Regulamento Acadêmico. RE0017 Estágio Supervisionado Obrigatório e Complementar
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- Nina Paranhos Sequeira
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1 Regulamento Acadêmico RE0017 Estágio Supervisionado Obrigatório e Complementar
2 REGULAMENTO DO ESTAGIO SUPERVISIONADO OBRIGATORIO E COMPLEMENTAR TITULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º O estágio é uma atividade sempre curricular e supervisionada deve estar previsto no projeto pedagógico do curso de graduação a que se vincula, definido como estágio obrigatório ou estágio não obrigatório. 1º - Entende-se como curricular todo estágio intermediado pela Universidade e realizado por aluno regularmente matriculado e com frequência regular em curso de graduação que guarde estreita relação com as atividades a serem desenvolvidas durante esse estágio. 2º - O estágio obrigatório, requisito para a conclusão do curso, compõe a matriz curricular dos cursos cujas diretrizes curriculares o exijam ou recomendem e somente poderá ser realizado pelo aluno no período letivo correspondente às séries em que se localiza, conforme estabelecer os respectivos Regimentos Internos de cada curso. 3º - O estágio não obrigatório, de caráter opcional, é uma estratégia de apoio à formação acadêmica dos alunos e pode ser realizado em qualquer das séries do curso, a título de atividade acadêmica complementar. 5º - O estágio deve ser realizado ao longo do curso, permeando o desenvolvimento dos diversos componentes curriculares, e não deve ser etapa desvinculada do currículo. 6º - O estágio somente poderá ser amparado pela IES se estiver em conformidade com os currículos, programas e calendários de atividades acadêmicas, adotados para o curso em que o aluno encontra-se matriculado. Art. 2º O Regimento Interno de cada curso deve apresentar, as áreas de compatibilidade em que os estágios serão desenvolvidos, em conformidade com os objetivos propostos para o curso. Parágrafo Único A concepção do estágio implica na necessária orientação e supervisão do mesmo por docente do curso, na proporção estabelecida de estagiários por orientador, no Regimento Interno do curso, ao qual compete assegurar sua integração com os demais componentes curriculares.
3 Art. 3º Esta resolução define as diretrizes de planejamento, organização, orientação, supervisão e avaliação dos estágios, sejam eles obrigatórios ou não obrigatórios, cujas normas específicas serão regulamentadas pelos Regimentos Internos de cada curso. TITULO II DAS DISPOSIÇÕES COMUNS AOS ESTÁGIOS OBRIGATÓRIO NÃO OBRIGATÓRIO Art. 4º O estágio deve propiciar a complementação do ensino e da aprendizagem, constituindo-se para o aluno como forma de integração entre o mundo acadêmico e o mundo profissional, em termos de treinamento prático, de aperfeiçoamento técnico-cultural e de relacionamento humano. Art. 5º O estágio somente pode verificar-se em organizações que tenham condições de proporcionar ao aluno a participação em situações reais de vida e de trabalho no seu meio, oferecendo-lhe: a) experiência prática na sua linha de formação acadêmica; b) desenvolvimento sociocultural ou científico. Art. 6 º O estagiário pode receber, da organização concedente de estágio, bolsa-trabalho ou outra forma de contraprestação de serviço, referente às atividades realizadas, observado o disposto sobre a matéria na legislação em vigor. Art. 7º Por ser uma atividade curricular, o estágio, ainda que remunerado, não implica em vínculo empregatício de qualquer natureza entre o estagiário e a organização concedente de estágio, desde que observados os requisitos estabelecidos na legislação em vigor. Art. 8º A realização de estágio não remunerado representa situação de mútua responsabilidade e contribuição no processo educativo e de profissionalização, não devendo nenhuma das partes onerar a outra financeiramente, como condição para a operacionalização do estágio. Art. 9º São organizações concedentes de estágio as pessoas jurídicas de direito público ou privado, e os órgãos da administração pública direta, autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como profissionais liberais de nível
4 superior devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional. Art. 10. Para a realização de estágios é facultado às IES manterem com as organizações concedentes de estágios, convênios para a finalidade específica de oferecer estágios curriculares, mesmo no caso de estágios realizados com a participação de agentes de integração, que devem ser devidamente qualificados nos convênios de que participam. Art. 11. A celebração do contrato de estágio, seu cumprimento, acompanhamento e rescisão deverão obedecer o disposto na legislação em vigor, sem prejuízo no que dispuser o Regimento Interno de cada curso. Art. 12. A cada parte diretamente envolvida na realização de estágio devem ser disponibilizadas cópias dos convênios, projetos e termos que a qualificam. TITULO III DAS DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO Art. 13. Uma parte da carga horária total de cada curso de graduação, na proporção prevista no projeto pedagógico respectivo, deve ser cumprida como estágio supervisionado obrigatório. 1º - O estágio obrigatório deve ser sempre caracterizado como estágio profissional, com atividades decorrentes da própria natureza da habilitação ou qualificação profissional a que se refere o curso sendo realizado pelo estagiário, e deve ser planejado, executado e avaliado à luz do perfil profissional previsto para os egressos do curso. Art. 14. As atividades do estágio obrigatório e as práticas profissionais simuladas, desenvolvidas em sala ambiente, em situação de laboratório, devem ser planejadas de forma integrada, sem que uma substitua a outra. Parágrafo Único A atividade de prática profissional simulada, desenvolvida na própria Universidade, com o apoio de diferentes recursos tecnológicos, em laboratórios ou em salas-ambientes, compõe-se com a atividade de estágio profissional, realizado em situação real de trabalho, devendo uma complementar a outra.
