Celebrar com a Comunidade que Evangeliza Assessor: Pe. Humberto Robson de Carvalho

Transcrição

1 Celebrar com a Comunidade que Evangeliza Assessor: Pe. Humberto Robson de Carvalho (No momento da chegada, as pessoas recebem velas palitos) Introdução: (Os comentários são feitos por quem preside a celebração) No último dia de formação, em vez de concluirmos com mais uma palestra, vamos concluir com uma celebração, na qual iremos colocar os símbolos importantes no processo de iniciação à vida Cristã. E nesse processo, uma das tarefas mais importantes é o acolhimento. A comunidade evangelizadora é uma comunidade que acolhe sem qualquer distinção ou qualquer condição. Ninguém nasce por acaso, todos nascem por um plano de Deus. Não importa qual é o estado de vida, não importa qual é a crença, não importa quais são os pecados, quando uma pessoa se aproxima de uma comunidade evangelizadora, esta a acolhe plenamente. Precisamos de uma Igreja que não esteja pronta a condenar, mas que acolha e cure as feridas. Celebração: 1 Entrada da cruz Acolhida e saudação As palavras Em nome do Pai e do Filho... provêm de Mt 2,19: Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho... No entanto, o sinal da cruz que fazemos hoje, a grande cruz traçada da fronte ao peito e do ombro esquerdo ao direito, foi introduzido na liturgia somente no século XVI. Cântico: Força e vitória Irmãos e irmãs, iniciemos esse encontro de encerramento da Semana Catequética com o Sinal da Cruz: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. 2 Entrada do Evangeliário O evangelista Lucas narra que, em um dia de sábado, Jesus foi à sinagoga de Nazaré e, em dado momento, levantou-se para fazer a leitura do dia, de acordo com o lecionário judaico, que era um texto do profeta Isaías. Aquele episódio que acontece na liturgia sinagogal de Nazaré nesse dia, podemos dizer que é o prenúncio da liturgia cristã da Palavra, onde hoje, no Evangelho, Jesus também nos fala. Cântico: Escuta Israel (enquanto entra o Evangeliário) Salmo Tu me sondas (cantado) 1

2 Leitura Bíblica: Lc 4,14-21 Palavras do Bispo: (que estava presente na celebração) A Iniciação à vida Cristã tem 2 pressupostos essenciais: 1 - uma Igreja QUERIGMÁTICA: que anuncia Jesus Cristo com sua vida, com sua ação, com sua palavra. 2 - uma Igreja MISSIONÁRIA PEREGRINA: que não fica estagnada, mas sai de si mesma e vai ao encontro daqueles que necessitam ou que desejam fazer parte dela. Uma Igreja que não fica de braços cruzados, mas de braços abertos para acolher, como uma mãe. Uma Igreja que caminha, uma Igreja em saída, sempre pronta para ir ao encontro dos outros. Uma Igreja querigmática e missionária é uma Igreja pronta para evangelizar: uma Igreja acolhedora e evangelizadora. A iniciação cristã se faz na Igreja, isto é, na comunhão do Povo de Deus. A comunidade do Povo de Deus é sempre aberta a acolher. É também essa comunidade que acolhedora que tornará possível realizar o encontro com Cristo, fazer o caminho de fé. A Iniciação à Vida Cristã é um processo de longo prazo, mas é um processo transformador, que exige a formação e colaboração de todos. O Senhor precisa de todos nós para que esse processo alcance a sua plenitude e nossas comunidades se tornem sinais do Reino de Deus entre nós. 3 Círio Pascal O Círio Pascal é, desde os primeiros séculos, um dos símbolos mais expressivos da Vigília Pascal. A origem da palavra círio está relacionada à cera produzida pelas abelhas. Meus irmãos e irmãs, nesta noite, ao concluirmos a Semana Catequética, somos convidados a levar para nossas comunidades paroquiais as luzes e pistas para a vivência de uma autêntica missão catequética. Cântico: Ó Luz do Senhor (Na entrada do Círio, ele é levado até o meio da Igreja ou local onde está se realizando a celebração. Então, algumas pessoas acendem suas velas no Círio e vão transmitindo a luz do Senhor às outras pessoas que estão na assembleia. As velas ficarão acessas até o final da profissão de fé) 4 Profissão de fé O Creio é a síntese da fé cristã. Ele é professado na primeira pessoa do singular, pois se trata de uma afirmação pessoal: sou eu quem acredita. O Creio é uma profissão de fé, não uma oração. Na oração se louva, agradece, súplica, pede. No Creio não se pede nada, não se agradece, nem há súplica, mas se afirmam 2

