Legislação Relativa ao DPRF Parte 2 Prof. Leandro Macedo

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1 Policial Rodoviário Federal Legislação Relativa ao DPRF Parte 2 Prof. Leandro Macedo

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3 Legislação Relativa ao DPRF Parte 2 Professor Leandro Macedo

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5 SUMÁRIO MÓDULO 4 Introdução Conceitos de Registro e Licenciamento Competência para expedição Pontos de contato Transitando com veículos 0 Km Padronização do documento Novo registro Documentos exigidos para registrar um veículo Um passeio pelo CTB Entendendo a Resolução nº 110/00 do CONTRAN Infrações correspondentes Jurisprudência Medidas Administrativas e Penalidades Poder de Polícia de Trânsito Formas de atuação do Poder de Polícia Atribuições para aplicação de sanções de Trânsito Medidas administrativas e penalidades Penalidades Medidas administrativas Acúmulo de penalidades Equívocos legislativos

6 MÓDULO 5 Introdução Educação para o trânsito Educação para o trânsito - CTB Jurisprudência Responsabilidade no CTB Responsabilidade objetiva dos órgãos e entidades com circunscrição sobre a via Responsabilidade nas relações de consumo Responsabilidade por infrações de trânsito: próprias e impróprias MÓDULO 6 Introdução Natureza jurídica dos crimes de trânsito Parte Geral Parte Especial Tabela-resumo dos crimes em espécies MÓDULO 7 Atribuições ao DPRF

7 Módulo 4 INTRODUÇÃO Veremos a seguir os temas registro e licenciamento de veículos, que não são tão complexo como os vistos anteriormente e as medidas administrativas e penalidades, que são extremamente importantes para compreendermos as sanções aplicadas em decorrência de infrações cometidas. 1. Conceitos de Registro e Licenciamento Embora o tema seja tratado em capítulos diversos do CTB, mais especificamente nos capítulos XI e XII, o legislador não nos deu uma definição expressa do que seria registro e licenciamento de veículos. Sendo assim, vamos fazê-lo: a) Registro de veículos foi a forma encontrada pelo legislador para qualificar o proprietário do veículo perante os órgãos executivos de trânsito. Esta obrigatoriedade surge com o objetivo de evitar que proprietários de veículos ficassem impunes quando na direção de tais veículos, uma vez que estes podem ser tanto objeto de infrações de trânsito quanto de infrações penais. Uma vez feita a qualificação do proprietário do veículo, ou seja, após constar todos os seus dados nos bancos de dados do Detran de sua residência ou de seu domicílio, o veículo deverá, ato contínuo, ser emplacado. Lembre-se que é por meio da placa, elemento de identificação externa do veículo, que se chega ao proprietário do veículo. O registro se materializa no documento chamado Certificado de Registro do Veículo (CRV), no qual vêm consignados os seguintes dados: nome do proprietário, município de residência, a categoria à qual pertence e suas características, todas essas informações são relevantes para o fim a que se presta o documento e possuem caráter de permanência. b) Licenciamento É uma licença anual expedida pelo Detran de registro do veículo, a fim de permitir que os veículos transitem na via pública pelo período de 12 meses a partir da data a ser firmada em resoluções do Contran e portarias do Detran, conforme se verá abaixo. Por fim, apresentados os conceitos, cabe destacar que os veículos de uso bélico são os únicos veículos automotores isentos do uso de placas (art. 115, 5º, do CTB), de registro (120, 2º, do CTB) e de licenciamento (130, 1º, do CTB), conforme determina a Lei nº 9.503/

8 2. Competência para expedição Antes de montarmos um quadro comparativo, é importante observar que o órgão que é competente para registrar o veículo também será para licenciar o veículo. DOCUMENTO DE HABILITAÇÃO COMPETÊNCIA PARA EXPEDIÇÃO 1. Registro e licenciamento de veículo automotor Detran 2. Registro e licenciamento de veículo elétrico Detran 3. Registro e licenciamento de veículo articulado Detran 4. Registro e licenciamento de veículo reboque Detran 5. Registro e licenciamento de veículo semirreboque Detran 6. Registro e licenciamento de veículo tração animal Órgão executivo de trânsito do município 7. Registro e licenciamento de veículo de propulsão humana Órgão executivo de trânsito do município Feito isso, fica fácil perceber que nos deteremos às competências dos Detrans, que são a expedição dos documentos de registro e licenciamento de veículos automotor, elétrico, articulado, reboque ou semirreboque. Neste momento, devemos atentar para o seguinte aspecto: as normas referentes a registro e licenciamento estão no CTB, são normatizadas pelo Contran e implementadas pelos Detrans, por delegação do Denatran. As atribuições do Detran, de expedição do documento de registro e licenciamento, ocorre por delegação do Denatran (órgão máximo executivo de trânsito da União), o que garante um controle e uma padronização nacional do processo de registro e licenciamento. 3. Pontos de contato Este tópico foi criado para que seja possível visualizar em que momento o registro e o licenciamento se tangenciam, ou seja, em que momento se encontram relacionados. Em alguns dispositivos da legislação de trânsito, ocorre essa interligação. Vejamos cada um deles: a) Simultaneidade: conforme o art. 131, 1º, o primeiro licenciamento é feito simultaneamente ao primeiro registro. Veja a lógica do dispositivo: o que permite que um veículo transite na via é o seu licenciamento; por outro lado, o veículo para transitar na via deve estar emplacado. Sendo assim, não teria o menor sentido levar o carro zero para registrar e, ao sair do posto de vistoria, não poder transitar com ele na via pública, pois é o licenciamento que autoriza a transitar na via, daí a necessidade da simultaneidade. b) Dados em comum: a Resolução nº 61/1998 diz que o certificado de licenciamento anual (que vem expresso nos arts. 131 e 133 do CTB) é o Certificado de Registro e Licenciamento Anual (CRLV). Na verdade, não poderia ser de outra forma, pois os dados do registro devem ser repetidos no Certificado de Licenciamento Anual, para que os agentes de trânsito 8

