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Transcrição:

Conta Satélite do Turismo (2014-2017) 17 de dezembro de 2018 Em 2017 o VAB gerado pelo turismo representou 7,5 do VAB nacional Estima-se que, em 2017, o VAB gerado pelo turismo tenha crescido 13,6 em termos nominais, após um aumento de 6,6 em 2016, atingindo 7,5 do VAB da economia nacional. A procura turística alcançou uma escala equivalente a 13,7 do PIB, tendo aumentado 14,5 face ao ano anterior. Em 2016, o emprego nas atividades caraterísticas do turismo representou 9,4 do total do emprego interno. O Instituto Nacional de Estatística (INE, I.P.) divulga uma primeira estimativa para 2017 de dois agregados principais da Conta Satélite do Turismo (CST), o Valor Acrescentado Bruto gerado pelo Turismo (VABGT) e o Consumo do Turismo no Território Económico (CTTE). A informação relativa a 2016 foi atualizada com base em dados mais sólidos e está disponível com um maior grau de desagregação. Além dos principais resultados, este destaque detalha: A procura turística (CTTE), nomeadamente o turismo de visitantes não residentes e o turismo interno; A Despesa turística fora do território económico (turismo emissor); O Consumo final coletivo das Administrações Públicas relacionadas com o turismo; VAB gerado pelo turismo (VABGT) por atividade; O Emprego e remunerações das atividades características; Comparações internacionais; Por fim, é efetuada uma aplicação do Sistema Integrado de Matrizes Input-Output de 2015 aos resultados da CST, para o cálculo do impacto total da atividade turística na economia nacional. Refira-se que a CST tem como referência o núcleo central das Contas Nacionais, pelo que inclui estimativas relativas a componentes não diretamente observadas nas estatísticas de base, nomeadamente alojamentos de natureza informal e rendas imputadas de segundas habitações. No portal do INE, na área de divulgação das Contas Nacionais (secção das Contas Satélite), são disponibilizados quadros adicionais para o período 2014-2016. 1. Principais resultados Estima-se que, em 2017, o VABGT tenha atingido 7,5 do VAB da economia nacional, evidenciando um crescimento de 13,6 em termos nominais, superior ao do VAB da economia nacional (4,0). No mesmo ano, o CTTE atingiu uma escala equivalente a 13,7 do Produto Interno Bruto (PIB), aumentando 14,5 face ao ano anterior. Em 2016, a despesa do turismo recetor (exportações de turismo, correspondentes a despesas de não residentes no território económico nacional) foi a componente mais relevante do CTTE (63,1), tendo Conta Satélite do Turismo (2014-2017) 1/11

aumentado 8,6 face a 2015. A despesa do turismo interno e as outras componentes cresceram 3,0. O emprego nas atividades caraterísticas do turismo, medido em equivalente a tempo completo (ETC), representou 9,4 do total do nacional. O emprego nas atividades caraterísticas do turismo aumentou 4,8, superando o crescimento do emprego na economia nacional (2,1). Quadro n.º 1 Principais resultados da Conta Satélite do Turismo 2014 2015 2016 2017* Consumo do Turismo no Território Económico (CTTE) Valor (10 6 euros) 20.675 21.902 23.321 26.707 Taxa de variação nominal () // 5,9 6,5 14,5 Peso do Consumo do Turismo no Território Económico no PIB () 11,9 12,2 12,5 13,7 Despesa do Turismo Recetor Valor (10 6 euros) 12.653 13.543 14.713 x Taxa de variação nominal () // 7,0 8,6 // Despesa do Turismo Interno + Outras componentes Valor (10 6 euros) 8.021 8.359 8.608 x Taxa de variação nominal () // 4,2 3,0 // VAB Gerado pelo Turismo (VABGT) Valor (10 6 euros) 9.768 10.458 11.147 12.661 Taxa de variação nominal () // 7,1 6,6 13,6 Contribuição do VABGT para o VAB da Economia Nacional () 6,5 6,7 6,9 7,5 Emprego nas Atividades Caraterísticas do Turismo Valor (ETC) 381.422 397.619 416.817 x Taxa de variação nominal () // 4,2 4,8 // Peso do Emprego nas Atividades Caraterísticas do Turismo no Total do Emprego Nacional () 9,0 9,2 9,4 // Remunerações nas Atividades Caraterísticas do Turismo Valor (10 6 euros) 6.910 7.303 7.860 x Taxa de variação nominal () // 5,7 7,6 // Peso das Remunerações nas Atividades Caraterísticas do Turismo no Total das Remunerações Nacionais () 9,0 9,3 9,6 // * - Primeira estimativa // - Valor não aplicável x Valor não disponível 2. Consumo do Turismo no Território Gráfico n.