Minicurso Pronomes Clíticos

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Transcrição:

1 Minicurso Pronomes Clíticos Tabela Pronomes Pessoais, extraído de < https://portugues.uol.com.br/gramatica/pronomes-pessoais-obliquos.ht ml >. Acesso em 25 set. 2018. Pronome: classe gramatical que desempenha na oração as funções equivalentes às exercidas pelos elementos nominais. Servem, portanto, para representar um substantivo (pronome substantivo) ou para acompanhar um substantivo, determinando-lhe a extensão do significado (pronome adjetivo). Clítico: Diz-se de ou pronome pessoal de uma só sílaba (como o, me, lo, lhe, se) que não tem acentuação própria e que por isso depende do acento da palavra que está imediatamente antes ou depois, geralmente um verbo. Pronomes pessoais: denotam as três pessoas gramaticais: quem fala (1ª pessoa), com quem se fala (2ª pessoa) e de quem se fala (3ª pessoa); podem representar, quando na terceira pessoa, uma forma nominal anteriormente expressa; variam de forma segundo a função (reto ou oblíquo) e a acentuação (átono ou tônico). Formas átonas a) objeto direto: o, a, os, as; b) objeto indireto: lhe, lhes; c) objeto direto e indireto: me, te, nos e vos. 1 Material didático produzido com base nas gramáticas tradicionais de Cunha & Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, e de Cegalla, Novíssima Gramática da Língua Portuguesa.

Objeto direto: é o complemento verbal que não vem acompanhado de uma preposição. Tem a função de completar o verbo transitivo, que sozinho não consegue fornecer informação com sentido completo. Objeto indireto: é o complemento verbal que exige a presença de uma preposição. Assim como o objeto direto, tem a função de completar o verbo transitivo, que sozinho não consegue fornecer informação com sentido completo. Lembrando: Preposições Tabela de Preposições, extraído de <https://gramaticaportuguesa.blogs.sapo.pt/5865.html>. Acesso em 25 set. 2018. Emprego dos pronomes átonos a) objeto direto; b) objeto indireto; c) sujeito de infinitivo; d) emprego enfático (realce ao objeto direto); e) pronome de interesse; f) valor possessivo; g) complemento de verbos de regência distinta. Valores e empregos do pronome se a) objeto direto; b) objeto indireto; c) sujeito de um infinitivo; d) pronome apassivador; e) símbolo de indeterminação do sujeito; f) palavra expletiva;

g) parte integrante de certos verbos. Colocação pronominal (próclise, mesóclise, ênclise) Próclise O pronome é colocado antes do verbo. Mesóclise O pronome é colocado no meio do verbo. Ênclise O pronome é colocado depois do verbo. Uso da Próclise: 1. Oração Negativa, que contenham palavras como: não, ninguém, nunca. Exemplo: Não o quero aqui. 2. Pronomes relativos, indefinidos e demonstrativos. Exemplo: Alguns lhes deram maus conselhos. 3. Verbos antecedidos por advérbios ou expressões adverbiais, exceto quando haja vírgula depois do advérbio, uma vez que dessa forma o advérbio deixa de atrair o pronome. Exemplo: Talvez a jovem se decida ainda hoje. 4. Orações exclamativas e orações que exprimem desejo de que algo aconteça. Exemplo: Deus nos dê força! 5. Orações com conjunções subordinativas. Exemplo: Embora se sentisse melhor, saiu. 6. Verbo no gerúndio, junto da preposição em. Exemplo: Em se tratando de confusão, ela está presente. 7. Orações interrogativas: Exemplo: Quando te deram a notícia?

Uso da mesóclise A mesóclise é utilizada apenas com os verbos do futuro do presente ou do futuro do pretérito. Exemplo: Orgulhar-me-ei dos meus alunos. Uso da ênclise 1. Verbo no imperativo afirmativo. Exemplo: Depois de terminar, chamem- nos. 2. Verbo no infinitivo impessoal. Exemplo: O seu maior sonho é casar- se. 3. Verbo iniciando a oração Exemplo: Acordei e surpreendi- me com o café da manhã. 4. Verbo no gerúndio (sem a preposição em ). Exemplo: Vivo a vida encantando- me com suas surpresas. Formas o, lo e no do pronome oblíquo 1. Quando o pronome oblíquo da 3ª pessoa, que funciona como objeto direto, vem antes do verbo, apresenta-se sempre com as formas o, a, os, as. 2. Quando, porém, está colocado depois do verbo, a sua forma depende da terminação do verbo: a) Se a forma verbal terminar em vogal ou ditongo oral, empregam-se o, a, os, as; b) Se a forma verbal terminar em -r, -s, ou -z, suprimem-se estas consoantes, e o pronome assume as modalidades lo, la, los, las. O mesmo se dá quando ele vem posposto ao designativo eis ou aos pronomes nos e vos; c) No futuro do presente e no futuro do pretérito, quando dá-se a mesóclise do pronome, ou seja, sua colocação no interior do verbo.