9 PRF - Policial Rodoviário Federal Legislação Relativa ao DPRF - Parte 2 Prof. Leandro Macedo possam fazer uma autuação, por exemplo, qualificando o proprietário do veículo, ainda que este esteja ausente. Perceba que a lógica encontrada pelo Contran é pertinente uma vez que este Conselho deixou claro que o CRV não é documento de porte obrigatório e a dispensa de portar este documento obriga que o certificado de licenciamento possua os dados do certificado de registro. Impende observar que a Resolução nº 310/2009 do Contran, que altera os modelos e especificações dos CRV e de CRLV, em seu art. 3º, informa que no CRLV, no campo destinado ao nome e ao endereço, deverá constar apenas o nome, não sendo mais impresso o endereço do proprietário, a fim de o preservar em caso de roubo e furto do veículo, com o respectivo documento. c) Mesmo Detran: no art. 130 do CTB está expresso que o veículo deve ser licenciado onde estiver registrado, ou seja, o Detran que o registrou será o órgão competente para licenciálo. 4. Transitando com veículos 0 Km Este item ganha relevância em virtude do desconhecimento que o envolve. Pessoas que fiscalizam veículos, que vendem veículos, e é claro, você, que compra veículos, normalmente, desconhecem essa regulamentação. É claro que estamos tratando de uma excepcionalidade, uma vez que a regra é termos veículos registrados transitando. Sendo assim, vamos analisar cada uma das situações previstas pelo Contran, em sua Resolução nº 04/1998 (alterada pela Resolução nº 554/2015): a) Transporte de carga e pessoas em veículos 0 Km É permitido o transporte de cargas e pessoas em veículos novos, antes do registro e licenciamento, adquiridos por pessoas físicas e jurídicas, por entidades públicas e privadas e os destinados aos concessionários para comercialização, desde que portem a autorização especial. Essa autorização especial é válida apenas para o deslocamento para o município de destino e será expedida para o veículo que portar os equipamentos obrigatórios previstos pelo Contran (adequado ao tipo de veículo), com base na nota fiscal de compra e venda; com validade de 15 dias transcorridos da data da emissão, prorrogável por igual período por motivo de força maior. Além disso, será impressa em três vias, das quais, a primeira e a segunda serão coladas respectivamente, no vidro dianteiro (para-brisa) e no vidro traseiro, e a terceira arquivada na repartição de trânsito expedidora. Saiba que a permissão se estende aos veículos inacabados (chassis), do pátio do fabricante ou do concessionário até o local da indústria encarroçadora. b) Transporte remunerado de carga e pessoas em veículos 0 Km Após estudar o item a, é muito comum as pessoas perguntarem se esse transporte pode ou não ser remunerado. Antes de respondermos, é necessário percebermos que a atividade trânsito é regulamentada pela legislação de trânsito, agora a atividade remunerada sobre veículos é regulamentada por um poder concedente, que, em regra, não é um órgão de trânsito. 9

10 Sendo assim, os veículos adquiridos por autônomos e por empresas que prestam transportes de cargas e de passageiros, poderão efetuar serviços remunerados para os quais estão autorizados, atendida a legislação específica, as exigências dos poderes concedentes e das autoridades com jurisdição sobre as vias públicas. Enfim, os veículos deverão se enquadrar no item a e na legislação referente à concessão de sua atividade. c) Transporte não remunerado de carga e pessoas em veículos 0 Km Complementando o estudo, para que se transporte cargas e pessoas, sem remuneração, basta atender a legislação de trânsito; porém, o Contran exigiu que fosse carga própria ou pessoas com vínculo, a fim de que não restasse dúvida sobre uma possível atividade remunerada. Por fim, os veículos consignados aos concessionários, para comercialização, e os veículos adquiridos por pessoas físicas, entidades privadas e públicas, a serem licenciados nas categorias particular e oficial, somente poderão transportar suas cargas e pessoas que tenham vínculo empregatício com os mesmos. d) Veículos 0 Km descarregados Neste último tópico, embora de maneira, tácita, o Contran, no art. 4º da Resolução nº 04/1998 (alterada pela Resolução nº 554/2015), refere-se apenas a veículos descarregados, uma vez que todas as circunstâncias de transporte carregado foram abordadasanteriormente. Sendo assim, nesta circunstância, antes do registro e licenciamento, o veículo novo, nacional ou importado que portar a nota fiscal de compra e venda ou documento alfandegário poderá transitar: I do pátio da fábrica, da indústria encarroçadora ou concessionária e do Posto Alfandegário, ao órgão de trânsito do município de destino, nos quinze dias consecutivos à data do carimbo de saída do veículo, constante da nota fiscal ou documento alfandegário correspondente; II do pátio da fábrica, da indústria encarroçadora ou concessionária, ao local onde vai ser embarcado como carga, por qualquer meio de transporte; III do local de descarga às concessionárias ou indústrias encarroçadora; IV de um a outro estabelecimento da mesma montadora, encarroçadora ou concessionária ou pessoa jurídica interligada. Perceba que no veículo descarregado, só há prazo para deslocamento até o município de registro, em qualquer outro caso não há prazo. Finalmente, cabe observar que, ao transitar com veículo sem registro e licenciamento, fica o condutor sujeito à penalidade constante do art. 230, inc. V, do CTB, que é uma infração de natureza gravíssima. Veja o dispositivo: Art Conduzir o veículo: [...] V que não esteja registrado e devidamente licenciado; Infração gravíssima; Penalidade multa e apreensão do veículo; Medida administrativa remoção do veículo; 10

