CONTROLE DE DOENÇAS POR MEIO DE VARIEDADES RESISTENTES E MANEJO CULTURAL. Nelson Dias Suassuna EMBRAPA - Algodão

Documentos relacionados
DESEMPENHO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODOEIRO HERBÁCEO NO CERRADO DO SUL MARANHENSE

ENSAIO DE VALOR DE CULTIVO E USO (VCU 2004) DO PROGRAMA DE MELHORAMENTO DA EMBRAPA NO CERRADO

CULTIVARES DE ALGODOEIRO AVALIADAS EM DIFERENTES LOCAIS NO CERRADO DA BAHIA, SAFRA 2007/08 1. INTRODUÇÃO

ENSAIO NACIONAL DE COMPETIÇÃO DE CULTIVARES DE GOIAS SAFRA 2001/2002 *

AVALIACAO DE GENÓTIPOS DE ALGODOEIRO PARA O CERRADO DE RONDÔNIA

AVALIAÇÃO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODOEIRO NO CERRADO MATOGROSSENSE *

VII Congresso Brasileiro do Algodão, Foz do Iguaçu, PR 2009 Página 1044

Ensaio de Valor de Cultivo e Uso (VCU 2005) do programa de melhoramento da Embrapa no Cerrado

SEVERIDADE DA MANCHA DE RAMULÁRIA EM GENÓTIPOS DE ALGODOEIRO EM DUAS REGIÕES PRODUTORAS DO BRASIL 1 INTRODUÇÃO

IDENTIFICAÇÃO DE FONTES DE RESISTÊNCIA A DOENÇAS EM ACESSOS DE ALGODOEIRO (GOSSYPIUM HIRSUTUM L.) INTRODUÇÃO

COMPORTAMENTO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODOEIRO HERBÁCEO NO CERRADO DO SUDOESTE PIAUIENSE

COMPORTAMENTO DE CULTIVARES COMERCIAIS NO CERRADO DO MATO GROSSO SAFRA 2001/2002 *

Eng. Agr. Ederson A. Civardi. Bonito MS 2014

COMPETIÇÃO DE CULTIVARES DE ALGODOEIRO NO CERRADO DA BAHIA. 1

AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE ALGODOEIRO QUANTO À MANCHA DE RAMULÁRIA NAS CONDIÇÕES DO CERRADO 1

DESEMPENHO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODOEIRO HERBÁCEO NO ESTADO DO CEARÁ *

AVALIAÇÃO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODOEIRO NO SUDOESTE DA BAHIA, REGIÃO DO VALE DO YUYU

VII Congresso Brasileiro do Algodão, Foz do Iguaçu, PR 2009 Página 1550

AUMENTO DOS PROBLEMAS COM DOENÇAS NO CERRADO DO BRASIL

ARRANJO DE PLANTAS PARA LINHAGENS E CULTIVAR DE ALGODOEIRO NO ESTADO DE GOIÁS

MANEJO DA MANCHA DE RAMULÁRIA E MOFO BRANCO

INFLUÊNCIA DO NÚMERO DE APLICAÇÕES DE FUNGICIDAS NO CONTROLE DE RAMULÁRIA EM DUAS CULTIVARES DE ALGODOEIRO, EM CAMPO VERDE MT

ENSAIOS REGIONAIS DE COMPETIÇÃO DE CULTIVARES DO CERRADO CONDUZIDOS NO MATO GROSSO NA SAFRA 2004/2005.

Engenheiro agrônomo, M.Sc., pesquisador da Embrapa Meio-Norte, Teresina, PI. 2

AVALIAÇÃO DO FUNGICIDA METOMINOSTROBIN NO CONTROLE DE RAMULARIA (RAMULARIA AREOLA) NO ALGODOEIRO EM MATO GROSSO. INTRODUÇÃO


AVALIAÇÃO DE NOVAS LINHAGENS ORIUNDAS DE CAMPOS DE SEMENTES GENÉTICAS DE ALGODÃO EM BARBALHA- CE RESUMO

MELHORAMENTO DO ALGODOEIRO NO ESTADO DE GOIÁS ESTÁGIO DO PROGRAMA NA SAFRA 2002/2003 (*)