º 1 Peso () das componentes da procura Económico (procura turística) A taxa de crescimento do CTTE estimada para 2017 (+14,5) é a mais elevada da atual série da CST (2014-2017). Em 2016, a despesa do turismo recetor continuou a ser a componente mais importante da procura turística (63,1), tendo aumentado 8,6 face ao ano anterior e atingindo o valor máximo. 100 80 60 40 20 0 turística 7,1 6,9 6,6 31,7 31,3 30,3 61,2 61,8 63,1 2014 2015 2016 Outras componentes Turismo Interno Turismo recetor Conta Satélite do Turismo (2014-2017) 2/11

2.1 Despesa do Turismo Recetor Em 2016, tal como nos anos anteriores, cerca de 97 do total da despesa do turismo recetor foi efetuada por turistas, enquanto os excursionistas foram responsáveis por apenas 3. A estrutura de despesa das duas categorias de visitantes registou diferenças significativas: Turistas: a despesa incidiu maioritariamente sobre o alojamento (26,5), a restauração e bebidas (26,0) e o transporte de passageiros (20,6); Excursionistas: 49,1 da despesa foi direcionada para produtos não específicos, 26,6 foi para a restauração e bebidas e 13,0 para os produtos conexos. Estes 3 produtos congregaram cerca de 89 do total da despesa dos excursionistas não residentes. A estrutura da despesa não se alterou significativamente face a anos anteriores. A despesa do turismo recetor aumentou 8,6 em 2016 face a 2015, correspondendo a 19,7 do total das exportações nacionais. Gráfico n.º 2 Despesa do turismo recetor por tipo de visitante (2016) Turistas Excurs. 3,1 Excursionistas 6,2 19,0 20,6 Alojam. 26,5 26,0 Turista 97,4 49,1 13,0 26,6 9,9 2.2 Despesa do Turismo Interno No turismo interno a despesa dos turistas manteve-se predominante, mas o peso relativo da despesa dos excursionistas aumentou em 2016, atingindo 39,2. A despesa do turismo interno por tipo de viajante e por produto evidenciou a seguinte distribuição: Turistas: incidiu maioritariamente sobre o alojamento (28,3), a restauração e bebidas (20,8) e o transporte de passageiros (17,1); Excursionistas: foi fundamentalmente direcionada para a restauração e bebidas (32,6), produtos não específicos (26,3) e transporte de passageiros (14,0). Conta Satélite do Turismo (2014-2017) 3/11

Gráfico n.º 3 Despesa do turismo interno por tipo de visitante (2016) Outros Serv. 5,9 Recr. e Lazer 2,7 3,0 Agênc. de Viagem 11,5 Turistas 10,3 17,1 Alojam. 28,3 20,8 Excurs. 39,2 Turista 60,8 4,2 Outros Serv. 6,8 Excursionistas 26,3 Recr. e Lazer 13,7 32,6 14,0 3. Despesa do Turismo Emissor Em 2016, à semelhança da despesa do turismo recetor, também na despesa do turismo emissor (importações de turismo) predomina significativamente a despesa efetuada pelos turistas (90,2), comparativamente com a realizada pelos excursionistas (9,8). Turistas: concentrou-se no alojamento (27,3), no transporte de passageiros (23,2) e nos produtos não específicos (18,8); Excursionistas: foi maioritariamente dirigida para produtos não específicos (49,8) e para produtos conexos (41,6). Observaram-se igualmente diferenças significativas na estrutura de despesa por tipo de viajante: A estrutura da despesa não se alterou de forma relevante face a anos anteriores. Gráfico n.º 4 Despesa do turismo emissor por tipo de visitante (2016) Turistas Excursionistas Excurs. 9,8 10,8 19,3 23,2 Alojam. 27,3 17,3 Turista 90,2 49,8 41,6 4,5 3,7 Conta Satélite do Turismo (2014-2017) 4/11

