poderá reduzir ou eliminar o contato com os agentes agressores. Criou-se até jurisprudência em relação ao fornecimento de proteção individual. Vejamos (Enunciado 80, do TST): En. 80 - TST. A eliminação da insalubridade, pelo fornecimento de aparelhos aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo, exclui a percepção do adicional respectivo. 5

2. Adicional de Insalubridade Base de Cálculo De acordo também com o artigo 192 da CLT, a base de cálculo do adicional de insalubridade é o salário mínimo nacional, entretanto, pode ser também o salário mínimo regional, salário normativo ou até mesmo o salário contratual, desde que haja previsão convencional ou judicial para tal procedimento. A base de cálculo da parcela na maior parte das vezes é definida pelo Juiz, entretanto, quando isso não acontece, o Perito Assistente deverá adotar a base de cálculo de atenda os interesses daquele que o contratou, no caso: 1. Pelo Reclamante: a base de cálculo deve se composta pelo salário base; 2. Pelo reclamado: a base de cálculo deve ser composta pelo salário mínimo nacional ou regional; 3. Perito Judicial: a base de cálculo deve ser composta pelo salário mínimo nacional ou regional. Neste caso, a definição final deverá ser dada pelo Juiz na fase de liquidação. O cálculo do Perito Oficial será homologado pelo Juiz, que oportunizará às partes impugnar a conta. Se houver contestação dos cálculos com relação à base de cálculo, o Juiz é que irá definir qual é a correta base de cálculo a ser aplicada ao caso. 6

3. Adicional de Insalubridade Perícia de Instrução Sempre que houver a necessidade de comprovação nos autos de que o ambiente de trabalho era de fato insalubre, o Juiz poderá determinar a realização de perícia, designando um Perito Médico, que munido dos equipamentos necessários constatará ou não a insalubridade. Esta perícia é realizada na fase de instrução do processo e servirá como prova pericial técnica para que o Juiz possa, também de forma técnica, proferir a sentença pautado em um laudo produzido por um profissional especializado da área. Nesta fase, o Juiz oportunizará às partes que indiquem Peritos Assistentes para acompanhar a perícia. As partes, quando não concordarem com o laudo pericial, poderão impugnar a perícia. Após a apresentação da perícia, e manifestação das partes, o Juiz analisará o laudo e as manifestações para posteriormente proferir a sentença, deferindo ou não a parcela, nos graus definidos pelo Perito. 7

4. Adicional de Insalubridade Classificação da Verba O adicional de insalubridade é uma verba de caráter salarial, que gera reflexos sobre outras parcelas: aviso prévio, 13º salário, férias, terço de férias e FGTS. Por ser parcela de caráter salarial, pode integrar a base de cálculo de outras parcelas, como por exemplo: horas extras, adicional noturno, violações intervalares, entre outras verbas. Como integra a base de cálculo das parcelas acima, o cálculo do adicional de insalubridade deve preceder o cálculo das referidas parcelas para posterior integração na base de cálculo das verbas. Sofre as incidências fiscais e previdenciárias. 8

5. Adicional de Insalubridade Reflexos O adicional de insalubridade é uma parcela salarial fixa. Essa particularidade reflete diretamente no cálculo das parcelas reflexas: aviso prévio, 13º salários, férias, terço de férias e FGTS. As parcelas reflexas devem ser calculadas com base no valor devido a título de adicional de insalubridade, relativo ao mês de pagamento de cada parcela reflexa. Para as parcelas rescisórias, o valor do mês da rescisão contratual. Para os 13º salários, o valor do mês de dezembro de cada ano em que os reflexos são devidos, o mesmo ocorrendo para os períodos de férias gozadas com o terço constitucional, neste caso, o valor do mês de gozo das férias. Vejamos o exemplo a seguir: O quadro acima demonstra que para as verbas rescisórias, pagas no mês de dezembro de 2008, a base de cálculo foi o valor na ordem de R$ 83,00 (oitenta e três reais). O valor foi adotado para o cálculo do aviso prévio, 13º salário de 2008 e férias proporcionais + 1/3. 9

