Lição 5 26 de julho a 2 de agosto Mateus 10: Jesus e Seus Discípulos Sábado à tarde Ano Bíblico: Is 11 14 VERSO PARA MEMORIZAR: Não temais, pois! Bem mais valeis vós do que muitos pardais (Mt 10:31). LEITURAS DA SEMANA: Lv 25:8-54; Mt 10; Jo 10:10 PENSAMENTO-CHAVE: Jesus, o maior Mestre do mundo, deu Suas instruções aos discípulos antes de enviá-los para testemunhar. Que princípios podemos tirar de Suas palavras e aplicar nos dias atuais? Jesus sabia que uma parte importante de Sua tarefa seria treinar um grupo de seguidores para continuar a missão. Portanto, depois de viajar pela Galiléia pregando, ensinando e curando Ele sabia que era hora de enviar os doze discípulos em sua primeira tarefa. Eles deveriam receber a primeira experiência prática. Os discípulos receberam uma educação altamente especializada do maior Mestre que o mundo já conheceu. Eles viram em Jesus ao vivo os princípios em que o Universo está fundado. Viram o modelo máximo de como deveriam viver. Os discípulos tinham estado com Jesus por um ano, aproximadamente. Haviam caminhado e falado com Aquele que era, Ele mesmo, o caminho, a verdade e a vida (Jo 14:6). Finalmente, chegou o tempo de pôr em prática o que haviam aprendido. Antes de Jesus enviar os discípulos, Ele lhes deu uma instrução especial. Nesta semana, vamos estudar os pontos principais das palavras de Jesus a Seus discípulos antes de iniciarem sua missão. Domingo Ano Bíblico: Is 15 19 Está próximo o reino dos Céus
1. Que significa dizer que o reino dos Céus está próximo? O que você entende por reino dos Céus? Mt 10:7 Um reino é o território sob a autoridade de um rei. O reino de Deus, o reino do Céu, não é um território geográfico apenas, mas também espiritual. Em certo momento, Jesus até disse: O reino de Deus está dentro de vós (Lc 17:21). 2. O que significa dizer que o reino de Deus está dentro de nós? Como devemos entender essa idéia? Antes de Jesus e Seus discípulos iniciarem seu ministério, João Batista começou a pregar que o reino dos Céus estava próximo (Mt 3:2). O Novo Testamento considera claramente Jesus como o rei prometido de Israel, cumprindo todas as esperanças e predições do Antigo Testamento (veja Lc 1:32, 33). Mas o povo estava esperando por um rei político que estabelecesse um governo político sobre o território geográfico específico e o livrasse dos romanos. O reino sobre que Jesus pregava era muito diferente. Não viria quando os romanos fossem subvertidos. O reino do céu era no presente. Agora, o povo podia ver Jesus, ouvir Suas palavras e aprender os princípios em que se baseiam a salvação e o Céu. Agora, eles podiam aprender a seguir Seu exemplo de vida. Agora, eles podiam ver como os princípios do governo de Deus operam na vida real. Agora, eles podiam escolher tornar-se parte daquele reino. Agora, eles podiam ter as promessas do Espírito Santo, da vitória sobre o pecado, da esperança de vida eterna. Como você está apreciando agora os privilégios de viver no reino de Deus? Como está se beneficiando desses privilégios? Que oportunidades e promessas você não está aproveitando completamente? Segunda Ano Bíblico: Is 20 23 Instruções missionárias 3. Em Mateus 10, Jesus ordenou os doze a sair em missão. Leia todo o capítulo e então, responda às seguintes perguntas: a. O que Jesus quis dizer ao aconselhar os discípulos a serem prudentes como as serpentes e símplices como as pombas(v. 16)? Como podemos aplicar essas palavras a nós hoje? b. Que característica os discípulos de Jesus tinham em comum? Mt 10:2-4. O que isso nos diz sobre a necessidade de sempre manter diante de nós as sensibilidades culturais quando procuramos trabalhar em várias culturas? Que poderes especiais tinham os discípulos? Como podemos, sem esses poderes, ainda ministrar e testemunhar ao mundo? Para que tipo de recepção Jesus preparou Seus seguidores? Que lições podemos tirar dessas palavras para nós? Terça Ano Bíblico: Is 24 26 Gentios e judeus 4. Como podemos entender as palavras de Jesus restringindo o alcance da pregação, levando em conta que mais tarde Ele ordenou-lhes que testemunhassem a todo o mundo? Mt 10:5, 6 Ao enviar os discípulos, Jesus lhes ordenou claramente ir somente aos israelitas, não aos gentios. Sob nossa perspectiva, podemos considerar injustiça. Por que as boas-novas deviam ir só para os judeus? Por que todos os outros deveriam ser ignorados, pelo menos naquela ocasião?
