Direito Processual do Trabalho Parte 5 Prof. Fidel Ribeiro

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Transcrição:

Técnico Judiciário Área Administrativa Direito Processual do Trabalho Parte 5 Prof. Fidel Ribeiro

Direito Processual do Trabalho RECURSOS TRABALHISTAS para ir memorizando, desde já: espécies e prazos Importante: A partir da Reforma/2017, os prazos contam-se apenas em dias úteis: CLT, nova redação: Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento. PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AOS RECURSOS TRABALHISTAS Princípio do Duplo Grau de Jurisdição: Há precedentes no STF no sentido de considerar tal princípio um direito e garantia fundamental, em razão de garantia prevista na Convenção Interamericana de Direitos Humanos, ratificada pelo Brasil. Porém, nem a jurisprudência nem a doutrina são unânimes quanto à aplicabilidade sem restrições de tal princípio, bem como quanto sua força constitucional(ou não). www.acasadoconcurseiro.com.br 3

Princípio da Irrecorribilidade Imediata das Decisões Interlocutórias: no processo do trabalho, as decisões interlocutórias não são recorríveis de imediato, salvo exceções legais. Podendo ser veiculadas quando do recurso decisão definitiva. Princípio da Instrumentalidade das formas: as formas são simples meios definidos para consecução dos fins nos recursos. O Judiciário deve evitar o não conhecimento dos recursos por meras irregularidades formais que não caracterizem prejuízos. Princípio da Transcendência ou Prejuízo: no mesmo sentido do princípio anterior, as nulidades só devem ser declaradas em grau recursal quando acarretarem prejuízos aos direitos fundamentais das partes. (não tem relação com o requisito da transcendência dos Recursos de Revista, apenas o nome em comum) Princípio da Causalidade, Utilidade ou Aproveitamento: Sempre que possível serão aproveitados os atos que não foram contaminados pela invalidação de outro ato. Se o provimento de um recurso implicar a nulidade de um determinado ato, os demais atos processuais praticados que puderem ser aproveitados não serão invalidados. Princípio da Manutenção dos Efeitos da Sentença: De acordo com o art. 889 da CLT, os recursos trabalhistas terão efeito meramente devolutivo. Isto é, em regra, não há efeito suspensivo, mantendo-se os efeitos da sentença embora sejam interpostos recursos. Efeito devolutivo: trata-se de devolver uma matéria já apreciada pelo Judiciário para uma nova apreciação, agora por outro órgão. Impede que o juízo ad quem (para quem se recorre) profira julgamento além, aquém ou fora do contido nas razões recursais. Fruto do princípio dispisitivo(ou da inércia). Efeito Suspensivo: os recursos trabalhistas, ao contrário do que ocorre no processo civil, não possuem efeito suspensivo. Isto é, não suspendem os efeitos da sentença ou acórdão. Princípio da Singularidade, Unirrecorribilidade, ou Unicidade Recursal: não permite-se a interposição de mais de um recurso contra a mesma decisão. Os recursos não devem ser utilizados simultaneamente, mas, sim, sucessivamente. Princípio da Fungibilidade: interposto um recurso, quando à letra da Lei devesse ter sido interposto outro, dentro do prazo do recurso que teria cabimento, não deve ser perdido o conteúdo do recurso interposto, salvo caso de evidente má-fé do recorrente. Não é aplicável em caso de erro grosseiro de acordo com a jurisprudência do TST. Princípio da Voluntariedade: a interposição de recurso deve ser voluntária pela parte, pois trata-se de uma continuidade de seu exercício do direito de ação. Principio da Proibição da Reformatio in Pejus: o recurso interposto não pode servir para prejudicar o recorrente, apenas para beneficiá-lo. Exceção, quando ambas partes recorrem. Porém, o prejuízo não decorre do recurso interposto pela parte e sim do recurso interposto pela parte contrária. Princípio da Taxatividade: os recursos devem estar dispostos taxativamente em Lei. Admite-se exceções, como possibilidades de agravos regimentais previstos unicamente nos Regimentos Internos. Parte considerável da doutrina considera inconstitucionais tais previsões sobre recursos em Regimentos Internos por não tratarem-se de Lei, formalmente falando-se. 4 www.acasadoconcurseiro.com.br