As demais parcelas reflexas seguem o mesmo padrão: 13º salário de 2006 = R$ 70,00 / 12 x 4 = R$ 23,33 (vinte e três reais e trinta e três centavos); 13º salário de 2007 = R$ 76,00 (setenta e seis reais); férias gozadas no mês de 09/2007 = R$ 76,00 + 1/3 = R$ 101,33 (cento e um reais e trinta e três centavos); férias gozadas no mês de 09/2008 = R$ 83,00 + 1/3 = R$ 110,67 (cento e dez reais e sessenta e sete centavos). Os valores foram extraídos da planilha principal. 10

6. Adicional de Insalubridade Exemplos de Condenação A seguir vamos analisar alguns comandos sentenciais inerentes à matéria. Temos algumas com textos simples e bem definidos, outras deixando margem para a interpretação das partes. Não há muita variação quanto ao deferimento da parcela, uma vez que a concessão da verba é simples, ou seja, quando há o deferimento o Juiz define os parâmetros necessários para a realização dos cálculos, como, por exemplo: base de cálculo, período, grau da insalubridade e adicional devido, bem como os reflexos decorrentes da parcela. Pode, ainda, haver a concessão de diferenças entre o que foi pago e o novo adicional devido ao reclamante, com diferenças reflexas decorrentes. Portanto, é uma parcela com baixo grau de dificuldade na realização dos cálculos de liquidação. Vejamos, a seguir, alguns exemplos de deferimentos extraídos de reclamatórias trabalhistas reais: CASO 1 - Uma sentença simples e bem definida: Defere-se ao autor, o adicional de insalubridade em grau médio, considerando-se como base de cálculo o salário mínimo. O período de cálculo terá início no mês de novembro de 1999 e término no mês de março de 2000, período em que o reclamante trabalhou em ambiente insalubre. Com base na sentença acima, podemos fazer a seguinte análise: 1. Período de cálculo = 01/11/1999 a 31/03/2000; 2. Adicional deferido = 20% (grau médio); 3. Base de cálculo = salário mínimo (R$ 136,00 para o período). 4. Correção monetária = época própria ou mês subsequente. 11

Vejamos qual é o resultado final Observação: Os cálculos de liquidação, sempre que possível, devem ser calculados mês a mês, como se demonstra no quadro acima. Quanto mais claro e detalhado, com colunas bem definidas, melhor será a sua aceitação. 12

CASO 2 - Um caso não definido, deixando margem para as partes: Digamos que na inicial o reclamante efetuou o pedido do adicional de insalubridade sem questionar qual seria a base de cálculo desta verba. Na fase de instrução, foi juntada a Convenção Coletiva do Trabalho da categoria do reclamante, correspondente ao período de trabalho, a qual tem uma cláusula que prevê como base de cálculo do adicional de insalubridade, o piso salarial da categoria (R$ 300,00 por mês, para o de vigência da convenção 01/11/1999 a 31/10/2000). A sentença deferiu: Defere-se ao autor, o adicional de insalubridade em grau médio. O período de cálculo terá início no mês de novembro de 1999 e término no mês de março de 2000, período em que o reclamante trabalhou em ambiente insalubre. Correção monetária pelos fatores dos meses subsequentes. Com base na sentença acima, podemos fazer a seguinte análise: A sentença definiu o período de cálculo (01/11/1999 a 31/03/2000) e o percentual devido a título de adicional de insalubridade, todavia, não definiu a base de cálculo. Daí, podemos extrair dois cálculos fundamentados e corretos: 1 o. Pelo Reclamante, deve-se considerar como base de cálculo o piso salarial da categoria (R$ 300,00), como previsto na Convenção Coletiva, e, deste modo o cálculo ficaria da seguinte forma: 13

