AMÉRICA LATINA SÉCULOS XX E XXI

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2 AMÉRICA LATINA SÉCULOS XX E XXI A REVOLUÇÃO MEXICANA A Revolução Mexicana (1910) foi uma insurreição armada ocorrida no México e comandada pelas elites liberalistas dissidentes do governo, bem como por lideranças militares surgidas entre as massas camponesas indígenas. 2

3 Sem espanto, este movimento reuniu lideranças socialistas, liberais e anarquistas na luta pela reforma agrária, nacionalização das multinacionais norte americanas e por reformas eleitorais. Em certa medida, os objetivos da Revolução foram atingidos, apesar do evidente recuo revolucionário após algumas conquistas. Por outro lado, podemos definir esta como uma revolução de caráter populista, tendo em vista que os grupos envolvidos disputavam a hegemonia pela liderança sobre as massas, com as quais assumiam promessas reformistas e populares. 3

4 Entre 1876 e 1911, Porfirio Díaz manteve uma Ditadura Militar no México. Isso foi possível por meio de uma série de fraudes eleitorais, sendo a última delas realizada em 1910, quando Díaz se reelegeu pela última vez, causando uma dissidência entre as elites políticas nacionais. Por outro lado, as mazelas populares já eram comuns e foram agravadas pela crise econômica de 1907, como também pela Lei dos Baldios de , mecanismo pelo qual tornou-se possível tomar terras indígenas e repassá-las aos latifundiários e investidores estrangeiros. 4

5 Foi assim que, em 1910, Francisco Ignácio Madero González ( ), presidenciável derrotado nas eleições fraudadas, lidera uma Revolução com a promessa de Reforma Agrária (a qual não foi cumprida, uma vez que Madero representava a continuidade do governo anterior). Com o apoio dos exércitos revolucionários de Emílio Zapata e Pancho Villa, Madero é eleito Presidente em outubro de Contudo, como não cumpre a promessa de Reforma Agrária, Zapata dá início ao Plano de Ayala, para dividir 1/3 das terras entre os camponeses imediatamente. 5

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8 Sem outra saída, a não ser continuar a Revolução, Emílio Zapata e Pancho Villa iniciam uma nova ofensiva militar contra Madero, o que também é repetido pelo general Victoriano Huerta, que dá um Golpe de Estado em 1913, subindo ao poder após assassinar o então presidente Francisco I. Madero e seu vice. Com isso, a ofensiva dos exércitos revolucionários, apoiada pelas forças legalistas do Governador nortista Carranza e pelos fuzileiros navais dos Estados Unidos, que tomaram porto de Vera Cruz, Huerta é derrotado e deposto em junho de 1914, quando Pancho Villa e Zapata tomam o Palácio do Governo e elegeram Carranza, como novo Presidente, o qual irá promulgar a nova Constituição alguns anos mais tarde, em

9 Por fim, Zapata é assassinado em 1919, e Pancho Villa em Com a morte dos líderes populares da Revolução, ocorre uma interrupção no processo revolucionário, o qual retorna às mãos da burguesia mexicana. Causas da Revolução Mexicana As principais causas da Revolução Mexicana estão ligadas à exploração capitalista e às injustiças sociais que dela decorreram. Com efeito, a aristocracia rural detinha o controle da produção agrícola (3% da população possuíam as melhores terras do México), enquanto o capital estrangeiro explorava as minas, os portos e a extração de petróleo. 9

10 Por fim, vale ressaltar que Porfirio Díaz agravou ainda mais esta situação, ao intensificar a exploração sobre a população menos favorecida e abrir o país para o capital estrangeiro, provocando o descontentamento de parte das elites nacionais que o apoiavam. Consequências da Revolução Mexicana A principal consequência da Revolução Mexicana foi a promulgação da Constituição de 1917, na qual esta previsto, dentre outros o direito de expropriação de terras pelo Estado, para fins de Reforma Agrária; o reconhecimento do direito indígena sobre usa terras ancestrais; a criação do salário mínimo e da jornada de trabalho de oito horas diárias; e a separação definitiva entre Estado e Igreja. Outra consequência indireta desse movimento foi o enfraquecimento do caudilhismo. 10

