Missões para os índios americanos Em busca do Nobre Selvagem
A história de missões ameríndias é intrigante: Iniciada pela igreja Católica; Despertou o interesse dos protestantes. Depois de muito zelo e dedicação, resultou num amplo fracasso; Foram dois séculos de conflitos culturais, apropriação de terras e extermínio dos nativos. Apesar de mencionarem a evangelização dos nativos como alvo do colonialismo, em poucos lugares os nativos foram vistos como irmãos. A cobiça gerou mais desentendimentos do que auxílio mútuo. Introdução
Thomas Mayhew chegou aos EUA em 1630 com sua família. Seu filho estudou para o ministério e se volta a trabalhar entre os colonizadores. Seu olhar também esteve atento aos nativos: Em 1643 fez o primeiro convertido entre os índios. Este índio o ajudou a aprender a língua e foi seu intérprete durante muitos anos. Com apenas 30 anos de idade, dez de trabalho, já havia estabelecido uma igreja entre os nativos com mais de 300 membros. Decide então tornar seu trabalho conhecido na Inglaterra, mas acaba morrendo na viagem. Seu pai e seu filho seguem o trabalho. Os Mayhew
Nasceu em 1718, na Inglaterra, perdendo os pais muito cedo, o que trouxe dificuldades físicas e emocionais para ele. Converteu-se aos 21 anos, e ao ouvir uma pregação, se sentiu vocacionado a trabalhar entre os índios. Foi chamado pela Sociedade Escocesa para a Propagação do Conhecimento Cristão. Deveria passar por um treinamento, mas ignorou a oportunidade de aprender com outro missionário e se aventurou sozinho, sem conhecer a língua dos nativos. David Brainerd
Meu coração estava abatido. Parecia-me que jamais teria êxito junto aos índios. Minha alma estava cansada da vida; eu desejava a morte acima de tudo... Vivo no deserto mais solitário e melancólico. Moro com um escocês pobre: a mulher dele mal fala inglês. Minha alimentação consiste quase só de pudim de farinha, milho cozido e pão assado em brasa. Minha cama é um monte de palha colocado sobre ripas. Mudou-se diversas vezes, percorreu longos caminhos (em uma destas jornadas foram 60 Km a pé) mas sem nenhum convertido. David Brainerd
Somente em 1745, em Nova Jersey, um grupo de índios escuta e aceita a mensagem, sendo 25 deles batizados imediatamente. Depois deste evento seguiu-se um avivamento entre os índios. Em um ano e meio de trabalho havia cerca de 150 convertidos naquele lugar. Brainerd morreu em 9 de outubro de 1747 por causa da tuberculose. Sua morte prematura aos 29 anos não deixou com que os resultados fossem maiores. Um de seus maiores legados é o seu diário de oração. David Brainerd
Se a obra de Brainerd era limitada pela falta de preparo, preparo foi a meta de Wheelock. Ao levar um índio para sua casa em 1743, educou o mesmo e teve uma ideia inovadora: reunir brancos e índios numa sala de aula, para uma troca de experiências. A Escola de Treinamento Moor tinha em seu apogeu 22 alunos matriculados e chegou a treinar mais de 50 índios para o trabalho. A grande dificuldade esteve no preconceito para com os índios vindo do próprio fundador da escola. Eleazer Wheelock
O primeiro empreendimento batista entre os índios foi com McCoy. Iniciou seus trabalhos em 1820, fundando a Missão Carey. Tinha uma preocupação até mesmo exagerada a respeito do contado dos brancos com os índios. Obteve ajuda do governo para a realização da obra missionária entre os índios. Mas seu medo e a influência que recebeu do governo o fizeram adotar políticas, como a de remoção dos índios, que beneficiaram quem estava no poder. Isaac McCoy
A história dos dois é no mínimo engraçada: Narcissa é a primeira a ter o chamado, mas como é solteira, não é aceita pela Junta Americana. Marcus estudou medicina, apesar de ter convicção do seu chamado para missões. Depois de formado se apresentou à Junta, e como sabia da história de Narcissa, foi conversar com ela pensando num casamento, mas até ali não era uma história de amor, apenas um acordo comercial. Marcus então faz uma viagem de exploração, volta e se casa com Narcissa e os dois se dirigem para o Oregon. Marcus e Narcissa Whitman
O casal se junta a outro casal de missionários: Henry e Eliza Spaulding. Mas ao invés de somarem forças, eles ficam discutindo, em parte, pelo temperamento de Henry e pelo fora que havia levado de Narcissa. Foi uma viagem de 3200 Km na qual venderam quase tudo: é melhor viajar sem nada, assim não se perde nada. Ao chegarem ao campo, os casais vão para diferentes tribos iniciar o trabalho. Os Whitman se envolvem mais com os afazeres seculares do que com missões: tem uma plantação, sua casa se transforma num posto para receber novos missionários (e eles cobram pela hospedagem), conhecido pelas discórdias. Marcus e Narcissa Whitman
Depois de 8 anos, seu trabalho missionário havia terminado. Não conseguiram separar a evangelização da civilização. Uma praga assolava uma tribo próxima à família. Whitman tentou ajudar, mas a situação só piorou e os índios imaginaram que ele os havia envenenado. Tomados de raiva invadem a sua casa e o matam com mais 13 missionários. Sua esposa e filhos são poupados. O governo fica sabendo do massacre, manda tropas até o lugar e os índios são presos e condenados à morte por enforcamento. Marcus e Narcissa Whitman