TST Direito Processual do Trabalho Prof. Fidel Ribeiro PRESSUPOSTOS RECURSAIS A admissibilidade do recurso está condicionada a alguns pressupostos(requisitos), que subdividem-se em SUBJETIVOS (ou intrínsecos) e OBJETIVOS (ou extrínsecos). Pressupostos Subjetivos (intrínsecos): legitimidade capacidade (recursal) interesse Pressupostos Objetivos (extrínsecos) cabimento adequação tempestividade regularidade de representação preparo depósito recursal inexistência de fato extintivo ou impeditivo do direito de recorrer RECURSOS: ESPÉCIES E PRAZOS CAPÍTULO VI DOS RECURSOS Art. 893. Das decisões são admissíveis os recursos: (Redação dada pela Lei nº 861, de 13.10.1949) I embargos; (Redação dada pela Lei nº 861, de 13.10.1949) II recurso ordinário; (Redação dada pela Lei nº 861, de 13.10.1949) III recurso de revista; (Redação dada pela Lei nº 861, de 13.10.1949) IV agravo. (Redação dada pela Lei nº 861, de 13.10.1949) 1º Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva. (Parágrafo único renumerado pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946) 2º A interposição de recurso para o Supremo Tribunal Federal não prejudicará a execução do julgado. (Incluído pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946) www.acasadoconcurseiro.com.br 5

RECURSO ORDINÁRIO (RO) Cabimento: Art. 895. Cabe recurso ordinário para a instância superior: (Vide Lei 5.584, de 1970) I das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e (Incluído pela Lei nº 11.925, de 2009). II das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. (Incluído pela Lei nº 11.925, de 2009). Definitivas: procedente ou improcedente Terminativas: que extinguem o processo sem julgar procedente ou improcedente, isto é, SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. Exemplos: indeferem a petição inicial determina arquivamento em função de não comparecimento do Reclamante Processos de competência originária do TRT: cabe recurso ordinário para o TST Exemplo: Súmula 158/TST 11/07/2017. Ação rescisória. Recurso ordinário. CPC, art. 485. CLT, art. 836. Da decisão de TRT, em ação rescisória, cabível é o recurso ordinário para o TST, em face da organização judiciária trabalhista. Outra possibilidade de cabimento de RO: Art. 799, 2º Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão final. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946). 6 www.acasadoconcurseiro.com.br

TST Direito Processual do Trabalho Prof. Fidel Ribeiro Recurso Ordinário no Procedimento Sumaríssimo 1º Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário: (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) I (VETADO). (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) II será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor; (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) III terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão; (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) IV terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) RECURSO DE REVISTA É um recurso de natureza extraordinária (não analisa fatos e provas). Súmula 126 TST: Incabível o recurso de revista ou de embargos (CLT, arts. 894, b e 896) para reexame de fatos e provas. Não cabe RR em dissídios coletivos Necessário transcender as esferas individuais do conflito Necessidade do seu objeto ter sido objeto de prequestionamento www.acasadoconcurseiro.com.br 7

Cabimento: Atenção: RR NÃO CABE EM ACÓRDÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO Súmula 218/TST Recurso de revista. Acórdão proferido. Agravo de instrumento. CLT, arts. 896 e 897 É incabível recurso de revista contra acórdão regional prolatado em agravo de instrumento. Descabimento de Recurso de Revista contra jurisprudência notória e atual do TST Súmula 333/TST 11/07/2017. Recurso de revista. Jurisprudência iterativa. Revisão da Súmula 42/TST. CLT, arts. 894 e 896. Não ensejam recurso de revista decisões superadas por iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. Art. 896. Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:(redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998) a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal; (Redação dada pela Lei nº 13.015, de 2014) b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a; (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998) Jamais caberá Recurso de Revista por interpretação divergente de Lei Municipal. A possibilidade de divergência entre Lei Estadual seria possível apenas nas hipóteses de um Estado possuir mais de um TRT. c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal. (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998) 1º O recurso de revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será interposto perante o Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, que, por decisão fundamentada, poderá recebê-lo ou denegá-lo. (Redação dada pela Lei nº 13.015, de 2014) 1º-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte: (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) I indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista; (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) II indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional; (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) III expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da 8 www.acasadoconcurseiro.com.br

TST Direito Processual do Trabalho Prof. Fidel Ribeiro Constituição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) IV transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de nulidade de julgado por negativa de prestação jurisdicional, o trecho dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento do tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão. (INCLUÍDO PELA REFORMA 2017) 2º Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal. (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998) A regra é pelo descabimento do Recurso de Revista na execução, salvo ofensa à CF. Exceção: Execuções fiscais e controvérsias na execução envolvendo Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas. Parágrafos 3º, 4º, 5º e 6º Revogados pela Reforma/17 7º A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se considerando como tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 8º Quando o recurso fundar-se em dissenso de julgados, incumbe ao recorrente o ônus de produzir prova da divergência jurisprudencial, mediante certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicada a decisão divergente, ou ainda pela reprodução de julgado disponível na internet, com indicação da respectiva fonte, mencionando, em qualquer caso, as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 9º Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) Súmula 442 do TST: Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, a admissibilidade de recurso de revista está limitada à demonstração de violação direta a dispositivo da Constituição Federal ou contrariedade a Súmula do Tribunal Superior do Trabalho, não se admitindo o recurso por contrariedade a Orientação Jurisprudencial deste Tribunal (Livro II, Título II, Capítulo III, do RITST), ante a ausência de previsão no art. 896, 6º, da CLT. 10. Cabe recurso de revista por violação a lei federal, por divergência jurisprudencial e por ofensa à Constituição Federal nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase de execução que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), criada pela Lei no 12.440, de 7 de julho de 2011. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 11. Quando o recurso tempestivo contiver defeito formal que não se repute grave, o Tribunal Superior do Trabalho poderá desconsiderar o vício ou mandar saná-lo, julgando o mérito. www.acasadoconcurseiro.com.br 9