Aparentemente, a resposta estava nas sensibilidades culturais. Jesus não queria que os discípulos pusessem sua missão em risco. Ellen G. White escreve: Se eles tivessem pregado primeiramente o evangelho a estes, eles teriam deixado de exercer sua influência entre os judeus, que foram os primeiros a ouvir a mensagem de Deus (The Advent Review and Sabbath Herald, 19 de abril de 1892). Ela também sugere que, caso eles se tivessem envolvido em controvérsia com os fariseus, isso os teria desencorajado em seu trabalho (Ellen G. White, The Signs of the Times, 18 de julho de 1900). Em nossa missão, hoje, sempre haverá certas práticas culturais às quais devemos ser sensíveis. Essas práticas podem ser mal orientadas; podem ser erradas; podem ser sumamente ofensivas para nós. Mas não podemos ignorá-las e ao mesmo tempo ser testemunhas eficazes. 5. Qual é a missão de Jesus e a nossa, também? Jo 10:10. Como essa compreensão pode nos ajudar no trato com pessoas de culturas e tradições prejudiciais? Como seguidores de Cristo, precisamos ser muito cuidadosos com as culturas com que estamos trabalhando. A última coisa de que precisamos é passar a idéia de arrogância e superioridade. Se tivermos algo melhor, se pudermos indicar aos outros uma vida mais abundante, nossa mensagem e nosso estilo de vida devem testemunhar disso. Se alguém olhasse para seu estilo cristão de vida, o que veria de atraente? Que mensagem seu estilo de vida envia aos outros? Quarta Ano Bíblico: Is 27 29 Um ministério integral 6. Além de pregar o evangelho, o que mais estava envolvido na missão dos discípulos? Mt 10:7, 8 A missão de Jesus para Seus discípulos não abrangia apenas o aspecto espiritual da vida. Os discípulos deveriam ensinar e pregar, mas também atender às necessidades físicas das pessoas. Evidentemente, o objetivo final para todos é a salvação, é a vida eterna, mas isso não significa que precisamos ignorar a dor e o sofrimento que vemos ao redor de nós. Quando Jesus falou na sinagoga de Nazaré, Ele leu o livro de Isaías e fez Suas as palavras do profeta (veja Lc 4:18, 19). Ele não iria ajudar os pobres, os cegos, os oprimidos e os presos, apenas; também deveria apregoar o ano aceitável do Senhor (v. 19). Jesus estava Se referindo ao ano do Jubileu (Lv 25:8-54), no qual, a cada 50 anos, a propriedade de terra retornava aos donos originais. 7. Passe os olhos em Levítico 25:8-54. Qual parece ter sido a maior preocupação moral nesse plano? Que princípio o Senhor estava ensinando ao Seu povo? Como Ellen White diz, havia uma salvaguarda contra os extremos ou da riqueza ou da pobreza (Educação, p. 43). No ano do jubileu, todos os escravos também deviam ser libertados, e todas as dívidas deviam ser canceladas. Jesus instruiu Seus discípulos a terem um ministério equilibrado. Certamente, eles deviam preparar as pessoas para o reino do Céu. Mas também deveriam se lembrar de que, em um sentido muito importante, o reino já estava com eles. E isso significava que eles deveriam ter preocupações pelas necessidades das pessoas inclusive as físicas e sociais. Quando ministramos às necessidades das pessoas, podemos abrir para elas as realidades e as promessas da vida eterna. Como você trata os menos afortunados que você? Quando foi a última vez em que você fez algo em favor de alguém puramente por compaixão e preocupação abnegada?