EFICIÊNCIA DE FUNGICIDAS NO CONTROLE DE RAMULARIA (RAMULARIA AREOLA) NO ALGODOEIRO EM MATO GROSSO INTRODUÇÃO

COMPORTAMENTO DE CULTIVARES DE ALGODÃO NO CERRADO DA BAHIA, SAFRA 2009/10. 1 INTRODUÇÃO

ADUBAÇÃO NPK DO ALGODOEIRO ADENSADO DE SAFRINHA NO CERRADO DE GOIÁS *1 INTRODUÇÃO

ENSAIO REGIONAL DE LINHAGENS E CULTIVARES DE ALGODÃO HERBÁCEO DO NORDESTE

EFICIÊNCIA DE APLICAÇÃO DE FUNGICIDAS NO CONTROLE DE MOFO- BRANCO NO ALGODOEIRO

Resposta de Cultivares de Milho a Variação de Espaçamento Entrelinhas.

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE FEIJOEIRO COMUM NO ESTADO DE GOIÁS

ENSAIOS REGIONAIS DO CERRADO CONDUZIDOS NO CERRADO DA BAHIA NA SAFRA 2004/05 1

ADENSAMENTO DE SEMEADURA EM TRIGO NO SUL DO BRASIL

CONTROLE QUÍMICO DA MANCHA DE RAMULÁRIA (Ramularia areola) NO ALGODOEIRO EM CAMPO VERDE- MT

LINHAGENS FINAIS DE ALGODÃO DE FIBRAS MÉDIAS E LONGAS NO CERRADO DA BAHIA, SAFRA

Avaliação de diferentes espaçamentos, densidade e arranjo de plantas sobre a produtividade do algodão safra 2003/2004

VII Congresso Brasileiro do Algodão, Foz do Iguaçu, PR 2009 Página 1661

ÉPOCAS DE PLANTIO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERABA, MG *

COMPORTAMENTO DE CULTIVARES E LINHAGENS ELITES DE ALGODOEIRO NO CERRADO *.

DESEMPENHO DE LINHAGENS AVANÇADAS DE ALGODOEIRO HERBÁCEO NAS CONDIÇÕES DO CERRADO RESUMO

ADENSAMENTO DE MAMONEIRA EM CONDIÇÕES DE SEQUEIRO EM MISSÃO VELHA, CE

SEVERIDADE DA MANCHA DE RAMULÁRIA E RAMULOSE EM FUNÇÃO DO SISTEMA DE MANEJO DO SOLO EM CULTIVARES DE ALGODOEIRO 1

VIABILIDADE DO TRIGO CULTIVADO NO VERÃO DO BRASIL CENTRAL

Novas Tecnologias que trarão Renda Sustentável ao produtor: Algodão Adensado

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 300

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1326

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Algodão. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

ESTABILIDADE DE GENÓTIPOS DE FEIJOEIRO COMUM NO ESTADO DE GOIÁS PARA PRODUTIVIDADE DE GRÃOS, CICLO 2005/2006 1

ALTURA FINAL E PRODUTIVIDADE DO ALGODOEIRO HERBÁCEO SOB DIFERENTES DOSES DE REGULADOR DE CRESCIMENTO.

AVALIAÇÃO DE LINHAGENS AVANÇADAS DE FIBRA COLORIDA NOS MUNICÍPIOS DE ANGICAL E WANDERLEY-BA 1

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 392

INFLUÊNCIA DE DIFERENTES ARRANJOS DE PLANTAS EM CULTIVARES DE ALGODÃO HERBÁCEO NA REGIÃO AGRESTE DO ESTADO DE ALAGOAS

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE MAMONA DE PORTE BAIXO PARA O ESTADO DO PARANÁ*

ANÁLISE DIALÉLICA EM VARIEDADES DE ALGODOEIRO

EFICIÊNCIA DO ÍNDICE DE SELEÇÃO NO MELHORAMENTO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO.