2 o. Pelo Reclamado, deve-se considerar como base de cálculo o salário mínimo (R$ 136,00), como previsto no artigo 192 da CLT, e, deste modo o cálculo ficaria da seguinte forma: Conclusão: Podemos concluir que ambos os cálculos estão corretos, e neste caso, caberá ao Juiz decidir qual é a base de cálculo a ser adotada. No cálculo do reclamante, adotou-se como base de cálculo do adicional de insalubridade o piso salarial da categoria, porque lhe é mais vantajoso. Embora a sentença não tenha definido a base de cálculo do adicional de insalubridade, a referida base está claramente prevista na Convenção Coletiva da categoria juntada aos autos. No cálculo do reclamado, por sua vez, adotou-se como base de cálculo o salário mínimo, por ser menor que o piso salarial estipulado pela C.C.T.. O procedimento adotado pelo réu tem fundamento porque o reclamante na inicial, não pediu que a base de cálculo do adicional de insalubridade fosse o estipulado pela Convenção Coletiva, e como não há pedido, deve prevalecer a determinação do artigo 192 da CLT, que define como base de cálculo o salário mínimo. Os dois parágrafos anteriores já nos dão fundamentos suficientes, para impugnar ou embargar o cálculo apresentado pela parte contrária. 14

CASO 3 - Diferenças devidas de Adicional de Insalubridade: Com base no laudo pericial, elaborado pelo Dr...., constate-se que o ambiente onde o autor (reclamante) laborou, era altamente insalubre, atingindo o grau máximo, conforme demonstram as medições realizadas pelo Sr. Perito. Desta forma, defere-se ao autor, o adicional de insalubridade em grau máximo, considerando-se como base de cálculo o salário mínimo. O período de cálculo terá início no mês de novembro de 1999 e término no mês de março de 2000. Como a empresa sempre pagou o adicional de insalubridade em grau mínimo, os valores efetivamente pagos deverão ser abatidos. Com base na sentença podemos fazer a seguinte análise: 1. Período de cálculo = 01/11/1999 a 31/03/2000; 2. Adicional deferido = 40% (grau máximo); 3. Base de cálculo = Salário mínimo (R$ 136,00 para o período); 4. Abatimento dos valores pagos (10% do salário mínimo por mês = R$ 13,60). Vejamos qual é o resultado final: Dica de cálculo: Grande parte dos casos relativos ao adicional de insalubridade se encaixam nos exemplos anteriores. A única diferença em relação aos casos citados será quanto ao período calculado. 15

7. Considerações Finais Como visto no presente estudo, os cálculos trabalhistas têm determinadas particularidades que devem ser estudadas de forma mais incisiva e detalhada. O adicional de Insalubridade apresenta detalhes técnicos que influenciam no cálculo da parcela, podendo gerar diferenças substanciais no resultado final dos valores efetivamente devidos nos autos. O histórico acima deve fazer parte do conhecimento do Perito, até mesmo para elaborar uma possível fundamentação dos cálculos realizados, se necessário. O adicional de insalubridade, assim como todas as verbas a serem calculadas nos autos, sempre devem estar deferidas e definidas no título executivo. ATENÇÃO PARA ESTE PONTO: Toda e qualquer definição para a elaboração dos cálculos deve estar contida no comando sentencial. Entretanto, quando isto não ocorre, ou seja, a verba é deferida, mas, os parâmetros são falhos ou inexistem, surge a possibilidade de elaborar-se o cálculo buscando o melhor critério, fundamentado em uma tese que venha a trazer vantagens à parte que está contratando os serviços do perito assistente. Daí a necessidade de um conhecimento mais aprofundado da verba e suas particularidades. Um profissional qualificado não pode deixar de observar os pequenos detalhes técnicos que possam impactar no resultado final dos trabalhos desenvolvidos nos autos, sob pena de responder sobre eventuais prejuízos causados ao seu cliente. 16

8. Cálculo de Liquidação da Verba Reclamatória Trabalhista A seguir vamos reproduzir um exemplo prático de reclamatória trabalhista, com o objetivo de fixar a matéria e a forma de como elaborar o cálculo. É um treinamento realizado com base em um caso real, contendo as partes necessárias do processo para a extração de todos os elementos, dados e parâmetros da condenação. CAPA DO PROCESSO PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO PROCESSO No.: 1.000/2011 1 a Vara do Trabalho de XXXXXXXXX Autor...: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Advogado.: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Réu...: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Advogado.: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX A U T U A Ç Ã O Em 01 de agosto de 2011, na secretaria da 1ª Vara do Trabalho de XXXXX, autuo a petição inicial que segue, com --- folhas de documentos. Eu, diretor de secretaria assino este termo. 17

