REGULAMENTO DO CEMITÉRIO PAROQUIAL E DO CEMITÉRIO MUNICIPAL DA QUINTA DA PIEDADE

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ÍNDICE PREÂMBULO 4. CAPÍTULO I DEFINIÇÕES E NORMAS DE LEGITIMIDADE 5 Artigo 1.º - Definições 5 Artigo 2.º - Legitimidade 6

REGULAMENTO CEMITÉRIO PREÂMBULO

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Transcrição:

REGULAMENTO DO CEMITÉRIO PAROQUIAL E DO CEMITÉRIO MUNICIPAL DA QUINTA DA PIEDADE

2

PREÂMBULO A união das Freguesias de Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa tem necessariamente como consequência, a caducidade dos regulamentos vigentes nas duas freguesias agora unidas. Tratando-se de equipamentos que prestam um serviço público de caráter contínuo e indispensável, urge proceder à aprovação de um instrumento regulamentar apto à prossecução dos fins em causa. Aproveitou-se a ocasião para introduzir algumas modificações, reunindo num só regulamento as normas aplicáveis aos dois cemitérios em funcionamento. Não foi feita a apreciação pública, prevista no art.º 118 do Código do Procedimento Administrativo, tendo em consideração a urgência da sua entrada em vigor, pelos motivos expostos. 3

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS ART.º 1º LEI HABILITANTE O presente regulamento é elaborado com fundamento objetivo no disposto no art.º 29º do Decreto n.º 44220, de 3 de Março de 1962 e com fundamento subjetivo no art.º 241º da Constituição da República Portuguesa. ART.º 2º OBJECTO O presente regulamento estabelece as regras de funcionamento e de administração do Cemitério Municipal da Quinta da Piedade e do Cemitério Paroquial da Póvoa de Santa Iria. Art.º 3º SUJEITOS Nas relações jurídicas administrativas reguladas pelo presente regulamento considera-se que a Freguesia é o sujeito ativo, representada pela Junta de Freguesia e que os sujeitos passivos são todos aqueles que em resultado de lei civil ou administrativa tenham capacidade e legitimidade. 4

Art.º 4º FACTOS 1. A inumação, a exumação, o transporte, trasladação, cremação, de cadáveres ou de restos mortais sob a forma de cinzas, ossadas ou outra legalmente admitida carecem de um ato permissivo da Junta de Freguesia. 2. Os direitos de utilização privativa do domínio público cemiterial carecem igualmente de um ato permissivo da Junta de Freguesia. Art.º 5º ÂMBITO No Cemitério Municipal da Quinta da Piedade podem: a) Ser inumados em sepultura temporária ou nicho aeróbio os cadáveres de residentes ou naturais das freguesias de Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa; b) Ser inumados em sepultura temporária ou nicho aeróbio os cadáveres de residentes de outras freguesias, mediante autorização expressa do Presidente da Junta de Freguesia ou de quem o mesmo tiver delegado essa competência; c) Ser inumados em sepultura perpétua os cadáveres de membros do corpo de bombeiros voluntários que servem a freguesia, assim como dos autarcas dos órgãos paroquiais, nos respetivos talhões; d) Ser cremados todos os cadáveres, independentemente da residência ou naturalidade; e) Ser depositadas ossadas ou cinzas resultantes de cremação, nos locais previstos para o efeito. 1. No Cemitério Paroquial podem: 5

a) Ser inumados em sepultura perpétua em campa rasa ou jazigo todos os cadáveres, mediante autorização expressa do(s) seu(s) concessionário(s); b) Ser depositadas ossadas ou de cinzas resultantes de cremação, nos locais previstos para o efeito. Art.º 6º ORGANIZAÇÃO 1. O Cemitério Paroquial é administrado pela Junta de Freguesia, na qualidade de seu proprietário. 2. O Cemitério Municipal da Quinta da Piedade é administrado pela Junta de Freguesia, de acordo e nos termos estabelecidos com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. Art.º 7º FUNCIONAMENTO O cemitério funciona todos os dias, excepto nos dias 25 e 31 de Dezembro de cada ano civil, sem prejuízo de, mediante deliberação da Junta de Freguesia, poder encerrar noutros dias. Art.º 8º HORÁRIO 1. O horário dos cemitérios é estabelecido pela Junta de Freguesia, mediante deliberação, a qual deve atender aos períodos de trabalho legalmente fixados. 2. Para efeito de inumação de restos mortais, o corpo terá que dar entrada até trinta minutos antes do encerramento do cemitério. Art.º 9º 6