VII Congresso Brasileiro do Algodão, Foz do Iguaçu, PR 2009 Página 1122

05 AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DOS PRINCIPAIS

Comunicado Técnico. Engenheiro-agrônomo, M. Sc., pesquisador da Embrapa Meio-Norte, Teresina, PI. ; 2

PERÍODO CRÍTICO DE COMPETIÇÃO DAS PLANTAS DANINHAS NA BRS ENERGIA EM DUAS DENSIDADES DE PLANTIO

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1573

Avaliação de diferentes espaçamentos, densidade e arranjo de plantas sobre a produtividade do algodão safra 2002/2003

COMPORTAMENTO DE CULTIVARES DE ALGODÃO (Gossypium hirsutum L.) NO CERRADO DO ESTADO DE GOIÁS (*)

ESTABILIDADE FENOTÍPICA, UM COMPLEMENTO RELEVANTE NA AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE GENÓTIPOS DE ALGODOEIRO PARA RESISTÊNCIA A DOENÇAS 1

CONTROLE DE TOMBAMENTO DE PLÂNTULAS E MELA DO ALGODOEIRO NO OESTE DA BAHIA

AVALIAÇÃO E SELEÇÃO DE LINHAGENS FINAIS DE ALGODÃO PARA LANÇAMENTO DE CULTIVARES, SAFRA 2008/09. 1 INTRODUÇÃO

INFLUÊNCIA DA ÉPOCA DE APLICAÇÃO DE FUNGICIDAS NO CONTROLE DA MANCHA DE RAMULARIA (Ramularia areola) NA REGIÃO DE CAMPO VERDE MT *

COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE SEMENTES DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODÃO HERBÁCEO.

ÉPOCAS DE SEMEADURA DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA *

Monitoramento da Resistência de Ramularia areola a Fungicidas. Fabiano J. Perina Jackson A. Tavares Júlio C. Bogiani Nelson D.

ÉPOCAS DE PLANTIO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE PARA A REGIÃO DO PONTAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

COMPORTAMENTO DE DIFERENTES GENÓTIPOS DE MAMONEIRA IRRIGADOS POR GOTEJAMENTO EM JUAZEIRO-BA

Avaliação de variedades sintéticas de milho em três ambientes do Rio Grande do Sul. Introdução

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 336

Variabilidade de Alternaria helianthi e avaliação da resistência de girassol à mancha de Alternaria ( )

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1311

Documentos. ISSN Junho, Avaliação de Cultivares de Algodoeiro no Cerrado da Bahia - Safra 2014/2015

AVALIAÇÃO DE COBERTURAS VEGETAIS SEMEADAS NA PRIMAVERA E SUAS INFLUÊNCIAS SOBRE O ALGODOEIRO 1

COMPORTAMENTO DE DIFERENTES GENÓTIPOS DE MAMONEIRA IRRIGADOS POR GOTEJAMENTO EM PETROLINA-PE

RESISTÊNCIA À DOENÇAS EM LINHAGENS DE ALGODOEIRO DESENVOLVIDAS PARA CONDIÇÕES DE CERRADO 1

PRODUTIVIDADE E COMPONENTES DE PRODUÇÃO DE ALGODOEIRO EM FUNÇÃO DO CULTIVAR EM CHAPADÃO DO SUL - MS 1. Priscila Maria Silva Francisco

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MILHO SAFRINHA NO MUNICÍPIO DE SINOP-MT

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE ALGODÃO NO CERRADO DA BAHIA, SAFRA 2008/09. 1 INTRODUÇÃO

LINHAGENS DE ALGODOEIRO DE FIBRAS ESPECIAIS NO CERRADO DA BAHIA, SAFRA 2008/09. 1

Espaçamento alternado e controle de crescimento do feijoeiro com aplicação do fungicida propiconazol

CULTIVARES DE SOJA NA REGIÃO NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO

INTERFERÊNCIA DA INFESTAÇÃO DE PLANTAS VOLUNTÁRIAS NO SISTEMA DE PRODUÇÃO COM A SUCESSÃO SOJA E MILHO SAFRINHA

POPULAÇÃO DE PLANTIO DE ALGODÃO PARA O OESTE BAIANO

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 88

Resistência genética no controle de nematoides. Dr. Rafael Galbieri Pesquisador Fitopatologista do IMA