PETIÇÃO INICIAL EXMO. SR. DR. JUÍZ TITULAR DA VARA DO TRABALHO DE XXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, brasileiro, casado, RG x.xxx.xxx-x, CPF xxx.xxx.xxx-xx, residente e domiciliado à rua barão do cerro azul 199, Curitiba/Pr., por seu advogado qualificado no presente caso, vem à presença de V. Exa., para propor: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA contra XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, pessoa jurídica de direito privado, estabelecido à Rua Marechal Deodoro, No. XXX, Centro, Curitiba Paraná, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. 1. CONTRATO DE TRABALHO: O autor foi admitido pelo réu em 02 de março de 2009 para exercer a função vendedor, sendo demitido na data de 30 de junho de 2011. 2. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE: O reclamante iniciou suas atividades na empresa em 02 de março de 2009, exercendo a função de auxiliar de serviços gerais no setor administrativo. Permaneceu trabalhando no setor até o mês de agosto do mesmo ano. No mês de setembro de 2009, foi transferido para o setor de vendas, assumindo a função de vendedor de produtos químicos e equipamentos de proteção individual. Para a demonstração dos produtos havia a necessidade manuseio dos mesmos, 18

ficando o reclamante exposto aos agentes químicos nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância e em função do tempo de exposição aos seus efeitos. Neste sentido: Art. 189. Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Quando o trabalhador exerce trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelas normas do Ministério do Trabalho, tem direito de receber um adicional salarial, no caso, na ordem de 40%, grau for máximo, em função da agressividade dos agentes químicos a que ficava exposto: Art. 192. O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. Cabe destacar que a empresa jamais pagou o adicional de insalubridade ao qual tinha direito o autor. Isto posto, requer-se o pagamento do adicional de insalubridade em grau máximo, na ordem de 40% sobre o salário pago ao reclamante no período contratual, para o período a partir de setembro de 2009 até o final do contrato. Requer-se, ainda, reflexos sobre: aviso prévio, 13os. Salários, férias, abono de férias e fgts 11,2%. 3. DIANTE DO EXPOSTO REQUER-SE: a. Adicional de insalubridade em grau máximo na ordem de 40% sobre o salário mensal, com reflexos sobre aviso prévio, 13os. Salários, férias e abono de férias; reclamada; b. FGTS 8% mais a multa de 40% sobre a verba ora 19

4. REQUERIMENTOS FINAIS: Requer seja a reclamada notificada, para que, querendo, conteste a presente reclamatória, sob pena de confissão e revelia. em direito, sem exceção. Protesta pela produção de todas as provas admitidas Requer, finalmente, seja a presente reclamatória julgada procedente, condenando-se a reclamada no pagamento dos pedidos, acrescidos de juros e correção monetária, custas processuais e honorários profissionais. Dá-se à presente causa, para efeitos fiscais e de alçada, o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Nestes termos Pede deferimento. Curitiba, 20 de Julho de 2011. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 20

CONTESTAÇÃO EXMO. SR. DR. JUÍZ TITULAR DA _ VARA DO TRABALHO DE XXXXXX Autos RT 1000/2011 XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX (reclamado), pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF xx.xxx.xxx/xxxx-xx, com sede na rua xxxxxxxxxxx, cidade xxxxx, estado xxxxx, neste ato representado por seu procurador, vem respeitosamente perante Vossa Excelência para apresentar CONTESTAÇÃO em resposta a reclamatória que lhe move XXXXXXXXXXXXXXX (Reclamante), anteriormente qualificado nos autos em epígrafe, pelas razões a seguir aduzidas: MÉRITO 1. CONTRATO DE TRABALHO O autor prestou serviços na empresa no período de 02 de março de 2009 até 30 de junho de 2011, na função auxiliar de serviços gerais e vendedor, com salário final na ordem de R$ 2.200,00 (dois mil e duzentos reais). 2. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE A partir do mês de setembro de 2009 o reclamante passou a função de vendedor, exercendo suas funções no departamento de vendas da empresa. 21