11 PRF - Policial Rodoviário Federal Legislação Relativa ao DPRF - Parte 2 Prof. Leandro Macedo 5. Padronização do documento Vejamos onde encontrar a regulamentação do tema: Resolução nº 599/2016 do Contran. Resolução nº 310/2009 do Contran. Diante do exposto, vamos fazer algumas considerações: 1. O CRV e o CRLV,possuem um dígito verificador no número de série, que possui doze dígitos (número + DV). 2. Para o cálculo do dígito verificador a que se refere o item anterior, será utilizado o módulo onze, com peso de 2 a 9, voltando ao 2, a partir da mais baixa ordem, ou seja, da direita para a esquerda este módulo 11 é, na verdade, uma operação matemática, que será concluída em uma divisão por 11, a fim de obter o dígito verificador. Cabe observar que, em uma divisão por 11, é possível obter resto de 0 a 9, que será o dígito verificador. 3. Resolução nº 310/2009 do Contran determina que no CRLV, no campo destinado ao nome e endereço deverá constar apenas o nome, não sendo mais impresso o endereço do proprietário. 4. Resolução nº 599/2016 do Contran alteraa os modelos e as especificações do CRV e do CRLV e sua produção e expedição. A partir de 01/01/2017, o CRLV terá um novo modelo, conforme anexo dessa resolução. 6. Novo registro Conforme abordado antes, o registro se materializa no documento chamado CRV, no qual vêm consignados os seguintes dados: Nome do proprietário; Município de residência; Categoria à qual pertence o veículo; Todas as suas características. Todos esses dados são relevantes e possuem caráter de permanência. Dessa forma, pela relevância dos dados consignados no CRV, sempre que houver transferência de propriedade, mudança de Município, alteração de características e mudança de categoria, deve ser expedido um outro registro, ou melhor, um novo CRV. Ainda quanto ao exposto, vamos analisar as situações que envolvem a expedição de um novo registro: 11

12 a) Alteração de característica Embora não encontremos na legislação uma definição expressa do que seria característica de veículo, podemos trabalhá-la como uma descrição do veículo, por meio de seus elementos característicos, como cor e combustível, por exemplo. O Contran definiu que, para que haja uma alteração de característica, de forma legal, é necessário que o proprietário providencie uma autorização prévia do órgão executivo de trânsito do estado ou do DF (Detran), em que o veículo foi registrado e também um Certificado de Segurança Veicular (CSV), expedido por empresas acreditadas junto ao Inmetro, atestando que o veículo se encontra seguro para transitar na via. b) Mudança de categoria Quanto às categorias de veículos, estas se encontram reproduzidas no art. 96, III, do CTB. c) Mudança de município A mudança de município é mais uma das situações que requerem a expedição de um novo registro. O candidato deve perceber que a necessidade de expedição de um novo registro surge apenas quando a mudança é entre municípios, não ocorrendo, evidentemente, quando a mudança ocorre dentro do mesmo município. Veja o quadro-resumo: Mudança de endereço No mesmo município Entre municípios Entre estados O que acontece com o registro? O proprietário deve informar o novo endereço no prazo de 30 dias, apenas. É caso de novo registro (CRV) É caso de novo registro (CRV) O que acontece com o licenciamento? Continua válido, observando, sempre o calendário do estado do novo endereço. Continua válido, observando, sempre o calendário do estado do novo endereço. Continua válido, observando, sempre o calendário do estado do novo endereço. d) Transferência de propriedade Quando houver transferência de propriedade deve ser expedido um novo registro. O detalhe da transferência de propriedade é que o legislador exigiu providências tanto de quem vende (ex-proprietário) como de quem compra o veículo (novo proprietário). Veja como ficaram essas responsabilidades: d.1) Responsabilidade do ex-proprietário Este deve providenciar a troca da propriedade nos bancos de dados do Detran, em que o veículo está registrado, para eximir-se da responsabilidade das infrações cometidas pelo novo proprietário. Essa transferência de propriedade nos bancos de dados é feita por uma comunicação de venda, que nada mais é que o envio da cópia do verso do CRV, onde está consignada a transação. A obrigatoriedade está expressa no art. 134 do CTB, nosso qual informa que, no caso de transferência de propriedade, o proprietário antigo deverá encaminhar ao órgão executivo de trânsito do Estado dentro de um prazo de trinta dias, cópia autenticada do comprovante de transferência de propriedade devidamente assinado e datado, sob pena de ter que se responsabilizar solidariamente pelas penalidades impostas e suas reincidências até a 12

13 PRF - Policial Rodoviário Federal Legislação Relativa ao DPRF - Parte 2 Prof. Leandro Macedo data da comunicação. Cabe observar que o objeto da comunicação de venda é a troca da responsabilidade administrativa, uma vez que a penal e a civil não se transmitem. d.2) Responsabilidade do novo proprietário Este deve providenciar a transferência de propriedade no documento CRV. Caso não o faça num prazo de 30 dias, responde pelo art. 233, que é infração de natureza grave. Embora não seja objeto de questões de provas, é muito comum os alunos perguntarem se a transferência feita pelo novo proprietário supre a omissão do ex-proprietário em fazer a comunicação de venda? A resposta é que supre, uma vez que, para alterar a propriedade no documento, esta certamente foi alterada no banco de dados do órgão. 7. Documentos exigidos para registrar um veículo Antes de adentrarmos no tema, devemos atentar para duas realidades de veículo: o 0 Km (novo), que nunca foi registrado, e o usado, que está precisando de um novo registro, pois o anterior deve ser mudado. É importante o candidato perceber que o CTB, em seu art. 122, faz referência aos documentos para expedição do registro, referindo-se ao primeiro registro; já no art. 124, faz menção aos documentos exigidos para expedição de novo registro. Vejamos então cada uma das situações. 7.1 Documentos para expedição do primeiro registro veículo 0 Km Há duas situações a serem analisadas, conforme previsão do art. 122 do CTB: a) Em caso de veículo importado por membro de missões diplomáticas, de repartições consulares de carreira, de representações de organismos internacionais e de seus integrantes o documento a ser apresentado será fornecido pelo Ministério das Relações Exteriores. b) Demais veículos o documento a ser apresentado será a nota fiscal fornecida pelo fabricante ou revendedor, ou documento equivalente expedido por autoridade competente. Como documento equivalente, devemos entender aquele capaz de atestar a procedência do veículo, como, por exemplo, aquele expedido pelos órgãos alfandegários em caso de veículo importado por pessoa física ou jurídica. 7.2 Documentos para expedição do novo registro veículo usado Previsão feita no art. 124 do CTB, de maneira genérica, uma vez que há quatro casos de novo registro previsto no art. 123 do CTB, que requer documentação variada. Os documentos foram dados pelo legislador em lista única. Dessa forma, vamos desmembrar o art. 124, de acordo com cada uma das situações apresentadas no art. 123: 13