3.902 4.148 4.334 8.751 9.395 10.307 12.653 13.543 14.641 A despesa do turismo emissor (importações de turismo) aumentou 4,5 em 2016, correspondendo a 6,0 das importações nacionais. Gráfico n.º 6 Distribuição () do consumo coletivo do turismo por subsetor das administrações públicas (2014-2016) O saldo dos fluxos turísticos foi positivo e crescente entre 2014 e 2016, tendo registado um aumento de 10,5 em 2016, atingindo o valor máximo no triénio. 2016 30,3 11,3 58,3 2015 32,6 11,2 56,3 Gráfico n.º 5 Saldo dos fluxos turísticos (2014-2016) 10 6 euros 16000 2014 29,5 13,0 57,5 12000 Administração central Administração regional 0 20 40 60 80 100 8000 Administração local 4000 5. VAB gerado pelo Turismo 0 Turismo recetor Turismo Emissor Saldo 2014 2015 2016 Em 2017, o VABGT registou um crescimento de 13,6 face a 2016, representando 7,5 do VAB da economia nacional. 4. Consumo Coletivo do Turismo No contexto da CST são exemplos da despesa de consumo coletivo os serviços de promoção de turismo, serviços de informação ao visitante, serviços administrativos relacionados com o turismo, entre outros. Em 2016, esta despesa diminuiu 1,6, reflexo da redução da despesa de consumo coletivo de turismo, da administração central e regional (-8,3 e -0,3, respetivamente). Pelo contrário, a despesa realizada pela administração local aumentou 2,0, reforçando o seu peso relativo no total da despesa (58,3). Tal como nos anos anteriores, as atividades que mais contribuíram para o VABGT, em 2016, foram os hotéis e similares (32,3), os restaurantes e similares (22,7) e as atividades não específicas (15,3). Gráfico n.º 7 Distribuição () do VAB gerado pelo turismo, por atividade (2016) Atividades conexas 2,2 Atividades Desporto, não recreação e específicas lazer 15,3 1,7 Agências de viagens 1,9 Aluguer de equip. de transporte 3,3 Transportes de passageiros 9,0 Restaurantes e similares 22,7 Hotéis e similares 32,3 Residências secundárias por conta própria 9,8 Conta Satélite do Turismo (2014-2017) 5/11

6. Emprego e remunerações Em 2016, o emprego nas atividades caraterísticas do turismo aumentou 4,8 face a 2015, fixando-se em 416.817 ETC e representando 9,4 do total do emprego nacional. Aquele crescimento foi superior ao observado na economia nacional (2,1). Considerando exclusivamente a componente turística das atividades caraterísticas do turismo, esta correspondeu a 4,7 do total do emprego nacional (207.567 ETC). As atividades caraterísticas do turismo que evidenciaram dinâmicas de crescimento de emprego mais acentuadas foram as agências de viagens, operadores turísticos e guias turísticos (+9,1) e os hotéis e similares (+7,5). Gráfico n.º 8 Distribuição () do emprego nas atividades caraterísticas do turismo (2016) nos restaurantes e similares e na economia nacional, o que poderá ser parcialmente explicado pelo crescimento do alojamento local. Gráfico n.º 9 Evolução do peso () do emprego não remunerado no total do emprego nos hotéis e similares, restaurantes e similares e no total da economia (2014-2016) 24 20,0 19,5 20 18,1 16 13,9 13,5 13,1 12 12,7 8 10,1 10,6 4 0 2014 2015 2016 Hoteis e similares Restaurantes e similares Total da Economia Aluguer de equip. de transporte 2,5 Serviços aux. aos transportes 8,0 Agências de viagens 2,4 Serviços culturais 4,6 Transportes de passageiros 11,9 Desporto, recr. e lazer 6,0 Hotéis e similares 17,6 Restaurantes e similares 47,1 Mais de 75 do emprego (ETC) nas atividades caraterísticas do turismo concentrou-se nos restaurantes e similares (47,1), nos hotéis e similares (17,6) e no transporte de passageiros (11,9). Importa igualmente destacar que o peso do emprego não remunerado tem vindo a aumentar nos hotéis e similares, em sentido oposto ao que se tem observado Em 2016, as remunerações nas atividades caraterísticas do turismo representaram 9,6 do total de remunerações da