REGRAS GERAIS 1. Nenhum cadáver será inumado ou cremado antes de decorrido o prazo legalmente estatuído para o efeito. 2. Quando não haja lugar à realização de autópsia médico-legal e houver perigo para a saúde pública, a autoridade de saúde pode ordenar, por escrito, que se proceda à inumação ou cremação, antes de decorrido o prazo previsto no número anterior. 3. O disposto nos números anteriores não se aplica aos fetos mortos. 4. A inumação ou cremação de um cadáver depende de autorização do Presidente da Junta de Freguesia, a requerimento das pessoas com legitimidade para tal, nos termos do Art.º 3º do Decreto-Lei n.º 411/98, de 30 de Dezembro. 5. Quaisquer intervenções em sepulturas, nichos, ossários ou estruturas para o mesmo ou semelhante fim só podem ser efectuadas depois da apresentação de documentação comprovativa da autorização e demais documentação ao funcionário responsável; 6. Não é permitida a entrada ou saída de nenhum corpo, ossada ou cinzas sem que o funcionário administrativo em funções dê a respetiva autorização ou tome conhecimento da mesma e registe os dados referentes aos atos a praticar; 7. O incumprimento das disposições legais e regulamentares é susceptível de geral responsabilidade civil ou criminal nos seus autores; 8. Os prazos estabelecidos no presente regulamento contam-se de acordo com o direito procedimental ou processual aplicável; CAPÍTULO II DA INUMAÇÃO SECÇÃO I DA INUMAÇÃO EM SEPULTURA 7

Art.º 10º CAIXÕES 1. Os cadáveres a inumar serão encerrados em caixões construídos nos materiais legalmente admitidos. 2. Os caixões de zinco devem ser hermeticamente fechados. 3. Antes do definitivo encerramento, devem ser depositados nas urnas materiais que acelerem a decomposição do cadáver. Art.º 11º DIMENSÕES As sepulturas terão, em planta, a forma rectangular, obedecendo às seguintes dimensões mínimas: Para adultos: Comprimento----------------------------------------2,00 m Largura--------------------------------------------0,65 m Profundidade---------------------------------------1,15 m Para crianças: Comprimento----------------------------------------1,00 m Largura--------------------------------------------0,55 m Profundidade---------------------------------------1,00 m Art.º 12º ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO 1. As sepulturas, devidamente numeradas, agrupar-se-ão em talhões ou secções, tanto quanto possível retangulares. 8

2. Procurar-se-á o melhor aproveitamento do terreno, não podendo porém os intervalos entre sepulturas e entre estas e os lados dos talhões ser inferiores a 0, 40 m, e mantendo-se para cada sepultura acesso com o mínimo de 0,60 m de largura. Art.º 13º INUMAÇÃO DE CRIANÇAS Além de talhões privativos que se considerem justificados, haverá secções para a inumação de crianças separadas dos locais que se destinam aos adultos. SECÇÃO II DA INUMAÇÃO EM JAZIGO Art.º 14º NORMAS APLICÁVEIS A inumação em jazigo só deverá ser efetuada nos caixões que cumpram as normas legais e técnicas aplicáveis. SECÇÃO III INUMAÇÃO EM LOCAL DE CONSUMPÇÃO AERÓBIA Art.º 15º REGRAS DE INUMAÇÃO A inumação em local de consumpção aeróbia só deverá ser efetuada nos caixões que cumpram as normas legais e técnicas aplicáveis. CAPÍTULO III 9