14 a) Mudança de categoria e mudança de Município: Certificado de Registro de Veículo anterior; Certificado de Licenciamento Anual; certidão negativa de roubo ou furto de veículo expedida no Município do registro anterior, que poderá ser substituída por informação do Renavam; e comprovante de quitação de débitos relativos a tributos, encargos e multas de trânsito vinculadas ao veículo, independentemente da responsabilidade pelas infrações cometidas. Perceba que o legislador não exigiu o comprovante de residência, imprescindível para evitar que o veículo seja registrado em Município diferente de onde reside o seu proprietário. b) transferência de propriedade: os documentos exigidos são os mesmos do item a e o comprovante de transferência de propriedade, que é o verso do CRV, atestando a transação. c) alteração de características: os documentos exigidos são os mesmos do item a incluindo, ainda, o certificado de segurança veicular e de emissão de poluentes e ruído, o comprovante de procedência e a justificativa da propriedade dos componentes e agregados adaptados ou montados no veículo. Além disos, é preciso possuir autorização prévia conforme o art. 98 do CTB. Finalmente, cabe ressaltar que os veículos da categoria de missões diplomáticas, de repartições consulares de carreira, de representações de organismos internacionais e de seus integrantes, além das exigências previstas acima, devem apresentar autorização do Ministério das Relações Exteriores. 8. Um passeio pelo CTB Há diversos casos na legislação de trânsito de registro e licenciamento que foge à regra geral e que nos chama a atenção por terem sido colocados pelo legislador de forma esparsa na legislação, dificultando o aprendizado. Vejamos cada um desses casos: a) Veículo oficial: os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal somente registrarão veículos oficiais de propriedade da administração direta, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de qualquer um dos poderes, com indicação expressa, por pintura nas portas, do nome, da sigla ou do logotipo do órgão ou da entidade em cujo nome o veículo será registrado, excetuando-se os veículos de representação e os utilizados em caráter reservado policial, conforme o art. 120, 1º, do CTB. b) Veículos de tração: os tratores e demais aparelhos automotores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria agrícola ou a executar trabalhos agrícolas, desde que facultados a transitar em via pública, são sujeitos ao registro único, sem ônus, em cadastro específico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, acessível aos componentes do Sistema Nacional de Trânsito. O trator de roda, o trator de esteira, o trator misto ou o equipamento automotor destinado à movimentação de cargas ou execução de trabalho agrícola, de terraplenagem, de construção ou de pavimentação só podem ser conduzidos na via pública por condutor habilitado nas categorias B, C, D ou E, conforme arts. 115, 4º e 144, ambos do CTB. Quando esses veículos forem utilizados exclusivamente em áreas particulares, não estarão sujeitos a registro e licenciamento, assim como não há de se falar em habilitação para seus condutores. 14

15 PRF - Policial Rodoviário Federal Legislação Relativa ao DPRF - Parte 2 Prof. Leandro Macedo c) Veículos de aluguel: os veículos de aluguel, destinados ao transporte individual ou coletivo de passageiros de linhas regulares ou empregados em qualquer serviço remunerado, para registro, licenciamento e respectivo emplacamento de característica comercial, deverão estar devidamente autorizados pelo Poder Público concedente, conforme art. 135 do CTB. d) Veículo de tração animal e propulsão humana e ciclomotores: compete aos órgãos executivos de trânsito do Município registrar e licenciar, na forma da legislação, os veículos de tração animal e de propulsão humana, fiscalizando, autuando, aplicando penalidades e arrecadando multas decorrentes de infrações. Já os ciclomotores serão registrados e licenciados pelo órgão executivo de trânsito do estado ou do Distrito Federal, conforme Lei nº /15. e) Veículos de coleção: aqueles que, mesmo tendo sido fabricados há mais de trinta anos, conservam suas características originais de fabricação e possuem valor histórico próprio poderão ser registrados na espécie coleção, conforme Anexo I do CTB. f) Veículos de escolares: os veículos especialmente destinados à condução coletiva de escolares somente poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão ou pela entidade executiva de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto: registro como veículo de passageiros; inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança; pintura de faixa horizontal na cor amarela, com 40 cm de largura, à meia altura, em toda a extensão das partes laterais e traseira da carroçaria, com o dístico ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso de veículo de carroçaria pintada na cor amarela, as cores aqui indicadas devem ser invertidas; equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo; lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas nas extremidades da parte superior dianteira e lanternas de luz vermelha dispostas na extremidade superior da parte traseira; cintos de segurança em número igual à lotação. 9. Entendendo a Resolução nº 110/00 do Contran Essa Rrsolução informa que os Detrans, órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, estabelecerão prazos para renovação do Licenciamento Anual dos Veículos registrados sob sua circunscrição, de acordo com o algarismo final da placa de identificação, respeitados os limites fixados na tabela a seguir: Algarismos final da placa Prazo final para renovação 1 e 2 Até setembro 3, 4 e 5 Até outubro 6, 7 e 8 Até novembro 9 e 0 Até dezembro 15