economia nacional. Considerando apenas a componente turística, o peso das remunerações correspondeu a 4,6 do total da economia nacional. À semelhança do que se observou no emprego, o crescimento das remunerações das atividades caraterísticas do turismo (7,6) foi superior ao observado na economia nacional (4,1). Os restaurantes e similares constituíram a atividade mais relevante, congregando cerca de 37 do montante global das remunerações. Seguiram-se os transportes de passageiros (17,9) e os hotéis e similares (14,9). Note-se que na estrutura de emprego correspondiam à segunda atividade mais relevante. Conta Satélite do Turismo (2014-2017) 6/11

Gráfico n.º 10 Distribuição () das remunerações nas atividades caraterísticas do turismo (2016) Aluguer de equip. de transporte 2,7 Agências de viagens 2,7 Serviços culturais; 3,1 Serviços aux. aos transportes 13,6 Desporto, recr. e lazer 7,8 Transportes de passageiros 17,9 Hotéis e similares 14,9 Restaurante s e similares 37,3 Gráfico n.º 11 Índice de remuneração por trabalhador nas atividades caraterísticas do turismo Total da economia Total das ativ. características Desporto, recreação e lazer Serviços culturais Agências de viagens Aluguer de equipamento de transporte Serviços auxiliares aos transportes (2016) 100,0 103,6 95,9 109,6 103,5 131,0 153,8 Transportes de passageiros 144,1 Em 2016 a remuneração média por trabalhador nas atividades características do turismo foi superior à nacional (+3,6), registando, no entanto, diferenças relevantes por atividade: face à economia nacional a remuneração média por trabalhador foi mais elevada nos serviços auxiliares aos transportes (153,8) e nos transportes de passageiros (144,1); em oposição, as atividades onde a remuneração média foi mais baixa foram os restaurantes e similares (85,4), os hotéis e similares (85,7) e os serviços culturais (95,9). Restaurantes e similares 85,4 Hotéis e similares 85,7 0 25 50 75 100 125 150 175 7. Comparações internacionais Considerando a informação disponível para países europeus, nas diversas fontes consultadas para os anos compreendidos entre 2014 e 2016, observou-se que a importância relativa da procura turística (CTTE), expressa pela sua relação com o PIB, foi mais elevada em Portugal (12,5). Conta Satélite do Turismo (2014-2017) 7/11

Gráfico n.º 12 O CTTE em percentagem do PIB em alguns países europeus 0 5 10 15 Portugal (2016) Espanha (2016) 12,5 11,2 Gráfico n.º 13 Peso () do VAB diretamente gerado pelo turismo no VAB da economia nacional em alguns países europeus 0 2 4 6 8 10 Espanha (2014) 7,0 Áustria (2014) 11,0 Portugal (2016) 6,9 Holanda (2014) 10,3 Hungria (2015) 6,4 Eslovénia (2014) 9,6 Áustria (2014) 6,3 Itália (2015) Reino Unido (2015) França (2015) República Checa (2016) Hungria (2015) Fontes: Eurostat: Tourism Satellite Accounts in Europe 2016 edition; Instituto Nacional de Estatística, I.P.: Conta Satélite do Turismo 2014 a 2017; Instituto Nacional de Estadística. Cuenta satélite del turismo de España. Base 2010. Serie contable 2010-2016; Conto Satellite del Turismo per l Italia. Anno 2015. ISTAT (2017); Economic accounts for tourism, Slovenia, 2014; Tourism Satellite Accounts (TSA) (2004 2015), Hungary; Main indicators of the national economy and tourism in the Czech Republic in 2003-2016; The UK Tourism Satellite Account (UK-TSA): 2015, Office for National Statistics (2017); Le 4 pages de la DGE, Études Économiques, No. 62, December 2016. 5,7 5,5 7,6 7,3 8,9 Itália (2015) Reino Unido (2016) Eslovénia (2014) Holanda (2014) República Checa (2016) Fontes: Eurostat: Tourism Satellite Accounts in Europe 2016 edition; Instituto Nacional de Estatística, I.P.: Conta Satélite do Turismo 2014 a 2017; Instituto Nacional de Estadística. Cuenta satélite del turismo de España. Base 2010. Serie contable 2010-2016; Conto Satellite del Turismo per l Italia. Anno 2015. ISTAT (2017); Economic accounts for tourism, Slovenia, 2014; Tourism Satellite Accounts (TSA) (2004 2015), Hungary; Main indicators of the national economy and tourism in the Czech Republic in 2003-2016; The UK Tourism Satellite Account (UK-TSA): 2015, Office for National Statistics (2017). 