12. Da decisão denegatória caberá agravo (O AGRAVO AQUI MENCIONADO REFERE-SE AO AGRAVO INTERNO ), no prazo de 8 (oito) dias. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) (SEM EFEITO PELA REVOGAÇÃO DO P. 3º) 13. Dada a relevância da matéria, por iniciativa de um dos membros da Seção Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, aprovada pela maioria dos integrantes da Seção, o julgamento a que se refere o 3º poderá ser afeto ao Tribunal Pleno. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 14. O relator do recurso de revista poderá denegar-lhe seguimento, em decisão monocrática, nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco ou intrínseco de admissibilidade. (NR) (INCLUÍDO PELA REFORMA/17) Art.896-A O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.226, de 4.9.2001) 1º São indicadores de transcendência, entre outros: I econômica, o elevado valor da causa; II política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal; III social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social constitucionalmente assegurado; IV jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação da legislação trabalhista. 2º Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao recurso de revista que não demonstrar transcendência, cabendo agravo desta decisão para o colegiado. 3º Em relação ao recurso que o relator considerou não ter transcendência, o recorrente poderá realizar sustentação oral sobre a questão da transcendência, durante cinco minutos em sessão. 4º Mantido o voto do relator quanto à não transcendência do recurso, será lavrado acórdão com fundamentação sucinta, que constituirá decisão irrecorrível no âmbito do tribunal. 5º É irrecorrível a decisão monocrática do relator que, em agravo de instrumento em recurso de revista, considerar ausente a transcendência da matéria. 6º O juízo de admissibilidade do recurso de revista exercido pela Presidência dos Tribunais Regionais do Trabalho limita-se à análise dos pressupostos intrínsecos e extrínsecos do apelo, não abrangendo o critério da transcendência das questões nele veiculadas. (NR) (PARÁGRAFOS INCLUÍDOS PELA REFORMA/17) Art. 896-B. Aplicam-se ao recurso de revista, no que couber, as normas da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), relativas ao julgamento dos recursos extraordinário e especial repetitivos. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 1.036 a 1.041 do CPC/2015 10 www.acasadoconcurseiro.com.br

TST Direito Processual do Trabalho Prof. Fidel Ribeiro Art. 896-C. Quando houver multiplicidade de recursos de revista fundados em idêntica questão de direito, a questão poderá ser afetada à Seção Especializada em Dissídios Individuais ou ao Tribunal Pleno, por decisão da maioria simples de seus membros, mediante requerimento de um dos Ministros que compõem a Seção Especializada, considerando a relevância da matéria ou a existência de entendimentos divergentes entre os Ministros dessa Seção ou das Turmas do Tribunal. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 1º O Presidente da Turma ou da Seção Especializada, por indicação dos relatores, afetará um ou mais recursos representativos da controvérsia para julgamento pela Seção Especializada em Dissídios Individuais ou pelo Tribunal Pleno, sob o rito dos recursos repetitivos. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 2º O Presidente da Turma ou da Seção Especializada que afetar processo para julgamento sob o rito dos recursos repetitivos deverá expedir comunicação aos demais Presidentes de Turma ou de Seção Especializada, que poderão afetar outros processos sobre a questão para julgamento conjunto, a fim de conferir ao órgão julgador visão global da questão. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 3º O Presidente do Tribunal Superior do Trabalho oficiará os Presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho para que suspendam os recursos interpostos em casos idênticos aos afetados como recursos repetitivos, até o pronunciamento definitivo do Tribunal Superior do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 4º Caberá ao Presidente do Tribunal de origem admitir um ou mais recursos representativos da controvérsia, os quais serão encaminhados ao Tribunal Superior do Trabalho, ficando suspensos os demais recursos de revista até o pronunciamento definitivo do Tribunal Superior do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 5º O relator no Tribunal Superior do Trabalho poderá determinar a suspensão dos recursos de revista ou de embargos que tenham como objeto controvérsia idêntica à do recurso afetado como repetitivo. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 6º O recurso repetitivo será distribuído a um dos Ministros membros da Seção Especializada ou do Tribunal Pleno e a um Ministro revisor. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 7º O relator poderá solicitar, aos Tribunais Regionais do Trabalho, informações a respeito da controvérsia, a serem prestadas no prazo de 15 (quinze) dias. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 8º O relator poderá admitir manifestação de pessoa, órgão ou entidade com interesse na controvérsia, inclusive como assistente simples, na forma da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil). (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 9º Recebidas as informações e, se for o caso, após cumprido o disposto no 7º deste artigo, terá vista o Ministério Público pelo prazo de 15 (quinze) dias. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 10. Transcorrido o prazo para o Ministério Público e remetida cópia do relatório aos demais Ministros, o processo será incluído em pauta na Seção Especializada ou no Tribunal Pleno, devendo ser julgado com preferência sobre os demais feitos. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) www.acasadoconcurseiro.com.br 11