16 De outra forma, O Contran, em sua Resolução nº 110/2000 apenas estipulou os prazos máximos de licenciamento do país, cabendo, evidentemente, a cada Detran estipular seus calendários, de acordo com suas conveniências, de maneira que não ultrapassem os prazos acima. Uma pergunta muito comum feita por diversas pessoas é quando um agente de trânsito aborda um veículo e vai fiscalizar se seu licenciamento está ou não vencido. Como proceder? Que tabela usar? O fato de ser agente de trânsito federal muda alguma coisa nesse tipo de fiscalização? Resposta: Para responder a questão, temos que considerar algumas hipóteses: 1ª hipótese: Imagine que estivéssemos no ano de 2015 e o CRLV apresentado fosse de Certamente o condutor não poderia ser autuado, uma vez que este documento tem validade de um ano. Agora, imagine que o CRLV apresentado fosse de 2013, e estivéssemos no ano de Certamente o condutor deveria ser autuado, uma vez que o documento estaria vencido, pois sua validade é de um ano. Enfim, a dúvida surge apenas quando o condutor apresenta o CRLV 2014, uma vez que existem duas tabelas a consultar, a do Detran e a apresentada anteriormente. Com isso, vamos para a 2ª hipótese. 2ª hipótese: Se condutor apresentar o CRLV 2014, e considerando o ano corrente como de 2015, há duas situações a considerar. A primeira é quando o veículo se encontrar fora da unidade da federação em que estiver registrado, caso em que os agentes de fiscalização de trânsito e rodoviário em todo o território nacional deverão adotar os prazos estabelecidos na tabela do Contran para verificar se o licenciamento está ou não vencido. A segunda é quando o veículo é abordado dentro do estado em que está registrado. Nesse caso, devemos utilizar a tabela do Detran de registro. Para responder ao último questionamento, é importante que o candidato saiba que o PRF, ora utiliza a tabela do Contran ora utiliza a tabela do Detran de registro do veículo, a depender se abordou um veículo registrado fora ou dentro do estado em que está lotado, incidindo sobre o PRF a regra como para os demais agentes de trânsito. 10. Infrações correspondentes Quanto ao registro e ao licenciamento, há expresso no CTB, quatro infrações que comentaremos a seguir: 1ª Conduzir veículo que não esteja registrado e devidamente licenciado: infração gravíssima; penalidade multa e apreensão do veículo; medida administrativa remoção do veículo (art. 230, inc. V, do CTB). Comentário: Com base neste artigo, é possível explicitar dois tipos de infrações, o primeiro caso se refere ao condutor que comprou veículo novo (0 Km) e é flagrado transitando com seu veículo, sem registro, de maneira irrestrita, ou seja, sem estar amparado pelas situações excludentes da Resolução nº 04/1998 do Contran (alterada pela Resolução nº 554/2015); e o segundo caso refere-se ao condutor que é flagrado transitando com seu veículo, ainda que registrado, mas com licenciamento vencido. 16

17 PRF - Policial Rodoviário Federal Legislação Relativa ao DPRF - Parte 2 Prof. Leandro Macedo 2ª Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório referidos neste Código: infração leve; penalidade multa; medida administrativa retenção do veículo até a apresentação do documento (art. 232 do CTB). Comentário: Aqui se pune o condutor que esquece o documento em casa, causando, com isso, um transtorno à fiscalização. Note que a infração é diferente da infração de conduzir sem possuir habilitação (gravíssima) ou sem possuir registro (gravíssima). Cabe, ainda, observar, com base no art. 266 do CTB, que as infrações se acumulam, ou seja, ocorrendo duas infrações, o agente de trânsito deve lavrar dois autos de infração. Sendo assim, considere a seguinte situação hipotética: imagine que Mévio estivesse com seu licenciamento vencido e, como é conhecedor da legislação de trânsito, fez o seguinte comentário com Tícia, sua esposa: Meu amor, é melhor deixarmos o documento do carro em casa, uma vez que não portá-lo é infração de natureza leve e se formos flagrados com ele vencido constitui infração de natureza gravíssima. Se um agente de trânsito flagrar Mévio sem os documentos do veículo, na situação descrita acima, qual é o procedimento a ser adotado pelo agente? Resposta: como as infrações são cumulativas, Mévio responderá pelo art. 230, inc. V do CTB combinado com o art Ao ser abordado, o agente, após consulta, descobrirá o licenciamento vencido e o fato de não portá-lo obriga o agente de trânsito a lavrar os dois autos de infração. 3ª Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de trinta dias junto ao órgão executivo de trânsito, ocorridas as hipóteses previstas no art. 123: infração grave; penalidade multa; medida administrativa retenção do veículo para regularização (art. 233 do CTB). Comentário: Antes de iniciarmos os comentários do art. 233, devemos explicitar as hipóteses do art. 123: Art Será obrigatória a expedição de novo Certificado de Registro de Veículo quando: I for transferida a propriedade; II o proprietário mudar o Município de domicílio ou residência; III for alterada qualquer característica do veículo; IV houver mudança de categoria. Em qualquer das situações apresentadas é obrigatória a expedição de um novo registro em 30 dias. O que você deve estar se perguntando é como os órgãos de trânsito controlariam este prazo de 30 dias? Para responder a essa pergunta, duas considerações se fazem necessárias, uma vez que os procedimentos não são uniformes. A primeira consideração a ser feita é que, em caso de transferência de propriedade, no verso do CRV é consignada a data da transação e o novo proprietário terá o prazo de trinta dias a contar dessa data para tomar as providências necessárias, ou seja, de simples controle pelos Detrans. A segunda consideração engloba os demais casos, nos quais o proprietário do veículo deverá tomar providências imediatas, a fim de que seja deflagrada a contagem de 30 dias pelos órgãos de trânsito, uma vez que não existe na legislação uma forma de controle desse prazo. Como exemplo, poderíamos citar a mudança de município, quando o proprietário deve informar a 17