3 verdades da fé, verdades nas quais cremos e que professamos publicamente como nossa fé. Professemos agora a nossa fé: Creio em Deus, Pai... 5 Adoração Na realidade do Pão Consagrado, o Cristo continua sempre presente entre nós. Reconhecendo o Senhor no pão consagrado, aprendemos a reconhece-lo também nos outros sinais de sua presença: nos pobres, nos doentes, nos desempregados, nos excluídos e em todo o povo de Deus. Diante deste mistério, adoremos (Por alguns instantes se faz a adoração do Santíssimo, que é colocado sobre o altar): Cântico: Sacramento da Comunhão (cantar suavemente) Bênção do Santíssimo. Entrada das Águas Cântico: Água Viva 6 Renovação do Batismo: Sabemos que Deus quis servir-se da água para transmitir sua vida aos que creem. O próprio Jesus disse que era a água viva, dom de Deus, e que quem beber dessa água jamais terá sede. (cf Jo,10-14). (entram vários jarros de água, cada um simbolizando a água em uma passagem bíblica. Quem traz a água ao chegar à frente despeja seu jarro em uma bacia batismal dizendo de onde é) 1. Esta é a água do Gênesis 2. Esta é a água do Nilo 3. Esta é a água do Hebron 4. Esta é a água que jorrou no deserto 5. Esta é a água que jorrou do Templo 6. Esta é a água do poço de Jacó 7. Esta é a água do rio Jordão (Quando toda água está na bacia, ela é abençoada) Renovemos nosso Batismo nosso Batismo e o compromisso de ser, na comunidade paroquial o discípulo-missionário mistagogo no processo do itinerário da iniciação à vida cristã. (Toda a assembleia é convidada a se aproximar da bacia batismal, mergulhar a mão na água e fazer o sinal da cruz com ela, renovando o próprio Batismo) 3

4 7 Maria A Mãe de Jesus, dos apóstolos e da nova comunidade do povo cristão é a síntese de todo catequistas comprometido com a causa do próximo, sobretudo dos mais necessitados: Maria representa os pobres, preferidos de Deus, o resto que vai constituir o novo Israel, a Sião fiel, a portadora do novo povo de Deus. Com alegria e simplicidade acolhamos a Santa Mãe de Deus no meio de nós. Cântico: Como é essa que avança como a aurora. 8 Assinalação Os símbolos e gestos celebrados fazem parte de uma educação da fé que nos leva a experimentar os sinais tão simples e humanos da liturgia não apenas como elementos da realidade humana, mas aos olhos da fé, como realidades divinas. Deus continua a se revelar para nós por meio de sinais. Abramo-nos aos gestos carinhosos d Ele para conosco. Cântico: Ninguém te ama como eu (só instrumental, bem suave) (Convite à assembleia para que as pessoas se coloquem duas a duas. Cada uma vai assinalar a outra com o sinal da cruz, lentamente, seguindo as orientações de quem preside a celebração) 1 Fronte Recebam na fronte o sinal da cruz para que vocês permaneçam fiéis e perseverantes, mistagogos da comunidade paroquial. 2 Ouvidos Recebam nos ouvidos o sinal da cruz, para que vocês ouçam a voz do Senhor e dos catequizandos. 3 Olhos Recebam nos olhos o sinal da cruz, para que vejam a glória de Deus e as boas obras dos demais irmãos catequistas. 4 Boca Recebam na boca o sinal da cruz, para que vocês respondam à Palavra de Deus e o chamado dos catequizandos e dos seus familiares. 5 Peito Recebam no peito o sinal da cruz, para que Cristo habite pela fé em seus corações e que possam abrir os mesmos para os catequizandos. 4

5 6 Ombros Recebam nos ombros o sinal da cruz, para que vocês carreguem o jugo suave de Cristo e o peso dos irmãos que sofrem. 7 Mãos Recebam nas mãos o sinal da cruz, para acolher Cristo na pessoa do catequizando, seus familiares e das pessoas necessitadas. 8 Pés Recebam nos pés o sinal da cruz, para levar Cristo para todos, particularmente para as pessoas que mais precisam de você. Encerramento. Assim encerramos esta celebração, levando para as nossas comunidades tudo aquilo que absorvemos nesta Semana, junto com muita disposição para implantar esse processo de Iniciação Á Vida Cristã, não como mais um método catequético, mas como um processo de transformação de nossas comunidades, de nossas vidas e de nossa missão, para que a Catequese também se transforme. Encerramos nos abraçando e desejando um bom trabalho na paz de Cristo. 5