11. Publicado o acórdão do Tribunal Superior do Trabalho, os recursos de revista sobrestados na origem: (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) I terão seguimento denegado na hipótese de o acórdão recorrido coincidir com a orientação a respeito da matéria no Tribunal Superior do Trabalho; ou (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) II serão novamente examinados pelo Tribunal de origem na hipótese de o acórdão recorrido divergir da orientação do Tribunal Superior do Trabalho a respeito da matéria. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 12. Na hipótese prevista no inciso II do 11 deste artigo, mantida a decisão divergente pelo Tribunal de origem, far-se-á o exame de admissibilidade do recurso de revista. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 13. Caso a questão afetada e julgada sob o rito dos recursos repetitivos também contenha questão constitucional, a decisão proferida pelo Tribunal Pleno não obstará o conhecimento de eventuais recursos extraordinários sobre a questão constitucional. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 14. Aos recursos extraordinários interpostos perante o Tribunal Superior do Trabalho será aplicado o procedimento previsto no art. 543-B da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), cabendo ao Presidente do Tribunal Superior do Trabalho selecionar um ou mais recursos representativos da controvérsia e encaminhá-los ao Supremo Tribunal Federal, sobrestando os demais até o pronunciamento definitivo da Corte, na forma do 1º do art. 543-B da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil). (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 15. O Presidente do Tribunal Superior do Trabalho poderá oficiar os Tribunais Regionais do Trabalho e os Presidentes das Turmas e da Seção Especializada do Tribunal para que suspendam os processos idênticos aos selecionados como recursos representativos da controvérsia e encaminhados ao Supremo Tribunal Federal, até o seu pronunciamento definitivo. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 16. A decisão firmada em recurso repetitivo não será aplicada aos casos em que se demonstrar que a situação de fato ou de direito é distinta das presentes no processo julgado sob o rito dos recursos repetitivos. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 17. Caberá revisão da decisão firmada em julgamento de recursos repetitivos quando se alterar a situação econômica, social ou jurídica, caso em que será respeitada a segurança jurídica das relações firmadas sob a égide da decisão anterior, podendo o Tribunal Superior do Trabalho modular os efeitos da decisão que a tenha alterado. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) EMBARGOS AO TST Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias: (Redação dada pela Lei nº 11.496, de 2007) 12 www.acasadoconcurseiro.com.br

TST Direito Processual do Trabalho Prof. Fidel Ribeiro EMBARGOS INFRINGENTES I de decisão não unânime de julgamento que: (Incluído pela pela Lei nº 11.496, de 2007) a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e (Incluído pela pela Lei nº 11.496, de 2007) Sentenças normativas: fruto do exercício do poder normativo, chamada competência anômala da Justiça do Trabalho, que acaba por criando normas entre as partes em dissídios coletivos. Os embargos infringentes são cabíveis nos processos de dissídio coletivo de competência originária do TST (EX: empresas cujo alcance ultrapasse a esfera de um único TRT). Possuem natureza ordinária, logo, comporta matéria de fato e de direito. A matéria a ser discutida deve ser unicamente os pontos que não houve unanimidade. b) (VETADO) EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA II das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal. (Redação dada pela Lei nº 13.015, de 2014) a finalidade dos embargos de divergência é uniformizar a divergência no âmbito do próprio Tribunal, dentre seus órgãos. Parágrafo único. (Revogado). (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 2º A divergência apta a ensejar os embargos deve ser atual, não se considerando tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 3º O Ministro Relator denegará seguimento aos embargos: (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) I se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou com iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, cumprindo-lhe indicá-la; (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) II nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco de admissibilidade. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 4º Da decisão denegatória dos embargos caberá agravo (O AGRAVO AQUI MENCIONADO TRA- TA-SE DE AGRAVO INTERNO ), no prazo de 8 (oito) dias. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) www.acasadoconcurseiro.com.br 13