5 Art. 15. Estará apto à realização do estágio o aluno que, estando regularmente matriculado no curso, no período letivo previsto para a realização do estágio, tiver cumprido os pré-requisitos para tal, estabelecidos no Regimento Interno do Estágio aprovado pelo Colegiado de Curso. Art. 16. O Colegiado de Curso de graduação deve aprovar, no âmbito de suas competências, e, o CONSEPE referendar as normas específicas para a realização do estágio supervisionado de seu curso, em complementação a esta Resolução, normas essas que constituirão o Regimento Interno de Estágio, a ser anexado ao projeto pedagógico.
6 Parágrafo Único O Regimento Interno de Estágio do Curso deve estabelecer as atividades válidas para estágio, bem como os critérios para a elaboração e avaliação de relatórios de estágio e os critérios para a atribuição de notas ao estagiário. Art. 17. A supervisão do estágio obrigatório é feita pela Universidade, sempre por docente do curso, sendo: I. no âmbito do curso, realizada por um coordenador de estágios; II. por grupo(s) de alunos, realizada por orientador(es) de estágio. Art. 18. A Coordenação do Curso somente poderá autorizar a realização do estágio quando o período previsto para o estágio não ultrapassar o período letivo a que se refere a matrícula efetivada, propiciando a apreciação pela Coordenação do curso de eventual renovação CAPITULO I DO PLANEJAMENTO Art. 19. O planejamento do estágio deve ser realizado pelo Colegiado de Curso a cada revisão do Projeto Pedagógico e do Regimento Interno de Estágio do Curso, tomando por base: I. as normas estabelecidas para a realização de estágios; II. as condições de oferta e de realização; III. as disponibilidades de vagas para estágio e de estagiários; IV. os resultados esperados; V. as ocorrências verificadas nos estágios já realizados pelos alunos do curso. CAPITULO II DA ORGANIZÇÃO Art. 20. A organização do estágio deve ser feita pelo Coordenador de Estágios, antes do início de cada período letivo, e consiste: I. na elaboração de um Manual de Estágio, a ser distribuído a cada estagiário, contendo: a) cópia do Regimento Interno de Estágio do Curso; b) os modelos de formulários a serem utilizados pelo estagiário na elaboração de seus relatórios; c) o Calendário de Atividades de Estágio, em conformidade com o Calendário;
7 d) instruções diversas aos estagiários sobre a execução, o acompanhamento e a avaliação do estágio a ser realizado; II. na identificação dos estagiários e dos professores orientadores disponíveis e na alocação de uns aos outros; e III. na programação de reuniões periódicas com os professores orientadores, para o acompanhamento das atividades de estágios e a tomados das providências que se fizerem necessárias. CAPITULO III DO ACOMPANHAMENTO Art. 21. O acompanhamento do estágio deve ser realizado de duas formas concomitantes: I.com o orientação do estágio, que refere-se aos aspectos acadêmicos e é realizada exclusivamente pela IES por meio do orientador de estágio, sendo este um integrante do corpo docente do curso e o responsável acadêmico pelo estagiário junto ao Curso de Graduação; II. como supervisão do estágio, que refere-se aos aspectos operacionais e é realizada exclusivamente por meio do supervisor local, integrante do corpo de profissionais da organização concedente de estágio e responsável pelo estagiário junto à mesma. CAPITULO IV DA AVALICAO Art. 22. Os resultados do estágio obrigatório deverão ser avaliados ao final do período letivo a que se refere e conforme as disposições estabelecidas no Regimento Interno Específico de Estágio do Curso. TITULO IV DAS DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS DO ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO Art. 23. São modalidades do estágio não obrigatório: I. Estágio profissional facultativo mas incluído no projeto do curso, mantendo coerência com o perfil profissional previsto para as egressos do curso;
8 III. Estágio civil, caracterizado pela participação do aluno em empreendimentos ou projetos de natureza pública ou sem fins lucrativos, para o exercício de atividades de qualquer tipo. Art. 24. O estágio não obrigatório, e mesmo o estágio obrigatório em relação às horas excedentes à carga horária mínima exigida no Regimento Interno de Estágio de cada curso, e, desde que não configure o bis in idem, poderá ser computado como Atividades Complementares, cumpridas as disposições estabelecidas para tal, no Regulamento das Atividades Complementares. TITULO V DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS Art. 25. Após a entrada em vigor da presente Resolução, todos os convênios em andamento, firmados para a finalidade de estágio, deverão ser adequados para atender integralmente à presente Resolução. Art. 26. Após a entrada em vigor da presente Resolução, deverão ser adotadas as seguintes providências: I. cada curso deverá articular o regimento interno próprio de estagio supervisionado, de modo a atender as regras ora aprovadas; II. as partes envolvidas deverão ser comunicadas sobre as mudanças ocorridas nos instrumentos que forem adequados em função desta resolução; III. o Manual de Estágio deverá ser divulgado para todos os alunos de Graduação da IES, tendo como anexos a presente resolução e o regimento interno de estágio específico do curso; TITULO VI DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 27. Os casos omissos são resolvidos pela Reitoria. Art. 28. Esta resolução entrará em vigor a partir desta data, revogadas as disposições em contrário. PUBLIQUE-SE
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