11 Apesar de todas as conquistas, muitos camponeses perderam suas terras após a Revolução, uma vez que não eram capazes de concorrer com a produção feita na grande propriedade, o que inviabilizou muitos pequenos produtores, forçando-os a vender suas terras. Emiliano Zapata e o Zapatismo Emiliano Zapata Salaza ( ) nasceu no vilarejo de San Miguel Anenecuilco e foi o principal líder do Exército Libertador do Sul, com mais de trinta mil soldados. 11

12 Não obstante, Zapata, considerado o grande herói da Revolução, foi, de fato, uma das figuras mais radicais do movimento revolucionário, dada sua inclinação claramente anarquista, a qual o impediu de tomar o poder em 1914, mesmo quando o teve em suas mãos. ZAPATISMO NO MÉXICO ATUAL O Movimento Zapatista se tornou mais conhecido para o público em geral no final do século XX. Em 1994, os seguidores de um movimento nacionalista e democrático inspirado nas ações de Emiliano Zapata no começo do século se apresentaram ao mundo em manifestação contra as negociações para o estabelecimento de um acordo de comércio entre países na América do Norte. 12

13 O NAFTA acordo de livre comércio entre México, Estados Unidos e Canadá foi elaborado no começo da década de 1990 e entrou em vigor no dia primeiro de janeiro de Neste mesmo dia, os integrantes do Exército Zapatista de Libertação Nacional, o EZLN, deram início a uma manifestação de contestação sobre a participação do México no acordo de comércio internacional. O Movimento Zapatista que se revelou em 1994 foi originado na região mexicana de Chiapas, na qual habitam grupos indígenas e camponeses que vivem de forma simples tal como foi ensinado por seus ancestrais. A região de Chiapas é predominantemente dotada de atividades agrárias e, a partir da efetivação do NAFTA, passou a ser debatida no cenário internacional. 13

14 O Movimento Zapatista se apresentou então sob forma de guerrilha, seus integrantes se apresentaram portando capuzes pretos e armas além das montanhas de Chiapas e gritavam Já Basta!, como símbolo da manifestação que repudiava a participação do México no NAFTA. A rigor, o Movimento Zapatista e o Exército Zapatista de Libertação Nacional são manifestações baseadas em um dos grandes personagens da Revolução Mexicana, mas não defendem ou pretendem fazer uso de violência. O interesse do Movimento Zapatista é defender uma gestão mais democrática do território, a participação direta da população nas decisões do país, promover a partilha da terra e da colheita, além de preservar o passado e a tradição indígena do povo mexicano. São declaradamente antiglobalização. 14

15 Em 1996 aconteceu um novo capítulo relacionado ao Movimento Zapatista. O Governo Federal prometeu proteger a população indígena no México, garantindo seus direitos em todo o território. Mas a promessa não foi cumprida, levando os zapatistas a se organizarem militarmente mais uma vez para defender seus interesses. Mesmo contrários a características violentas, foi necessário que se mantivessem preparados contra qualquer ofensiva do governo. A pressão dos zapatistas resultou na assinatura de um acordo, chamado Acordo de San Andrés, que comprometia o governo a alterar a Constituição e garantir direitos aos povos indígenas. 15

16 Mas a desconfiança militar se mostrou não ser à toa, no ano seguinte, em 1997, houve um massacre que matou 46 indígenas. O chamado Massacre de Acteal foi conduzido por ex-oficiais do exército e de segurança pública. O Movimento Zapatista tem como intuito principal, atualmente, continuar com a cidadania mexicana e manter a cultura e a tradição indígena do passado. Em 2000, o presidente Vicente Fox prometeu acabar com os conflitos com os zapatistas, mas estes foram mais uma vez esquecidos pelo governo 16

17 CHIAPAS E O SUBCOMANDANTE MARCOS- CURIOSIDADES Chiapas era o lugar ideal para o nascimento do Movimento Zapatista. Os grupos étnicos maias que vivem ali já tinham por anos experimentado uma autonomia de facto, derivada da negligência do governo. Eles também se auto-organizavam conforme seus valores culturais e costumes. Em 1983, três mestiços, formados no grupo guerrilheiro mexicano Forças de Liberação Nacional, chegaram à região e uniram três povos indígenas para fundar o Exército Zapatista de Liberação Nacional. 17