CULTIVARES DE ALGODÃO PARA O BRASIL

COMPORTAMENTO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODOEIRO NO ESTADO DE SÃO PAULO: ANO AGRÍCOLA 2001/02 1 RESUMO

AVALIAÇÃO DE CULTIVARES E ÉPOCAS DE SEMEADURA DE MILHO SAFRINHA NA REGIÃO DE RIO VERDE (GO)

Sintomas provocados pelo nematoide-das-galhas em algodoeiro (Foto: Rafael Galbieri)

ENSAIO DE ALGODÃO COLORIDO NO NORDESTE. Aldo Arnaldo de Medeiros¹; José Expedito Pereira Filho²; Marcelo Gurgel Medeiros³

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 361

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 913

Transcrição:

CONTROLE DE DOENÇAS POR MEIO DE VARIEDADES RESISTENTES E MANEJO CULTURAL Nelson Dias Suassuna nelson.suassuna@embrapa.br EMBRAPA - Algodão

Mancha de ramulária Etiologia: Ramularia areola Ciclo do patógeno:

Fonte: Curvelo, 2009

Fonte: Curvelo, 2009

Fonte: Curvelo, 2009

Progresso da doença

Manejo integrado de doenças PRÁTICAS DE MANEJO REDUÇÃO DAS PERDAS Redução ou eliminação do inóculo inicial Redução da taxa de progresso Sementes certificadas Tratamento de sementes Rotação de culturas Eliminação de restos de cultura Resistência genética Manejo cultural Controle químico Época e local de plantio Produção de Algodão

Manejo: Rotação de culturas; Variedades resistentes; Controle químico: QoIs, SDHI, DMI e MBC; Nível de controle; Condições climáticas.

Notas Curvas de progresso da mancha de ramulária do algodoeiro 6 5 4 3 2 Normal Hoje Fungicida 1 0 30 45 60 75 90 105 120 135 Dias Fonte: Iamamoto, 2005

0-45 DAE 45-110 DAE 110-160 DAE

Identificação de fontes de resistência a mancha de ramulária

Local: Santa Helena de Goiás GO; Safras: 2003-04 (140 acessos); 2004-05 (105 acessos); 2005-06 (105 acessos); 2006-07 (56 acessos); 2007-08 (56 acessos); 2008-09 (60 acessos); 2009-10 (57 acessos); 2010-11 (57 acessos); Ensaios sem aplicação de fungicida: inóculo natural; Delineamento: Blocos aumentados; Unidade experimental: duas linhas (5 m), espaçamento: 90/80 cm;

Acessos resistentes: Pimas, 1014, CX 349, Ultra precoce, NWR-1, V3, Coker 307-7, Coker 310, Paymaster 54B, COKER 310, DELT. FOX 253, SHORT BRANCH, CAB CS, REBA BTK 12, C3, D215, MCU 5, BRS ANTARES, CNPA ITA 96, BJA 592, CNPA CO 99-11612 e A 45.

Seleção de progênies e linhagens Cacique x Ita 90: CNPA GO 2007-419, CNPA GO 2007-423, CNPA GO 2008-1265, CNPA GO 2008-1266, CNPA GO 2008-1271 e CNPA GO 2009-204... (Ston 373 x BRS Itaúba) x Delta Opal: CNPA BA 2003-2059. (CS 50 x BRS Facual) x SG125 RF: BRS 371 RF (BRS Buriti x SG125 RF) x CNPA BA 1511: CNPA BA 2009-1511-45 RF. CNPA MT 2009-1381, CNPA GO 2006-174, CNPA GO 2005-158...

Desempenho de genótipos de algodoeiro com ou sem uso de fungicidas

Locais: Santa Helena de Goiás GO/ Safra: 2011-2012; Delineamento de blocos as acaso, 4 repetições, esquema fatorial 7 x 2 (sete genótipos x nível de controle); Unidade experimental: quatro linhas (5 m), espaçamento: 80 cm; Experimento com infecção natural; Fungicida: Trifloxystrobin + Prothioconazole (400 ml/ha) - Aplicações: 45, 62, 78 e 96 DAE Avaliação de severidade 112 DAE.