18 data de mudança de endereço imediatamente para que seja deflagrado o prazo de controle a partir dessa informação. 4ª Deixar de atualizar o cadastro de registro do veículo ou de habilitação do condutor: infração leve; penalidade multa (art. 241 do CTB). Comentário: Antes de comentarmos o dispositivo, devemos frisar que, para os órgãos de trânsito, o proprietário do veículo é aquele registrado no Detran, e não aquele que detém a posse do veículo. Sabedores disso, vamos aos comentários pertinentes, pois há duas considerações a fazer. Primeiramente, devemos notar a redação art. 123, 2º, do CTB, no qual o proprietário do veículo tem 30 dias para comunicar a mudança de endereço feita no mesmo Município. Caso não o faça, responde pelo art. 241 do CTB. A segunda consideração é quanto à atualização do cadastro de habilitação do condutor que, embora exigível, não há apresenta prazo estipulado na legislação, tornando o dispositivo, até que seja regulamentado o prazo, sem aplicação. 11. Jurisprudência Cabe observar que o CTB condiciona o licenciamento do veículo ao pagamento de débitos de multa. Sobre o tema, faz-se necessária a exposição da jurisprudência: STJ Súmula nº /03/1995 DJ Renovação da Licença de Veículo - Pagamento de Multa Notificação. É ilegal condicionar a renovação da licença de veículo ao pagamento de multa, da qual o infrator não foi notificado. Diante do exposto, percebe-se que é inaceitável, conforme nosso ordenamento jurídico, condicionar a prestação de um serviço público ao pagamento de penalidades, até porque foi ofertada à administração o caminho para cobrança de seus débitos, via ação de cobrança, após a inscrição dos débitos em dívida ativa não tributária. 12. Medidas administrativas e penalidades As medidas administrativas e as penalidades são tópicos de extrema relevância na legislação de trânsito em virtude das várias informações que cerceiam o tema, como a possibilidade ou não de um veículo ser multado por estacionamento irregular e o veículo sequer ser removido. Será que o CTB prevê esse tipo de conduta? Sem maiores comentários: SIM! 18

19 PRF - Policial Rodoviário Federal Legislação Relativa ao DPRF - Parte 2 Prof. Leandro Macedo 13. Poder de polícia de trânsito Aqueles que são conhecedores do tema poderes e deveres da administração, trabalhado nos cursos de Direito Administrativo, saem na frente no entendimento deste tópico, pois, para sua compreensão, analisaremos de forma detalhada o Poder de Polícia de Trânsito à luz do CTB. Ressalte-se que os órgãos da Administração, para cumprirem suas funções institucionais e preservarem o interesse da coletividade, devem possuir determinadas prerrogativas. Basta pensar, à luz do código linguístico, o significado da palavra poder. Se poder é uma capacidade de impor sua vontade a terceiros, independentemente da anuência deste terceiro, e se isto for feito no sentido de preservar o interesse da coletividade. Que poder seria esse? Trata-se dos poderes do Estado, que tem como objetivo atingir o bem comum. É claro que essa prerrogativa é um verdadeiro poder-dever, uma vez que são indisponíveis, ou seja, de uso obrigatório. Atingir o bem comum, o interesse público, é o único caminho a ser trilhado pela administração. Dando um passeio no curso de Direito Administrativo, de forma sucinta, a fim de não perdemos o foco da análise do tema em tela, podemos citar como poderes da Administração: o hierárquico, o disciplinar, o normativo e, por fim, o poder de polícia. Os três (hierárquico, disciplinar e o normativo) têm o condão de regular internamente a atividade da Administração Pública. O poder hierárquico é decorrente do escalonamento vertical da estrutura administrativa. Já o poder disciplinar surge na possibilidade de punição dos servidores públicos e daqueles que contratam com a Administração. Por fim, o poder normativo surge da necessidade de complementação das leis administrativas para torná-las aplicáveis, como, por exemplo, quando o Contran regulamenta o CTB. Quanto ao poder de polícia, que é o que nos interessa, poderíamos defini-lo como qualquer intervenção ou restrição imposta pelo Estado nas atividades, nos direitos ou nos interesses individuais, a fim de beneficiar o interesse coletivo. Em que pese possuirmos uma doutrina farta sobre o tema, o nosso ordenamento jurídico oferece de forma gratuita o conceito de poder de polícia, que, sob hipótese alguma, poderia ser desprezado por nós no trato do tema. Com isso, vamos para a análise do art. 78 do Código Tributário Nacional, que expressamente nos informa: Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de ) Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. 19