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19 Um desses mestiços, conhecido como Subcomandante Insurgente Marcos, tinha uma abordagem bastante autoritária para organizar o movimento. Porém, ele logo percebeu a necessidade de incluir as aldeias indígenas que viviam onde ele e seus companheiros planejavam desafiar o Estado mexicano. Mais tarde, Marcos explicou a um grupo de jovens anarquistas que ele chegou lá sentindo-se a vanguarda revolucionária, mas depois reconheceu a importância de todas as pessoas terem suas voz ouvidas no que dizia respeito às suas terras natais. Em outra entrevista, Marcos descreveu sua evolução filosófica: 19

20 [ ] nós aprendemos que não é possível impor uma forma de política sobre o povo, porque mais cedo ou mais tarde, você acaba fazendo o mesmo que você criticou. Marcos aprendeu que os métodos de organização social usados nessas comunidades indígenas, incluindo um processo de tomada de decisões horizontal, é constituído de elementos ancestrais da cultura maia. Ao harmonizar seus objetivos e métodos com os valores e costumes locais, Marcos evoluiu a partir de seu dogmatismo esquerdista totalitário e aprofundou sua compreensão da relação entre terra, cultura, nação e autodeterminação. 20

21 RESUMINDO AS PAUTAS DOS ZAPATISTAS: QUEM FOI O SUBCOMANDANTE MARCOS? Ele é conhecido pelos comunicados ao povo mexicano muitas vezes divulgados pela internet, misturando humor, poesia, contos folclóricos e críticas políticas. Mas, por aparecer sempre com o rosto coberto, ninguém sabe a identidade do principal porta-voz do Exército Zapatista de Libertação Nacional. PRINCIPAIS PAUTAS: a)o fim da marginalização dos indígenas locais, descendentes dos maias 21

22 b) A extinção do NAFTA, o tratado de livre comércio entre México, Estados Unidos e Canadá, visto por eles como exemplo de submissão ao poder americano c) Combater a corrupção na política local. Pela primeira vez na história, a luta armada não foi empregada para derrubar o sistema, mas para exigir a inclusão nele. Os zapatistas queriam a abertura do diálogo e o reconhecimento dos índios na discussão do sistema democrático d) Combater a globalização e o neoliberalismo 22

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27 RESUMÃO 1 - A REVOLUÇÃO MEXICANA (1910): Porfírio Diaz ( ): Ditadura com elementos positivistas. Indústrias estrangeiras. Base agrária latifundiária (Estado oligárquico). Francisco Madero ( ): Oposição liberal (burguesia). Proposta inspirada no modelo norte-americano: igualdade jurídica, divisão de poderes, liberdade econômica e eleições sem fraudes. Porfírio Diaz

28 Revolta popular camponesa pela reforma agrária: Emiliano Zapata (Morelos Sul). Plano de Ayala (1911). Francisco Pancho Villa (Chiuaua Norte). Governo de Madero não consegue controlar rebelião. Assassinado. Victoriano Huerta ( ): Aristocracia rural tenta retomar o poder. Apoio inicial dos EUA. Deposto. Zapata Pancho Villa

29 Venustiano Carranza ( ): Exército Constitucionalista - vence guerra civil no país. Apoio de operariado urbano. Combate a radicais ligados ao campo. Constituição de 1917: Democracia, sufrágio universal, leis trabalhistas, confisco de latifúndios (incluindo os da Igreja), sindicatos livres. Assassinado. Aspectos principais: Grande rebelião camponesa. Fim do Estado oligárquico.

30 O POPULISMO LATINO-AMERICANO 2 A ERA DO POPULISMO ( ): Características gerais: Carismáticos e paternalistas Controle de movimentos sociais Incorporação de classes médias e populares por meio de concessões parciais. Árbitro de conflitos entre velhos e novos interesses (antigas oligarquias X classes médias e populares). Modernização conservadora. Exemplos: Getúlio Vargas (BRA), Lázaro Cárdenas (MÉX), Juan Domingo Perón (ARG) e Velasco Ibarra (EQU).

