IMPÉRIO FRANCOS. Prof. Filipe Viana da Silva

Documentos relacionados
Curso de História. Prof. Fabio Pablo. efabiopablo.wordpress.com

1. As origens de Constantinopla

H14 - A FORMAÇÃO DO FEUDALISMO

OS BÁRBAROS A IDADE MÉDIA

15. Europa Ocidental: das migrações ao mundo Carolíngio. Páginas 30 à 43.

CHEGA-NOS DO OCIDENTE UM RUMOR TERRÍVEL: ROMA ATACADA! FOI CONQUISTADA ESTA CIDADE QUE UM DIA CONQUISTARA O MUNDO

HISTÓRIA GERAL AULA 7

A EUROPA FEUDAL PROFESSOR OTÁ

Periodização Oficial 476.dC último Imperador Império Romano do Ocidente Odoacro, Hérulos d.c - Tomada de Constantinopla pelos Turcos

A alta Idade Média e a formação do Feudalismo (Séc. V Séc. X) Prof. Rafael Duarte 7 Ano

HISTÓRIA. aula Reino Franco e Mundo islâmico

Os povos bárbaros. Povos que não partilhavam da cultura greco-romana. Bárbaros. Estrangeiros. Para os romanos

IDADE MÉDIA ALTA IDADE MÉDIA (SÉC. V X) 1 CARACTERÍSTICAS GERAIS:

O REINO DOS FRANCOS E O IMPÉRIO CAROLÍNGIO

Merovíngios ( )

CARACTERÍSTICAS GERAIS OS POVOS BÁRBAROS O FEUDALISMO O IMPÉRIO CAROLÍNGEO ou REINO CRISTÃO DOS FRANCO O IMPÉRIO BIZANTINO: O IMPÉRIO ÁRABE

1. A multiplicidade de poderes

Prof. Alexandre Cardoso. História 5A. Bizantinos e Francos.

Colégio FAAT Ensino Fundamental e Médio

REINO FRANCO E FEUDALISMO. Professor Romildo Tavares

Periodização Oficial 476.dC último Imperador Império Romano do Ocidente Odoacro, Hérulos d.c - Tomada de Constantinopla pelos Turcos

Periodização Oficial 476.dC último Imperador Império Romano do Ocidente Odoacro, Hérulos d.c - Tomada de Constantinopla pelos Turcos

A Formação dos Reinos Bárbaros. Prof. Alan Carlos Ghedini

REVISÃO HISTÓRIA 1 EM. Prova Bimestral 2º Bimestre

FEUDALISMO EUROPEU SÉC. V - XV.

Nome: Nº: Turma: Este caderno contém questões de: Português Matemática História Geografia Ciências - Inglês

UNIFICAÇÃO DA ALEMANHA

UNIFICAÇÃO DA ALEMANHA

Alta Idade Média. Setor Aula 5 Alta Idade Média Aula. Prof. Edu. 1 Império Bizantino. 2 Reino dos Francos

Alta idade média (Séculos v AO X)

Colégio Ser! Sorocaba História 7ºs anos Profª Marilia Coltri. Adaptado de Alex Federle do Nascimento

De acordo com o mapa podemos perceber que os germânicos ao invadirem o Império Romano do Ocidente não formaram um império único. Por quê?

Capacete de um chefe saxão

CRISTÃOS DURANTE A ALTA IDADE MÉDIA PROFESSORA: MARTHA J. DA SILVA

História 4A Aula 11 As Invasões Bárbaras e o Reino dos Francos.

Introdução A Alta Idade Média

A Europa Ocidental dos Carolíngios até perto do Cisma entre a Igreja Católica e a Igreja Oriental (Parte 1: Questões

IGREJA Grande crescimento do cristianismo. Aliança Reis + Igreja Grande proprietária de Terras Controle sobre todo o conhecimento. Pregava repúdio as

BÁRBAROS Para os romanos, bárbaros eram todos aqueles que não tinham a cultura romana, que estavam fora das fronteiras do Império.

A Europa Feudal. Professor Ulisses Mauro Lima historiaula.wordpress.com

Ampliação de seus conhecimentos sobre a África, a América e a Europa do século V ao século X. Profª Ms. Ariane Pereira

Reinos Germânicos e Império Carolíngio

Império Bizantino. Disciplina: História

A IGREJA MEDIEVAL. Profª. Maria Auxiliadora

FORMAÇÃO TERRITORIAL DA EUROPA.

A Alta Idade Média. - Fragmentação de Roma (+- entre séc IV e V): civilização greco-romana, tradições germânicas e visão cristã.

Prof. José Augusto Fiorin

O conceito surgiu no século XV; Aplica-se à população europeia; Refere-se ao período entre os séculos V (476) e XV (1453).