AGRAVO: O processo do trabalho possui quatro modalidades de agravo: de petição, de instrumento, regimental, interno ATENÇÃO: Não há previsão para AGRAVO RETIDO, incabível no processo do trabalho pela irrecorribilidade das decisões interlocutórias. ATENÇÃO 2: As hipóteses de agravo de instrumento previstas no Código de Processo Civil não são aplicáveis ao processo do trabalho. No processo do trabalho, o AGRAVO DE INSTRUMENTO serve apenas para DESTRANCAR RECURSO. Art. 897. Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: (Redação dada pela Lei nº 8.432, de 1992) a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções; (Redação dada pela Lei nº 8.432, de 1992) IMPORTANTE: a Lei não menciona quais são as decisões atacáveis por agravo de petição. A doutrina e a jurisprudência não são unânimes. b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos. (Redação dada pela Lei nº 8.432, de 1992) 1º O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença. (Redação dada pela Lei nº 8.432, de 1992) 2º O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de petição não suspende a execução da sentença. (Redação dada pela Lei nº 8.432, de 1992) 3º Na hipótese da alínea a (AGRAVO DE PETIÇÃO) deste artigo, o agravo será julgado pelo próprio tribunal, presidido pela autoridade recorrida, salvo se se tratar de decisão de Juiz do Trabalho de 1ª Instância ou de Juiz de Direito, quando o julgamento competirá a uma das Turmas do Tribunal Regional a que estiver subordinado o prolator da sentença, observado o disposto no art. 679, a quem este remeterá as peças necessárias para o exame da matéria controvertida, em autos apartados, ou nos próprios autos, se tiver sido determinada a extração de carta de sentença. (Redação dada pela Lei nº 10.035, de 2000) 4º Na hipótese da alínea b (AGRAVO DE INSTRUMENTO) deste artigo, o agravo será julgado pelo Tribunal que seria competente para conhecer o recurso cuja interposição foi denegada. (Incluído pela Lei nº 8.432, 11.6.1992) 5º Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação do instrumento do agravo de modo a possibilitar, caso provido, o imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de interposição: (Incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998) 14 www.acasadoconcurseiro.com.br

TST Direito Processual do Trabalho Prof. Fidel Ribeiro I obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende destrancar, da comprovação do recolhimento das custas e do depósito recursal a que se refere o 7º do art. 899 desta Consolidação; (Redação dada pela Lei nº 12.275, de 2010) II facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito controvertida.(incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998) 6º O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao recurso principal, instruindo-a com as peças que considerar necessárias ao julgamento de ambos os recursos. (Incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998) 7º Provido o agravo, a Turma deliberará sobre o julgamento do recurso principal, observando- -se, se for o caso, daí em diante, o procedimento relativo a esse recurso. (Incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998) 8º Quando o agravo de petição versar apenas sobre as contribuições sociais, o juiz da execução determinará a extração de cópias das peças necessárias, que serão autuadas em apartado, conforme dispõe o 3º, parte final, e remetidas à instância superior para apreciação, após contraminuta. (Incluído pela Lei nº 10.035, de 2000) AGRAVO DE INSTRUMENTO NO PJe A partir da implantação dos processos eletrônicos, não há mais autos físicos, razão pela qual, nestas situações, não há necessidade de se falar em traslado de peças ou formação do instrumento, pois o órgão para o qual é direcionado o agravo tem acesso a todas peças e documentos do processo eletrônico. Isto é, o Agravo de Instrumento no processo judicial eletrônico dispensa formação de autos suplementares. AGRAVO REGIMENTAL PRAZO: Pode variar de acordo com cada Tribunal. No TST, por exemplo, é de 8 (OITO DIAS), de acordo com o art. 235 de seu regimento interno. Previsão Legal e Cabimento: Art. 709. Compete ao Corregedor, eleito dentre os Ministros togados do Tribunal Superior do Trabalho: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) I Exercer funções de inspeção e correição permanente com relação aos Tribunais Regionais e seus presidentes;(redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) II Decidir reclamações contra os atos atentatórios da boa ordem processual praticados pelos Tribunais Regionais e seus presidentes, quando inexistir recurso específico; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) III (Revogado pela Lei nº 5.442, de 24.5.1968) www.acasadoconcurseiro.com.br 15

1º Das decisões proferidas pelo Corregedor, nos casos do artigo, caberá o agravo regimental, para o Tribunal Pleno. (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) Conforme o próprio nome do recurso menciona, trata-se de agravo a ser tratado no REGIMENTO INTERNO de cada Tribunal. Logo, cada regimento prevê hipóteses e formas de seu cabimento. O doutrinador Carlos Henrique Bezerra Leite em sua obra menciona as hipóteses de cabimento. De acordo com o Autor, normalmente é admitido para impugnar decisões: que concedem ou denegam liminares que indeferem, de plano, petições iniciais de ações de competência originária dos Tribunais, como o mandado de segurança, ação rescisória, ação cautelar e habeas corpus; proferidas pelo juiz corregedor em reclamações correicionais proferidas pelo Presidente do Tribunal em matérias administrativas, precatório ou pedido de providência AGRAVO INTERNO PRAZO: Pode variar de acordo com cada regimento, isto é, no âmbito de cada Tribunal, no TST é de 8 (oito dias) conforme previsão do art. 239 de seu Regimento Interno. Previsão Legal e cabimento: CPC 2015, Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. É cabível das decisões monocráticas do Relator, motivo pelo qual acaba sendo confundido com o agravo regimental, que também pode eventualmente ser utilizado contra decisões moncráticas do relator. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Finalidade dos Embargos de Declaração: esclarecer, complementar e aperfeiçoar as decisões judiciais. Art. 897-A Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subseqüente a sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) exemplo de omissão: o Reclamante pede pagamento de horas extras e danos morais. O juiz sentencia julgando procedente o pedido de horas extras, mas não manifesta-se sobre os danos morais. Há uma omissão pela não apreciação de um dos pedidos da inicial. 16 www.acasadoconcurseiro.com.br