31 GOVERNANTES POPULISTAS: JUAN DOMINGO PERÓN (ARG) VELASCO IBARRA (EQU) GETÚLIO VARGAS (BRA) LÁZARO CÁRDENAS (MÉX)

32 LÁZARO CÁRDENAS (MÉX ): PRI (principal partido do país). Ampliação da reforma agrária. Cumprimento efetivo de leis trabalhistas. Cargos públicos a dirigentes de centrais sindicais. Criação da PEMEX (1938). Nacionalização de ferrovias. Garantia da propriedade privada.

33 JUÁN DOMINGO PERÓN (ARG ): Destaca-se a partir de 1943 como espécie de Ministro do Trabalho Aumentos salariais e leis trabalhistas. Destituído e preso em População pressiona governo (destaque para Eva Perón). Perón é solto e elege-se presidente em Indústria de base (siderurgia, represas e gasodutos). Comércio exterior = Estado. Nacionalizações de estradas de ferro, bancos, companhias de eletricidade, bondes, água, gás e telefone (política terceirista ).

34 Controle de sindicatos (CGT). Aumentos salariais, férias, indenização por tempo de serviço. Nova constituição (1949): intervenção do Estado na economia, serviços públicos estatais, solo e subsolo pertencentes ao Estado. Autoritarismo perseguições a todos os tipos de opositores (socialistas, liberais...) e censura dos meios de comunicação. Deposto em 1955 em meio a imensas dificuldades econômicas e políticas. Recuperação da Europa no pós-ii Guerra. Oposição dos EUA ao nacionalismo. Oposição da Igreja (divórcio).

35 3 - A GUERRA DO CHACO ( ): Controle da região do Chaco. Suspeitas de existência de petróleo (não encontrado). PARAGUAI* Exploração de erva-mate e quebracho Royal Dutch Shell (ING) X BOLÍVIA Saída para o Atlântico via Bacia do Prata Standard Oil (EUA)

36 GUERRA DO CHACO: Região do Chaco Interesses externos na guerra: DÓLAR X LIBRA

37 4 GOLPE NA GUATEMALA (1954): 1950: Eleição de Jacobo Arbenz Nacionalismo, reforma agrária, confisco de propriedades da United Fruits (EUA). 1954: EUA apóiam/sustentam golpe militar do Coronél Carlos Castillo Armas. Contexto da Guerra Fria.

38 5 - A REVOLUÇÃO CUBANA (1959): Antecedentes: Economia agrícola (açúcar, tabaco) controlada pelos EUA. Turismo (cassinos, prostituição). Ditadura (Fulgêncio Batista ) Analfabetismo, desigualdade, miséria. Ataque ao Quartel de Moncada (1953) Fidel é preso (2 anos) Exílio no México (contato com Ernesto Chê Guevara). Fulgêncio Batista Fidel preso

39 A revolução: Guerrilhas em Sierra Maestra ( ). Tomada de Havana (1959) fuga de Fulgêncio Batista e colaboradores. Reforma agrária, estatização de empresas, fim de cassinos e bordéis.

40 EUA param de fazer comércio com Cuba. Aproximação com URSS. Invasão fracassada da Baía dos Porcos (1961). Exilados cubanos contra-revolucionários com apoio dos EUA (governo Kennedy). Cuba é expulsa da OEA (1962) e cria a OLAS (1967). Crise dos Mísseis (1962) ver slide Guerra Fria. Suporte soviético até fim da década de 80.

41 APROFUNDANDO A REVOLUÇÃO CUBANA Desde o seu processo de independência, a ilha de Cuba viveu sérios problemas políticos decorrentes da instalação de governos ditatoriais e a intervenção norte-americana no país. No ano de 1901, quando os cubanos estabeleciam sua primeira carta constitucional, os Estados Unidos promoveram uma ação interventora com a criação da chamada Emenda Platt. 41

42 Segundo o acordado, esse dispositivo jurídico garantiria aos norte-americanos o direito de interceder nas questões políticas cubanas. De fato, em várias ocasiões os Estados Unidos realizaram invasões militares que pretendiam garantir a hegemonia do Tio Sam na região. 42

43 Na década de 1950, a penosa situação social e econômica do país foi agravada com a instalação do regime golpista imposto pelo general Fulgêncio Batista ( ). Em meio aos desmandos e a subserviência desse governo, um movimento de oposição armada ganhava força dentro de Cuba. Organizando diversos focos de guerrilha, os combatentes liderados por Ernesto Che Guevara, Fidel Castro e Camilo Cienfuegos conseguiu bater as forças ditatoriais. 43