Formação das monarquias nacionais: França e Inglaterra

MONARQUIAS ABSOLUTISTAS A CONSTRUÇÃO DO ABSOLUTISMO

III. O valor absoluto do algarismo da ordem das centenas tem duas unidades a mais que o algarismo

A FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS. Professor: Eustáquio

O nome surge no século XV; Aplica-se à população europeia; Aplica-se ao período entre os séculos V e XV;

A IGREJA MEDIEVAL. História 1 Aula 13 Prof. Thiago

CHEGA-NOS DO OCIDENTE UM RUMOR TERRÍVEL: ROMA ATACADA! FOI CONQUISTADA ESTA CIDADE QUE UM DIA CONQUISTARA O MUNDO

ABSOLUTISMO INGLÊS.

Alta Idade Média (Século V X) Prof.ª. Maria Auxiliadora

A Idade Média inicia-se em 476 com aqueda do Império Romano do Ocidente, devido às invasões de povos barbaros.

FRANCOS. Os primeiros francos. Fundação do reino franco. Os merovíngios.

Unificação Italiana e Alemã. Prof. Leopoldo UP

Igreja de Hagia Sophia

DICAS DO PROFESSOR. História 6º Ano

ALTA IDADE MÉDIA: BIZANTINOS, ÁRABES E FRANCOS. Prof.: GUERRA

Aula 1 A sociedade feudal (século V ao XV)

As lutas existentes no Segundo Triunvirato, durante a República, centralizaram o poder em Otávio. Vitorioso, ele tornou-se imperador de Roma,

1 (1,0) Podemos aplicar o termo Idade Média a toda a humanidade? Justifique.

Agrupamento de Escolas de Santo André

LISTA DE EXERCÍCIOS - FRANCOS E SIRG

IMPÉRIO BIZANTINO. Justiniano e sua corte (mosaico) Chiesa di S. Vitale Ravenna

A baixa Idade Média: da crise do Feudalismo à formação dos Estados Nacionais na Europa (Séc. XI-XV) [Cap. 5 e 8] Prof. Rafael Duarte 7 Ano

O ensino de Historia no Ensino Médio tem por finalidade o desenvolvimento e. a construção do saber histórico, procurando promover o resgate e o

HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL

Constantinopla Bizâncio

A consolidação das monarquias na Europa moderna

GERMÂNICOS, BIZANTINOS E ÁRABES AULA 11 HISTÓRIA1 PROF. THIAGO

A IDADE MÉDIA: INVASÕES BÁRBARAS E FEUDALISMO

EMENTA ESCOLAR I Trimestre Ano 2016

Aula 7 O IMPÉRIO CAROLÍNGIO. Lenalda Andrade Santos Bruno Gonçalves Alvaro

ABSOLUTISMO REGIME AUTORITÁRIO

Roteiro de Estudos para o 3º Bimestre 1 os anos Roberson ago/10. Nome: Nº: Turma:

HISTÓRIA. aula Era Napoleônica, Congresso de Viena e Revoluções Liberais

História Amauri Roteiro I 1º/ /03/2017. Roteiro de Estudos

FEUDALISMO. CONCEITO: Modo de Produção que vigorou na Europa Ocidental durante a Idade Média e que se caracteriza pelas relações servis de produção.

A ERA NAPOLEÔNICA ( ) E O CONGRESSO DE VIENA

DEPARTAMENTO CURRICULAR DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS. PLANO CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA E DE GEOGRAFIA DE PORTUGAL 5º Ano

A ERA NAPOLEÔNICA ( ) E O CONGRESSO DE VIENA

A Migração dos Povos Germânicos na Europa Ocidental depois da Queda do Império Romano Ocidental (476) e Principais Desenvolvimentos até 900

CONSOLIDAÇÃO DAS MONARQUIAS NA EUROPA MODERNA

A BAIXA IDADE MÉDIA (séc. XI XV)

IDADE MÉDIA POESIA TROVADORESCA CONTEXTUALIZAÇÃO

ABSOLUTISMO REGIME AUTORITÁRIO

Império Romano e outros impérios de sua época. Profª Ms. Ariane Pereira

DISCIPLINA SÉRIE BIMESTRE PROVA MODELO 6ª 3 P2 REVISÃO

Origens Medievais do Estado Moderno e seus Teóricos

Questão 1 Observe a ilustração e leia a citação abaixo. Em seguida, responda ao que se pede.