DA CREMAÇÃO Art.º 16º LOCAL DE CREMAÇÃO A cremação é feita no forno crematório do cemitério da Povoa de Santa Iria instalado para o efeito. Art.º 17º ÂMBITO 1. Podem ser cremados cadáveres não inumados, cadáveres exumados, ossadas, fetos mortos e peças anatómicas. 2. A Junta de Freguesia pode ainda ordenar a cremação de; a) Cadáveres já inumados ou ossadas que tenham sido considerados abandonados; b) Cadáveres ou ossadas que estejam inumados em locais ou construções que tenham sido considerados abandonados; c) Quaisquer cadáveres ou ossadas em caso de calamidade pública; d) Fetos mortos abandonados e peças anatómicas. Art.º 18º AUTORIZAÇÃO DE CREMAÇÃO 1. A cremação de um cadáver depende de autorização do Presidente da Junta de Freguesia, a requerimento das pessoas com legitimidade para tal, nos termos do Art.º 3º do Decreto-Lei n.º 411/98, de 30 de Dezembro. 10

2. O requerimento a que se refere o número anterior obedece ao modelo previsto no Anexo II do Decreto-lei nº 411/98, devendo ser instruído com os seguintes documentos: a) Assento, auto de declaração de óbito, ou boletim de óbito; b) Autorização da autoridade judiciária, nos casos em que o cadáver tiver sido objecto de autópsia médico-legal; c) Autorização da autoridade de saúde, nos casos em que haja necessidade de cremação antes de decorridas vinte e quatro horas sobre o óbito. Art.º 19º TRAMITAÇÃO 1. Apresentados o requerimento e os documentos referidos no artigo anterior e pagas as taxas que forem devidas, a Junta de Freguesia emite guia de modelo aprovado, cujo original entrega ao encarregado do funeral. 2. Não se efectuará a cremação sem que seja entregue o original da guia a que se refere o número anterior aos serviços de recepção afectos ao Cemitério. 3. O documento referido no número anterior será registado no livro de cremações, mencionando-se o seu número de ordem, bem como a data de entrada do cadáver ou ossadas no cemitério. CAPÍTULO IV DA EXUMAÇÃO Art.º 20º INICIATIVA 11

1. Decorrido o prazo legalmente estabelecido, a Junta de Freguesia delibera a exumação dos restos mortais, estabelecendo a respetiva calendarização. 2. Pode igualmente o legítimo interessado, nos termos do Art.º 3º do Decreto-Lei n.º 411/98, de 30 de Dezembro, requerer a exumação, Art.º 21º NOTIFICAÇÃO DOS INTERESSADOS 1. Trinta dias antes da data estabelecida para a exumação, os serviços da Junta de Freguesia notificarão os interessados, se conhecidos, através de carta registada com aviso de recepção e de publicação de edital, da data e demais elementos identificativos, solicitando igualmente informação sobre o destino das ossadas. 2. Mediante requerimento devidamente fundamento, pode o interessado solicitar a exumação em data diversa da estabelecida, devendo os serviços deferir a mesma, desde que não se verifique incompatibilidade com exumações agendadas. Art.º 22º OPERAÇÃO MATERIAL 1. Se no momento da abertura o esqueleto estiver devidamente mineralizado, os serviços efetuam os atos materiais da sua competência, necessários à adequada disponibilização dos restos mortais para o destino indicado pelo requerente, ou na ausência de manifestação de vontade deste, para o destino deliberado pela Junta de Freguesia. 2. Se no momento da abertura não estiverem terminados os fenómenos de destruição de matéria orgânica, recobre-se de novo o cadáver, 12