O ambiente de trabalho do setor, para o qual o reclamante foi deslocado, não oferecia risco nenhum a saúde das pessoas que trabalhavam no local. Não havia contato direto com os produtos comercializados pela empresa, não havendo que se falar em insalubridade, uma vez que não havia dano algum à saúde do autor. A empresa sempre manteve um ambiente saudável no local de trabalho. Portanto, em momento algum há que se falar em ambiente insalutífero, restando indevido o adicional pretendido pela parte autoral. Em razão do exposto, não merece ser acolhido o pedido do reclamante. REQUERIMENTO Nessas condições, requer seja julgada improcedente a reclamatória proposta pelo reclamante. Requer, por derradeiro, provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente oitiva de testemunhas, juntadas de novos documentos, depoimento pessoal do reclamante sob pena de confissão quanto à matéria de fato. Nestes termos Pede deferimento. XXXXXXXX, 05 de outubro de 2011. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 22

Recibos de Pagamentos Recibo de Pagamento Recibo de Pagamento Funcionário: XXXXXXX Mês..: jul-2010 Funcionário: XXXXXXX Mês..: ago-2010 Descontos Descontos Salário Base: 2.000,00 INSS...: 375,82 Salário Base.: 2.000,00 INSS....: 375,82 Comissões..: 650,00 IRRF..: 353,91 Comissões...: 735,42 IRRF...: 382,76 Soma: 729,73 Soma: 758,58 Soma : 2.650,00 Líquido...: 1.920,27 Soma... : 2.735,42 Líquido : 1.976,84 FGTS 8%...: 212,00 FGTS 8%...: 218,83 Recibo de Pagamento Recibo de Pagamento Funcionário: XXXXXXX Mês..: set-2010 Funcionário: XXXXXXX Mês..: Out-2010 Descontos Descontos Salário Base.: 2.000,00 INSS.: 375,82 Salário Base.: 2.200,00 INSS.: 375,82 Comissões.: 992,82 IRRF..: 375,00 Comissões.: 1.167,16 IRRF..: 378,00 Soma: 750,82 Soma: 753,82 Soma : 2.992,82 Líquido.: 2.242,00 Soma : 3.367,16 Líquido : 2.613,34 FGTS 8%..: 239,43 FGTS 8%.: 269,37 Recibo de Pagamento Recibo de Pagamento Funcionário.: XXXXXXX Mês..: Nov-2010 Funcionário..: XXXXXXX Mês..: Dez-2010 Descontos Descontos Salário Base.: 2.200,00 INSS.: 375,82 Salário Base..: 2.200,00 INSS.: 375,82 Comissões...: 1.575,66 IRRF.....: 383,00 Comissões...: 1.782,73 IRRF.....: 388,00 Soma: 758,82 Soma: 763,82 Soma : 3.775,66 Líquido...: 3.016,84 Soma : 3.982,73 Líquido : 3.218,91 FGTS 8%..: 302,05 FGTS 8%...: 318,62 23