Quinta Ano Bíblico: Is 30 33 Não tenham medo deles Grande parte do discurso de Jesus aos discípulos foi dedicada a aconselhar sobre a maneira de lidar com problemas que encontrariam. A mensagem que proclamariam, embora fosse de amor e vida correta, encontraria oposição em determinados lugares. Na verdade, disse Jesus, eles deviam estar preparados para a perseguição. 8. Que mensagem deu Jesus àqueles que passariam por oposição e perseguição? Mt 10:22; Hb 10:35, 36 A referência de Jesus à perseverança está no contexto da perseguição. O apóstolo Paulo disse: Sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança (Rm 5:3, 4). Igualmente, Tiago escreveu: A provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança (Tg 1:3). 9. Como as dificuldades podem provar sua fé? Como você pode fortalecer a vida espiritual a fim de perseverar nessas ocasiões? Jesus disse aos discípulos que não deviam temer as circunstâncias difíceis que encontrariam. Eles seriam levados perante governadores e reis para ser Suas testemunhas. Mas quando os prenderem, não se preocupem quanto ao que dizer ou como dizê-lo, Ele disse (Mt 10:19, NVI). Ele prometeu que Deus falará através deles e lhes dará as palavras certas. O livro de Atos traz bons exemplos do que Jesus disse. Pedro, Paulo e muitos outros foram constantemente levados perante as autoridades a fim de responder por suas ações. De cada vez, eles falaram corajosamente sobre sua fé. Jesus tranqüilizou os discípulos dizendo que Deus Se importa até com os pardais. Até os cabelos da cabeça de vocês estão contados. Portanto, não tenham medo; vocês valem mais do que muitos pardais (Mt 10:30, 31). Leia Mateus 10:38, 39. Qual é a promessa de Jesus para nós? O que Ele não está prometendo? Que conforto você pode tirar nessas palavras? Sexta Ano Bíblico: Is 34 37 Estudo adicional Ellen G. White, Os Primeiros Evangelistas, em O Desejado de Todas as Nações, p. 349-358. "O coração dos homens não é mais brando hoje do que quando Cristo esteve na Terra. Eles farão tudo em seu poder para ajudar o grande adversário a tornar as coisas o mais difícil possível para os servos de Cristo, tal como o povo fez com Cristo quando Ele esteve na Terra. Eles açoitarão com a língua da calúnia e falsidade. Criticarão e voltarão contra os servos de Deus os próprios esforços que Ele os está levando a fazer. Irão, com suas más suspeitas, ver fraude e desonestidade onde tudo está correto, e onde existe perfeita integridade. Atribuem motivos egoístas à conta dos servos de Deus, quando Ele próprio os está dirigindo, e quando eles dariam a própria vida se Deus requeresse, se assim procedendo pudessem fazer progredir Sua causa (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 234). Perguntas para consideração 1. Em que aspectos nosso campo de missão hoje é diferente daquele ao qual Jesus enviou os discípulos? Quais são as semelhanças?
2. Discuta com sua classe o que significa viver no reino do Céu agora. O que precisamos mostrar para isso? Isto é, se alguém nos visse como um todo, o que veriam diferente de alguma outra organização voluntária trabalhando por uma causa comum? 3. Como está seu envolvimento, e o de sua igreja local, no evangelismo, no testemunho? Você está trabalhando para aliviar o sofrimento dos que o rodeiam? Como sua igreja local pode melhorar nessa área? Por que é tão importante este aspecto de nossa obra? No entanto, por que atender às necessidades físicas das pessoas não é suficiente? Ao mesmo tempo, o que acontece quando enfatizamos a pregação e ignoramos a dimensão social do evangelho? Resumo: O maior Mestre que o mundo já viu tomava tempo para dar instruções específicas a Seus discípulos antes de enviá-los para o campo missionário. Os princípios que Ele esboçou são infinitos, e não devemos ignorá-los hoje. Respostas sugestivas: Pergunta 1. O reino de Deus começa no coração. Pergunta 2. Começa no interior do crente e depois, domina todo o ser. Pergunta 3. a. Embora devamos estar cientes do espírito que domina este mundo, não devemos adotar seus princípios. b. Eles provinham de diferentes origens étnicas e culturais. Pergunta 4. Os discípulos ainda não estavam preparados para lidar com as diferenças culturais. Pergunta 5. Transmitir os princípios do reino de Deus. Todos os seres humanos são culturalmente estranhos aos seus princípios. Precisamos cuidar para não ferir suas sensibilidades. Pergunta 6. Fazer todo tipo de bem, suprindo às suas necessidades, demonstrando amor. Pergunta 7. A restituição das propriedades e da liberdade perdida eram símbolo da restauração provida pela redenção. Pergunta 8. A perseverança produz sua recompensa na vida eterna. Pergunta 9. A prova da fé significa aperfeiçoamento, fortalecimento, reconhecimento da nossa dependência de Deus.