TST Direito Processual do Trabalho Prof. Fidel Ribeiro exemplo de contradição: o Juiz durante a fundamentação menciona é clara a situação de ocorrência de danos que ultrapassam a esfera aceitável do mero aborrecimento, justificando a indenização por danos morais. E, ao final, conclui: diante do exposto, julgo improcedente o pedido de danos morais formulado. Há uma evidente contradição. exemplo de manifesto equívoco dos pressupostos extrínsecos do recurso: a tempestividade é um pressuposto extrínseco. Se um recurso não for admitido por ser intempestivo, quando, a bem da verdade, houver falha do julgador em não perceber que a data inicial do prazo deu-se em feriado, trata-se de manifesto equívoco, que pode ser corrigido via de embargos de declaração. 1º Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das partes. (Redação dada pela Lei nº 13.015, de 2014) 2º Eventual efeito modificativo dos embargos de declaração somente poderá ocorrer em virtude da correção de vício na decisão embargada e desde que ouvida a parte contrária, no prazo de 5 (cinco) dias. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 3º Os embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de outros recursos, por qualquer das partes, salvo quando intempestivos, irregular a representação da parte ou ausente a sua assinatura. Código de Processo Civil sobre Embargos de Declaração: Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; os embargos declaratórios opostos para suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento é o que chamamos popularmente de EMBARGOS DE PREQUESTIONAMENTO, que visam o debate sobre determinada causa de pedir (artigo de Lei, da Constituição, de Súmula, etc) com a finalidade de possibilitar o acesso ` as instâncias extraordinárias. Súmula nº 297 do TST PREQUESTIONAMENTO. OPORTUNIDADE. CONFIGURAÇÃO (nova redação) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 I. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. II. Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão. III. Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração. III corrigir erro material. www.acasadoconcurseiro.com.br 17

Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que: I deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento; II incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, 1º. Art.489, 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: I se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; II empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; III invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; IV não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; V se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; VI deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento. Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo. (...) 2º O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada. Súmula nº 278 do TST EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO NO JULGADO (mantida) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A natureza da omissão suprida pelo julgamento de embargos declaratórios pode ocasionar efeito modificativo no julgado. RECURSO EXTRAORDINÁRIO EM MATÉRIA TRABALHISTA NATUREZA JURÍDICA: O Recurso Extraordinário não é um recurso processual trabalhista e sim um recurso processual constitucional, que tem como destinatário o STF (Supremo Tribunal Federal), órgão máximo do judiciário brasileiro. Trata-se de um recurso compatível com o Processo do Trabalho. PRAZO: 15 DIAS 18 www.acasadoconcurseiro.com.br

TST Direito Processual do Trabalho Prof. Fidel Ribeiro CONSTITUIÇÃO FEDERAL, Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: (...) III julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) APLICAÇÃO NO PROCESSO DO TRABALHO: É cabível de decisões de última ou única instância do TST, desde que tais decisões a) violem direta e literalmente norma da CF; b) declarem a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgem válida lei ou ato de governo local contestado em face da CF; d) julguem válida lei local contestada em face de Lei Federal. A doutrina admite cabimento de Recurso Extraordinário da sentença proferida por Juiz da Vara do Trabalho, proferida em procedimento sumário (cujo valor da causa máximo é de 2 salários mínimos) que violar direta e literalmente norma da CF. Há divergência jurisprudencial, atualmente no STF prevalece o entendimento pelo descabimento. não cabe Rec. Extraordinário das decisões dos TRTs, pois não se enquadram em última ou única instância. SÚMULA 505, STF não admite aplicação em caso de julgar válida lei local contestada em Lei Federal. Salvo quando contrariarem a Constituição, não cabe recurso para o Supremo Tribunal Federal, de quaisquer decisões da Justiça do Trabalho, inclusive dos presidentes de seus tribunais. Repercussão Geral: CF, art. 102, 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Efeito meramente devolutivo da interposição do Rec. Extraordinário CLT, Art. 893, 2º A interposição de recurso para o Supremo Tribunal Federal não prejudicará a execução do julgado. www.acasadoconcurseiro.com.br 19

