7 DOMINGOS NO MONTE COM JESUS Parte 01

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Transcrição:

7 DOMINGOS NO MONTE COM JESUS Parte 01 Tema da semana: Por que o Sermão do Monte? Para entendemos com absoluta clareza o significado do sermão da montanha e seu propósito em nossa vida, a saída dos israelitas depois de 430 anos sob o regime escravo dos egípcios e sua parada por alguns meses no monte Sinai, onde Moisés recebeu as leis do Senhor para o Seu povo, nos ajudará bastante neste entendimento. Não era pelo simples fato do povo de Israel nascer israelita para viverem sob as bênçãos de Deus, eles deveriam andar com seu coração alinhado à palavra de Deus, do mesmo modo, também não significa que pelo fato de estarmos numa igreja, todas as promessas de vida espiritual abundante, de poder e controle sobre o mundo e o diabo, nos acompanharão conforme ao quer está escrito. As gerações de israelitas que viveram no Egito, uma após a outra, foram absorvendo uma boa parte da cultura egípcia, e com o passar do tempo seus costumes, padrão de comportamento e crenças afetou profundamente seu estilo diferente de vida, tornando-os semelhantes aos egípcios. Eles foram a nação que Deus escolheu para ser seu povo, mas agora, uma vez livres, era necessário conhecerem as leis espirituais que regeriam suas vidas, que os organizariam como nação, estabeleceria limites e dava-lhes paz, direitos e deveres, para dominarem por completo a terra que o Senhor lhes havia prometido. O sermão da montanha foi elaborado por Jesus e compartilhado com todos aqueles que entregavam o coração a ele. Sua mensagem era a de que o reino de Deus havia chegado, e para viverem da sua plenitude, deveriam proceder

do modo como lhes ensinava, e não da forma como viviam em sua cultura religiosa e terrena. Para que tornassem cidadãos do reino de Deus, Jesus naquela montanha, como Moisés no monte Sinai, estabeleceu suas leis e organizou seu reino, para dar aqueles que convertem o seu coração ao dele, identidade, o salvo é conhecido a partir de sua natureza transformada, da plena paz mesmo em meio às crises, e felicidade. - As Bem-Aventuranças - Mt 5:1-11 As bem-aventuranças foram as primeiras palavras ditas por Jesus àqueles discípulos que estavam cansados do jugo, e do fardo religioso dos fariseus com seus incansáveis rituais judaicos, que buscavam uma nova vida que fizesse sentido. O que ninguém esperava é que Sua lei espiritual em seu primeiro capitulo atacasse de imediato a natureza humana e carnal do ser humano tão rebelde e inimiga da vontade de Deus. Porém, se decidirmos converter nosso coração, Jesus disse que seremos plenamente felizes, abençoados. A palavra bem-aventurado significa abençoado, aquele que Deus tornou mais do que feliz, porque submeteu-se a uma condição sobrenatural de vida, como um verdadeiro filho do reino de Deus. É importante ainda entender, que as bem-aventuranças não é um caminho para entrar na salvação, não é uma maneira de ser salvo, é a intrusão que o pai dá ao filho, mostrando o lado positivo de viver abençoado em situações que o comportamento recomendado não é bem visto por ninguém. Jesus, em cima daquele monte deu àqueles discípulos, e a nós os que cremos no seu nome, uma vida para viver a partir de uma nova mentalidade. Por isso o sermão do monte! 1 - Os humildes de espirito - Mt 5:3

Até agora as pessoas conheciam o poder e unção que estava sobre Jesus, falava com autoridade e manifestava sinais sobrenaturais, porém elas não conheciam a constituição do reino. A primeira área que Jesus atacou com firmeza foi a da arrogância e presunção que domina o coração natural e carnal de qualquer um que não se submete a Deus e reconhece que sem Sua graça é impossível viver da plenitude de Seu reino. Jesus contou aos arrogantes e presunçosos a seguinte história: Lc 8:9-14 Propôs também está parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado. A questão que Jesus coloca nesta parábola, não tem a ver com o cumprimento da Lei, mas com o coração soberbo e orgulhoso que cumpre os preceitos da Lei e despreza os outros, Jesus disse que este não entrará no reino de Deus, porque considera-se rico. Naqueles dias os mestres da Lei ensinavam em Israel que quem cumprisse toda a Lei era riquíssimo da benção do Senhor e independente. O jovem rico respondeu a Jesus que guardava todos os mandamentos desde sua adolescência, ele não precisava do favor de Sua graça, foi a mensagem que deixou quando virou as costas, e silenciosamente foi embora. Ele não era pobre de espirito. Quatro características do pobre

A primeira bem-aventurança que traz benção para nossa não está se referindo à pobreza financeira, mas de um espirito interior dependente de Deus. Jesus comparou a pobreza financeira com a espiritual, como sempre fazia em suas parábolas, para ajudar seus ouvintes a analisar certas atitudes de um homem pobre, e encontrar nele virtudes de alguém que é pobre de espírito. 1. O pobre é consciente de sua carência e necessidade Por não ter a quem recorrer, ele clama a Deus rapidamente. Quando, porém, temos a atitude de rico, não dependemos de Deus e nos julgamos abastados como a igreja de Laodiceia. Deus rejeitou aquela igreja porque ela se julgou rica quando na verdade era pobre. Pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre... (Ap 3.17). Consegue ver aqui o paradoxo? Quem se julga rico não possui coisa alguma! 2. O pobre é aquele que ele reconhece sua dependência dos outros. O pobre nunca é individualista. Já observou como pobres sempre moram perto da família e de parentes? Fazem assim porque sabem que não sobrevivem sozinhos. Como podemos ser uma igreja viva, com células, prevalecentes se presumimos que podemos sobreviver espiritualmente sozinhos? Somos pobres de espírito quando reconhecemos que precisamos dos irmãos e rejeitamos nosso individualismo. Mas, quanto mais a pessoa adquire uma atitude de rico, mais ela se isola, vive sozinha porque presume não precisar de ninguém. Você consegue perceber o tipo de irmão que Deus abençoa? É aquele que por ser pobre de espírito reconhece que não pode caminhar sozinho. 3. Os pobres não depositam a sua confiança em coisas, mas em pessoas.

Pobres não têm coisas para se apoiar, por isso eles se apoiam em pessoas. As amizades e relacionamento são os únicos bens que eles possuem, até porque são os únicos a quem podem recorrer no dia da aflição. Mas os ricos valorizam coisas; as pessoas, para eles, são coisas também. 4. O pobre consegue esperar e exercer paciência. Na verdade, essa talvez seja a sua maior característica. Um pobre consegue ficar horas na fila para ser atendido pelo médico. Esse treinamento faz que ele seja paciente. Mas, quanto mais rico ficamos, mais importante nos sentimos e mais rápido queremos todas as coisas. Aquele que é o pobre de espírito sabe esperar em Deus, mas também sabe esperar aquele irmão mudar e aquele outro crescer. Para mim, no entanto, a melhor definição é que o pobre é aquele que tem pouco, ou nada a perder. Enquanto você julga ser ou ter alguma coisa, ainda não sabe o que é ser humilde e pobres de espírito. Somente os pobres de espírito desfrutam das coisas do Reino dos céus, deles é o reino dos céus. Quando digo para você que Deus somente usa aquele que é pobre não quero que você pense ser da vontade de Deus que vivamos na pobreza. Não há virtude na pobreza, na necessidade, na fome e na carência. Deus certamente tem para nós suprimento e prosperidade, nunca permita, porém, que seu coração perca aquela humildade própria daqueles que não possuem outro recurso senão clamar a Deus.