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Transcrição:

Ensaio Estadual de Cultivares de Trigo no Rio Grande Sul, safra 2012 Jacson Zuchi¹, Rogério Ferreira Aires¹, Ricardo Lima de Castro², Eduardo Caierão², Adeliano Cargnin², André Rosa³, Felipe Zambonato 4, Fernando Machado dos Santos 5, Francisco de Assis Franco 6, Giandro Duarte Teixeira¹, Luiz Carlos Vieira 7, Liege Camargo da Costa 8, Juliano Luiz de Almeida 9, Marcelo de Carli Toigo¹, Márcio Só e Silva², Marcos Garrafa 10, Maria da Graça de Souza Lima 8, Nilton Luis Gabe 11, Ottoni de Souza Rosa 12, Ottoni de Souza Rosa Filho 3, Pedro Luiz Scheeren 2, Roberto Carbonera 13, Rodrigo Oliboni 12, Rosemari de Fátima Costa Camargo 1, Vanderlei Doneda Tonon 14, Volmir Sérgio Marchioro 6 1 Fepagro Nordeste, Rod. BR 285, km 126, CEP 95000-000, Vacaria, RS; 2 Embrapa Trigo, Rod. BR 285, km 294, CEP 99001-970, Passo Fundo, RS. Email: rlcastro@cnpt.embrapa.br; 3 Biotrigo Genética, Rua João Battisti, 71, CEP 99050-380, Passo Fundo, RS; 4 CCGL TEC, Rod. RS 342, km 149, CEP 98100-970, Cruz Alta, RS; 5 IFRS, Campus Sertão, Rod. RS 135, km 25, CEP 99170-000, Sertão, RS; 6 Coodetec, Rod. BR 467, km 98, CEP 85813-450, Cascavel, PR; 7 Epagri, CEPAF, Rua Servidão Ferdinando Tusset, s/no, CEP 89801-970, Chapecó, SC; 8 Fepagro Sementes, Rua Estação Experimental, s/no, CEP 98130-000, Júlio de Castilhos, RS; 9 FAPA, Colônia Vitória Entre Rios, CEP 85139-400, Guarapuava, PR; 10 SETREM, Av. Santa Rosa, 2405, CEP 98970-000, Três de Maio, RS; 11 Fepagro Cereais, Rod. BR 287, km 5, CEP 97670-000, São Borja, RS; 12 OR Sementes, Rua João Battisti, 71, CEP 99050-380, RS; 13 Unijuí, Rua Francisco, 501, CEP 98700-000, Ijuí, RS; 14 DNA Melhoramento Vegetal, Av. Venancio Aires, 1611, CEP 98005-020, Cruz Alta, RS. O Ensaio Estadual de Cultivares de Trigo (EECT) é conduzido pela Fepagro, em parceria com a Embrapa, a quase três décadas e se constitui em um instrumento institucional de colaboração com o setor tritícola do Estado do Rio Grande do Sul, através da geração de informações técnicas e de avaliação agronômica dos cultivares de trigo lançados no mercado e com expressiva representatividade na área plantada. As informações geradas pelo ensaio

também subsidiam as indicações de cultivares da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale (CBPTT). O EECT é realizado em vários locais (Figura 01), representativos das Regiões Homogêneas de Adaptação de Cultivares de Trigo nos estados do Rio Grande do Sul (regiões de adaptação 1 e 2), de Santa Catarina (regiões de adaptação 1 e 2) e do Paraná (região de adaptação 1). Neste sentido, a Fepagro realiza, anualmente, um levantamento dos cultivares de trigo lançados no mercado nos últimos dois anos e daqueles com mais de 1% de cultivo de sementes legais, em relação à área plantada por multiplicadores de sementes no Estado do RS, que estão cadastrados na Associação de Produtores de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (APASSUL). A Fepagro tem o compromisso de distribuir as sementes às Instituições/Empresas responsáveis pela condução dos experimentos, realizar visitas técnicas e, em conjunto com a Embrapa Trigo, reunir e analisar os dados obtidos. Foram selecionados os seguintes cultivares de trigo: Ametista, BRS 327, BRS 328, BRS 329, BRS 331, BRS Guamirim, CD 114, CD 121, CD 122, CD 123, CD 124, CD 1550, Fundacep Bravo, Fundacep Horizonte, Fundacep Raizes, JF 90, Marfim, Mirante, Quartzo, TBIO Alvorada, TBIO Iguaçu, TBIO Itaipu, TBIO Mestre, TBIO Pioneiro, TBIO Seleto, TBIO Sinuelo, TBIO Tibagi, TEC Frontale, TEC Triunfo, TEC Vigore, Topazio, Turquesa. Os experimentos foram delineados em blocos casualizados com 3 ou 4 repetições, sendo a unidade experimental constituída por cinco fileiras de 5 m de comprimento, espaçadas 0,2 m entre si (área útil = 3 m 2 no caso de colheita manual e 5 m 2 no caso de colheita mecanizada), com aproximadamente 330 plantas/m 2. As sementes foram tratadas com inseticida imidaclopride, na dose de 100 ml para cada 100 kg de sementes. Nos experimentos com aplicação de fungicida na parte aérea, foram utilizados, preferencialmente, produtos comerciais constituídos por misturas de estrobirulinas e triazóis, sendo que o número de aplicações variou entre duas ou três conforme o experimento. O número de aplicações de inseticida na parte aérea, bem como o produto