RECURSO ADESIVO O recurso adesivo não é uma modalidade de recurso propriamente dita. A bem da verdade, trata-se de uma nova possibilidade de interposição de recursos no prazo para contrarrazões do recurso apresentado pela parte contrária. Previsão Legal: CPC 2015, Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências legais. 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro. 2º O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte: I será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder; (Não aplicável ao Proc. Trab) II será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial; (VER SÚMULA DO TST, abaixo) III não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível. Cabimento do Recurso Adesivo no processo do trabalho: - Rec. Ordinário Agravo de Petição Revista Embargos Súmula nº 283 do TST RECURSO ADESIVO. PERTINÊNCIA NO PROCESSO DO TRABALHO. CORRELAÇÃO DE MATÉRIAS (mantida) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe, no prazo de 8 (oito) dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, de agravo de petição, de revista e de embargos, sendo desnecessário que a matéria nele veiculada esteja relacionada com a do recurso interposto pela parte contrária. Art. 898. Das decisões proferidas em dissídio coletivo que afete empresa de serviço público, ou, em qualquer caso, das proferidas em revisão, poderão recorrer, além dos interessados, o Presidente do Tribunal e a Procuradoria da Justiça do Trabalho. Art. 899. Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora. (Redação dada pela Lei nº 5.442, de 24.5.1968) (Vide Lei nº 7.701, de 1988) 20 www.acasadoconcurseiro.com.br

TST Direito Processual do Trabalho Prof. Fidel Ribeiro DEPÓSITO RECURSAL 1º Sendo a condenação de valor até 10 (dez) vêzes o salário-mínimo regional, nos dissídios individuais, só será admitido o recurso inclusive o extraordinário, mediante prévio depósito da respectiva importância. Transitada em julgado a decisão recorrida, ordenar-se-á o levantamento imediato da importância de depósito, em favor da parte vencedora, por simples despacho do juiz. (Redação dada pela Lei nº 5.442, 24.5.1968) 2º Tratando-se de condenação de valor indeterminado, o depósito corresponderá ao que fôr arbitrado, para efeito de custas, pela Junta ou Juízo de Direito, até o limite de 10 (dez) vêzes o salário-mínimo da região. (Redação dada pela Lei nº 5.442, 24.5.1968) 3º (Revogado pela Lei nº 7.033, de 5.10.1982) 4º O depósito de que trata o 1º far-se-á na conta vinculada do empregado a que se refere o art. 2º da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966, aplicando-se-lhe os preceitos dessa Lei observado, quanto ao respectivo levantamento, o disposto no 1º. (Redação dada pela Lei nº 5.442, 24.5.1968) 4º O depósito recursal será feito em conta vinculada ao juízo e corrigido com os mesmos índices da poupança. (ALTERADO PELA REFORMA 2017) antes da reforma, o depósito dava-se em Conta do FGTS em nome do Reclamante, que se não possuísse-a deveria abrí-la. 5º REVOGADO PELA REFORMA 2017 6º Quando o valor da condenação, ou o arbitrado para fins de custas, exceder o limite de 10 (dez) vêzes o salário-mínimo da região, o depósito para fins de recursos será limitado a êste valor. (Incluído pela Lei nº 5.442, 24.5.1968) 7º No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar. (Incluído pela Lei nº 12.275, de 2010) 8º Quando o agravo de instrumento tem a finalidade de destrancar recurso de revista que se insurge contra decisão que contraria a jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciada nas suas súmulas ou em orientação jurisprudencial, não haverá obrigatoriedade de se efetuar o depósito referido no 7º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) Parágrafos introduzidos pela Reforma/2017 9º O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte. 10. São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial. 11. O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia judicial. (NR) (PARÁGRAFOS INCLUÍDOS PELA REFORMA/17) www.acasadoconcurseiro.com.br 21

Art. 900. Interposto o recurso, será notificado o recorrido para oferecer as suas razões, em prazo igual ao que tiver tido o recorrente. Art. 901. Sem prejuízo dos prazos previstos neste Capítulo, terão as partes vistas dos autos em cartório ou na secretaria. Parágrafo único. Salvo quando estiver correndo prazo comum, aos procuradores das partes será permitido ter vista dos autos fora do cartório ou secretaria. (Incluído pela Lei nº 8.638, de 31.3.1993) Art. 902. (Revogado pela Lei nº 7.033, de 5.10.1982) 22 www.acasadoconcurseiro.com.br