mantendo-o inumado por períodos sucessivos de dois anos até à mineralização do esqueleto. CAPÍTULO V DA TRASLADAÇÃO Art.º 23º TRAMITAÇÃO 1. A trasladação é solicitada ao Presidente da Junta de Freguesia, pelas pessoas com legitimidade para tal, nos termos da legislação aplicável. 2. Se a trasladação consistir na mera mudança de local no interior do cemitério é suficiente o deferimento do Presidente da Junta de Freguesia. 3. Se a trasladação consistir na mudança para cemitério diferente, deverão os serviços da Junta de Freguesia remeter o pedido para a entidade responsável pela administração do Cemitério para o qual vão ser trasladados o cadáver ou as ossadas, cabendo a esta o deferimento da pretensão. CAPÍTULO VI DO USO PRIVATIVO, DOS SINAIS FUNERÁRIOS, DO EMBELEZAMENTO DOS OSSÁRIOS E SEPULTURAS E DO ABANDONO DE CONCESSÕES SECÇÃO I DO USO PRIVATIVO E DAS OBRAS FUNERÁRIAS Art.º 24º 13

CONCESSÃO 1. Os covais, jazigos, ossários, columbários ou outros equipamentos legalmente admitidos podem, mediante autorização do Presidente da Junta de Freguesia, ser objecto de concessão de uso privativo, perpétuo ou temporário, para inumação, deposição de ossadas ou de cinzas. 2. A concessão referida no número anterior não confere qualquer direito real ao seu titular. Art.º 25 REQUISITOS DOS OSSÁRIOS 1. Os ossários dividir-se-ão em células com as seguintes dimensões mínimas interiores: Comprimento----------------------------0,80m Largura ---------------------------------- 0,50m Altura--------------------------------------0,40m 2. Nos ossários não haverá mais de sete células sobrepostas acima do nível do terreno, ou em cada pavimento. 3. Admite-se ainda a construção de ossários subterrâneos em condições idênticas e com observância do determinado no nº 1do presente artigo. Art.º 26 REQUISITOS DOS COLUMBÁRIOS OU OUTROS EQUIPAMENTOS LEGALMENTE ADMITIDOS Os columbários ou outros equipamentos legalmente admitidos para a deposição de ossadas ou cinzas deverão ser construídos nos materiais e com as dimensões adequadas aos fins a que se destinam. Art.º 27º PEDIDO 14

1. O pedido para a concessão de covais, jazigos, ossários, columbários ou outros equipamentos legalmente admitidos é dirigido ao Presidente da Junta de Freguesia e dele devem constar todos os elementos necessários à identificação do interessado e do espaço pretendido. 2. A construção de jazigos carece dos elementos técnicos adequados, nos termos do previsto no Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, com as devidas adaptações. Art.º 28º ALVARÁ DE CONCESSÃO A concessão é titulada por alvará, a emitido no acto do pagamento das taxas devidas. Art.º 29º TRANSMISSÃO POR MORTE As transmissões por morte das concessões a favor de sucessíveis do concessionário, são livremente admitidas, nos termos gerais de direito. Art.º 30º TRANSMISSÃO INTER VIVOS As transmissões inter vivos, de natureza gratuita ou onerosa carecem de autorização da Junta de Freguesia, sob pena da nulidade do negócio jurídico. Art.º 31º TALHÕES PRIVATIVOS 1. No Cemitério Paroquial será mantido um Talhão Privativo da Liga dos Combatentes. 2. No Cemitério Municipal serão mantidos Talhões Privativos para os Autarcas da Freguesia e para os Bombeiros. 15