Estabelecer uma data exata para o inicio da idade média é, portanto, tarefa imprecisa e autoritária. O mesmo ocorre quando as "invasões barbaras" são

ESTADO E SOBERANIA NA IDADE MÉDIA. Conteúdo cedido, organizado e editado pelos profs. Rodrigo Teixeira e Rafael Ávila

Transcrição:

IMPÉRIO FRANCOS Prof. Filipe Viana da Silva

1. OS REINO FRANCO Invasões germânicos abriram as portas do Império Romano para os francos; Reino mais poderoso da Europa Ocidental; Origem remete à figura mítica de Meroveu, aliado aos romanos, ajudou a combater os hunos; Em 476, os francos puderam iniciar o seu expansionismo territorial;

DINASTIA DOS MEROVÍNGIOS (481-751) O mais importante e sua trajetória pode ser percebido desde seu início com Clóvis, considerado primeiro rei e iniciador da Dinastia Merovíngia; Política de unificação das diversas tribos francas, em um processo de centralização; A aliança com a Igreja Católica;

Após a morte de Clóvis o reino foi dividido e passou por um período de crises e disputas internas; Período em que o poder real se enfraqueceu - daí a denominação de "reis indolentes" para os governantes desse período; Ao mesmo tempo em que o poder do "Major Domus" (Prefeito do Palácio) se fortaleceu. Durante essa crise se destacaram Pepino de Heristal e posteriormente seu filho bastado, Carlos Martel; Carlos Martel governou como se fosse rei as regiões da Nêustria e Austrásia;

Obteve vitórias contra os saxões e povos da região do Rio Reno; Vitória sobre os muçulmanos na batalha de Poitiers, em 732.

POLÍTICA INTERNA E EXTERNA A política interna e externa; Carlos Martel garantiram a seu filho, Pepino, o breve, força suficiente para assumir o trono; Iniciando a Dinastia Carolíngia, oficialmente em 7511; A importância do reinado de Pepino III, o breve, residiu no fato de reunificar os povos e territórios francos, consolidar a aliança com a Igreja Católica ao combater os lombardos na Itália e centralizar o poder.

PEPINO, O BREVE

DINASTIA DOS CAROLÍNGIOS (751-987) Dividiu o reino entre seus dois filhos: Carlos e Carlomano; Carlos (Carlos Magno) quem efetivamente governou, uma vez que seu irmão morreu 3 anos depois; Manteve a política expansionista iniciada pelo pai, assim como a aliança com a Igreja Católica.; Derrotou os lombardos e os saxões e do lado oriental dominou a Baviera e submeteu todas as tribos germânicas ocidentais.

COROADO IMPERADOR No natal do ano 800 Carlos Magno foi coroado "Imperador dos Romanos" pelo Papa; Pretendia estabelecer um poder forte no ocidente que servisse de contraponto ao Império Bizantino oriental. Durante o reinado de Carlos Magno, O Reino Franco - agora Império Carolíngio - atingiu seu tamanho máximo em termos territoriais; Dividiu o império em condados, cuja autoridade era exercida junto a um bispo (costumes e religião) e um conde (militares e financeiros).

COROAÇÃO DE CARLOS MAGNO PELO PAPA LEÃO III

CARLOS MAGNO

CAPITULARES As leis do Império Carolíngio seguia as capitulares; Ordens obrigatórias, que abrangia: instrução aos funcionários reais, regulamentação da economia doméstica, regras para exploração do domínio real e etc.

RENASCIMENTO CAROLÍNGIO Decadência cultural de seus antecessores questionada; Buscou renascer das letras e artes; Carlos Magno criou escolas nos mosteiros, nas catedrais e nos palácios, conhecidas como Escolas Palacianas; A principal escola palaciana foi criada em Aachen, capital do Império Franco; Importante, pois foi através dele que os francos tornaram-se um elo entre a Antiguidade e a Europa da Idade Média; Com isso o medievo ficou definitivamente influenciado pelas ideias dos mestres da Antiguidade;

DIVISÃO DO REINO O imperador morreu em 811 e seu herdeiro, Luís, o piedoso, não conseguiu preservar a centralização política; A principal contradição no reinado de Luís envolveu o costume bárbaro de dividir o reino e a pretensão da Igreja em mantê-lo unido; Quebrando a tradição o rei deixou o reino para o filho mais velho e, ao preterir os outros dois herdeiros; Estabeleceu as condições para a disputa, marcada por rebeliões e guerras até 843, quando foi firmado o Tratado de Verdun, que dividiu o Império Franco entre os três herdeiros de Luís.

LUÍS, O PIEDOSO

TRATADO DE VERDUN Carlos, o Calvo, ficou com a França Ocidental (que deu origem ao Reino da França); Luís, o Germânico, com a França Oriental (a futura Alemanha); Lotário, com a França Central, repartida após a sua morte, em 870, entre Carlos e Luís.

DECLÍNIO As constantes lutas entre herdeiros e as invasões de novos povos bárbaros contribuíram para o enfraquecimento do poder dos reis, característica política do mundo feudal; Os descendentes de Luís, o Piedoso, governaram a França oriental até 911; Quatro duques fundam o Reino da Germânia (o rei sempre seria um dos quatro); Em 936 assume o reinado Oto I, que conquista prestígio ao vencer os Húngaros; Depois foi sagrado Imperador elo Papa João XII; Nascia o Sacro Império Romano Germânico que durou até 1806.