TST Direito Processual do Trabalho Prof. Fidel Ribeiro LEI Nº 11.419, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2006 Mensagem de veto Dispõe sobre a informatização do processo judicial; altera a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 Código de Processo Civil; e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DA INFORMATIZAÇÃO DO PROCESSO JUDICIAL Art. 1º O uso de meio eletrônico na tramitação de processos judiciais, comunicação de atos e transmissão de peças processuais será admitido nos termos desta Lei. 1º Aplica-se o disposto nesta Lei, indistintamente, aos processos civil, penal e trabalhista, bem como aos juizados especiais, em qualquer grau de jurisdição. 2º Para o disposto nesta Lei, considera-se: I meio eletrônico qualquer forma de armazenamento ou tráfego de documentos e arquivos digitais; II transmissão eletrônica toda forma de comunicação a distância com a utilização de redes de comunicação, preferencialmente a rede mundial de computadores; III assinatura eletrônica as seguintes formas de identificação inequívoca do signatário: a) assinatura digital baseada em certificado digital emitido por Autoridade Certificadora credenciada, na forma de lei específica; b) mediante cadastro de usuário no Poder Judiciário, conforme disciplinado pelos órgãos respectivos. Art. 2º O envio de petições, de recursos e a prática de atos processuais em geral por meio eletrônico serão admitidos mediante uso de assinatura eletrônica, na forma do art. 1º desta Lei, sendo obrigatório o credenciamento prévio no Poder Judiciário, conforme disciplinado pelos órgãos respectivos. 1º O credenciamento no Poder Judiciário será realizado mediante procedimento no qual esteja assegurada a adequada identificação presencial do interessado. 2º Ao credenciado será atribuído registro e meio de acesso ao sistema, de modo a preservar o sigilo, a identificação e a autenticidade de suas comunicações. 3º Os órgãos do Poder Judiciário poderão criar um cadastro único para o credenciamento previsto neste artigo. Art. 3º Consideram-se realizados os atos processuais por meio eletrônico no dia e hora do seu envio ao sistema do Poder Judiciário, do que deverá ser fornecido protocolo eletrônico. Parágrafo único. Quando a petição eletrônica for enviada para atender prazo processual, serão consideradas tempestivas as transmitidas até as 24 (vinte e quatro) horas do seu último dia. CAPÍTULO II DA COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA DOS ATOS PROCESSUAIS Art. 4º Os tribunais poderão criar Diário da Justiça eletrônico, disponibilizado em sítio da rede mundial de computadores, para publicação de www.acasadoconcurseiro.com.br 23

atos judiciais e administrativos próprios e dos órgãos a eles subordinados, bem como comunicações em geral. 1º O sítio e o conteúdo das publicações de que trata este artigo deverão ser assinados digitalmente com base em certificado emitido por Autoridade Certificadora credenciada na forma da lei específica. 2º A publicação eletrônica na forma deste artigo substitui qualquer outro meio e publicação oficial, para quaisquer efeitos legais, à exceção dos casos que, por lei, exigem intimação ou vista pessoal. 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico. 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação. 5º A criação do Diário da Justiça eletrônico deverá ser acompanhada de ampla divulgação, e o ato administrativo correspondente será publicado durante 30 (trinta) dias no diário oficial em uso. Art. 5º As intimações serão feitas por meio eletrônico em portal próprio aos que se cadastrarem na forma do art. 2º desta Lei, dispensando-se a publicação no órgão oficial, inclusive eletrônico. 1º Considerar-se-á realizada a intimação no dia em que o intimando efetivar a consulta eletrônica ao teor da intimação, certificando-se nos autos a sua realização. 2º Na hipótese do 1º deste artigo, nos casos em que a consulta se dê em dia não útil, a intimação será considerada como realizada no primeiro dia útil seguinte. 3º A consulta referida nos 1º e 2º deste artigo deverá ser feita em até 10 (dez) dias corridos contados da data do envio da intimação, sob pena de considerar-se a intimação automaticamente realizada na data do término desse prazo. 4º Em caráter informativo, poderá ser efetivada remessa de correspondência eletrônica, comunicando o envio da intimação e a abertura automática do prazo processual nos termos do 3º deste artigo, aos que manifestarem interesse por esse serviço. 5º Nos casos urgentes em que a intimação feita na forma deste artigo possa causar prejuízo a quaisquer das partes ou nos casos em que for evidenciada qualquer tentativa de burla ao sistema, o ato processual deverá ser realizado por outro meio que atinja a sua finalidade, conforme determinado pelo juiz. 6º As intimações feitas na forma deste artigo, inclusive da Fazenda Pública, serão consideradas pessoais para todos os efeitos legais. Art. 6º Observadas as formas e as cautelas do art. 5º desta Lei, as citações, inclusive da Fazenda Pública, excetuadas as dos Direitos Processuais Criminal e Infracional, poderão ser feitas por meio eletrônico, desde que a íntegra dos autos seja acessível ao citando. Art. 7º As cartas precatórias, rogatórias, de ordem e, de um modo geral, todas as comunicações oficiais que transitem entre órgãos do Poder Judiciário, bem como entre os deste e os dos demais Poderes, serão feitas preferentemente por meio eletrônico. CAPÍTULO III DO PROCESSO ELETRÔNICO Art. 8º Os órgãos do Poder Judiciário poderão desenvolver sistemas eletrônicos de processamento de ações judiciais por meio de autos total ou parcialmente digitais, utilizando, preferencialmente, a rede mundial de computadores e acesso por meio de redes internas e externas. 24 www.acasadoconcurseiro.com.br