SECÇÃO II DOS SINAIS FUNERÁRIOS E DO EMBELEZAMENTO DAS SEPULTURAS Art.º 32º SINAIS FUNERÁRIOS 1. Nas sepulturas permite-se a colocação de cruzes e caixas para coroas, assim como inscrição de epitáfios e outros sinais funerários costumados. 2. Nos ossários, além do número de identificação, só é permitida a inscrição do nome, data de nascimento e de falecimento. 3. Não é permitida a colocação de cruzes e caixas para coroas, assim como inscrição de epitáfios e outros sinais funerários costumados, fora da área concessionada, mesmo que contígua à sepultura. Art.º 33º EMBELEZAMENTO É permitido embelezar as construções funerárias com revestimentos adequados, ajardinamento, bordaduras, vasos para plantas, ou por qualquer outra forma que não afecte a dignidade própria do local. Art.º 34º AUTORIZAÇÃO A realização por particulares de quaisquer trabalhos nos cemitérios, nomeadamente conservação e limpeza de campas, fica sujeita a autorização dos serviços da Junta de Freguesia competentes e à orientação e fiscalização destes. SECÇÃO III DO ABANDONO DE CONCESSÕES 16

Art.º 35º REQUISITOS Consideram-se abandonados, podendo declarar-se prescritos os direitos de concessão, os covais, jazigos, ossários, columbários ou outros equipamentos legalmente admitidos cujos concessionários não sejam conhecidos ou residam em parte incerta e não exerçam os seus direitos ou deveres por período superior a dez anos, nem se apresentem a reivindicá-los dentro do prazo de 60 dias, depois de citados por meio de notificação ou edital publicado em jornal de âmbito e periodicidade adequados aos fins pretendidos. Art.º 36º INÍCIO DA CONTAGEM DO PRAZO DE PRESCRIÇÃO O prazo prescricional referido no Art.º anterior conta-se a partir da data da última inumação ou depósito de ossadas ou cinzas, ou da realização das mais recentes obras de conservação ou de beneficiação efetuadas. Art.º 37º POSSE ADMINISTRATIVA Decorrido o prazo referido no Art.º anterior, o Presidente da Junta de Freguesia toma posse administrativa do concessionado. CAPÍTULO VII DEVERES SECÇÃO I DEVERES DOS INTERESSADOS E UTILIZADORES Art.º 38º 17

PROIBIÇÕES NO RECINTO DO CEMITÉRIO No recinto do cemitério é proibido e constitui facto ilícito, sem prejuízo de outros factos ilícitos tipificados em lei: a) Proferir palavras ou praticar actos ofensivos da memória dos mortos ou do respeito devido ao local; b) Entrar acompanhado de quaisquer animais, salvo os devidamente autorizados e cuja presença seja indispensável a pessoas portadoras de deficiência; c) Transitar fora dos arruamentos ou das vias de acesso que separam as sepulturas; d) Colher flores ou danificar plantas ou árvores; e) Danificar jazigos, sepulturas, sinais funerários ou quaisquer outros objetos; f) Produzir ruídos, manifestar comportamentos que colidam com os direitos de terceiros à utilização do cemitério, atendendo às condições adequadas aos seus fins; g) Praticar atos de comércio, exceto quando concessionados; Art.º 39º ACTIVIDADES QUE CARECEM DE AUTORIZAÇÃO Carecem de autorização do Presidente da Junta de Freguesia para além dos atos referidos em artigos anteriores: a) Missas campais e outras cerimónias similares; b) Salvas de tiros nas exéquias fúnebres militares; c) Actuações musicais; d) Intervenções teatrais, coreográficas e cinematográficas, e) Reportagens relacionadas com a atividade cemiterial. f) A utilização para outros fins diversos dos usos, tradições ou costumes funerários; 18

Art.º 40º RETIRADA DE OBJECTOS 1. Os objectos utilizados para fins de ornamentação ou de culto em jazigos ou sepulturas não poderão daí ser retirados sem apresentação do alvará ou autorização escrita do concessionário nem sair do cemitério sem autorização da Junta de Freguesia. 2. Os materiais utilizados em sepulturas temporárias, retirados no âmbito de exumação ou de substituição, devem ser retirados 30 dias contados a partir do fim da intervenção realizada. 3. Findo o prazo referido no número anterior, serão considerados abandonados. Art.º 41º ENTRADA DE VIATURAS PARTICULARES 1. No Cemitério é proibida a entrada de viaturas particulares. 2. Ressalva-se do disposto no número anterior, a entrada das seguintes viaturas após autorização dos serviços do cemitério: a) Apropriadas e exclusivamente destinadas ao transporte de cadáveres, ossadas, cinzas ou peças anatómicas; b) Que transportem máquinas ou materiais destinados à execução de obras no cemitério; c) Ligeiras de natureza particular, transportando pessoas que, dada a sua incapacidade física, tenham dificuldade em se deslocar pelos seus próprios meios. SECÇÃO II DEVERES DOS FUNCIONÁRIOS 19