44 Acuado pelo movimento revolucionário, Fulgêncio se refugiou na República Dominicana enquanto seus aliados eram fuzilados pelos guerrilheiros. Em janeiro de 1959, Fidel Castro foi aclamado como primeiro-ministro de Cuba e adotou medidas que contrariavam os interesses norte-americanos. Entre outras ações, o governo revolucionário realizou a nacionalização das refinarias de açúcar, promoveu a reforma agrária e estatizou todo restante do setor industrial controlado pelos Estados Unidos. 44

45 Inicialmente, os revolucionários tendiam a seguir uma linha política independente da ordem bipolar instalada após a Segunda Guerra Mundial. Contudo, as pressões políticas exercidas pelo governo de John Kennedy acabaram favorecendo a aproximação com o bloco soviético. Temendo que a experiência cubana inspirasse outras revoluções, o governo norte-americano resolveu criar um programa de cooperação econômica às demais nações americanas conhecido como Aliança Para o Progresso. 45

46 Além disso, os EUA impuseram um embargo econômico que pretendia enfraquecer o novo governo liderado por Fidel Castro. Antes disso, em 1961, os norte-americanos tentaram invadir Cuba no frustrado ataque à baia dos Porcos. No final de 1962, a aproximação ao bloco socialista estabeleceu a instalação de mísseis soviéticos em Cuba. Tal ação causou uma enorme tensão diplomática com os EUA, que se sentiram ameaçados com a deflagração da chamada crise dos mísseis. 46

47 Após a resolução do conflito, que acabou com a retirada do armamento soviético, o governo cubano tentou apoiar os movimentos guerrilheiros na América Latina. Essa política resultou na morte e execução de Che Guevara, em 1967, na Bolívia. Na década de 1970, o alinhamento junto à URSS promoveu uma grande dependência da economia cubana junto aos socialistas. 47

48 Duas décadas mais tarde, a crise do bloco socialista exigiu que o governo cubano durante todo esse tempo controlado por Fidel Castro remodelasse a economia cubana com a adoção de medidas que viabilizassem a sua recuperação. Apesar desses problemas, esse governo teve grandes avanços nos campos da saúde e na educação. Nos últimos anos, a situação cubana se mostra indefinida com as pressões políticas favoráveis ao fim do embargo econômico ao país latino-americano. 48

49 Em 2008, após a saída de Fidel Castro do governo, criou-se uma grande expectativa sobre a remodelação das relações entre Cuba e Estados Unidos da América. Enquanto isso, a experiência revolucionária cubana perde seu valor simbólico mediante as ações que promovem sua gradual abertura política e econômica. 49

50 Após a morte de Fidel Castro, Raul Castro,de 86 anos, conseguiu implementar reformas de alto impacto sob o que nomeou de uma atualização do modelo socialista. ALGUMAS INICIATIVAS DE RAUL CASTRO: Raul autorizou a compra e venda de carros e casas. Até 2014, foram registradas mais de 80 mil negociações de veículos e 40 mil de residências. 50

51 . O governo permitiu, ainda que de forma restrita, o acesso à internet no país. Até junho, operavam no país 370 zonas wifi, 630 salas de navegação e mais de 3 milhões de linhas de celular.. Raúl ampliou e flexibilizou o trabalho privado. Mais de meio milhão de cubanos atualmente atuam por conta própria, o que já representa 10% da força de trabalho do país. 51

52 O governo de Raúl Castro reformou uma lei para dar mais incentivos aos investidores e inaugurou o megaporto de Mariel (45 quilômetros a oeste de Havana), uma zona franca com potencial para se tornar no principal polo industrial de Cuba. Em 2013 Raúl eliminou os custosos e complicados requisitos de viagem, além de autorizar os cubanos a permanecerem fora da ilha por dois anos desde que o façam de forma legal sem perder seus bens e sua residência. A reforma facilitou também as visitas e a repatriação daqueles que deixaram a ilha. 52

53 6 - AS DITADURAS MILITARES (décadas de 60 80): Instabilidade política na América Latina ( ) Temor dos EUA com a possibilidade de novas revoluções cubanas. Doutrina de Segurança Nacional: Guerra total contra o comunismo. Esgotamento do modelo populista. Setores conservadores insatisfeitos com nacionalismo econômico e agitação das massas.