2,8 3,8 3,7 3,4 6,0 Em termos de importância relativa do VABGT no VAB da economia nacional, Portugal ocupou a segunda posição (6,9 em 2016). Apenas a Espanha apresentou um resultado mais elevado, mas próximo (7,0). O número de países com informação disponível para as variáveis relacionadas com o emprego é mais reduzido. Portugal apresenta o terceiro registo mais elevado (9,4), imediatamente atrás da Hungria (10) e de Espanha (13), em termos de importância relativa do emprego nas atividades caraterísticas do turismo no total do emprego nacional. Conta Satélite do Turismo (2014-2017) 8/11

Gráfico n.º 14 Peso () do emprego 1 nas atividades caraterísticas do turismo no total do emprego da economia nacional em alguns países europeus o efeito induzido total que resulta da propagação aos diversos ramos de atividade do impacto da procura turística. Espanha (2016) Hungria (2015) Portugal (2016) Áustria (2014) 0 5 10 15 13,0 10,0 9,4 7,4 Estima-se que, em 2016, o consumo turístico tenha tido um contributo total de 9,7 para o PIB (18,0 mil milhões de euros) e 9,4 para o VAB (15,3 mil milhões de euros), sendo expectável um aumento destas percentagens em 0,9 pontos percentuais (p.p.) em 2017. Eslovénia (2014) Holanda (2014) República Checa (2016) Fontes: Eurostat: Tourism Satellite Accounts in Europe 2016 edition; Instituto Nacional de Estatística, I.P.: Conta Satélite do Turismo 2014 a 2017; Instituto Nacional de Estadística. Cuenta satélite del turismo de España. Base 2010. Serie contable 2010-2016; Economic accounts for tourism, Slovenia, 2014; Tourism Satellite Accounts (TSA) (2004 2015), Hungary; Main indicators of the national economy and tourism in the Czech Republic in 2003-2016. 8. Aplicação do Sistema Integrado de Matrizes Simétricas Input-Output para 2015 aos resultados da CST Aplicando o Sistema Integrado de Matrizes Simétricas Input-output de 2015, recentemente publicadas pelo INE, aos principais resultados da CST, é possível determinar, além do impacto direto, o impacto indireto da atividade turística na economia nacional. Efetivamente este sistema, respeitando um equilíbrio geral entre procura e oferta agregadas, representa as interconexões entre os ramos da atividade económica, permitindo apurar sobre certas condições e hipóteses 2, 4,4 5,3 7,3 De acordo com o referido sistema de matrizes, estima-se que o consumo turístico tenha gerado 5,3 mil milhões de euros de importações (22,8 do consumo é satisfeito por importações). Gráfico n.º 15 Evolução do peso () do VAB direto e do VAB total gerado pelo turismo na economia nacional 6,7 6,9 Focando a análise nos produtos de consumo turístico com maior impacto na criação de riqueza, estima-se que os serviços de restauração e similares (com 26,4 pontos percentuais p.p.) e os serviços de alojamento (22,9 p.p.) sejam responsáveis por quase 50 do PIB gerado pelo turismo. Num patamar bastante inferior 1 Portugal, Áustria e Holanda: equivalente a tempo completo (ETC). surgem os serviços imobiliários (6,5 p.p.), serviços de Espanha e República Checa: postos de trabalho. Eslovénia: indivíduos. transporte aéreo (6,3 p.p.) e os produtos alimentares Hungria: share of employment, sem indicação específica da unidade de medida. (4,1 p.p.). 2 Entre essas hipóteses salientam-se: coeficientes técnicos constantes; inexistência de economias de escala; ausência de variação de preços relativos e de efeitos de substituição; capacidade produtiva ilimitada; produtos homogéneos; e ausência de restrições financeiras. Conta Satélite do Turismo (2014-2017) 9/11 12 9 6 3 0 9,1 9,4 10,3 7,5 2015 2016 2017 (1ª estimativa) VAB direto () VAB total ()