Art.º 42º DEVERES FUNCIONAIS DOS COVEIROS Constitui dever funcional do coveiro, designadamente: a) Proceder à abertura e aterro de sepulturas. b) Ao depósito e ao levantamento de restos mortais. c) À limpeza, lavagem e secagem de ossadas. d) Cuidar do cemitério procedendo nomeadamente à limpeza dos arruamentos, manutenção das sepulturas temporárias não revestidas a cantarias ou outros materiais, e colocação de lixo nos recipientes apropriados à recolha municipal. e) Cumprir as ordens e directivas emanadas pelos superiores hierárquicos. f) Informar o encarregado do cemitério das anomalias existentes na sua área de actuação bem como as situações e problemas que não consiga resolver. g) Executar os demais atos necessários ao bom funcionamento dos serviços. h) Cumprir e fazer cumprir as disposições do presente regulamento, das leis e regulamentos gerais, das deliberações da Junta de Freguesia e ordens dos seus superiores relacionados com aquele serviço. i) Manter e conservar os cemitérios no que se refere aos espaços públicos e equipamentos de propriedade da autarquia. j) Não efectuar quaisquer intervenções, por conta própria ou por conta de terceiros no cemitério. k) Utilizar farda ou qualquer outro equipamento funcional no exterior do cemitério ou neste, quando não esteja a desempenhar as suas funções. Art.º 43º DEVERES FUNCIONAIS DOS FUNCIONÁRIOS ADMINISTRATIVOS 20

Constitui dever funcional do funcionário administrativo que exerça funções no cemitério ou cujo conteúdo funcional inclua atos administrativos de aplicação da lei e do presente regulamento, designadamente: a) Registar todos os actos que carecem de autorização; b) Comunicar ao seu superior hierárquico quaisquer anomalias no funcionamento do cemitério; CAPÍTULO VIII FISCALIZAÇÃO E CONTRA-ORDENAÇÕES Art.º 44º FISCALIZAÇÃO A fiscalização do cumprimento do presente regulamento cabe à Junta de Freguesia, através dos seus órgãos ou agentes, às autoridades de saúde e às autoridades de polícia. Art.º 45º COMPETÊNCIA 1. A competência para determinar a instrução de processos de contraordenação e para aplicar a respectiva coima e eventuais sanções acessórias, nos termos do disposto no art.º 25º e 26º do Decreto-lei nº 411/98, pertence ao Presidente da Câmara Municipal. 2. A tramitação processual obedecerá ao disposto no Decreto-lei nº 433/82, de 27 de Outubro, na sua actual redacção. CAPÍTULO IX 21

DISPOSIÇÕES FINAIS Art.º 46º LEGISLAÇÃO APLICÁVEL Para além do presente regulamento, à gestão do cemitério aplica-se: O Decreto-Lei n.º 411/98, de 30 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 5/2000, 29 de Janeiro, o Decreto-Lei n.º 138/2000, de 13 de Julho e pela Lei n.º 30/2006, de 11 de Julho; O Decreto 44220, de 3 de Março de 1962; O Decreto 48770, de 18 de Dezembro de 1968; Art.º 47º REVOGAÇÃO O presente regulamento revoga o Regulamento do Cemitério Paroquial aprovado em 12 de março de 2005 e o Regulamento do Cemitério Municipal da Quinta da Piedade, aprovado em 29 de dezembro de 2010. Art.º 48º ENTRADA EM VIGOR O presente regulamento entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação. 22