Resultados e discussão Interação significativa (P=0,007 produtividade); Efeito de cultivares para produção de algodão em caroço (P=0,0153); Sem efeito de nível de controle (P=0,3413);

Kg/ha 4000 3800 Sem controle 3600 Controle químico a a 3400 a 3200 3000 2800 b b ab ab 2600 2400 2200 2000

Mofo branco Etiologia: Sclerotinia sclerotiorum

Caracterização do problema Ciclo de vida do patógeno favorecido por fenologia do algodoeiro; Ampla gama de hospedeiros de S. sclerotiorum; Sobrevivência de estruturas do patógeno por vários anos; Poucas informações sobre resistência genética. Cultivo sucessivo de soja ou feijão/algodoeiro (2ª safra).

Ciclo de vida do patógeno favorecido por fenologia do algodoeiro Ilustração: Bayer Crop Science

Manejo integrado de doenças PRÁTICAS DE MANEJO REDUÇÃO DAS PERDAS Redução ou elim inação do inóculo inicial Redução da taxa de progresso Sem entes certificadas Tratamento de sementes Rotação de culturas Elim inação de restos de cultura Resistência genética Manejo cultural Controle químico Época e local de plantio Produção de Algodão

Local: Montividiu - GO. Plantio: 23/01/2009 e 13/02/2009; Cultura anterior: feijoeiro; Estimativa da população de escleródios (50x50x5 cm); Delineamento: DBC com parcelas subdivididas, 4 repetições; Unidade experimental: oito linhas (5 m), espaçamento: 45 cm Parcelas: Cultivares (Nuopal, FMT 701, FM 966 e BRS 293); Sub-parcelas: densidades de plantas (4, 6, 8 e 10 plantas por metro).

Resultados e discussão Ensaio I Causa da variação GL Severidade Incidência QM F P QM F P Genótipos (G) 3 8,654 5,53 0,019 24,527 5,28 0,022 Bloco 3 2,130 2,50 0,075 4,398 2,05 0,125 Erro (a) 9 1,564 4,643 Densidades de plantio (D) 3 5,439 6,37 0,001 11,461 5,33 0,004 G x D 9 0,898 1,05 0,420 1,813 0,84 0,582 Erro (b) 36 0,853 2,149 Total 63

Incidência (%) Incidência de mofo branco em cultivares de algodoeiro cultivadas em 4 densidades de plantas 12 10 8 FMT 701 y = 1,1094x - 0,0518 NuOpal y = 1,6216x - 5,4562 6 4 BRS 293 y = 0,7003x - 1,8074 2 FM 966 y = 0,0546x + 0,699 0 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Densidade de plantas

Severidade Severidade de mofo branco em cultivares de algodoeiro cultivadas em 4 densidades de plantas 35 30 FMT 701 y = 2,8906x + 2,3438 25 20 NuOpal y = 3,8672x - 10,625 15 10 5 0 BRS 293 y = 2,0156x - 4,2656 FM 966 y = -0,0078x + 3,5313 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Densidade (plantas/m)

Densidade + Severidade Incidência D1 3,357* b** 10,208 b D2 2,333 b 7,969 b D3 3,150 b 10,078 b D4 8,920 a 24,102 a *Para fins de análise de variância, os dados foram transformados em raiz quadrada () **Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey (5%); +D1=4, D2 = 6, D3=8 e D4=10 plantas/metro.

Ensaio II Causa da variação GL Severidade Incidência QM F P QM F P Genótipos (G) 3 0,824 2,00 0,184 3,965 1,98 0,187 Bloco 3 0,626 2,70 0,060 2,796 3,12 0,038 Erro (a) 9 0,412 2,001 Densidades de plantio (D) 3 0,221 0,95 0,427 1,585 1,77 0,171 G x D 9 0,149 0,64 0,754 0,764 0,85 0,575 Erro (b) 36 0,232 0,897 Total 63

Maior incidência e severidade do mofo branco ocorreram quando se cultivou algodoeiro com densidade de 10 plantas por metro em sistema adensado em condições de safrinha; A incidência e severidade do mofo branco foram similares em densidades de 4, 6 ou 8 plantas por metro em sistema adensado em condições de safrinha; A cultivar FM 966 teve menor incidência e severidade de mofo branco do que a cultivar FMT 701 em sistema adensado em condições de safrinha com plantio em 23 de janeiro; Não houve diferença na incidência e severidade do mofo branco entre cultivares ou densidades de plantio quando o plantio de algodoeiro foi realizado em 13 de fevereiro.