54 O caso argentino: Jorge Rafael Videla ( ): Deposição de Isabelita Perón Violação de direitos humanos (ampla violência 10 a 30 mil desaparecidos ). Atrito fronteiriço com o Chile (Ilhas no Canal Beagle Picton, Lennox, Nueva). Abertura de mercados, desmonte de legislação trabalhista, retração industrial, aumento da dívida externa.

55 Utilização da Copa do Mundo (1978) para abafar repressão. Leopoldo Galtieri ( ): Guerra das Malvinas (1982): ARG X ING* Controle das Malvinas (Falklands). Tentativa de recuperar prestígio dos militares. Derrota aprofunda descontentamento com militares.

56 A GUERRA DAS MALVINAS

57 Movimento das Mães da Praça de Maio ( ).

58 7 - O GOVERNO ALLENDE (Chile 1973): Antecedentes: Estabilidade política (partidos de esquerda legalizados, operariado ativo). Economia: extração mineral (cobre, salitre, prata). Após 4 tentativas, Salvador Allende (UNIDADE POPULAR esquerda) elege-se presidente sem maioria absoluta (34%). Tentativa de transição pacífica ao socialismo.

59 O governo Allende: Experiência inédita (gradual e por via eleitoral). Congelamento de preços + aumento salarial. Nacionalização de empresas mineradoras. Reforma agrária. Campanhas de desestabilização (oposição). Paralisação da produção + greves de setores básicos. Classe média afasta-se do governo. Trabalhadores invadem fábricas em apoio ao governo. Bloqueio econômico dos EUA.

60 O governo PINOCHET ( ): Augusto Pinochet antecipa golpe. Palácio La Moneda é bombardeado (11/09/1973). Reprivatização de empresas estrangeiras. Privatização da saúde, educação e previdência. Pioneiro na implantação do neoliberalismo. Pior ditadura da América Latina.

61 A Operação Condor (1975): Operação conjunta de órgãos de repressão dos governos militares do CHI, BRA, ARG, BOL, PAR e URU. Formação de banco de dados de opositores. Troca de prisioneiros sem registros oficiais. Operações de extermínio de opositores em qualquer lugar do mundo. Ex-minstro Orlando Letelier: morto em atentado da Operação Condor, em 1976, nos EUA.

62 APRODUNDANDO O GOLPE DE PINOCHET NO CHILE Augusto Pinochet ficou conhecido por ter imposto uma ditadura no Chile após realizar um golpe militar contra o presidente daquele período, Salvador Allende, em setembro de A ditadura de Pinochet estendeu-se até 1990 e resultou na morte de mais de três mil pessoas e na tortura de mais de 40 mil pessoas. 62

63 Nos últimos dias de sua vida, Pinochet encarou na Justiça uma série de acusações pelos crimes cometidos durante a ditadura, no entanto, por causa de problemas de saúde, seu julgamento foi adiado. Vida de Augusto Pinochet Augusto José Ramón Pinochet Ugarte nasceu em Valparaíso, no Chile, em 25 de novembro de 1915, e era filho de Augusto Pinochet Vera e Avelina Ugarte Martínez. Augusto Pinochet ingressou aos 17 anos na Academia Militar de Santiago. Após concluir seus estudos nessa academia, Pinochet assumiu o posto de segundo-tenente e foi lotado em um regimento na cidade de Concepción. 63

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65 Em 1943, Augusto Pinochet casou-se com Lucía Hiriart Rodríguez, com quem teve cinco filhos. Após se casar, ele dedicou-se totalmente a carreira militar, na qual obteve grande sucesso, conseguindo subir de posto várias vezes e ser nomeado para funções importantes no exército chileno. Em 1973 último ano do governo Allende, Pinochet foi nomeado comandante em chefe do exército chileno. No exercício dessa função, Augusto Pinochet aderiu ao golpe que derrubou o governo do socialista Salvador Allende. 65