20 Dessa definição podemos extrair as seguintes características: 1. É atividade da Administração Pública e não deve ser confundido com o poder de polícia de segurança pública, pois, enquanto o primeiro atua sobre direito, interesse ou liberdade, o segundo atua sobre pessoas, coibindo a ocorrência de infrações penais, ora de forma preventiva ora de forma repressiva. 2. A atuação do poder de polícia consiste tanto numa obrigação de fazer quanto de não fazer por parte do particular, pois regula a prática de ato ou abstenção de fato, conforme expresso. 3. Conforme previsto no parágrafo único transcrito, deve-se observar os limites da lei aplicável, portanto o poder de polícia de trânsito tem seus limites previstos no próprio CTB. 4. Ainda quanto ao parágrafo único, na atuação do poder de polícia, em regra, ao privar o particular de bens ou de direitos, faz-se necessária a instauração do devido processo legal. 5. A discricionariedade do poder de polícia aparece de forma incontestável na atividade de fiscalização, quando da escolha do veículo a ser fiscalizado. Temos também uma atuação discricionária, segundo um juízo de valor do agente autuador, na escolha do dispositivo que melhor se afeiçoa à infração cometida. Cabe observar que não pode o agente de trânsito deixar de autuar o condutor infrator, pois a ato administrativo de autuação é natureza vinculada. 14. Formas de atuação do poder de polícia O poder de polícia, como veremos, pode ser fracionado. De forma surpreendente, podemos encontrar em nossa lei de trânsito a forma que se dará essa quebra ou fracionamento. Com isso, o CTB, de forma inovadora, trouxe um fracionamento do poder de polícia, ou seja, suas formas de manifestação. Cabe ressaltar que o tema também foi trabalhado na doutrina, pelo ilustre mestre Diogo de Figueiredo Moreira Neto. Analisaremos, então, as disposições do CTB, que se refere ao tema, pois é o que nos interessa para prova: Art. 269, 1º. A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas administrativas e coercitivas adotadas pelas autoridades de trânsito e seus agentes terão por objetivo prioritário a proteção à vida e à incolumidade física da pessoa. Perceba que, além das formas de atuação do poder de polícia de trânsito, temos também descrito o fim público a que se dirige tal atividade da Administração: proteção à vida e à incolumidade física da pessoa. Assim, vamos analisar as formas de atuação do poder de polícia, fazendo as remissões necessárias dentro da legislação de trânsito. 20

21 PRF - Policial Rodoviário Federal Legislação Relativa ao DPRF - Parte 2 Prof. Leandro Macedo A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas administrativas e coercitivas: a) Ordem de polícia aqui o Poder Público se manifesta por meio da criação de leis e atos normativos que causem restrições ao desempenho das liberdades individuais, a fim de preservar o interesse coletivo. De outra forma, poderíamos exemplificar o exposto, fazendo menção às regras de habilitação. Nessas regras, o legislador e o Contran impõem uma série de restrições aos particulares para que tenhamos condutores realmente habilitados na direção de veículos automotores. Isso faz com que toda a sociedade tenha à sua disposição um trânsito livre de acidentes. São normas que causam restrições aos interesses individuais, a fim de preservar o interesse público. b) Consentimento de polícia é uma forma de manifestação do Poder Público que permite o desempenho de atividades por parte dos particulares. Os consentimentos dados pela Administração têm como fundamento a ordem de polícia. Antes da Administração consentir qualquer atividade do particular, deve observar os detalhes de sua regulamentação. Podemos, juridicamente falando, tratar o consentimento de polícia como sinônimo de alvará. Encontramos na legislação de trânsito tanto o alvará de licença como o alvará de autorização, a saber: b.1) Alvará de licença devemos entender esta modalidade de consentimento como um ato administrativo vinculado, declaratório e permanente. Para melhor compreensão das características mencionadas, vamos exemplifica-la à luz do CTB. Quando um candidato à habilitação para dirigir passa em todos os exames de obtenção da habilitação, a Administração fica obrigada a expedir seu documento de habilitação. É isso que chamamos de ato administrativo vinculado. Quando dizemos que o ato administrativo é de natureza declaratória significa que a Administração não cria direito algum para o particular, mas apenas declara o direito que este possui, por ter passado pelos exames de habilitação. Por fim, diz-se permanente porque não sofre variações por conveniência e oportunidade do administrador. b.2) Alvará de autorização devemos entender esta modalidade de consentimento como um ato administrativo discricionário, constitutivo e precário. Para melhor compreensão dos institutos ora mencionados, vamos exemplificar à luz do CTB. Na legislação de trânsito, temos uma série de situações em que apenas é permitido o trânsito de veículos em situações excepcionais, quando detentores de um documento chamado de Autorização Especial de Trânsito (AET). Na cessão desse documento, o órgão com circunscrição sobre a via avalia condições de conveniência e oportunidade (discricionariedade), sempre à luz da segurança viária e fluidez do trânsito. 21

22 Feita a opção pela expedição da AET, cria-se (constitui-se) para o particular um direito de trânsito com seu veículo a título precário, ou seja, revogável a qualquer tempo. Como exemplo de alvará de autorização, podemos citar três situações previstas na legislação de trânsito (com grifo nosso no verbo poderá, a fim de ressaltar a discricionariedade): Art Ao veículo ou combinação de veículos utilizado no transporte de carga indivisível, que não se enquadre nos limites de peso e dimensões estabelecidos pelo Contran, poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo certo, válida para cada viagem, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias. 1º A autorização será concedida mediante requerimento que especificará as características do veículo ou combinação de veículos e de carga, o percurso, a data e o horário do deslocamento inicial. 2º A autorização não exime o beneficiário da responsabilidade por eventuais danos que o veículo ou a combinação de veículos causar à via ou a terceiros. 3º Aos guindastes autopropelidos ou sobre caminhões poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo de seis meses, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias. Art Onde não houver linha regular de ônibus, a autoridade com circunscrição sobre a via poderá autorizar, a título precário, o transporte de passageiros em veículo de carga ou misto, desde que obedecidas as condições de segurança estabelecidas neste Código e pelo Contran. Parágrafo único. A autorização citada no caput não poderá exceder a doze meses, prazo a partir do qual a autoridade pública responsável deverá implantar o serviço regular de transporte coletivo de passageiros, em conformidade com a legislação pertinente e com os dispositivos deste Código. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998). c) Fiscalização de polícia das formas de atuação do poder de polícia, esta é a mais intuitiva. É possível se imaginar um agente de trânsito na via escolhendo veículos para uma eventual fiscalização. Não pode o detentor de uma licença para dirigir imaginar que poderá conduzir seu veículo de qualquer forma, pelo simples fato de ter obtido um consentimento do Poder Público. Será que o condutor que está com sua CNH em dia poderá conduzir embriagado? É claro que não! É aí que entra a terceira forma de atuação do poder de polícia, verificando os requisitos de manutenção do consentimento. De modo mais técnico, é por meio dessa forma de atuação que se verifica se o detentor do consentimento é merecedor de sua manutenção, pois, caso cometa atos em desacordo com a legislação, poderá sofrer até a penalidade de cassação, que é a perda do direito de dirigir. O tema fiscalização de polícia ganha relevância quando comparamos a atividade do agente de trânsito que goza dessa prerrogativa funcional com a atividade dos funcionários de empresas contratadas pelo Poder Público para operação de trânsito, que não gozam dessa prerrogativa funcional. Vejamos as definições dos institutos no Anexo I do CTB: 22