Material e métodos Local: Montividiu - GO. Plantio: 03/01/2009 2 ensaios; Ensaio 1: 16 genótipos (treze cultivares e três linhagens finais); Ensaio 2: 18 genótipos (três cultivares e quinze linhagens finais); Cultura anterior: feijoeiro; Estimativa da população de escleródios (50x50x5 cm); Delineamento: DBC, 4 repetições; Unidade experimental: quatro linhas (5 m), espaçamento: 80 cm.

Ensaio I Resultados e discussão Genótipo Incidência 1 Severidade 2 BRS Araçá 3,75 c 1,08 c BRS Buriti 9,04 abc 3,06 abc BRS 286 2,97 c 0,85 c FMT 701 5,14 bc 1,75 bc FM 993 15,06 a 5,41 a FM 910 4,34 c 1,81 bc Delta Opal 5,76 bc 1,98 bc IPR Jataí 5,47 bc 1,69 bc LDCV 05 9,38 abc 2,82 abc BRS Cedro 3,75 c 1,08 c NuOpal 3,28 c 0,99 c MT 05-1245 5,61 bc 1,91 bc MT 04-2080 12,75 ab 4,21 ab MT 04-2088 7,56 abc 3,10 abc BRS 293 14,87 a 5,41 a Média 7,25 2,48 P 0,0035 0,0040 CV 66,24 71,87

Severidade 25 20 r = 0,969 15 10 5 0 0 2 4 6 8 10 Incidência

Ensaio I Genótipo Incidência Severidade BRS 269-BURITI 11,18 abc 5,09 ab FMT 701 13,65 ab 5,43 ab DELTA OPAL 12,66 abc 3,68 abcd CNPA GO 2002-2043 2,97 c 0,84 d CNPA GO 2005-809 3,88 bc 1,39 cd CNPA GO 2005-1023 6,76 abc 3,10 abcd CNPA GO 2005-832 5,47 bc 1,50 bcd CNPA GO 2006-281 12,53 ab 4,61 abc CNPA MT 2003-2080 10,74 abc 3,58 abcd CNPA MT 2004-2005 6,25 abc 1,88 bcd CNPA MT 2004-2088 7,89 abc 2,91 abcd CNPA MT 2004-2108 11,92 abc 4,30 abcd CNPA MT 2004-1245 6,88 abc 2,01 bcd CNPA BA 2003-2059 10,76 abc 4,15 abcd CNPA BA 2004-319 5,63 bc 1,58 cd CNPA BA 2004-1469 19,83 a 7,84 a CNPA BA 2004-241 7,66 abc 2,24 abcd CNPA BA 2004-1849 11,41 abc 2,34 bcd Média 9,34 3,25 P 0,1146 0,0231 CV 38,55 42,16

Severidade 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 R = 0,930 0 5 10 15 20 Incidência

Não foram detectados genótipos de algodoeiro imunes ao mofo branco; Os genótipos BRS 286 e CNPA GO 2002-2043, cultivados em safrinha após o cultivo do feijoeiro, tiveram menor incidência e severidade do mofo branco. A quantificação da incidência de plantas com mofo branco gera dados similares à quantificação da severidade em diferentes genótipos de algodoeiro.

Estratégias de manejo Exclusão; Controle biológico; Práticas culturais (época de plantio, rotação de culturas, uso de palhada etc); Controle químico; Sistemas de previsão: Germinação de escleródios e liberação de ascósporos; Infecção de pétalas; Retenção de pétalas e infecção.

Sugestão de manejo integrado Controle biológico (Trichoderma harzianum): Épocas (condições ambientais estabelecimento) Efeito da cobertura vegetal (palhada); Rotação de culturas;

Obrigado! Nelson.suassuna@embrapa.br / (62) 3533 2275