Locução verbal 1) locuções verbais em que o verbo principal está no infinitivo ou no gerúndio pode dar-se: 1º) sempre ênclise ao infinitivo ou ao gerúndio; 2º) próclise ao verbo auxiliar, quando ocorrem as condições exigidas para a anteposição do pronome a um só verbo, isto é: a) quando locução verbal vem precedida de palavra negativa, e entre elas não há pausa; b) orações iniciadas por pronomes ou advérbios interrogativos; c) orações iniciadas por palavras exclamativas, bem como nas orações que exprimem desejo (optativas); d) nas orações subordinadas desenvolvidas, inclusive quando a conjunção está oculta. 3º) a ênclise ao verbo auxiliar, quando não se verificam essas condições que aconselham a próclise. 2) Quando o verbo principal está no particípio, o pronome virá proclítico ou enclítico ao verbo auxiliar. Colocação dos pronomes átonos no Brasil a) possibilidade de se iniciarem frases com pronomes átonos, especialmente a forma me; Ex.: Me desculpe se falei demais. b) preferência pela próclise nas orações absolutas, principais e coordenadas não iniciadas por palavra que exija ou aconselhe tal colocação; Ex.: Se vossa Reverendíssima me permite, eu me sento na rede. c) próclise ao verbo principal nas locuções verbais. Ex.: Será que o pai não ia se dar ao respeito?

Exercícios 1. Corrija as orações incorretas abaixo: a) Rapidamente atendem-nos se formos simpáticos. b) Te chamei há horas. c) Quanto mais o critica, menos ele trabalha. d) Quantos disseram-te a mesma coisa? e) Queria lhe dizer que não posso ir à reunião de amanhã. f) Ninguém vai te ouvir. g) Continuo elogiando-lhe o seu comportamento. h) Teria me dado tudo se eu fosse fiel. i) Isto traz-me boas recordações. j) Quem me dera! k) Acordem-me quando chegarem. l) Chegou à casa e se trancou no quarto. 2. (ENEM) O uso do pronome átono no início das frases é destacado por um poeta e por um gramático nos textos abaixo. Pronominais Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada

Me dá um cigarro. (ANDRADE, Oswald de. Seleção de textos. São Paulo: Nova Cultural, 1988.) Iniciar a frase com pronome átono só é lícito na conversação familiar, despreocupada, ou na língua escrita quando se deseja reproduzir a fala dos personagens (...). (CEGALLA. Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Nacional, 1980.) Comparando a explicação dada pelos autores sobre essa regra, pode-se afirmar que ambos: a) Condenam essa regra gramatical. b) Acreditam que apenas os esclarecidos sabem essa regra. c) Criticam a presença de regras na gramática. d) Afirmam que não há regras para uso de pronomes. e) Relativizam essa regra gramatical. 3. (UFSM-RS) Uma revista utilizou em sua capa a seguinte frase, típica da linguagem coloquial: Me aqueça neste inverno. Nessa frase, a colocação pronominal está em desacordo com a norma culta, que estabelece: É proibido iniciar período com pronome oblíquo. Se forem feitas alterações na estrutura da frase, qual delas estará também em desacordo com a norma culta? a) Quero que me aqueça neste inverno. b) É preciso que me aqueça neste inverno. c) Quando me aquecerá neste inverno? d) Aquecer-me-á no inverno? e) Não aqueça-me neste inverno.

(Retirado de Cegalla - Novíssima Gramática da Língua Portuguesa) Anexe corretamente os pronomes oblíquos aos verbos: a) chamar + o = b) conhecer + a = c) levem + o = d) indispõe + a = e) convidam + o = f) seguimos + os = g) vimos + as = h) fez + os = Referências CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 48. Ed. São Paulo: Companhia Editorial Nacional, 2008. CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 5. Ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008. "clitico". In: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, 2008-2013. Disponível em: < https://dicionario.priberam.org/clitico >. Acesso em 25 set. 2018.