Notas Metodológicas A Conta Satélite do Turismo (CST) tem como principais documentos metodológicos de referência o manual European Implementation on Tourism Satellite Accounts do Eurostat e o documento Tourism Satellite Account: Recommended Methodological Framework 2008 das Nações Unidas, OCDE, Eurostat e World Tourism Organization (WTO). Por outro lado, e uma vez que a CST é um projeto coerente com o Sistema de Contas Nacionais, o recurso aos conceitos e nomenclaturas deste último afigura-se imprescindível, sendo observadas as suas referências metodológicas, nomeadamente o Sistema de Contas Nacionais das Nações Unidas (SCN2008) e o Sistema Europeu de Contas (SEC2010). As Recomendações das Estatísticas do Turismo, das Nações Unidas, constituem a principal referência conceptual do Turismo Internacional, assegurando a coerência da CST com o Subsistema de Informação Estatística do Turismo, a nível de conceitos e definições, assim como com outros subsistemas, como a Balança de Pagamentos. São ainda referência as publicações, Measuring the role of tourism in OECD economies. The OECD manual on tourism satellite accounts and employment da OCDE e Designing the Tourism Satellite Account (TSA). Methodological Framework da WTO. As presentes estimativas encontram-se desagregadas de acordo com as nomenclaturas de atividades e produtos do turismo da CST: A nomenclatura de atividades e de produtos do Turismo Relativamente às nomenclaturas, a CST de Portugal manteve as referências metodológicas do European Implementation on Tourism Satellite Accounts, do Eurostat. Os produtos e atividades na CST distinguem-se entre Específicos (as) e Específicos (as) do Turismo. Os Produtos Específicos classificam-se em Característicos e Conexos. Os Produtos Característicos são produtos típicos do turismo e constituem o foco da atividade turística. Por sua vez, os Produtos Conexos são produtos que, apesar de não serem típicos do turismo num contexto internacional, podem sê-lo num âmbito mais restrito como é o nacional. Nos produtos característicos incluem-se o Alojamento, a Restauração e Bebidas; o Transporte de Passageiros; as Agências de viagens, operadores turísticos e guias turísticos; os Serviços Culturais, a Recreação e Lazer e os Outros Serviços de Turismo. Os Produtos Específicos correspondem a todos os outros produtos e serviços produzidos na economia e que não estão diretamente relacionados com o turismo, podendo ser alvo de consumo por parte dos visitantes. No caso das atividades, as Atividades Caraterísticas são atividades produtivas cuja produção principal foi identificada como sendo característica do turismo e que servem os visitantes, admitindo-se uma relação direta do fornecedor com o consumidor. Incluem-se, neste grupo, as atividades: Alojamento (hotéis e similares, residências secundárias utilizadas para fins turísticos por conta própria ou gratuitas), Restauração, Transportes de passageiros, Serviços auxiliares aos transportes de passageiros, Aluguer de equipamento de transporte de passageiros, Agências de viagens, operadores turísticos e guias turísticos, Serviços culturais e Recreação e lazer. As componentes de Consumo do Turismo no Território Económico e o VAB gerado pelo turismo O Consumo Turístico no Território Económico engloba: - O consumo do turismo recetor, que corresponde ao consumo efetuado por visitantes não residentes em Portugal; - O consumo do turismo interno, que corresponde ao consumo dos visitantes residentes que viajam no interior do país, em lugares distintos do seu ambiente habitual, assim como à componente de consumo interno efetuada pelos visitantes residentes no país aquando de uma viagem turística no exterior do país (componente de consumo interno do Turismo Emissor); - As