comercial utilizado, também variou conforme o experimento. A adubação e os demais tratos culturais foram realizadas de acordo com as informações técnicas para a cultura do trigo. Somente foram considerados para análise os experimentos com coeficiente de variação inferior a 20%. Os dados de rendimento de grãos, em kg/ha, foram submetidos à análise de variância no programa Genes e complementada pelo método de agrupamento de médias proposto por Scott & Knott (1974). O desempenho das cultivares foi comparado, em percentagem relativa, com a média de rendimento de grãos das duas melhores testemunhas em cada local de avaliação e na média do Estado do Rio Grande do Sul. Os dados dos municípios de Santa Catarina e do Paraná foram considerados nos respectivos Estados, não sendo considerados na média do Estado do Rio Grande do Sul. As informações de rendimento de grãos e demais características agronômicas indicadas em cada ensaio foram de responsabilidade da entidade que conduziu o experimento. A produtividade média dos cultivares (Tabela 01) foi de, aproximadamente, 3.400 Kg.ha -1, entretanto ocorreram intempéries climáticas, como restrição hídrica e baixas temperaturas, durante, respectivamente, as fases de crescimento vegetativo e maturação das sementes restringiram o potencial produtivo da maioria dos cultivares. Os cultivares TBIO SINUELO, TBIO MESTRE e BRS 327 apresentaram as maiores produtividades, com rendimentos de, aproximadamente, 4000, 3900 e 3700 Kg.ha -1. O rendimento destes cultivares, superaram a média de rendimento das três melhores testemunhas, que foi de 3589 Kg.ha -1. O cultivar com menor rendimento médio geral foi o JF 90, com 2937 Kg.ha -1. Referências bibliográficas CRUZ, C.D. Programa Genes: estatística experimental e matrizes. Viçosa: UFV, 2006. 285p.

SCOTT, A.J.; KNOTT, M. A cluster analysis method for grouping means in the analyses of variance. Biometrics, v.30, p.505-12, 1974. Figura 1. Locais em que foram conduzidos os experimentos em rede do Ensaio Estadual de Cultivares de Trigo do Rio Grande do Sul, no sul do Brasil (RS, SC e PR), em 2012. Tabela 01. Rendimento médio de grãos dos cultivares de trigo avaliados no Ensaio Estadual de Cultivares no Rio Grande do Sul, safra 2012, com percentual relativo em relação às duas melhores testemunhas, posto e teste de Scott & Knott (α=0,05). Cultivar Kg ha -1 % Posto Scott Knott AMETISTA 3.610 101 10 a BRS 327 3.720 104 3 a BRS 328 3.349 93 23 b BRS 329 3.437 96 21 a BRS 331 3.354 93 22 b &

BRS GUAMIRIM 3.531 98 16 a CD 114 3.263 91 26 b CD 121 3.334 93 24 b CD 122 3.203 89 29 b CD 123 3.091 86 30 b CD 124 3.061 85 31 b CD 1550 3.441 96 20 a FUNDACEP BRAVO 3.567 99 12 a FUNDACEP HORIZONTE * 3.617 101 9 a FUNDACEP RAIZES 3.320 93 25 b JF 90 2.937 82 32 b MARFIM * 3.497 97 17 a MIRANTE 3.493 97 18 a QUARTZO * 3.560 99 14 a TBIO ALVORADA 3.683 103 5 a TBIO IGUAÇU 3.456 96 19 a TBIO ITAIPU 3.629 101 8 a TBIO MESTRE 3.894 109 2 a TBIO PIONEIRO 3.643 102 7 a TBIO SELETO 3.251 91 27 b TBIO SINUELO 4.003 112 1 a TBIO TIBAGI 3.214 90 28 b TEC FRONTALE 3.711 103 4 a TEC TRIUNFO 3.584 100 11 a TEC VIGORE 3.545 99 15 a TOPAZIO 3.678 103 6 a TURQUESA 3.567 99 13 a Média 3T 3.589 Média Geral 3.476 CV (%) 9,59 *Cultivar testemunha.