23 PRF - Policial Rodoviário Federal Legislação Relativa ao DPRF - Parte 2 Prof. Leandro Macedo Fiscalização ato de controlar o cumprimento das normas estabelecidas na legislação de trânsito, por meio do poder de polícia administrativa de trânsito, no âmbito de circunscrição dos órgãos e entidades executivos de trânsito e de acordo com as competências definidas neste Código. Operação de trânsito monitoramento técnico baseado nos conceitos de Engenharia de Tráfego, das condições de fluidez, de estacionamento e parada na via, de forma a reduzir as interferências, tais como veículos quebrados, acidentados, estacionados irregularmente atrapalhando o trânsito, prestando socorros imediatos e informações aos pedestres e condutores. d) Medidas administrativas essa forma de atuação do poder de polícia é peculiar da legislação de trânsito, porque, embora cause uma ideia de sanção administrativa, com esta não guarda relação. Vejam essas medidas como medidas emergenciais, que justificam a atuação autoexecutória (dispensando a anuência do poder judiciário) por parte da Administração e com imperatividade (dispensando a anuência do particular). As medidas administrativas devem ser entendidas como constrangimentos causados aos particulares, pelo fato de estes terem causado uma interferência ao interesse do coletivo, ora atentando contra a segurança viária (condutor embriagado) ora atentando contra a fluidez (veículo estacionado sobre calçadas). Essas manifestações dispensam, inclusive, o devido processo legal, pois o direito que merece ser protegido neste momento, é o coletivo. Com isso, devemos mencionar que o condutor que tem seu veículo retido em virtude de ter sido flagrado conduzindo embriagado não está sofrendo sanção. Ele vai sofrer o constrangimento de ter que chamar uma pessoa em condições de dirigir para que seu veículo não vá para o depósito público. Perceba que esse mesmo condutor embriagado terá seu documento de habilitação recolhido para que não volte a dirigir enquanto estiver sobre efeito da substância entorpecente. Note que, nas duas situações descritas, depois de sanadas as irregularidades, as medidas administrativas aplicadas são desfeitas, ou seja, após restabelecidas a sensação de segurança no trânsito, o condutor poderá voltar a dirigir regularmente. Com base no exposto, cabe ressaltar que parte da doutrina trata as medidas administrativas como medidas de caráter emergencial, sendo aplicável apenas durante o transtorno causado pela infração de trânsito. e) Medidas coercitivas Estas medidas aparecem na legislação de trânsito com o nome de penalidade. Aqui se tem a aplicação de sanções administrativas pela autoridade de trânsito, tais como: advertência por escrito; multa; suspensão do direito de dirigir; apreensão do veículo; cassação da CNH e frequência obrigatória em curso de reciclagem. Por fim, nesse caso, certamente, o particular penalizado terá direito a um devido processo legal, sendo-lhe assegurada ampla defesa. 23

24 15. Atribuições para aplicação de sanções de trânsito Um tema que nos chama a atenção é a competência para aplicação das sanções prevista na legislação de trânsito. Em um primeiro momento, vamos trabalhar com o que temos de expresso na legislação de trânsito e, num segundo momento, faremos uma análise sistemática da legislação de trânsito. Com isso, remeto o leitor ao capítulo do CTB que trata das atribuições dos órgãos e entidades do SNT. Neste capítulo, encontramos as penalidades de suspensão do direito de dirigir, cassação do documento de habilitação, frequência obrigatória em cursos de reciclagem como de aplicação exclusiva dos Detrans. Já a penalidade de advertência por escrito, conforme este capítulo seria de competência exclusiva dos órgãos executivos rodoviários da União, Estados, DF e Municípios. Ainda quanto a este capítulo, a multa seria de competência comum (de todos), nada mencionado o referido capítulo acerca da penalidade de apreensão do veículo. Em uma análise mais detalhada, é possível inferirmos do texto legal que a apreensão do veículo, por constituir uma suspensão do licenciamento do veículo, apenas poderia ser aplicada pelos Detrans, que são os órgãos competentes para licenciar veículos. Por fim, em uma análise mais crítica a respeito da penalidade de advertência por escrito, poderíamos afirmar que também é uma penalidade que poderia ser aplicada por todos os órgãos de trânsito, pelo fim público a que se dirige: educação para o trânsito, em detrimento da redação imprecisa acerca da regulamentação do instituto pelo legislador do CTB. Lembre-se de que advertência por escrito é resultado da conversão da penalidade de multa, decorrente de infrações leves e médias. Ainda quanto à advertência por escrito, não entendemos ser adequada a afirmação de alguns autores de que constitui direito subjetivo público do autuado, ou seja, de que deve ser aplicada sempre antes da imposição da multa. Acreditamos que se trata de discricionariedade da autoridade de trânsito, devendo surgir regulamentação sobre o tema, explicitando o que deve ser valorado pela autoridade na aplicação ou não de tal penalidade. Essa regulamentação deve ocorrer a fim de fugirmos de eventuais arbitrariedades do administrador público, pois a aplicação de tal penalidade, não pode ficar sujeita ao humor da referida autoridade. 16. Medidas administrativas e penalidades É necessário que se inicie o estudo de medidas administrativas e penalidades de forma simultânea para que possamos trabalhar as semelhanças e as diferenças dos institutos. Como semelhança, podemos elencar: 24

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