66 Golpe contra Allende Augusto Pinochet foi um dos últimos militares do exército chileno a aderir à conspiração contra a presidência de Salvador Allende. Presidente socialista, Allende enfrentava grandes desafios, principalmente por causa das greves dos trabalhadores que haviam paralisado a nação. Pinochet utilizou-se de sua posição de comandante em chefe do exército chileno para coordenar a ação das diferentes forças militares que promoveram a derrubada do presidente. O golpe aconteceu no dia 11 de setembro de 1973, e, durante três horas, o palácio presidencial La Moneda foi bombardeado pelas forças do exército. 66

67 Com o ataque ao palácio governamental, o presidente Salvador Allende cometeu suicídio. Durante anos, foi levantada a hipótese de assassinato de Allende, no entanto, exumações realizadas nos últimos anos comprovaram seu suicídio. O golpe liderado por Pinochet recebeu amplo apoio dos Estados Unidos. O apoio dos Estados Unidos ao golpe seguia a tendência de apoiar o desenvolvimento de ditaduras militares e conservadoras na América Latina como forma de neutralizar o crescimento de políticos e partidos de esquerda (como era o caso de Allende). Com o golpe liderado por Pinochet, iniciou-se um período de quase 17 anos de uma das mais violentas ditaduras militares da América do Sul. 67

68 Ditadura de Pinochet Logo após o golpe contra Allende, uma Junta Militar formou-se e nomeou Pinochet como chefe do governo. Então, ele impôs uma ditadura durante os anos em que esteve no poder e perseguiu milhares de pessoas que se opuseram ao seu governo. Uma das primeiras ações de Pinochet foi a forte perseguição à Unidade Popular, união dos partidos de esquerda que apoiavam o governo de Allende. A perseguição política executada por oficiais do governo de Pinochet resultou na morte ou desaparecimento de pessoas e em algum tipo de abuso físico (tortura) contra pessoas. Além disso, muitos chilenos foram obrigados a exilarse do país para que não se tornassem vítimas da repressão. 68

69 No aspecto econômico, Pinochet promoveu reformas neoliberais no Chile baseadas nos estudos de economistas chilenos que ficaram conhecidos como Chicago Boys. Muitos historiadores afirmam que o desenvolvimento econômico vivenciado pelo país anos depois foi em razão desse projeto econômico. No entanto, a política econômica de Pinochet é também criticada, pois promoveu a desigualdade social no Chile e impactou, principalmente, no poder aquisitivo das classes mais baixas. 69

70 Em 1988, Pinochet realizou um referendo no Chile no qual a população deveria escolher a continuidade ou não de seu governo. Cerca de 56% da população chilena votou pelo fim da ditadura de Pinochet, e, no ano seguinte, foram realizadas eleições no país que elegeram Patricio Aylwin e encerraram um período de quase duas décadas de ditadura. Pinochet, mesmo deposto da presidência, seguiu como comandante em chefe do exército chileno e senador vitalício do país até 1998, quando entregou ambos os cargos por motivos de saúde. 70

71 Nos últimos anos de vida, Pinochet foi acusado de crimes contra os direitos humanos e corrupção. Em relação à acusações de corrupção, houve a denúncia de o ex-ditador ter mantido contas secretas no exterior com dinheiro desviado do governo chileno (afirmou-se que Pinochet mantinha 27 milhões de dólares em contas secretas). Pinochet foi preso em 1998, no entanto, foi libertado ao entregar, em 2001, um atestado de debilidade mental. 71

72 Posteriormente, ele foi acusado de enriquecer a partir da produção de cocaína em laboratórios clandestinos no Chile. Entretanto, as investigações sobre essa acusação não avançaram. Pinochet morreu em 10 de dezembro de 2006, em consequência de um ataque cardíaco, e não recebeu nenhuma honra do Estado chileno em seu funeral. 72

73 8 - A Revolução SANDINISTA (Nicarágua 1979): Aproximação com Cuba: tomada do poder. Aproximação com Chile: desenvolvimento do projeto. Antecedentes: Economia: café e gado. Política: até 1930 incursões diretas dos EUA. Augusto César Sandino: camponês, mecânico, operário, petroleiro com passagens por Guatemala, Honduras e México. Sentimento antimperialista. Guerrilhas durante a década de 20 pela autonomia do país. Saída dos EUA: 1932 torna-se herói nacional.