Recibo de Pagamento Recibo de Pagamento Funcionário: XXXXXXX Mês..: Jan-2011 Funcionário: XXXXXXX Mês..: Fev-2011 Descontos Descontos Salário Base: 2.200,00 INSS...: 381,41 Salário Base.: 2.200,00 INSS....: 381,41 Comissões..: 1.444,09 IRRF..: 389,00 Comissões...: 1.633,87 IRRF...: 390,00 Soma: 770,41 Soma: 771,41 Soma : 3.644,09 Líquido...: 2.873,68 Soma... : 3.833,87 Líquido : 3.112,46 FGTS 8%...: 291,53 FGTS 8%...: 306,71 Recibo de Pagamento Recibo de Pagamento Funcionário: XXXXXXX Mês..: Mar-2011 Funcionário: XXXXXXX Mês..: Abr-2011 Descontos Descontos Salário Base.: 2.200,00 INSS.: 381,41 Salário Base.: 2.200,00 INSS.: 381,41 Comissões.: 1.813,60 IRRF..: 365,00 Comissões.: 2.051,93 IRRF..: 372,00 Soma: 746,41 Soma: 753,41 Soma : 4.013,60 Líquido.: 3,267,19 Soma : 4.251,93 Líquido : 3.498,52 FGTS 8%..: 321,09 FGTS 8%.: 340,15 Recibo de Pagamento TRTC Funcionário.: XXXXXXX Mês..: Mai-2011 Funcionário..: XXXXXXX Mês..: Jun-2011 Descontos Descontos Salário Base.: 2.200,00 INSS.: 381,41 Aviso Prévio...: 2.200,00 INSS.: 381,41 Comissões...: 2.277,65 IRRF.....: 380,00 AP Média Com: 1.465,90 IRRF.....: 760,00 Soma: 761,41 13º Sal. 06/12: 1.832,95 Soma: 1.141,41 Férias 06/12 : 1.832,95 1/3 de Férias ; 610,98 Soma : 4.477,65 Líquido...: 3.716,24 Soma : 7.942,78 Líquido : 6.801,37 FGTS 8%..: 358,21 FGTS 8%...: 439,91 24

SENTENÇA DE 1 O GRAU P O D E R J U D I C I Á R I O JUSTIÇA DO TRABALHO 1 a VARA DO TRABALHO DE XXXXXX/XX. PROCESSO No. RT 1.000/2011 Termo de Audiência Aos 10 dias do mês de fevereiro de 2012, às 14h40min, na sala de audiência desta vara do trabalho, sob a presidência do Exmo. Sr. Juiz do Trabalho Dr. XXXXXXXXX, foram apregoados os litigantes: XXXXXXXXXXXXXX, reclamante e XXXXXXXXXXXXXX, reclamada. S E N T E N Ç A Vistos e examinados os autos, decide-se: 1. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE: Este juízo determinou a realização de perícia técnica para a verificação do local e ambiente de trabalho, nas dependências da empresa reclamada, no setor onde o reclamante exercia suas funções. O laudo técnico foi conclusivo, onde restou constatada a existência de agentes nocivos à saúde em grau máximo de insalubridade, em função dos produtos químicos a que estava exposto o reclamante no período em que exerceu a função de vendedor junta à empresa. Portanto, restou plenamente comprovado na perícia técnica realizada, que o reclamante efetivamente laborava em situação INSALUBRE em grau máximo. Isto posto, defiro o adicional de insalubridade em grau máximo em favor do autor, devido na ordem de 40% sobre o salário mínimo nacional, com os reflexos requeridos na exordial: aviso prévio, 13º salário, férias, terço de férias e FGTS 11,2%. 25

2. JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA: Juros de mora na forma da Lei. Correção monetária pelos fatores de atualização dos meses subsequentes da tabela fornecida pela Assessoria Econômica do TRT XX região. CONCLUSÃO Ante o exposto, decidiu a XX Vara do Trabalho de XXXXX, ACOLHER TOTALMENTE os pedidos formulados por XXXXXXXXXXXX, reclamante, e, desta forma, condenar, XXXXXXXXXXXXXXXX, reclamada, a pagar, no prazo legal, conforme fundamentação que passa a fazer parte integrante deste dispositivo, bem como todas as diretrizes nela traçadas, para todos os efeitos legais, as verbas e determinações deferidas: 1. Adicional de insalubridade e reflexos; 2. FGTS 11,2%. 3. Juros de mora e correção monetária; Liquidação por cálculos. Custas pela reclamada no importe de R$ 50,00, calculadas sobre o valor provisoriamente arbitrado à condenação de R$ 2.500,00, sujeitas à complementação. INTIMEM-SE AS PARTES. Cumpra-se no prazo legal. Nada mais. XXXXXXXXXXXXXXXXXXX Juiz Presidente 26

CÁLCULOS DE LIQUIDAÇÃO 27

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