outras componentes do consumo turístico, que compreendem os serviços de habitação das habitações secundárias por conta própria, os serviços de intermediação financeira imputados e as componentes do consumo turístico que não são passíveis de desagregação por tipo de turismo e de visitante. Nas outras componentes incluem-se ainda os produtos cuja despesa é das administrações públicas mas cujo consumo é de natureza individual. O Valor Acrescentado Bruto Gerado pelo turismo (VABGT) corresponde à parcela do VAB que é gerada na prestação de serviços aos visitantes em Portugal, sejam residentes no país ou não. Este valor pode ser considerado como a contribuição da atividade turística para o VAB da economia. Conta Satélite do Turismo (2014-2017) 10/11

Consumo coletivo A despesa de consumo final coletivo das Administrações Públicas corresponde à produção de serviços não mercantis, pelas administrações públicas, cujo consumo é disponibilizado em simultâneo a toda a comunidade. A estimativa do consumo coletivo do turismo insere-se numa perspetiva mais alargada daquilo que é a procura de turismo. De facto, os quadros centrais da CST, nos quais se define a procura e a oferta do turismo e o respetivo equilíbrio, organizam-se em torno da nomenclatura de produtos do turismo (bens e serviços), cujo consumo é de natureza individual. O manual da WTO apresenta um quadro para a estimativa do consumo coletivo do turismo, desagregado por produtos e subsetores das administrações públicas, sugerindo a inclusão de alguns tipos de produtos, essencialmente serviços tais como os serviços de promoção de turismo, os serviços de informação ao visitante, serviços administrativos relacionados com o turismo, entre outros. No contexto da CST, a abordagem adotada consistiu na identificação de um conjunto de entidades das administrações públicas que fornecem esse tipo de serviços, apresentando-se informação sobre o valor do consumo coletivo do turismo, por subsetor. Fontes de informação As principais fontes de informação em que se baseou a estimativa das variáveis monetárias e não monetárias da CST foram as seguintes: Quadro n.º 2 Principais fontes de informação utilizadas na CST INE Contas Nacionais (Base 2011) Estatísticas dos Transportes e Comunicações (2016) Estatísticas do Turismo (2016) Ficheiro Geral de Unidades Estatísticas (FGUE) Inquérito à Deslocação dos Residentes (2016) Inquérito ao Turismo Internacional (2016) Outras fontes Balança de Pagamentos Balancetes analíticos detalhados das entidades da Administração central Conta Geral do Estado Informação Empresarial Simplificada (IES) Registo Nacional de Turismo Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional Página eletrónica do Ministério da Justiça (https://publicacoes.mj.pt/pesquisa.aspx) Páginas eletrónicas das unidades de atividade económica Relatórios e Contas de entidades que desenvolvem atividades caraterísticas do turismo Revisão dos dados (2016) Os dados finais do CTTE e do VABGT para 2016 refletem revisões face aos valores estimados e publicados no último destaque da CST publicado a 7 de dezembro 2017. As revisões da CST resultaram da incorporação das versões finais das fontes de informação comuns às Contas Nacionais e à CST, em particular a IES, e da atualização dos próprios agregados das Contas Nacionais. Tanto o CTTE como o PIB tiveram revisões no mesmo sentido, na mesma ordem relativa de grandeza, pelo que a relação entre os dois agregados não se alterou. O peso do VABGT foi revisto em 0,2 pontos percentuais, em resultado da revisão em baixa do VABGT e da revisão em alta do VAB da economia. Quadro n.º 3 Revisão da primeira estimativa de valores da CST para 2016 2016 (1ª estimativa) 2016 (definitivo) Peso () do CTTE no PIB 12,5 12,5 Peso () do VABGT no VAB da Economia Nacional 7,1 6,9 Conta Satélite do Turismo (2014-2017) 11/11