74 Guarda Nacional Anastásio Somoza Assassinato de Sandino (1934). Golpe de Estado (1936) e implantação de ditadura. O Estado Somozista ( ): Ditadura familiar, atuando em todos os setores econômicos do país (fortuna estimada de U$ 400 milhões em 1974). Base para operações dos EUA. Aumento da desigualdade. Família Somoza

75 Anos 60: criação da FSLN (Frente Sandinista de Libertação Nacional) luta contra a família Somoza. Década de 70: enfraquecimento dos Somoza (terremoto em 72 + guerrilhas da FSLN + reorientação dos EUA no governo J. Carter). 1979: FSLN toma a capital (Manágua) e assume o poder. Sandinistas tomam Manágua (1979)

76 O governo sandinista ( ): 1980: eleições (Daniel Ortega FSLN). Reforma agrária, alfabetização de massa e reforma do sistema de saúde. Oposição: CONTRAS (treinados e equipados pelos EUA). Guerra civil destrói o país ( ) 1990: Eleições (Violeta Chamorro oposição) afasta sandinistas do poder. Daniel Ortega (FSLN) Contras

77 9 - Grupos guerrilheiros importantes da América Latina: Sendero Luminoso (PER ): Guerrilha rural. Estado indígena Maoísta. Movimento Revolucionário Tupac-Amaru (PER 1984): Estudantes universitários. Marxista Menos radical.

78 Frente Farabundo Marti de Libertação Nacional FMLN (El Salvador 1980): Comunismo soviético. Abandona a guerrilha em Movimento 19 de Abril M19 (COL 1970): Regime popular nacional. Abandona a guerrilha em Atua como partido político. Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia FARC (1964): Derivação do Partido Comunista. Ligação com tráfico de drogas.

79 Exército Zapatista de Libertação Nacional EZLN (MÉX 1993): Grupo de origem indígena. Sub-comandante Marcos líder. Anti-globalização. Melhorias na região de Chiapas sede do movimento e mais pobre do México. Montoneros (ARG 1973): Esquerda peronista. Tupamaros (URU 1963): Guerrilha de esquerda. TUPAMAROS

80 História, 9º Ano História, 9º Ano América Latina no século XXI América Latina no século XXI NEOPOPULISMO NA AMÉRICA LATINA O neopopulismo emerge em outra época, no âmbito da globalização, que se tornou nítida a partir dos anos Em linhas gerais, o Estado mudou de configuração, sem deixar de ter relevância (há neopopulismos mais fortes e mais fracos em função da consistência dos respectivos Estados), e a base de apoio ao populismo mudou. 80

81 O neopopulismo não se assenta sobre a classe trabalhadora organizada, hoje sem a importância de outros tempos, mas, sobretudo, em massas marginalizadas, predominantemente urbanas. Sua composição varia de país a país e a diferença mais nítida diz respeito às populações indígenas, como são os caso de Bolívia, Peru e Equador, com reivindicações étnicas específicas. 81

82 Como no passado, as novas lideranças populistas se caracterizam pelo personalismo, pela difusão da crença no herói salvador, pelas práticas autoritárias. Uma das raízes de sua emergência se encontra nos deslocamentos sociais provocados pela globalização. O neopopulismo une os governos de Hugo Chávez e Nicolás Maduro, na Venezuela, Evo Morales, na Bolívia, e Néstor e Cristina Kirchner, na Argentina. Carismáticos e autoritários, Chávez e Cristina agiram para minar o funcionamento livre e independente da Justiça, da imprensa e do Parlamento para aumentar seus próprios poderes. 82

83 Todos eles ganharam popularidade ao distribuir benesses para os segmentos mais pobres, aproveitando-se de um período de bonança econômica propiciado pela alta dos preços dos produtos primários exportados por seus países- petróleo, no caso da Venezuela, produtos agrícolas, no caso da Argentina. Na Venezuela, os recursos da estatal petrolífera PDVSA financiaram os programas distributivistas de Chávez. Cristina, na Argentina, estatizou a petroleira YPF com o mesmo objetivo. 83

1 - A REVOLUÇÃO MEXICANA (1911):

1 - A REVOLUÇÃO MEXICANA (1911): 1 - A REVOLUÇÃO MEXICANA (1911): Porfírio Diaz (1876 1911): Ditadura com elementos positivistas. Indústrias estrangeiras. Base agrária latifundiária (Estado oligárquico). Francisco Madero (1911 1913):

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